História Príncipe Styles - Born to die

Me abaixei no exato segundo em que a pessoa abriu a porta do quarto de Harry à força e atirou na maçaneta da do banheiro.

Era um dos soldados do meu pai. Continuei abaixada e ele me pegou pelo braço à força e me tirou de lá, quase me fazendo tropeçar diversas vezes enquanto descíamos as escadas.

Eu não iria tentar fugir. Não fazia sentido ficar. Se eu tentar fazer qualquer coisa, meu pai é capaz de mandar matar o Des também. É uma morte por minha culpa já é o suficiente. Duas eu não aguentaria.

Fomos para fora. Os portões estavam escancarados, vários pedaços de grama do jardim foram arrancados, ou queimados. Todos os soldados estavam ali, formando um arco ao redor de Des, que estava em pé na frente do corpo de Harry, que não se mexia, apontando a arma para qualquer um que ousasse se aproximar.

Meu pai estava bem no meio, na parte da frente, olhando ansiosamente para a porta. Todos ali estavam me esperando sair.

Quando passamos ao lado de Harry, vi que ele havia tomado um tiro no peito. Sangue se espalhava pela escadaria, onde ele estava caído, e havia uma arma perto de suas mãos, provavelmente a dele que saiu de suas mãos quando ele caiu.

Ele não se movia.

Fechei a garganta e olhei para outro lado.

O guarda me levou à um certo ponto, entre meu pai e Des, como se esperasse o que fazer em seguida.

Todos me olhavam.

– Está satisfeita, Leah? – meu pai perguntou, ameaçando dar um passo em minha direção, mas não o fez – Olha o que você fez – ele fez um gesto abrangente – Está vendo tudo isso aqui? É culpa única e exclusivamente sua.

– Não, não é. – falei e o guarda que me segurava apertou mais meu braço

– Claro que é. Se você tivesse feito o que eu mandei você fazer durante todo esse tempo, nada disso estaria acontecendo. Você estaria casada, essa coisa dentro de você teria um pai decente e aquele ali não estaria sangrando até a morte.

Me recusei a olhar para Harry.

– Não, a culpa é sua. Você só quer saber de poder, está pouco se lixando para o que acontece com o reino, não quer que eu e Harry assumamos o trono e é tudo o que importa para você.

– Como ousa, sua... – ele ia se aproximar, mas Des apontou a arma para ele, que ficou no lugar.

– Você fez tudo isso aqui por mídia – falei – Para não ser deixado por baixo quando passar na TV que a princesa fugiu, e que você demorou duas semanas para ir buscá-la. E que ainda fez isso com um exército! Mas eu não vou voltar com você. Eu nunca mais vou voltar para aquela casa, nunca mais quero olhar para você.

Me soltei do cara.

– Você vai voltar, nem que se for morta!

– Atire – falei e abri os braços. – Anda! Remorso você não vai ter.

Ele ficou parado por um momento.

Então, de repente, fez algo que nunca imaginei que ele faria. Levantou a arma...

E atirou.

Senti meu braço queimar e me ajoelhei no chão. Quando o guarda que estava atrás de mim ia me levar à força para meu pai, outro tiro foi disparado.

Meu pai caiu de joelhos segundos depois, com os olhos vidrados e um furo na testa.

Olhei para trás.

Com a mão no peito sangrando, uma expressão cansada e com o rosto expressando pura dor, estava Harry, com a arma na outra mão, olhando fixamente enquanto o corpo de meu pai caía na grama queimada