Estava sentada no banco, o vento da beira-mar estava cada vez mais frio, minha lagrimas ainda não tinham cessado, meu peito doía, meu coração doía, pois eu sabia que o ciúme de Mateus tinha fundamento, eu sabia o que tinha acontecido entre eu e o Luan, sabia que ele mexia comigo, mas não ao ponto de me fazer ficar com ele, pois meu coração era totalmente de Mateus
- o senhor vai descer ou posso seguir? – o motorista perguntou me tirando do transe
- vou descer, espere aqui – desci do carro, a procura dela, não poderia ter ido longe, a beira-mar não estava movimentada, e eu agradecia mentalmente por isso, avistei um cabelo voando, e uma pessoinha sentada no banco, me aproximei lentamente e lhe abracei por trás
- me solta – gritei com o susto de alguém me abraçando
- calma – Mat falou ao meu ouvido, me soltei dele ficando em pé
- o que você quer? Não chega o show dentro do carro? – perguntei brava
- amor, me desculpa, por favor – Mat falou estendendo a mão para pegar na minha, apenas lhe fintei
- precisamos conversar – falei seria
- vem, vamos, conversamos no hotel – Mat falou vindo até mim, e me abraçou
- precisamos mesmo! – falei seria e deixei escapar umas lagrimas, Mat foi rápido, me pegou no colo, e eu soltei um sorriso involuntário
- se você acha que isso vai fazer eu ficar menos brava, se enganou – falei seria, e Mat riu, o carro se aproximou e ele me colocou no chão, entramos no carro e seguimos em silencio até o hotel.
Chegamos, tinham algumas fãs na porta de entrada, Mat me olhou e balançou a cabeça, eu franzi a testa preocupada, minha cara deveria está horrível por conta do choro, e com toda certeza minha make toda escorrida
- não vou descer assim – falei olhando para Mateus
- não quero atender, não agora – ele falou
- sei que não estou em condições de pedir nada, mas atende, por favor, olha meu estado – falei e Mat assentiu com a cabeça, mesmo não querendo, desceu do carro e logo o segurança veio, quando as fãs viram ele, e já tinha se tornado o centro das atenções, desci do carro o mais rápido possível, peguei o elevador e fui para o quarto, entrei e vi o quarto todo arrumado para noite incrível que eu achava que teríamos, tirei os sapatos, a bolsa, estava indo em direção ao banheiro, ouvi a porta se abrir
- cheguei – Mat falou baixinho, lhe olhei e vi seu semblante triste e preocupado
- vamos conversar, senão depois piora – falei sentando na cama
- não quer tirar o resto da maquiagem? – ele falou apontando para meu rosto, mas isso era o que menos importava
- não – falei e Mat sentou na cama
- estou pronto para ouvir – ele falou, e eu lhe olhei incrédula
- pois bem, vou começar, seu ciúme passou de todos os limites hoje, se você continuar assim, só vai prejudicar nós dois, e a nossa relação, já lhe disse e digo de novo fiquei com Luan, mas não foi nada demais, até porque eu amo você, Luan se tornou um amigo, um irmão, e torce muito pela gente, sei que pode ser difícil para você aceitar nossa relação agora, mas de uma chance a ele – falei olhando seria para Mat
- sabe porque sinto um ciúme fora do normal de Luan? – Mat me perguntou, fiquei sobressaltada com a pergunta e o seu olhar
- não sei, para mim não faz sentido, até porque já demonstrei de todas as formas o quanto lhe amo – falei e olhei para Mateus que estava serio
- sou homem, reconheço quando outro homem quer o que e meu – ele falou, e fiquei brava
- nossa tão machista – revirei os olhos
- calma, falei de forma direta, o que quero dizer, e que meu ciúme tem sentindo sim, se você pudesse ver a forma que ele te olha, a forma como ele te trata, e como se você fosse o mundo dele, meu ciúme e maior ainda, porque eu sei que ele te ama, eu sei que se um dia acontecer algo com a gente ele será o único homem capaz de te amar quase da mesmo forma que te amo, ele será o único homem capaz de cuidar de você, o único capaz de te dar um amor próximo ao meu, e isso me assusta, porque eu amo você, e não quero dividir você com ninguém – Mateus falou me olhando nos olhos, eu estava em lagrimas, pois no fundo do meu coração e do meu consciente eu sabia que tudo o que ele tinha acabado de falar era verdade, eu via nos olhos de Luan o amor e o cuidado, e o que mais doía, e que se acontece algo entre nós dois, eu correria para os braços de Luan sem duvidas
- eu amo você, eu sou sua, meu coração é seu, eu jamais trocaria você – falei e peguei de leve em seu rosto
- eu sei, eu posso sentir, mas também sinto a insegurança, sinto que posso perder você para ele – Mat falou deixando escapar uma lagrima, meu coração apertou, estava vendo-o pela primeira vez com medo e insegurança em me perder. Me aproximei dele e lhe abracei, abracei forte, com todas as forças que existiam meu corpo
- eu amo você, e nunca você vai me perder – falei lhe olhando nos olhos, e lhe dei um leve beijo, Mat reagiu me beijando com urgência, suas mãos passeavam pelo meu corpo, senti ele abrir o zíper do meu macacão, levantei e tirei, ia lhe jogar na cama, porém ele foi mais rápido, me jogou e ficou encima de mim
- eu amo você, mais do que já amei alguém, amo seu cheiro, seu toque, seu sorriso – Mat falava enquanto beijava meu corpo, as caricias e as juras de amor se intensificaram, não demorou muito o encaixe aconteceu, nós éramos um só, cai sobre seu peito cansada e suada
- vou me afastar de Luan, mas peço que você confie em mim, e depois de uma chance a ele – falei e Mat não respondeu, me aconcheguei ao seu peito
- vamos tomar banho – Mat falou se mexendo embaixo de mim, rolei para o lado e deitei na cama, ele levantou, levantei em seguida, fiquei lhe observando, olhei o quarto ainda arrumado, ele nem tinha prestado atenção, tudo o que tinha planejado não tinha acontecido nem a metade
- uma música pelos seus pensamentos – Mat falou chamando minha atenção
- você prestou atenção no quarto? Na dancinha, na minha preocupação? Ou so prestou atenção no que a naja da Ariel falou? – perguntei levemente seria
- fiquei surpreso com a dancinha, prestei atenção no que a Ariel disse, desculpa – Mat falou olhando para o quarto, as velas apagadas, os incensos apagados, as pétalas espalhadas
- me perdoa amor, sei que hoje era para ser uma noite incrível, onde iriamos matar a saudade, mas estraguei tudo – Mat falou me abraçando
- tudo bem, acontece – falei dando um sorriso amarelo
- senta aqui – Mat me puxou para a cama
- não vamos tomar banho? – perguntei confusa
- vamos, calma, fecha os olhos – Mat falou e amarrou sua blusa nos meus olhos, como se fosse uma venda
- o que ce vai aprontar? – perguntei curiosa
- calma – Mat falou e eu sorrir.
Tinha estragado a noite que ela tinha preparado, acho que a essa altura eu conseguiria pelo menos recuperar uma parte, peguei as velas e coloquei no banheiro, peguei as pétalas joguei na banheira, pedi um champanhe, a banheira estava no ponto, só faltava o champanhe
- to curiosa – falei
- calma, está quase – Mat falou, e ouvi baterem na porta. Peguei o champanhe e coloquei nas taças, deixei perto da banheira
- já? – perguntei rindo
- já – Mat falou e se aproximou tirando a camisa dos meus olhos, porém tapou com as mãos
- você está me deixando curiosa – falei rindo
- pra você – Mat tirou as mãos dos meus olhos, o banheiro estava todo arrumado, vi as taças
- você é incrível, obrigada – falei me virando e beijando Mat, entramos na banheira, estávamos deitados
- posso lhe fazer uma pergunta? – Mat me olhou
- quantas quiser – respondi sorrindo
- casa comigo? – Mat falou, e senti meu coração parar...
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