1. Spirit Fanfics >
  2. Prisioneiros da força. >
  3. Tentações.

História Prisioneiros da força. - Tentações.


Escrita por: lunanebulosa

Notas do Autor


Saudações leitores. :)

Daqui em diante posso demorar mais a postar os capítulos, terão muitos detalhes, e preciso encaixa-los perfeitamente para não fazer burrada.

Estou muito ansiosa mesmo, queria muito chegar nessa parte da história.

BOA LEITURA.

Capítulo 32 - Tentações.


Fanfic / Fanfiction Prisioneiros da força. - Tentações.

- Rey, é você mesmo? Eu não acredito! - responde com a voz trêmula

- Wa-Wallace! - ela gagueja, tentando livrar suas mãos dele. Ela sentiu uma onda de energia vinda de Ben.

O homem percebeu seu acanhamento e se soltou das mãos dela com alguma relutância. Eram macias e delicadas, e ele acariciava-as enquanto se desvencilhava. Ele fechou os punhos sobre os lábios e tossiu, arrependo-se da ousadia.

- Me-me perdoe o atrevimento. Eu só...faz tanto tempo. - sua voz jovial falha ao admirar a beleza de Rey, deixou-se levar pelo encanto.

- Eu não sabia que você era um, príncipe. – ela continua, escondendo a mão roubada para trás.

Hati ergue uma sobrancelha inclinando-se discretamente para trás, para avaliar o sobressalto do seu mestre. 

O olhar de Ben estava distante; seus olhos fixavam-se em todos os cantos da sala, menos nos dois. Ele evitou olhar a cena, seus olhos estavam agitados. 

Hati nunca tinha visto tal comportamento vindo de seu chefe, então resolveu agir de acordo com as ordens impostas por ele. Com alguma pressa dos gestos, ele passou o enorme braço tatuado em volta dela a puxando-a para si. 

Rey estava tão desligada, que a ação a fez tropeçar, e para se segurar, abraçou o corpo de Hati - uma mão foi na barriga e outra nas costas. Suas bochechas ficaram vermelhas como um pimentão, quando se lembrou de como Ben reagiria a tudo isso. 

O vozeirão intimidador de Hati ecoa pela sala:

- O seu palácio é muito bem estruturado, adorei aquele pequeno bar no salão de festas.

Wallace lança um olhar entristecido após ver aquela cena. Não gostou de ver sua flor delicada nos enormes braços daquele ogro. Mas logo, retorna a simpatia, e continua com toda a classe:

- Obrigado senhor! - joga os braços para trás, dando um passo à frente - Acho que não fomos apresentados.

- Ah sim, nem deu tempo, não é? Veio agarrando minha mulher.

O feiticeiro Elominiano se aproxima impetuosamente, fixando os olhos arenosos em Hati:

- Mais respeito com nosso príncipe senhor! – impeliu.  

Wallace levanta os dedos fazendo um gesto de silêncio, e continua com uma expressão serena:

- Peço perdão cavalheiro, não sabia que essa linda mulher era sua companheira. - seu olhar transmitia serenidade, mas a tonalidade da voz era um pouco entristecida.

                Hati o analisa e por fim continua a conversa:

- Desculpe perguntar mas, de onde se conhecem? - pergunta olhando os dois ao mesmo tempo, com um grande ar de curiosidade estampado no rosto.

Wallace e Rey ficam tímidos, evitavam os olhares. 

Ben percebe isso, mas se contém, mantendo-se calmo e curioso com a resposta; não parava de fitar o garoto com vestes de luxo.

O príncipe toma fôlego e volta seu olhar discreto para ela, ocultando sua paixão. Ela tinha outro. No entanto, ele procura responder calmamente, sem perder o tom equilibrado da palavra, contendo-se ao máximo para não demonstrar sua tristeza:

- Eu a conheci em Jakku. Fui numa missão e tive problemas com minha nave e alguns saqueadores. Ela me ajudou, concertou minha nave... Demonstrou ser uma mulher de incrível conhecimento em mecânica. - coloca uma mão sobre o queixo caminhando a passos lentos em direção a ela, seus olhos brilhavam, ele revivia o passado, era inevitável conter aquele sentimento - Ela vivia numa situação difícil, eu disse que voltaria para buscá-la, mas sempre me apareciam problemas governamentais. Meu pai faleceu e... Quando pude voltar ela já não estava mais lá. Eu...sinto muito Rey. - e lança um olhar muito intenso para ela, como uma flecha determinada a capturar novamente seu coração.

Ela agarra-se mais em Hati e sorri forçadamente, eram muitos sentimentos que se manifestavam ali. 

Ben sente uma pontada no coração a cada informação passada pelo homem.  Aquele cenário conseguia ser pior do que os torturantes treinamentos de Snoke.

Será ele o antigo namoradinho dela? Claro que é.

Então lembrou-se do pesadelo, começou a suar, nunca sentiu tanto medo. Agora faria de tudo para agradá-la, evitando ao máximo demonstrar ciúmes. Mulheres odiavam  isso, e com Rey não seria diferente.  

Mesmo sentindo-se ameaçado, Ben se mantém confiante ao notar com mais profundidade que aquele projétil de homem era magro, feminino e de estatura bem baixa comparada a ele – o homem era quase da mesma altura de Rey. Afinal, Rey estava com ele e o amava. Será que amava? Pensou por um segundo. Ele cerrou os dentes contendo todo o tipo de pensamento negativo e suspirou devagar. 

Felícia o cutucou com o cotovelo e franziu o cenho para ele cochichando: 

- Fica esperto, gatão! 

- Sim Wallace, conheci essas pessoas que me tiraram de lá. Ele se chama Hati, minha amiga ali se chama Felícia e ele é o dono da nave, se chama Ben. Trabalha como piloto, nas mais diversas áreas. - ela faz as apresentações com calma, sentindo-se acanhada.

- Mas agora o destino a trouxe até aqui - volta a olhá-la com um olhar apaixonado, fazendo-a cortar o contato visual imediatamente. Ele olha para os outros e continua. - Obrigado cavalheiros, vocês merecem um bom almoço. Estão com fome? - pergunta educadamente, gesticulando de forma a convidá-los para irem até a cozinha.

- Sim, estamos, a viagem foi muita longa. - alega Rey, massageando a barriga.

Wallace sorri totalmente feliz por ela aceitar rapidamente o convite, e fica na sua frente:

- Certos hábitos nunca mudam, não é? - e estende o braço para ela - Vamos?  Acompanhem-me até a cozinha. Permita-me guiar sua companheira, senhor Hati? - ele falava de uma forma tão envolvente e divertida que ela entra em seus gracejos, segurando seu braço sem hesitar, antes mesmo que Hati desse uma resposta. 

Os dois caminham sorridentes até a cozinha. 

Hati gesticula sem saber o que fazer. Algo como: minha namorada me deixou aqui plantado. Logo, ele olha para trás e nota chamas incandescentes brotando dos olhos de Ben.  Via claramente Ben arremessando aquele moleque no mais cruel dos calabouços.  Hati engole seco e joga sua longa trança para frente ajeitando as amarras:

- Eu não tenho culpa, foi ela que...

Ben passa por ele com rapidez, e os segue. 

Rey cai em si quando pensou no que havia feito. Mas, agora ele era só um amigo. Nada mais. Ben tinha que se virar e tratar de controlar seus ciúmes, assim como ela fazia com Ariele. 

Ela endureceu o braço, ficando um pouco tensa, pois sentiu Ben aproximando-se.

Ao adentrarem na cozinha, ele a conduziu até uma cadeira que ficava próxima a sua, puxando-a para que ela pudesse se sentar. Era proposital, pois ficava ao seu lado. Rey desviou os olhos para a mancha de barro na roupa dele. E ele, observando isso, olhou envergonhado para a mancha, deu alguns tapinhas na sujeira para tentar se limpar.

- Ah, me desculpe! Eu estava treinando, mas comer é mais importante. - ele olha para a mão dela sobre a mesa. - Ainda mais com... uma maravilhosa companhia. - sorri para ela alcançando as mãos de Rey.

Rey sente o toque e as esconde em baixo da mesa, notando Ben adentrar ali com os olhos fixos nos dois.

Ela prende o sorriso cruzando as mãos em baixo da mesa. Todos os seus amigos já estavam sentados. Ben sentou-se ao seu lado, não conseguia evitar a distância. 

O feiticeiro entrou no local com os olhos fixos em Ben, posicionou-se ao lado do príncipe e cruzou os braços, num movimento firme e rápido, sem tirar os olhos redondos e amarelos de Ben, enquanto o outro ignorava sua presença. 

O Elominiano resolve falar, soltando um som grave e rouco:

- Então senhor... Ben. O que exatamente trouxeram vocês em nossas instalações? 

- Como eu havia dito senhor...senhor...?

- Dragomir! - diz seco.

- Como eu havia dito... viemos a passeio. Somos aventureiros, e gostamos de explorar planetas primitivos como o seu! - responde mais seco ainda, insinuando estarem em um patamar primitivo.

Dragonir cerra os olhos, voltando seu olhar rapidamente para o príncipe, inclinando-se em seu ouvido:

- Vossa alteza, eu senti algo estranho. Preciso analisá-los um por um.

O príncipe fecha os olhos e estende a mão novamente ordenando silêncio. Dragomir abaixa a cabeça, como um gesto de submissão e dá um passo atrás:

- Agora não é hora, Dragomir. – responde em baixo tom, e volta a olhar sorridente para eles ali na mesa. - Espero que gostem de nosso pequeno e rico planeta. Podem se instalar aqui até encontrarem o que procuram.

- Somos gratos, príncipe Wallace. Tomara que seja breve. - responde Ben, calmo.

- O que realmente procuram? - pergunta Wallace, apoiando os cotovelos sobre a mesa cruzando os dedos.

Ben resolve ousar, e vai direto ao ponto:

- Sobre a profecia, as Jóias... a jedi Serehna! 

Wallace descruza os dedos, estava um pouco impressionado com o conhecimento dos visitantes. Ele inclina a cabeça discretamente para Dragomir, e o outro, em resposta, fez um gesto afirmativo com a cabeça, saindo da sala apressadamente. Wallace volta os olhos para Ben e responde com um tom de espanto:

- Como sabem?

- Sou um explorador, já caminhei por toda a galáxia e já ouvi muitas histórias. Até me vir a informação que aqui, neste planeta, foi um palco de algo muito grande para essa tal religião.

Enquanto isso, a porta se abre, e vários empregados se apressavam com bastante comida que eram levadas em carrinhos. 

Hati arregala os olhos, e Rey mais ainda.

Havia uma vasta variedade de comida. O cheiro era muito bom, e os pratos, bem trabalhados. Os vegetais eram tão limpos que brilhavam; a carne tão encorpada e bem assada que fez Hati roer os lábios, enquanto agarrava os talheres com agressividade batendo as mãos sobre a mesa. 

Ben não se moveu, apenas arqueou uma sobrancelha observando todos engolirem a comida como animais famintos - antes mesmo que os empregados terminassem de colocar o alimento em seus pratos. E enquanto ele comia, os pensamentos o inundavam de questões relacionadas a ele, reparando o rosto sorridente de sua amada ali.  

“Eu tenho sangue real... e se... eu não tivesse escolhido os caminhos da força, o que eu teria me tornado? Seria o herdeiro do trono, sim. O príncipe de Alderam. Seria uma pessoa normal, assim como ele. Sem nenhuma mancha de sangue inocente.”

Ele ficou reparando em como Rey tentava manter a postura na mesa, forçando ser algo que ela não era; neste instante ele preferiu aquela Rey desajeitada e sucateira. Ben ficou preocupado ao notar a tensão dela ao lado do príncipe. Ela nunca agia assim, sempre foi ela mesma em todos os momentos que passaram juntos, sem importar com o que os outros achariam dos seus modos. Mas aquilo estava o partindo ao meio. E por mais que lutasse, sentia-se pior.  

Rey olhou para Ben, sentindo uma tristeza inundar a aura do cavaleiro. Ela o cutucou com o pé, discreta, por debaixo da mesa, fazendo-o despertar – neste momento, um pedaço de carne cravado no garfo, cai no prato. Ela o lança um sorriso terno para aliviá-lo, e ele, como resposta, sorri forçadamente, tornando seu olhar para o prato.

Ao terminarem, os empregados levaram a sobremesa. Uma das taças era especial - de ouro. E foi oferecida especialmente para ela. Um purê com bolachas de morango, aquelas que ela amava. Ben desviou os olhos para a sobremesa, e neste instante, percebeu que ele não era o único conhecedor dos gostos de Rey - e estas eram muito mais caprichadas e banhadas em calda - não aquelas secas que ele comprava para ela. 

Rey arregalou os olhos e olhou para Wallace:

- Como sabe que gosto de bolachas de morango? - vermelha como os morangos, ela pergunta contendo o sorriso.

- Aquele dia na sua humilde casa, eu notei que guardava sementes de morangos em sua cozinha.

Ele ia até a casa dela? - pensou Ben, pressionando seus dedos nos talhares quase os entortando com o polegar.

Hati engasga com a comida e resolve fazer algo para não aborrecer mais seu mestre:

- Ela ama mesmo! Quando ficávamos sentados no telhado de casa, ela sempre me pedia morangos como petisco. Colocava um por um na boquinha dela, não é, amor?- olha para ela carinhoso estendendo sua mão e apertando suas bochechas carinhosamente.

Rey responde com um sorriso, e um toque em sua mão. 

- Sim, eu me lembro disso. Você sempre ficava sem nada porque eu comia todos. - ri, logo soltando-se dele voltando a comer.

Ao terminarem, todos se levantam. Rey resolve ir até Hati para dar-lhe um abraço, enquanto era seguida pelos olhos azuis desconfiados de Wallace. 

O príncipe notou um pequeno brilho vindo da bolsinha de Rey. Era o sabre de luz. Ele arrumou seu babado que cobria o pescoço, encostou a cadeira na mesa e caminhou a passos lentos até eles:

- Me sigam, vou lhes apresentar o palácio.

Eles são apresentados para todos os empregados. A começar pelos cozinheiros, que agradeciam a visita. Ben sente alguém seguindo-os, e volta o olhar para trás avistando um homem vestido de cinza - estava encapuzado, e passou com pressa do corredor para uma porta. Ben cerra os olhos com desconfiança e fica alerta. 

Eles caminham pelo corredor onde ele indicava os principais pontos. A próxima parada era a biblioteca. Era enorme. Possuía janelas que tomavam o espaço das paredes. O cômodo era arejado e iluminado, repleto de escadarias trabalhadas em cor dourada e estatuetas de animais típicos da região. 

Depois caminham até uma sala de treinos. Continha várias armas e equipamentos, o telhado era de vidro, de onde era possível visualizar uma vegetação do lado de fora cobrir uma pequena parte da vidraça. A esquerda tinha uma abertura para o lado de fora com portas bem compridas de correr. Eles caminham até a parte de fora, onde continha um pequeno jardim com uma piscina - que também era para a prática de esportes. Mas ao lado, continha outra de forma circular, apenas para repouso, com banquinhos submersos e uma pequena cascata na parede.

Rey estava tão encantada, que apertava firme o braço de Hati. Nunca em sua vida imaginou que aquilo poderia existir. Sua miséria em Jakku jamais permitiu tais imagens iluminarem seus pensamentos, nem mesmo em sonhos quando dormia. Era tudo tão rústico, natural, mas com um toque de fineza; um sonho, que parecia fazer parte dela em seu mais íntimo desejo. Ao mesmo tempo em que parecia ser um sonho, sentiu ser bem familiar - o cheiro do ar, das gotículas de água aquecidas, vindas da pequena cascata tocar sua pele. E claro, do silêncio interrompido pela melodia dos pássaros. 

Eles voltaram para o centro do castelo e subiram uma escada circular, caminhando para o segundo andar. Tudo muito claro, com as janelas abertas e forradas de vasos floridos na parte de fora, as quais contornavam todas as janelas. No final do corredor, havia uma grande porta, com um aparelho codificador do lado.

O príncipe digita a senha e a porta se abre. 

- Este...é meu quarto. - sorri par Rey, quando passou ao seu lado.

Eles param na porta, chocados com o luxo. Rey hipnotizada, solta o braço de Hati lentamente, adentrando o quarto a passos lentos.  

Ao centro tinha uma cama enorme, com cortinas azul-marinho penduradas em volta. Todo o quarto era coberto por tecidos finos, o chão forrado por um carpete púrpuro, com detalhes em dourado que formavam mandalas. A cama, com uma colcha de veludo cor esmeralda, tinha várias almofadas empilhadas lado a lado nas beiradas que contornavam-na. Os tons oscilavam entre vinho, dourado e preto. As vidraças das janelas eram verdes, azuis e transparentes. O quarto todo parecia de um príncipe indiano.

Ben se aproximou cauteloso, como um predador, enquanto o príncipe gabava-se do luxo. Ele reparou no corpo de Rey por trás. Notava cada curva e detalhe do corpo de sua mulher, flagrando-a, observando os detalhes nas bases da cama, pausando atrás dela. Os pelos de Rey ficaram ouriçados, ao sentir uma carícia suave toca-la na região desnuda do ombro. Era ele, Ben - que movia seus dedos em gestos circulares. Ela virou-se atônita, lembrando-se da promessa dele. Ali estava o quarto de luxo que eles transariam sem interrupções. Ambos trocam olhares por um breve segundo, fazendo ela acordar dos encantos de Wallace. 

Ben fica com os lábios entreabertos, louco para beijá-la. Mas logo cortou o contato visual e se virou, caminhando em direção a sacada. 

Wallace quase notou a troca de olhares de ambos.

O cavaleiro entrou em um estado possessivo. Ela era dele, e transaria com ela bem ali na cama do príncipe. Foi mais do que perfeito sua paciência, isso o deixou em um estado de êxtase total, esquecendo todo o ciúme e insegurança que o envolveu há horas atrás.

Além do quarto de luxo estar ali, como havia prometido, ele também pertencia a seu novo rival, um terreno totalmente preparado para tornar a noite de ambos, satisfatória. Penetraria ela com tal intensidade que jamais os sentimentos dela se declinariam novamente para joguinhos infantis daquele jovenzinho afeminado. Ben solta um sorriso discreto e malicioso em quanto focava seus olhos novamente em Rey, enquanto ela se apoiava na sacada ao lado de Wallace. 

Os olhos de Ben estavam completamente em chamas. Rey notou. O olhar que ele a lançou, percorreu seu quadril como um relâmpago, sentindo ondas de eletricidade subirem pelas pernas. Para não demonstrar nenhum sentimento envolvendo Ben, ela desviou seu olhar rapidamente, contemplando a paisagem estendida no horizonte.

Felícia olhava todos aqueles enfeites e objetos em ouro, ficando louca para botar suas patas naquilo e vender tudo. Eu ganharia uma nota preta. Ela pensou. Hati notou e cutucou sua cintura com força, fazendo-a quase soltar um grito. Ela jogou sua mão no ombro dele, dando um tapa amigável sorrindo feito uma gatuna, esfregando uma mão na outra.

Hati caminhou até parar ao lado de Rey, e tocou sua mão novamente, encenando seu papel. Os olhos de Wallace são direcionados ao ato. 

Hati, então, pergunta:

- Por que raios você está apresentando seu quarto aos visitantes?

A mesma questão rondou a mente de Ben, que se aproxima da sacada com interesse. O príncipe solta o ar pela boca e faz sinal para segui-lo.

Ele os guia ao lado da cama e retira um tecido retangular da parede, exibindo uma tela realística de uma mulher muito bonita. Com longos cabelos ondulados cor de mel, assim como a cor de seus olhos doces e serenos, vestida com uma roupa de design Jedi de cor branca e detalhes dourados. Usava uma tiara simples, parecendo uma coroa por causa de três pontinhas ao centro; e por fim portava Joia Omega de luz em seu pescoço, que cintilava.  

- Esta é Serehna. - diz Wallace, colocando o tecido sobre o criado mudo.

Rey se desliga do mundo: “Essa, então, sou eu?”

Ela ergue o braço de vagar, e toca a tela suavemente com apenas dois dedos. Sentiu uma leve tontura ao fazer isso. Deixando o corpo cair para frente na direção a imagem. Wallace estende o braço, passando-o em torno dos seus peitos dela, para impedir sua queda.  

Rey arregala os olhos e logo se põe de pé com esforço. Agora, com a respiração acelerada ao cruzar seus olhos com os dele. Ela se envolve nos olhos dele e sente um afeto novo sondar seu coração. Com medo, corta essa corrente imediatamente, voltando seus olhos para Ben, enquanto ele a olhava sem resquícios de emoção, apenas preocupado.

Também preocupado, Wallace estende o braço em sua direção. Mas ela o impede, retirando as mãos dele educadamente:

- Não, não. Já estou bem! Acho que comi demais, só isso. - força um sorriso para ele.

Hati, então, sente o que devia perguntar no lugar de seu chefe, e assim o faz:

- Nos conte! Estamos ansiosos para saber sobre a história dessas Joias.

- Porque querem saber tanto sobre elas? - cruza os braços, despertando duvidas em Hati.

- Porque já ouvimos muito a respeito. Ainda mais vindas daqueles nativos vermelhinhos desse planeta. - faz sinal com mão apontando a altura dos alienzinhos. 

O príncipe expressa muito incomodo com a informação, engasgando com a própria saliva, franzi o cenho e afirma numa tonalidade de voz um pouco alterada:

- Seja lá o que eles falaram, não deem créditos. - dizia num tom inquietante. - São primitivos, nada mais do que isso. Aqui, preservamos a verdadeira história.

Isso deixa Rey e Ben muito mais confusos. Ela olha para o príncipe e diz:

- Nos conte, então.

Ele hesita em responder, desconfiava demais dos acompanhantes dela. Mais ainda do seu namorado caolho muito mal encarado, podendo ser ele a reencarnação de Souls. E além do mais, ela escondia um sabre luz; mentia. Mas, isso demonstrava que ela seguia a filosofia Jedi. Sem dúvidas Rey era Serehna, muitos sinais apontavam. Principalmente o desabrochar de uma flor muito especial que ele plantou, deixado entre os dois tronos, que se abriu bem no dia do seu retorno. 

Sua mãe, a rainha, morreu quando ainda era bebê, e seu pai, o rei casou-se novamente. O pequeno príncipe ganhou uma madrasta muito amada e iluminada, mas que infeliz com o casamento, separou-se, casou com outro homem nativo de Jhanton, que era empregado do castelo. ( Jhaton , planeta palco das mortes dos pais dela causadas por Kylo Ren). 

Eles saíram do castelo, e tiveram uma filha “Rey”, mas algo aconteceu e ambos foram mortos em uma noite - até onde lhe contaram. O corpo da menina nunca foi encontrado. Havia rumores que tinha sido morta, mas nos sonhos de Wallace apontavam que não. Estava viva. 

Ao atingir idade e com a morte do pai que sempre impediu o encontro dos dois, Wallace resolveu por si só fazer uma busca.

Nessa missão encontrou Rey em Jakku, que sem imaginar, estava conversando com a própria menina que tanto procurava. Sua irmã de coração. Mas tinha muitas Reys espalhadas pela galáxia. E só saberia se era ela, trazendo-a para seu reino e fazendo um exame de sangue com Dracomir, que virou seu tutor depois do falecimento misterioso do Rei.

Mas agora pelo destino ela estava lá, e agora poderia fazer o teste.

Wallace por fim, diz:

- Posso conversar com você a sós?

- Por que? Pode dizer na frente de meus amigos. Conto tudo a eles.

Ben manda uma mensagem telepática para ela:

“Pode ir, ficarei bem. Depois nos conte.”

Wallace se aproxima dela e toca sua mão carinhosamente quase que implorando curvando-se para ela:

- Eu imploro Rey, preciso conversar com você. Fique tranquila eu não vou... - prende a fala fechando os olhos e solta o ar em seguida. - Eu peço com todo o respeito. - e volta a olhá-la.

- Sim, tudo bem eu vou. - e olha de canto para os amigos, e por fim, para Ben, que demonstrou um aspecto pacífico. 

- Maravilhoso. Vamos! Sigam-me. Vou levá-los aos quartos onde ficarão hospedados.

Wallace os leva até o outro corredor dos fundos e desde uma escada, levando-os a parte de fora do palácio, guiando-os a um caminho de pedras entre o gramado. 

Ben sente de novo estar sendo observado, volta os olhos rapidamente para trás e nota a mesma figura encapuzada passar pela porta de onde tinham saído. Logo, pensativo, Ben coloca as mãos no queixo: “Não é ameaçador, quem será?” 

No final da trilha, haviam várias casinhas simples, mas arrumadas. Sem entender porque ele os estava levando para fora, ela pergunta:

- Mas não ia levá-los aos quartos?

- Estou levando. No palácio apenas hospedam-se pessoas de cargos altos. - ele para de caminhar ao notar o olhar dela magoar-se, carinhoso ele continua. - Sem ressentimentos, por favor, isso traria muita confusão se fosse permitido. São as leis, ainda mais relacionadas a seres perigosos e peludos como aquele Wookiee. - e aponta o olhar para Chewbacca que os seguia bem ao fundo, retornando a ofensa com um grande rugido.

Hati lança um breve olhar para Ben, que levanta uma sobrancelha não resistindo a uma piada. Ele se aproxima de Rey e a puxa contra si deslizando a mão em suas costas:

- Tudo bem amor, eu prefiro estar entre os escravos do que com esses homens que parecem bonecas de porcelana. - lança um olhar ofensivo, direto ao príncipe, enquanto o outro o  ignora como se estivesse numa postura superior.

Ele os leva aos aposentos, um maior e melhor para Ben, e outro inferior a Hati e Felícia, e diz:

- Acredito que o casal não gostaria de dormir separado. - Wallace se refere à Hati e Felícia

Todos foram pegos de surpresa. Ficam espantados, um olhando para a cara do outro. Rey abre a boca para se defender, mas é impedida por ele.

- Não precisa se explicar. - responde calmamente

- É que, que...como...eu - gagueja ela.

- Já disse Rey, não precisa se explicar, eu entendo. Você é mulher e queria apenas estar protegida em um ambiente desconhecido. - e ele lança um olhar revelador para cada um na sequência. - Mas esse planeta é meu, e, estará segura comigo. - estende o braço para ela.

- Eu...eu sei andar sozinha Wallace. Obrigada! - nega seu pedido afastando-se um pouco com educação.

Hati segura o riso, olhando para Ben, que parecia atuar como um profissional. Seu rosto não expressou absolutamente nada. Ele apenas voltou-se para seu chalé, começando a retirar os braceletes calmamente:

- Vou descansar um pouco. - e fecha a porta calmamente, lá dentro solta um riso sem emitir nenhum som.

Wallace sem onde enfiar a cara, esqueceu-se que ela sempre foi durona no começo. Mas depois que eles se beijaram, mudou o comportamento para meiga e carinhosa. Como agora eles estavam separados novamente, teria de reconquistá-la a todo custo. Ainda mais se ela fosse Serehna, seu grande amor dessa e da outra vida.

Isso que o movia caçar Rey por toda a galáxia, ele sabia que Serehna voltaria nascendo em algum habitante de Aquarihn. Dragomir sempre o encheu de informações, desde quando era bem pequeno. Seu tutor era sim um feiticeiro, e despertou Wallace aos seus dez anos, fazendo lembrar-se de sua vida passada como Rei Aaron, onde estava noivo de Serehna, apenas por um simples acordo de reinos. Mas ele, com isso, apaixonou-se perdidamente. 

Serehna tinha essa energia evolvente e doce, fazendo qualquer homem cair aos seus encantos. Nem mesmo o monstro que ela estava prestes a conhecer, pode escapar. Mas tragicamente os sentimentos de Aaron foram traídos por ela, o trocando por um demônio, um inimigo de sua ordem, um Lord Sith: Darth Souls.

Dragomir também o alertou que ele deveria destruir Souls a todo custo. Ele voltaria primeiro, assim com prometeu antes de se matar. Souls caçaria Serehna e a encontraria antes dele. 

Mas as trevas fariam de tudo para atrapalhar essa união, e assim, entrou Ariele a jogando em Jakku. E lá, Rey viveu no inferno, brotando em seu coração mais e mais sofrimento. Mas tudo isso não bastou para apagar sua luz, ela era a famosa Jedi Serehna, e precisaria de muito mais para destruí-la. 

Wallace então a levaria para Dragomir, para fazer o teste.

Ele voltou os olhos para ela, que caminhava a passos mais lentos do que ele, ficando um pouco atrás. Ele diminuiu o passo, parou ao seu lado e disse:

- Me desculpe, se fui meio grosso.

- Eles são meus amigos, gostaria que os tratasse como iguais.

- Ah Rey, como eu havia dito. Por minha vontade, providenciaria quartos no palácio, mas isso me causaria encrenca. - suspira - Ainda não sou rei para mudar as leis.

- E...o que falta para se tornar um?

- Uma mulher, para se tornar minha rainha. - a lança um olhar cerrado, era desejoso, queria ela, só ela - Você gostaria de viver aqui? - pergunta com cuidado.

Ela pausa os passos aos poucos, coloca a mão sobre o peito sentindo as palpitadas de seu coração que parecia querer rasgar suas vestes.

Era uma oferta inegável, mas ser rainha dele? 

Isso não estava em seus planos. Queria Ben, ele sim fazia todo o sentido em sua vida desde a infância. Jamais o abandonaria por um romance juvenil e passageiro de Jakku. Sim, ele era um doce e a tratava sempre como uma rainha. Mas Ben fazia isso de uma forma muito mais atraente e verdadeira, com certa intensidade nas atitudes. Não algo forçado e metódico como Wallace. Eram atrações diferentes.

Wallace passava conforto, e Ben, atração. 

Ela hesita, e por fim responde confusa:

- Sim... não... quer dizer. Aqui é muito bonito sim, mas...

- Acho que isso é um sim.

- Bom, sim, mas... sou uma Jedi e não posso ter relações. Desculpe.

Ele se entristece, mas não desistiria. Estava resolvido a conquistar de outra forma muito especial:

- Quero te mostrar uma coisa, por isso a chamei em particular. Porque se trata de algo confidencial.

Eles entram no castelo, e ele a guia pelos corredores indo à sala dos tronos, e mostra a flor para ela. Pega o vaso e o oferece.

Rey o pega delicadamente e cheira a flor, demonstrando satisfação pelo maravilhoso aroma que ela exalou, deixando-a muito extasiada. 

Ele ordena que Rey o siga, levando o vaso em mãos:

- Quero que o coloque em um lugar especial. - caminha em direção a outra escada onde não foi apresentado, subindo-as. 

Rey seguiu-o muito curiosa, virando o corredor a sua frente. Ela nota apenas duas portas, uma a direita e outra logo no final muito diferente do estilo do castelo - era toda em madeira, esculpida em folhagens que formavam uma circulo lembrando uma mandala. Ele pausa o corpo suavemente ao lado da porta e estende um braço:

- Fique a vontade, o quarto é seu.

Ela aperta o vaso, abraçando-o contra o peito e caminha em passos lentos rumo à porta. Com a mão tremula, toca a maçaneta com cuidado e abre lentamente fazendo a porta ranger. 

Ao focar seus olhos no quarto quase ela derruba o vaso. Extasiada, ela o coloca em uma mesinha vazia logo ao lado da porta, esfrega uma mão na outra; estavam suadas. Ficou louca para se jogar naquela cama macia e branca como algodão. Estendida diretamente no chão com bambus nas extremidades, que sustentavam um tecido branco muito suave, no qual movia-se com a brisa que vinha de fora, adentrando as janelinhas de vidro colorido ao redor da cama. A vista da mata era maravilhosa.  

Todo o quarto era de madeira parda muito bem envernizada, ao centro um extenso tapete de folhas e tecidos entrelaçados; muito bem trabalhados. O aroma do ambiente era embargante, a brisa que vinha de fora, era fresca. Sentindo cada erva aromática que vinha da mata, forçando-a a exalar aquele aroma vagarosamente, inspirando de olhos fechados.

Wallace nota a inibição dela e toca seu ombro carinhosamente, aproximando-se por trás. Em seguida, sussurra em seu ouvido:

- É seu. Sempre foi. Fique a vontade, não se acanhe. - a olha encantando, sabia que ela nunca teve esse luxo nessa vida, e sentiu a emoção por ela.

Ela dá um passo rápido até a mesa e captura uma estatueta de um animal muito bem esculpida a mão. Ela se lembra, se vira para ele, e aponta para o objeto:

- Eu...eu que fiz! - murmura com os olhos marejados.

- Sim, você era uma excelente artista.

Ela corre para outro ponto do quarto e olha o guarda roupa, toca a porta com receio e olha para Wallace:

- Posso mesmo? - pergunta com voz de choro.

- Mas é claro querida, veja.

Ele toma a frente e toca as mãos dela, retirando-as com carinho. Ele mesmo abre seu guarda roupa, exibindo uma grande variedade de vestimentas. Desde vestes de dormir até a de Jedi, incluindo uma pequena e delicada armadura de proteção peitoral de contornos femininos. Sem hesitar desta vez, ela toca um vestido especifico, de uma cor verde bem suave com detalhes em florzinhas rosa, muito leve e delicado. Ela desliza os dedos sentindo o tecido e o cheira discretamente perdida em pensamentos. 

Wallace fica contende ao notar que ficou empolgada em rever suas coisas. Mais um ponto a seu favor. Então volta a citar seus discursos:

- Mantivemos esse quarto do jeito que você deixou, para que o dia que retornasse se lembrasse. E também que recordasse que...foi muito amada. 

Ele desliza a parte superior de seus dedos nos braços expostos dela, enquanto ela se vira de vagar. Estava com os olhos cheios de lágrimas. Habilmente ele retira um lenço. Com uma mão toca sua face e com a outra ele enxuga suas lágrimas com cuidado. Ela toca suas mãos tentando evitar esse contato íntimo, mas estava tão emocionada que não encontrou forças para isso.

Sem tirar o toque ele continua:

- O lugar de uma dama como você é longe do perigo, bem aqui, aos meus cuidados. - continua ele a envolvendo mais com sua voz sedutora e toque cuidadoso.

- É tentador Wallace, mas, tenho uma missão a cumprir. - responde ela em um murmuro, evitando o olhar.

- Esqueça essas missões, Jedi. Um ser angelical como você não deveria ter uma cicatriz sequer. - a velocidade de suas respirações aumenta, e ela o olha nos olhos. - É de lei, sempre ter um sorriso no rosto em vez de lágrimas. - e limpa a última lágrima que rolava por seu rosto aproximando seus lábios aos dela, tão sutilmente que ela não nota o quão estavam próximos.

Com esse enfraquecer de Rey, ela abaixa suas defesas, fazendo Ben sentir nesse momento, a aproximação, conseguindo ver toda a cena em sua tela mental. Ele rosna e soca a parede a chamando telepaticamente.

No mesmo instante, ela o ouve como uma voz vinda lá do fundo do abismo, e desperta piscando várias vezes e distanciando-se de seu toque. Agitada, ela caminha até a parte de fora apoiando os cotovelos numa sacada de bambu. Desliza as mãos sobre a face e observa um grande jardim. Percebe que ali tinha uma escada que dava acesso a esse jardim, notou também, que era particular, porque continham muros altos podendo ser vistos até onde seus olhos alcançavam.

Tinha uma lagoa muito bonita e cristalina. Ao lado uma gruta aonde continha uma cascata, que moldava as rochas em total harmonia. Havia também uma enorme árvore que saltavam aos olhos. Embaixo continha o gramado perfeito para um piquenique, e lembrou-se da visão. Do homem morto, e ao lado a entidade de preto portando a espada ensanguentada logo atrás dessa mesma árvore. O campo estava lá também, mas menor. “Será que, é o mesmo local da minha visão?”

Wallace se aproximou cuidadoso e disse:

- É sua pequena floresta particular. 

Ela não responde, pareceu muito perdida. Agora ele tinha certeza que era ela, o brilho nos olhos era o mesmo, isso era muito mais evidente que um exame de sangue. A forma com que ela olhava tudo aquilo, só podia ser ela. Apenas ela fazia seu coração acelerar dessa forma, era mais do que uma prova. Precisava tê-la aos seus cuidados. E continua:

- Precisa vir comigo, eu...

- Wallace. O que realmente aconteceu comigo? – ansiosa, o corta.

Ele respira fundo soltando o ar aos poucos pela boca:

- Venha. 

Ele a guia até a biblioteca e retira um enorme pergaminho que estava guardado em uma caixa de vidro pendurada na parede. Ele o estende com cuidado sobre uma mesa, e dali era possível ver uma figura, que mais parecia à caverna de Sayjin. No entanto, com uma diferença. Nele tinha Serehna lutando com o tal homem, mas aí estava usando um sabre de luz negro, e ela usando sabre de cor anil. Na sequência, tinha os dois unidos, da mesma forma que viu na gruta. Desviando o olhar mais abaixo, viu a cena que a aterrorizou, o palácio destruído tomado por um céu vermelho, e ela morta aos pés da figura sombria que enterrava a espada em seu coração. Segurando o sabre dela erguido para o alto, como vitória.

Ela aperta as bordas da mesa e fecha os olhos lentamente, solta o ar trêmulo pela boca apertando os lábios em seguida:

- Ele abusou de sua bondade para se aproximar de você, e, a matou. O castelo foi invadido, os Jedi lutaram e conseguiram vencer os Siths. Mas, antes da derrota, conseguiram levar sua vida junto.

- E..e..você? - pergunta com os olhos marejados, sem tirar os olhos da gravura.

- Fui morto pelo mesmo, no mesmo dia.

Ela mesma fecha o pergaminho. Não queria acreditar. Tentou fechar sua mente as novas informações, e confiou mais em Sayjin. Ben não faria isso, e se fez, isso ficou no passado, hoje ele era outro. Rey, então, seguindo as orientações de Ben e Yoda resolve fingir, então lembrou dos sabres:

- Aonde o assassino está agora?

- Não sabemos aonde esse lorde Sith está, e nem perdemos o tempo em descobrir. Apenas você foi o foco.

- E esses sabres de luz... os da gravura?

- Eles estavam aqui sobre meus cuidados, mas, foram roubados.

Nisso Dragomir aparece no quarto batendo na porta antes de entrar. Wallace fez um sinal para ele ir até eles. Dragomir estava acompanhado de outro homem, vestido com uma capa de cor cinza, suas mãos escondidas por dentro das mangas. Estava difícil para ela olhar como era por baixo da capa, mas tinha traços muito próximos a dos humanos. Não passava algo ameaçador como Dragomir. Ambos os reverenciam antes de Dragomir começar a falar:

- Senhor, está tudo pronto!

- Ah sim, Dragomir e Sirius. - ele se vira um pouco ansioso para Rey e captura suas mãos. - Precisa ir com ele para fazer o teste de sangue.

- Mas sou eu mesma, não tenha duvidas! - sorri

- Não só por isso, mas, isso revelaria mais coisas como, por exemplo, sobre seus pais verdadeiros.

- Meus pais verdadeiros, o que sabe sobre eles? - pergunta pálida, como um fantasma agarrando as mangas da camisa dele.

- Oras, eles viviam aqui, conheci sua mãe! –ele responde, naturalmente. 


Notas Finais


Essa foi a imagem mais próxima que consegui da Jedi Serehna,( claro que com os cabelos maiores e olhos cor de mel.)
https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/d3/93/7d/d3937dc70401162d95e836c09b27ef7e.jpg


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...