História Prisioner... (Imagine Park Jimin BTS) - Guilty.

Capítulo 11 - Culpado.

"— ___________! — O enorme grito de Park foi ouvido pela garota, e assim a mesma percebeu que uma faca vinha em sua direção rapidamente. Sentiu seu corpo ser empurrado para o lado e um grito de dor ao seu lado.

— JIMIN!"

Ambos os olhos se abriram apavorados, o suor descia por sua testa e seu coração estava acelerado após __________ ter certeza que havia ouvido aquilo. Havia visto aquilo. A imagem de Jimin ferido profundamente e jorrando sangue aos seus olhos.

— Aish... — Resmungou, levantando-se da cama sem nenhum ânimo e indo em direção ao banheiro. Seus olhos miraram o reflexo refletido ao espelho, cabelos levantados, olheiras não muito profundas e uma cara completamente amassada. É, aquilo com certeza foi o resultado de seu "sonho" ou apenas uma noite mal dormida pensando em Jungkook.

Já haviam se passado três dias desde o acidente em que pôs o garoto á morte. E ela tinha que confessar, não estava sabendo lidar com aquilo da maneira mais fácil.

Quem não se chatearia? Quem não ficaria horas trancado em seu quarto relembrando os bons momentos que teve com a pessoa que a salvou de toda a desgraça de sua vida?

Sim, ela se chateou, e profundamente. Recebia diversas batidas na porta, nas quais eram de Jin perguntando se estava bem ou se queria comer alguma coisa, o que raramente ela aceitava. Mas o real problema eram esses diversos sonhos misteriosos que a mesma andava tendo. Eles significavam que algo estava por vir? E se fosse, seria algo bom ou ruim?

Eram muitas perguntas para uma pessoa que havia acabado de acordar. Ela estava decidida, iria se arrumar e sair daquele quarto pelo menos naquele dia. Ela não poderia ficar se lamentando por algo que não cometeu, sabia que Jungkook não gostaria que ela se remoesse e chorasse por algo que definitivamente não era sua culpa.

Foi minha culpa?

Tudo isso não teria acontecido se Jungkook não resolvesse me tirar daquela casa...

No final, acho que apenas estou trazendo problemas para todos...

Um suspiro lamentável saiu sem sua percepção. Odiava pensar que tudo aquilo havia sido sua culpa. Jeon apenas quis a ajudar, foi uma escolha dele, certo?

Ela sinceramente queria pensar que era isso.

Fez suas malditas higienes matinais rapidamente e foi em direção á cozinha, encontrando Seokjin e senhora Jeon com caras sérias enquanto tomavam café.

Com certeza a falta do garoto era um problema. Ele sempre foi o mais brincalhão da casa, que vivia reclamando por ter que levantar de seu divino sofá para poder ajudar os outros nas tarefas de casa. Seu sorriso radiante não era mais visto e suas risadas não eram mais ouvidas por ninguém. Apesar de todos lamentarem, não preencheria o grande espaço vazio que havia deixado naqueles corações.

— Bom dia... — Murmurou aos demais que miraram os olhos em si por segundos, cumprimentando-a fraco com a cabeça.

— Que bom que saiu do quarto um pouco. — Exclamou o único garoto sentado á mesa enquanto _________ arrastava uma das cadeiras ao seu lado, se acomodando logo em seguida. — Tenho que falar com você depois, estávamos te esperando.

— Por quê? — Olhou confusa e com o cenho franzido para os dois, vendo a mulher mais velha suspirar, com os olhos marejados. Ela logo soube identificar sobre quem seria o assunto; Jungkook.

— Os policiais... descobriram quem assassinou Jungkook. — Os olhos da mais nova se arregalaram e seus punhos foram cerrados. — Na verdade, descobriram há dois dias, porém... queríamos que fosse com agente para descobrir quem é. Te entendo se não quiser ir, eu vou respeitar e...-

— Eu vou ir. — Murmurou séria e decidida. Sentindo a raiva se apossar de seu corpo aos poucos. Finalmente ela iria descobrir quem havia matado seu melhor amigo, e ela tinha toda a certeza de que a pessoa iria pagar caro.

— Okay. Daqui á pouco, vamos lá. Se alimente, você está precisando. — Ela assentiu e começou á preparar seu café da manhã com o que tinha na mesa, alimentando-se e esperando a hora de poder ver o maldito ser que a fez derramar diversas lágrimas e culpar á si mesma pelo ato que cometeu.

-x-

Os passos dos indivíduos ecoavam pelo piso do enorme corredor da delegacia. Uma sala foi avistada de longe e sem mais delongas, os cinco entraram, mirando os olhares para o policial.

— Bom dia. — Exclamou curvando-se para os demais, que repetiram o ato. — Estão aqui para visitar Park Jimin, não é? — O sangue da garota congelou, junto ao dos demais que não sabiam ainda da notícia. — Bom, analisamos as provas e todas indicam que realmente foi ele. Temos até mesmo uma gravação em uma das câmeras do hospital no qual a vítima estava localizada. Ele foi julgado ontem e foi condenado á prisão perpétua.

— Podemos ir, policial? — Taehyung, que estava com os demais, juntamente á Hoseok questionou encarando a ficha de Park depositada sobre a mesa do escritório.

— Sim, porém, apenas um poderá entrar. — Todos miraram os olhares imediatamente em _________, que assentiu, logo senguindo o homem até o corredor onde possivelmente estaria Park.

Seu estômago estava embrulhado. Ela não acrediatava que Jimin havia feito aquilo, havia matado seu melhor amigo. Se bem que ela não achou tão surpreendente, já que havia fugido de sua mansão e de seu cargo de "Prisioneira".

A porta da sala foi aberta e o policial com a mesma encarou seu colega de trabalho, que autorizou sua entrada. De longe e no fundo da enorme sala, concentrava-se Jimin sentado á uma cadeira com apenas uma luz fraca á sua frente.

A garota sentiu um aperto no peito. Era como se a sufocassem dizendo milhares de coisas erradas sobre aquilo. Ela não entendia, mas sentia que algo estava errado.

Em passos lentos e nervosos, foi caminhando até a cadeira á frente da mesa, com Jimin a observando á sua frente.

Ambos ficaram se encarando por alguns segundos, o garoto tentava a reconhecer, sentia que a conhecia, mas não sabia explicar.

— Quem é você? — Perguntou em uma voz rouca e baixa, enquanto a olhava nos olhos, reconhecendo-os de algum lugar.

— Mudei tanto assim? — Riu sarcástica e com desdém a outra, se aproximando mais de Park, fuzilando-o com os olhos. — Aquela garota frágil que você feria quando queria se divertir, quando queria prazer... ou melhor, quando queria o sofrimento. — Jimin estreitou os olhos, reconhcendo-a de imediato.

— __-________? — Exclamou, com os olhos arregalados, observando a outra se levantar da cadeira lentamente.

— Eu não acredito que fez isso Jimin! — Gritou, vendo o outro com os olhos marejados. — O QUÊ EU FIZ PARA VOCÊ? ME FALA, SEU DESGRAÇADO! — Park apenas sentiu o impacto da mão da frágil garota com o seu rosto que se encontrava avermelhado. — VOCÊ DEVIA MORRER! FILHO DA PUTA! — Ele abaixou a cabeça, sinceramente se entregando e rendendo-se á tudo aquilo. Afinal, em sua mente, ele merecia. — Não devia ter ido aquela casa ano atrás, me arrependo de tudo aquilo. Me arrependo de ter conhecido você. — Virou-se pronta para ir embora, porém, em um ato rápido Jimin segurou o braço da mesma, sentindo a mesma tentar o soltar, porém em vão.

— Você acha mesmo que uma pessoa assassina iria deixar tantas provas espalhadas assim? — O corpo da mais nova paralisou e ela virou-se novamente para o garoto. Vendo-o com os olhos avermelhados. — ACHA QUE UMA PESSOA COMO EU PODERIA MACHUCAR ALGUÉM COM UMA BALA?! — Esbravejou Jimin, enquanto os policiais ficavam alertas perto do mesmo, atentos á tudo.

— Acho. — A garota murmurou encarando-o com os olhos marejados.

— Não fui eu que o matei. Acredite em mim... — Implorou com lágrimas descendo sobre seus olhos, vendo os policiais pegarem o mesmo pelos braços e ir puxando-o até a outra porta do outro lado da sala. — ACREDITE EM MIM! POR FAVOR! — Jimin relutava, porém falhava, os dois homens bombados levaram-o rapidamente, deixando-a ali, estática por segundos.

— O horário de visita acabou. — Exclamou o outro atrás da mesma, que assentiu e retirou-se da sala com lágrimas solitárias descendo sobre seus olhos.
No canto do corredor, o homem encapuzado, completamente disfarçado fitava a garota aos prantos andando pelos corredores, com um sorriso diabólico formando lentamente em seu rosto.

— Você merece isso.
 

Continua...