Point of View — Daniella Martins
Dias depois...
Dias se passam e cada um foi pior que o outro, Justin vive me criticando, me olha como eu fosse algo insignificante. Não mereço isso, ninguém merece. Eu realmente não sei o que fiz, mas será que ele pode, pelo menos, tentar ser um pouco mais amigável? Estou quase pedindo demissão, mas uma vez lembro que Pattie me disse que é normal ele tratar as babás assim, que sente muito por isso e se eu não aceitasse o emprego ninguém ia querer. Eu sou a babá dele que ficou por mais tempo, as outras conseguiram ficar, no máximo, três dias.
Fiquei pensando, mas logo percebi que Justin está muito quieto. Quieto até demais. Vou atrás dele, já estou muito preocupada. Não tem ninguém em casa a não ser nós dois, vai que... Não!
Point of View — Justin Bieber
Hoje é o dia da pegadinha, estou super ansioso. Está tudo em seu lugar, os meninos já pegaram as fantasias e eu afastei todos aqui de casa, tudo pronto.
Bom, o plano é o seguinte: Tirar todos de casa, corta a energia elétrica — para dar um pouco mais de medo — Daniella-Delícia achar que eu sumi do nada e vir atrás de mim. Eu gritar onde ela tem que vir e quando chegar, os meninos estão vestidos de palhaços assassinos com uma faca — de verdade — Ela vai tomar um puta susto, eles vão bater bem forte nela, até sangrar — se ela contar isso para alguém, a mesma morre, simples — e depois ela vai ser amarrada na cama e lá eu a estupro!
Agora só falta ela perceber que eu sumi e…
— Justin? — Daniella-Delícia me chamou, é agora. — Aonde você está? Estou com medo — Que garota trouxa.
— Vai ao corredor treze, sobe as escadas. Vire à esquerda, abra a porta e vai ao quinto andar. Vire a primeira direita e abre a porta outra vez. — Gritei para ela me ouvir. Nem entendi o que eu disse, só li o que estava escrito no mapa da mansão.
Dei o sinal para os meninos e fui para meu lugar. Nada pode dar errado e eu quero aproveitar a noite. Ouvi seus saltos se chocarem no chão devagar, ela está chegando. Daniella abriu a porta e quando viu os meninos vestidos de palhaços desmaiou.
— O que nós temos que fazer? — Chris pergunta.
— Esperar que ela acorde. — Respondi simples, quero só ver a cara dela, meu coração está a mil de tanta ansiedade.Me sinto uma criança ansiosa para tomar seu sorvetão.
Vários minutos se passaram e essa cretina não acorda, já estou querendo fazer minha parte. Eu esperei tanto por isso, e não vai ser essa garota que vai atrapalhar minha diversão. Uma luta livre grátis e uma transa gostosa, existe algo melhor? É, eu sei que não. Eu estava no topo de raiva, não aguento mais esperar, já ia pedir aos meninos para pegar Daniella na porrada. Mas ela começou a se mexer — amém —. Os garotos tiram a fantasia na hora.
Bom, é hora do Show.
— O que…?— ela nos olhou. — Como você veio parar aqui? E quem são eles? — Daniella-Delícia perguntou, você jura que tem só isso para dizer? Eu abrir minha boca para dizer algo, mas Chris me corta.
— Poxa Justin, ela é muito boa para você. Deixa a gente aproveitar um pouco dela também. Você lá nesse paraíso e a gente só olhando ou ajudando. — Disse Chaz indignado, que merda, pode nem foder em paz.
— Olhar e ajudar em que?— Daniella perguntou com puro veneno. — E você não me respondeu, Justin.
— Eles são meus melhores amigos, eu vim pelo elevador, desculpa se você é lesada e não viu. — Eu disse. Daniella revirou os olhos. Ela quase se levantou, mas Ryan a puxou para o chão de novo e ganhou um belo soco no ombro, que doeu até em mim. Como ela conseguiu ter essa força toda?
— Ai porra, meu braço, vou te esfolar todinha, sua vadiazinha oferecida. Você sabe com quem está mexendo? — Ryan está puto, ele vai matar ela.
— Eu não lhe dei liberdade de me chamar de vadia oferecida e nem sua mãe para ser cadela. Por que, para sua informação, sou uma mulher de família, e sei sim com quem estou mexendo; Com um otário, que se acha melhor que todo mundo, mas é apenas uma garotinha assustada. — Daniella retrucou, porra é a mesma coisa de pedir para morrer. Ryan foi para cima dela, a mesma deu tanto soco e tapa que acho que ele não vai aguentar, espera… Ryan que está apanhando, não ela. Essa aí bate igual macho.
As coisas estão ficando interessantes, eu sei que ele é um de meus melhores amigos, mas ver essa cena realmente prefiro ficar assistindo do que ajudar. Ryan ficou com um olho roxo, corpo cheio de arranhões, tapas no rosto que ficaram a marca da mão. E o corpo todo cheio de machucados terríveis, e Daniella? Sem nenhum arranhão se quer.
— Isso é para você nunca mais me tocar e falar desse jeito comigo. Não sou as vadias que você faz o que bem entende. Entendeu? — Daniella disse, Ryan assentiu jogado no chão. — Responde com a boca, porra!
— Sim eu entendi. — Ryan nem conseguiu falar de direito, eu estava me divertindo demais. Ri pelo nariz.
— E isso serve para todos vocês! Se um de vocês me incomodarem como ele, vão ficar igual ou talvez pior. — Daniella coitada, se a gente tivesse com as armas agora, você dançava.
— Que agressiva, adoro mulheres assim. — Chaz disse já com um sorriso malicioso. Chaz não perdia uma, filho da puta, idiota, a garota já esta puta, antes foi o Ryan e agora é ele. Daniella não disse nada, apenas pegou Chaz pelo cabelos e bateu sua cabeça forte contra o parede umas quatro vezes. O coitado — lê-se, infeliz — caiu no chão com tudo. Ok, essa brincadeira já foi longe demais. Se meu amigo morrer...
— Ei, você. — Chamei por Daniella, mas ela não respondeu e nem olhou para mim.
— Eu tenho nome. — Porra, que revolta. Eu que deveria está assim por quase ter matado meu amigo.
— Daniela, como você aprendeu isso? é lutadora? — Eu Disse no tom de brincadeira, escondendo meu rancor.
— Não, quando você vive com bandido a vida toda, aprende a ser um. — Como assim? Quem é bandido?
— Como assim? — Perguntei meio sem jeito.
— Não sou obrigada a falar da minha vida pessoal para você. — Ela retrucou. Revirei o olhos.
— Mas vamos ao que interessa agora. Você vem comigo para o meu quarto ou vai ser forçada. — Preciso de uma noite de sexo urgentemente.
— Eu vou no seu quarto. — Daniella respondeu firme e forte, espera, ela quer? Caralho, foi mais fácil do que eu imaginei.
— Ok, vamos meninos… — Eu disse, mas ela me corta.
— Só nós dois, eu te ajudo. — Meu deus, meu pau vai explodir. Ataque de tesão. Chama o bombeiro que estou pegando fogo. Espera, isso foi muito gay.
Ela foi na frente. A garota está andando rebolando para me provocar, pensei. Ela me ajudou a ir com a cadeira de rodas depois que finalmente chegamos no andar de meu quarto. Quando chegamos no quarto, ela o trancou.
Eu estou com medo e ao mesmo tempo ansioso para isso começar. Com medo caso ela me mate e ansioso por que quero transar logo. Ela começou a procurar algo na minha gaveta, espera, e a transa?
— Ôh minha filha, não está esquecendo nada não? — Perguntei já perdendo a paciência.
— Você achou mesmo que eu ia transar com você? Me poupe. — Daniella disse revirando os olhos.
— Você me enganou. — Eu estava com tanta raiva, meus dentes estavam trincados. Meu sangue está fervendo. — E por que me trouxe aqui, então?
— Quero que você me conte tudo que aconteceu lá em cima.
— Ok, mas com uma condição, você disse algo sobre viver com bandidos, vai ter que contar essa história direito.— Ela assentiu. — Espero que seja uma mulher de palavra. — Contei tudo para ela. Teve um momento em que ela quase me bateu, mas conseguir me explicar. — E agora, dondoca, sua vez.
— Bom Justin, eu não sou uma garota que tem muito dinheiro. Aliás, não tenho dinheiro algum. Fui nascida na rua. Num lugar onde só tinha bandido. Fui vendo eles brigarem, usarem armas, você sabe, coisas de bandido. Comecei a me misturar com eles. Minha mãe sempre me batia com isso, mas eu nunca tomava jeito, eles me ensinaram de tudo, meu sonho aos quinze anos era ser uma deles. Mas eu sabia que era muito perigo e preferir ficar na minha. Não sou rica, nem classe média, nem pobre, já passei da linha da pobreza. Mas sou assim com muito orgulho, por que se não fosse por isso, nunca teria aprendido como me defender de verdade! — Ouvir tudo aquilo me deixou de queixo caído, ela sabia se defender, eu poderia está com uma arma agora, mas ela saberia se proteger.
— Você não tem dinheiro, tipo nenhum? — Perguntei curioso, gostei da história dela, ela viveu uma aventura. Se eu a tivesse conhecido antes, já tinha me casado.
— Não, e é por isso que estou aqui lhe aturando até hoje, preciso alimentar minha família, sim, eu a alimento sozinha e deus. Não tenho casa, sou moradora de rua, eu, meus pais, meu avô, meu sobrinho e a minha irmã. E estou querendo comprar uma casa.
Ouvir isso me deixou deprimido, ela não tem casa, mora na rua. Isso explica por que me atura todos os dias e o por que teve tantos empregos. Ela alimenta a família dela inteira, isso dá muita dó, é mais preocupante que estar em uma cadeira de rodas, sem poder mexer os braços ou pernas. Cheguei mais perto dela, perto o suficiente para a beijar. Daniella deu conta do recado e também se aproximou. Nossas respirações estavam se chocando.
— Se você quiser eu posso… — Eu comecei a dizer, mas a campainha começa a tocar.
— É melhor eu ir atender. — Ela disse. Só porque estava rolando um clima. Havia uma química entre nós, eu posso sentir. Ela se levantou, não pude me conter e olhei para seu belo bumbum.
— Eu vou com você. — Eu disse para ela. Não podia deixá-la sozinha depois dessa, não quero mais a tratar mal, Daniella precisa de alguém que a entenda, ela não tem mais amigos, a única amiga que tinha morreu. É ela contra o mundo.
Daniella abre a porta e vejo Mônica, senti uma raiva da porra. A mesma entra empurrando Daniella, que vadia.
— Oi, Justin. — Ela disse toda animadinha, com seu lindo sorriso cínico nos lábios.
— O que você quer? — Pergunto com os dentes trincados, vejo Daniella subir as escadas. — Espera Dani, fica um pouco. — Ela assente e se senta no sofá.
— Vim lhe mostrar quem é meu novo namorado, que é melhor do que você.— Um cara de cabelos negros entra. Vi Daniella se levantar imediatamente. Os dois ficaram se encarando, os olhos de Daniella se encheram de lágrimas. Forcei ao máximo para não rir de sua cara. Honestamente, não estou nem aí.
— Você está bem? — Mônica pergunta. O cara começa a rir Que porra está acontecendo? Daniella bate na cara do desconhecido, me arrancando gargalhadas.
— Garota, você é louca? — Mônica gritou.
— Desculpa, Justin, eu… Preciso ir. — Daniella disse, mas antes de eu falar algo ela correu até o jardim.
O cara começa a rir igual uma hiena com dor de barriga, continuei me segurando para não ri também. Fui atrás de Daniella, porque é isso que um amigo de verdade faz. Ela estava sentada no chão, abraçando as pernas, chorando e soluçando. Fui em sua direção, ficando ao lado dela.
— Quem é ele? — Fui direto ao assunto. Daniella deu um pulo de susto, quando viu que era eu fechou a cara.
— Lembra que eu disse que tinha um namorado? — Eu não acredito, filho da puta, eu odeio isso. Odeio traição, como esse cara pode fazer isso com ela? Ela estava péssima.
— Normal. — Lembrei que Mônica fez comigo e saiu sem querer. Ela me olhou indignada
— Normal? Você acha que traição é normal? Deixa de ser idiota, aposto que você nunca amou alguém ao ponto de matar por ela.
— Sabe aquela ruivinha na sala? Então, ela era minha ex. Eu a amei. Você não tem noção de como eu a amei, mas ela terminou comigo, e da pior maneira. Ela foi direta, disse que era prostituta, que me traía todos os dias e que nunca me amou. E que foi por causa dela que estou aqui! Ela pagou um homem para me atropelar de moto. Era para eu está morto.
— Eu sinto muito. — Ela estava derrotada, Daniella o amava demais. Conseguia sentir de longe. Por isso não transou comigo, ela o respeitava. — Agora eu, realmente, não sei mais o que é amor.
— Ei, Daniella. — O ''namorado'' dela se aproxima. — Preciso conversar com você, a sós.
Daniella foi até ele, eles caminharam até perto celeiro — sim, aqui no jardim tem um celeiro — e claro que fui atrás, preciso saber, se for muito preocupante é claro que ela não vai contar para mim.
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