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História Private Hell - Newtmas fic - Please Tommy, Please


Escrita por: DylmasShipper

Notas do Autor


Helloo babies

Tivemos um Record de melhores comentários no cap passado e EU NAO CAI DA ESCADA HAHAHAHAH

Aproveitem o capítulo :)

Boa Leitura!

Capítulo 32 - Please Tommy, Please


 

… na manhã de ontem o traficante Zyan Chang foi encontrado morto nos arredores de Long Island após sequestrar e fazer a família do empresário Janson Sangster de refém. Segundo nossas fontes, o empresário de cinquenta anos estava devendo uma quantia alta de dinheiro ao traficante após ambos trabalharem juntos. Durante o ocorrido além do traficante, houve mais duas vítimas. A filha mais velha de Janson, Sonya Sangster de 17 anos e o namorado dela Benjamim Sheffield de 19. Os demais reféns consistiam na esposa e filho de Janson, Ava e Newton Sangster, Thomas O’Brien amigo de Newton e Sally Hansen que fazia parte de uma relação extraconjugal do empresário. Após a chegada da polícia os reféns foram encaminhados ao hospital e de acordo com nossas últimas informações, Janson já se encontra preso onde irá respon….

 

Desligo a Tv. Não consigo ouvir mais nenhuma palavra do noticiário. Gostaria de não poder ouvir nada em relação a isso, talvez se eu não escutar, tudo isso não passe de um terrível pesadelo.

 

Solto um riso forçado. Quem eu quero enganar? Tudo isso é um pesadelo mas um pesadelo real, onde eu posso sentir tudo. Toda a dor, toda a mágoa e toda a culpa que me cerca.

 

Meu reflexo no espelho é apenas mais uma confirmação de tudo. Estou vestindo um terno preto que deve ter custado uma boa quantia de dólares, quantia que essa que não serve para nada. Nenhum dinheiro no momento tem valor, porque nem mesmo todo o dinheiro do mundo vai trazer Sonya e Ben de volta. Eles se foram, para sempre.

 

- Está pronto querido? - Ouço a voz de Ava e me viro vendo a mesma parada na porta.

 

Concordo com um meneio de cabeça e caminho até ela. Mamãe dá um sorriso triste e me abraça, retribuo tentando passar um pouco de conforto.

 

- Vamos? - Ava volta a me interrogar e eu apenas concordo, sem forças para pronunciar nenhuma palavra sequer.

 

Passo um dos meus braços pelos ombros da mais velha e então seguimos, seguimos para o lugar mais difícil que já tive que ir.

 

(...)

 

Assim que chegamos ao cemitério, sinto um vazio profundo me atingir e me puxar para baixo, é a hora da despedida final e eu não estou pronto para isso.

 

Durante o trajeto reconheço o rosto de alguns parentes distantes e alguns amigos de Ava. Noto também um grupo menor de pessoas ali, a família de Ben.

 

Minha vontade é fugir e correr até onde minhas pernas aguentarem mas não posso, tenho que ser forte pelo menos uma vez, ser forte por ela.

 

No momento que o carro com os caixões de Sonya e Ben passa por mim indo em direção ao túmulo deles, preciso reunir todas as minhas forças para conseguir caminhar junto com a multidão até o local exato.

 

O vazio aumenta a cada segundo que passa. Sei que deveria ficar ao lado de Ava nesse momento mas simplesmente não consigo, então me mantenho a uma certa distância de tudo.

 

A cada vez que o caixão desce mais e mais de encontro ao fundo da cova, eu sinto uma parte minha ser enterrada junto e de fato uma parte de mim morreu ali.

 

Uma fina e gélida garoa de chuva começa a cair e então algo me surpreende.

 

Sinto minha mão direita ser entrelaçada por alguém, olho para o lado e vejo Trina. Minha melhor amiga sorri docemente para mim. E então o mesmo acontece com a minha mão esquerda, me viro e vejo Teresa e a seu lado Brenda. Sinto meu ombros serem apertados e os responsáveis pelo aperto são Minho e Gally. Todos os meus amigos estão aqui comigo, no momento em que mais preciso.

 

A vontade de chorar me toma por completo e deixo que ela vença. Com a chuva caindo e todos os meus amigos junto a mim, me permito chorar. Chorar por Sonya, por Ben, por Tommy que ainda está no hospital, por toda a dor que existe no meu peito.

 

Desejo que as lágrimas purifiquem minha alma e levem toda a dor embora, todo o vazio que me restou.

 

(...)

 

Após o fim do enterro, me despeço de Ava e sigo com Teresa e Minho até o hospital.

 

Durante o trajeto inteiro Teresa e Minho conversaram e tentaram me animar, apesar da tentativa ter sido um pouco falha sou eternamente grato por tê-los comigo.

 

Assim que adentramos o hospital, vejo Mary sentada em um dos bancos da área de espera. Segundo Teresa, a mesma iria fazer uma troca com a mãe para que a mais velha pudesse descansar.

 

- Como o Tom está? - Teresa pergunta apressada para a mãe.

 

- Ele continua desacordado, segundo o médico a pancada foi em uma área sensível então ele não sabe ao certo o tempo até ele acordar. - Mary responde de modo cansado. - Apesar disso ele está bem e estável. - Ela completa e então seu olhar se dirige até a mim.

 

Sinto um desconforto e uma tensão enorme cair sobre meus ombros.

 

- Newt, eu sinto muito pela sua perda. - Mary fala, seus olhos transmitem pura compaixão.

 

- É difícil mas uma hora eu vou superar… - Murmuro em resposta. - Eu te devo desculpas.

 

- Pelo o que? - A mais velha interroga, confusa com a minha pergunta.

 

- É minha culpa o que aconteceu com o Tommy, se… se eu não tivesse ido até lá, ele estaria bem agora. - Eu explico com certa dificuldade.

 

Mary sorri e leva sua mão até meu rosto fazendo um leve carinho.

 

- Não concordo com o que fizeram pois foi muito arriscado mas o Thomas ama você Newt, você mudou completamente a vida dele e eu nunca vi ele tão feliz com alguém igual quando ele está com você, então não importa o que você fizesse, ele não te deixaria só. - A morena comenta calmamente. - Não se desculpe querido, isso não foi culpa sua.

 

Cada palavra dita por Mary faz com que um calor preencha o meu corpo. A culpa ainda está presente porém um pouco menor que antes.

 

Permaneço em silêncio enquanto Mary se despede de nós e segue para casa.

 

- Já volto. - Teresa fala indo até a moça da recepção.

 

- Relaxa cara, o Thomas logo vai acordar. - Minho diz confiante.

 

Apenas concordo dando um pequeno sorriso.

 

- Já podemos ir ver ele, Newt. - Teresa nos avisa.

 

Deixo a morena ir na frente e apenas a sigo. A cada passo dado é como se minhas pernas fossem ficando cada vez mais pesadas.

 

- Vamos esperar aqui fora. - Minho comenta se sentando em um banco, Teresa faz o mesmo.

 

Me viro encarando a maçaneta da porta. Respiro fundo antes de abrir a porta e entrar no quarto.


 

Sinto meus olhos se encherem de água ao ver moreno. Ele está com um cateter no nariz ligado a um cilindro de oxigênio para auxiliar em sua respiração. Sua expressão está serena e em paz. Noto alguns pontos no corte em sua testa.

 

- Oi Tommy… - Sussurro caminhando até ele. - Me desculpe… - Completo segurando sua mão gélida entre as minhas.

 

- Eu sinto muito Tommy, sinto muito por ter deixado isso acontecer com você, me desculpa.

 

Faço um carinho com meu polegar em sua mão. Logo as primeiras lágrimas tomam conta do meu rosto.

 

- Preciso tanto de você Tommy, está sendo tão difícil passar por tudo isso sem você, sem o seu abraço apertado, sem o seu sorriso brincalhão que sempre ilumina o meu dia...

 

Meu coração dói e está cheio de cicatrizes e eu sinto que ele pode se quebrar por inteiro a qualquer momento.

 

- Acorde logo amor, eu preciso de você mais do que nunca, por favor Tommy, por favor.

 

Me curvo depositando um beijo em sua testa.

 

- Prometo que logo eu volto, não se esqueça que eu te amo.

 

Dando uma última olhada em Tommy, eu me viro e vou embora.

 

(...)

 

Cinco dias.

 

Essa é a quantidade de dias que já haviam passado e o pior? Tommy ainda não havia acordado.

 

Mesmo com o médico dizendo que ele está bem e que isso é “normal”, eu não consigo ficar calmo, sempre tem que aquele pensamento sombrio que apavora a minha mente.

 

E se ele nunca acordar? E se esse for o… fim? Como eu vou viver sem ele? Como vou conseguir seguir sabendo que nunca mais irei ver seus olhos castanhos? Que nunca mais irei ouvir a sua voz e a sua risada gostosa? Sinceramente? A morte seria melhor que passar por isso.

 

Sacudo a cabeça com força tentando disparçar esses pensamentos. Negatividade atrai coisas ruins, então não posso me permitir pensar esse tipo coisa.

 

Em vez disso foco minha atenção no meu celular. O relógio marca uma e quinze da tarde. Estou esperando uma ligação de Teresa avisando quando poderei ir ver Tommy. De acordo com ela, hoje ele passaria por alguns checapes e o horário de visita iria ser mais tarde.

 

Aguardo ansioso pela ligação que só acontece trinta minutos depois.

 

- Oi Tessie.

 

- Newt! - Sua voz está agitada e logo um medo me domina.

 

- O que aconteceu, Tessie?

 

- O Tom… ele… ele

 

- Ele o que, Teresa? - Pergunto já impaciente.

 

- Ele acordou Newt, o Tom acordou.

 

Sinto o mundo a minha volta ganhar cor em questão de segundos, Tommy acordou!!

 

- Estou indo pra ai. - Aviso e encerro a ligação já saltando da cama e seguindo em direção ao hospital.

 

(...)

 

Minha cabeça lateja de dor. Tento me lembrar de como vim parar em um hospital mas não consigo, sinto como se tivesse uma nuvem escura ocultando minhas lembranças.

 

Não sei a quanto tempo a enfermeira que estava comigo saiu e me deixou sozinho. Não faço ideia de nada.

 

Observo quando a porta se abre e uma garota morena entra.

 

Teresa. Minha irmã.

 

Meu consciente me avisa me deixando a par da situação.

 

- Finalmente acordou, Tom. - Ela sorri aliviada enquanto seus olhos azuis como turquesas me analisam.

 

- O que aconteceu? - Pergunto tentando descobrir alguma coisa.

 

A morena desvia o olhar antes de voltar a me encarar.

 

- Você sofreu um acidente e ficou cinco dias desacordado. - Ela responde.

 

Acidente???

 

- Tem uma pessoa que quer muito ver você, então deixarei vocês a sós. - Ela fala dando um beijo na minha testa.

 

Pessoa? Quem?

 

Logo que Teresa sai, um garoto magro e loiro entra.

 

- Oi Tommy. - Ele fala sorrindo.

 

Tommy?

 

- Oi. - Respondo educadamente.

 

- Estava com saudades. - Ele confessa pegando na minha mão, seu toque me causa uma sensação diferente. - Como está, Tommy?

 

- Uma dor de cabeça enorme e uma baita confusão mas vou ficar bem. - Respondo brincalhão.

 

Passo a analisar o garoto, seu rosto é fino e bem marcado, seus olhos são em um tom de castanho claro e seus cabelos loiros estão meio bagunçados.

 

- Por que está me olhando desse jeito? - Ele me pergunta com uma carinha fofa.

 

Decidindo por um fim nessa incógnita, eu finalmente pergunto.


            - Me desculpe mas… quem é você?


Notas Finais


O sofrimento ainda não acabou muahahahah ;)

Até o próximo

Nhac


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