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História Private Hell - Newtmas fic - Make it Without You


Escrita por: DylmasShipper

Notas do Autor


Hey Hey amores

Chapter com muita informação e acontecimentos.

Música do cap: Make it Without You - Andrew Belle (Link nas notas finais)

Boa Leitura!

Capítulo 34 - Make it Without You


Fanfic / Fanfiction Private Hell - Newtmas fic - Make it Without You

        Point of View of Newt Sangster   

Sexta-Feira, 14h:12m 

 

Pele pálida. Olhos vazios e fundos. Cabelos bagunçados. Algumas olheiras visíveis. Uma aparência abatida e cansada. É o que o reflexo no espelho me mostra.

 

Newton Sangster, você está um trapo.

 

O arrependimento por ter aceitado sair com Thomas começa a pairar sobre mim. Sinto que isso só vai me trazer mais dor e problemas. Entretanto prometi que nos daria uma última chance e esse é o motivo que me faz sair de casa e seguir até ele.

 

Como o clichê que Thomas é, ele marca de se encontrar comigo em uma sorveteria. Para a minha sorte o local não está muito cheio.

 

Thomas escolhe uma mesa próxima a uma das janelas. Me sento de frente para ele.

 

- Será que se eu pedir para misturar todos os sabores eles aceitam? - Thomas pergunta com os olhos focados no cardápio.

 

- Eu acho que não. - Respondo. - Por que quer misturar tudo se o seu sabor favorito é flocos? - Deixo escapar e logo me arrependo de tal ato.

 

- Você está certo, e o seu é chocolate, certo?

 

- Como… como você… - Antes que eu possa terminar, ele responde.

 

- Algo me diz isso. - Tommy responde com um pequeno sorriso. - Mas de todo modo, eu estou certo?

 

- Está. - Murmuro me sentindo a pessoa mais iludida de todas.

 

Permaneço em silêncio até que uma das garçonetes do lugar vem anotar nossos pedidos.

 

- Que vista linda essa em? - Thomas fala olhando pela janela.

 

- Vários carros e prédios, bem linda mesmo. - Devolvo irônico.

 

- Com licença, aqui estão seus pedidos. - A garçonete anuncia trazendo nossos sorvetes. - Aproveitem!

 

Mantenho o olhar focado no sorvete. Provando um pouquinho apenas para disfarçar. Amo sorvete mas ele simplesmente não parece tão interessante no momento.

 

Levo um pequeno susto ao sentir a mão de Thomas no meu rosto.

 

- Não imaginava que você era do tipo que se suja tomando ou pelo menos fingindo. - Thomas me explica. - Por que eu sinto que você não queria estar aqui?

 

Sinto meu rosto esquentar com sua pergunta. Não deveria deixar meu desânimo tomar conta de mim mas pelo visto não consegui evitar.

 

Ótimo Newt, você só faz merda!

 

- Não é que eu não queira estar aqui Thomas, é só que…

 

- Eu sei, é estranho estar na presença de alguém que se tornou um desconhecido. - Ele completa e posso notar um pouco de tristeza em sua fala.

 

- Desculpe Tommy… Thomas. - Me corrijo rapidamente.

 

- Pode me chamar de Tommy, eu gostei desse apelido. - O moreno dá um sorriso brincalhão. - Vem, vamos dar um passeio pelo Central Park. - Acrescenta já se levando e deixando o dinheiro do sorvete sobre a mesa

 

Faço uma careta ao ouvir sua idéia

 

- Eu não vim de carro. - Aviso a Tommy que me olha sem entender.

 

- E daí?

 

- É um pouco longe daqui. - Respondo como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

 

- Cruzes Newt, deixa de ser preguiçoso. - Ele rebate se virando e indo em direção a saída.

 

Me levanto rápido deixando o dinheiro do sorvete mais uma boa gorjeta sobre a mesa e sigo o moreno.

 

(...)

 

- Acho que dá próxima vez eu vou te convidar pra correr. - Thomas comenta assim me jogo em um dos bancos do CP. - Precisa deixar de ser sedentário.

 

- Não sou sedentário mas certas coisas eu normalmente planejo antes de fazer. - Comento deixando escapar um sorriso.

 

- Ae, finalmente consegui fazer você sorrir. - Tommy comemora. - Você tem um sorriso bonito.

 

Desvio o olhar do seu tentando diminuir a vergonha. Toda essa situação está sendo um pouco estranha. É como se eu estivesse vivendo tudo de novo. Os mesmos sentimentos e reações de quando sai com Thomas pela primeira. Até porque foi aqui que nos encontramos.

 

Após o meu momento de vergonha passar, Tommy se senta ao meu lado e damos início a uma conversa animada. Falamos de diversos assuntos desde filmes, jogos, esportes e vários outros. Algo que me deixa curioso é que em nenhum momento ele toca em nada da sua vida antes da perda de memória e em parte eu fico aliviado por isso.

 

Em determinado somos pego de surpreso por um frisbee que cai próximo de nós. Logo uma garotinha e um garotinho vem até a gente pedindo para que devolvesemos o brinquedo.

 

Thomas como a boa criança que é pergunta se podemos nos juntar a brincadeira. E com a permissão das crianças começamos a jogar..

 

Permanecemos por um longo tempo assim, nos divertindo e dando boas risadas, principalmente quando Tommy cai feito uma jaca no chão, até que a mãe das crianças avisa ser hora de ir para casa.

 

- O sol está se pondo e apesar de você ser de confiança, Mary não está aceitando muito bem o fato de eu chegar tarde em casa. - Thomas anuncia envergonhado.

 

- Tudo bem, melhor irmos então. - Falo já começando a caminhar.

 

- Onde vai?

 

- Você não disse que ia pra casa? - Rebato sem entender.

 

- E vou, mas quero passar pelo caminho da Ponte. - Ele responde sério.

 

Meu coração acelera com sua resposta. Não imaginava que isso iria acontecer e nem estou pronto para passar por lá. Pelo lugar em que nos conhecemos.

 

Não tenho outra escolha a não ser aceitar. E é isso o que faço, apenas sigo o moreno. O silêncio predomina o trajeto inteiro.

 

Chegando na ponte, Thomas para e começa a observar o pôr-do-sol. O céu está um misto de cores que varia entre rosa, laranja, vermelho e amarelo. Uma visão linda que chega acalmar a tensão que está presente em mim.

 

- Por que eu não consigo me lembrar de você, Newt?

 

A pergunta de Thomas paira pelo ar. Ninguém se atreve a responder, até porque não há resposta para isso.

 

Tommy me olha e então começa a se aproximar. Quando dou por mim, nossos corpos já estão quase colados.

 

- Por que não me diz a verdade, Newt? A verdade que ninguém quis me contar? - Thomas questiona e estamos tão próximos que é possível sentir sua respiração bater no meu rosto.

 

Sinto todas as defesas que montei ruir com apenas sua presença. Minha respiração está falha e estou visivelmente nervoso.

 

- Que verdade? - É a única coisa que consigo pronunciar.

 

- Que éramos namorados. - Ele responde, seu olhar está fixo no meu. - Eu perdi a memória, não o histórico de mensagens do meu celular. - Completa se afastando.

 

Dou um longo suspiro tentando recuperar o controle.

 

- Eu li todas as mensagens, e finalmente entendi tudo. - Ele anuncia me deixando mais confuso ainda.

 

- Tudo o que? - Pergunto receoso.

 

- Há uns dias a imagem dessa ponte não sai da minha cabeça e sempre era quando eu pensava em você. - Ele explica calmamente. - Foi aqui que nos conhecemos.

 

- Sim, foi. - Sussurro me sentindo sem forças.

 

- Se éramos namorados, porque parece que você não se importa? - Sua pergunta me pega desprevenido, levo alguns minutos até conseguir responder.

 

- Talvez seja melhor assim, foi por minha culpa que você sofreu aquele acidente e perdeu a memória, você não se lembrar de mim Tommy, talvez as coisas tenham que ser assim. - Respondo sentindo todo o meu peito doer, eu não quero que as coisas sejam assim.

 

- Tudo bem então. - Ele murmura e consigo notar um resquício de mágoa em seu olhar. - Nos vemos amanhã?

 

- Pode ser. - Dou um sorriso apesar da mentira.

 

A decisão foi tomada. Não iremos nos ver amanhã. Não haverá uma próxima vez.

 

Tommy se despede e segue seu caminho. Fico aqui apenas observando ele se afastar. E então eu me viro e corro. Corro o máximo que minhas pernas suportam. Corro até meus pulmões queimarem devido a falta de ar.

 

Apoio às mãos no joelhos e começo a sugar todo o ar que consigo. Quando minha respiração se estabiliza, puxo meu IPhone do bolso e ligo para Ava.

 

- Oi, filho.

 

- Oi mãe, vou demorar um pouco a chegar então só quero avisar que já me decidir sobre a viagem.

 

- Qual foi sua decisão, Newt?

 

- Eu vou com você para a França.

 

(...)

 

Sábado, 17h:30m

 

Termino de guarda a última peça de roupa em minha mala e a jogo no chão próximo a cama. Tudo já está pronto para o grande dia. O dia em que deixarei Nova Iorque e toda a minha vida atual para trás. Tudo já está acertado. As passagens estão compradas e o vôo sai amanhã às dez.

 

Só resta apenas mais uma coisa a se fazer. Sem enrolar pego meu celular e ligo para Teresa que logo atende.

 

- Hey Newt. - Sua voz está alegre.

 

- Oi Tessie, está ocupada agora? - Sou direto e vou logo perguntando.

 

- Não, estou livre. - Sua voz muda completamente de tom, perdendo um pouco a alegria de antes.

 

- Pode se encontrar comigo agora? Naquela pracinha perto da sua casa? - Pergunto sem muita empolgação.

 

- Claro… - Ela faz uma pausa antes de continuar. - Aconteceu alguma coisa, Newt?

 

- Nada demais, nos vemos daqui a meia hora pode ser?

 

- Tudo bem.

 

- Até mais, Tessie. - Me despeço e encerro a ligação.

 

Conhecendo bem a morena, a mesma já deve desconfiar que algo realmente aconteceu e bom, de fato ela está certa.

 

Permaneço deitado até a hora de ir vê-la, apenas revezando as falas ensaiadas que direi a Teresa.

 

(...)

 

- Pode ir falando, Newt, o que você fez ou vai fazer? - Teresa questiona assim que eu mal desço do carro.

 

- Oi pra você também, Teresa. - Solto um risinho forçado enquanto me sento ao seu lado.

 

- Oi Newt. - Minha amiga dá um grande sorriso. - Pronto, agora desembucha tudo. - Acrescenta já com a cara fechada.

 

- Irei com Ava para a França amanhã. - Conto para a morena.

 

- O que vocês vão fazer lá? - Tessie indiga curiosa.

 

- Ava tem algumas coisas para resolver, um negócio em aberto. - Explico resumidamente. - Ela me chamou para ir com ela e eu aceitei.

 

- Quanto tempo irão ficar lá?

 

- Uma semana… - Respondo em um sussurro.

 

- Mas não é só isso que você tem a me dizer certo? - Teresa fala com certeza.

 

Inclino a cabeça para trás e passo a observar o céu. Reúno toda a coragem que sobrou e a respondo.

 

- Eu não vou voltar…

 

- Como assim não vai voltar, Newt? - Teresa me olha assustada.

 

- Não voltarei para Nova Iorque, vou tentar começar uma nova vida lá, já falei com Ava e ela concordou apesar de não ter gostado muito da ideia. - Conto tudo de uma vez.

 

- O que? Por que vai fazer isso, Newt? É por causa do Tom? - Teresa me enche de perguntas.

 

Solto um suspiro cansado. Como posso responder algo que nem eu mesmo sei porquê estou fazendo?

 

- Acho que vai ser melhor pra mim, ficar um pouco longe de tudo o que aconteceu e a França é um país legal. - Dou a resposta mais patética de todas.

 

- Entendo, mas e o Tom? E Newtmas? - Teresa mantém o olhar focado em mim, analisando cada gesto e expressão que eu faço.

 

- Newtmas não existe mais, Tessie. - Devolvo sem graça. - O Tom contou que já sabe que fomos namorados?

 

- Contou, ele pareceu um pouco triste ao falar sobre isso. - A morena responde pensativa.

 

- De todo modo, minha decisão já está tomada, só preciso que me faça um favor, Tessie. - A morena concorda com um aceno. - Não pode falar para o Tommy que irei viajar.

 

- Tudo bem, não irei contar. - Teresa fala enquanto apoia a cabeça em meu ombro. - Que horas é o vôo?

 

- Amanhã às dez, um pouco cedo mas tudo bem.

 

- Vou sentir saudades. - Tessie sussurra me abraçando.

 

- Também, prometo que sempre irei vir ver você e os outros e também vou mandar passagens para vocês irem me visitar e aprontarmos muito pela bela Paris. - Comento brincalhão.

 

- Sempre quis conhecer a França mesmo. - Ela entra na brincadeira mesmo que seus olhos cheios de lágrimas demonstrem outra coisa.

 

Puxo Teresa para mais perto e a abraço apertado. Sentirei saudades dela, de Minho, Gally, Brenda e principalmente de Tommy, mas tem escolhas que por mais dolorosas que sejam, no fim, são sempre necessárias.

 

(...)

 

        Point of View of Thomas O'Brien   

 

Já perdi a noção de quanto tempo estou andando de um lado pro outro, puto da vida com Teresa que sumiu e não atende e nem responde minhas mensagens.

 

A morena saiu já faz quase uma hora e não avisou para onde ia e parece que a) ela não levou o celular o que duvido muito ou b) está me ignorando.

 

Ouça passos vindo da direção da escada e corro até o corredor.

 

- Que susto garoto! - Teresa reclama ao dar de cara comigo.

 

- Onde você estava? - Pergunto de modo sério.

 

- Por aí. - Ela dá de ombros.

 

- Te mandei várias mensagens e te liguei, por que não me respondeu? - Cruzo os braços esperando uma resposta.

 

- Estava com o Newt e meu celular estava no silencioso. - Ela responde sem dar importância. - Por que todo esse questionamento?

 

- Precisava de você. - Respondo como se fosse óbvio.

 

- O Newt também. - A morena rebate.

 

- As vezes eu acho que fala mais com ele do que comigo que sou seu irmão! - Exclamo com um pouco de raiva.

 

Teresa me fuzila com o olhar. Consigo ver um brilho de raiva neles.

 

- O Newt é meu amigo Tom, e ele está super mal e cheio de problemas. Ele acabou de perder a irmã e o cunhado, o pai foi preso e sua vida foi expostas nos jornais da cidade. - Ele fala com uma calma surpreendente. - E pra piorar, a pessoa que ele mais ama não se lembra dele.

 

Sinto como se tivesse levado um tapa na cara. Me sinto culpado e com raiva de mim mesmo.

 

- Você acha que eu não estou tentando me lembrar? Que eu gosto de ser o único a não saber de coisas sobre a minha própria vida? Eu não gosto, então me diga, Teresa, se eu sou tão importante para o Newt, por que eu não me lembro dele? - Eu explodo e despejo tudo em cima de Teresa.

 

- Eu não sei, Tom. - A morena sussurra e posso notar seus olhos marejarem. - Apenas tente se lembrar.

 

Sem dizer mais nada, Teresa se vira e segue até seu quarto.

 

Volto para dentro do meu quarto e fecho a porta. Me jogo na cama e fecho os olhos torcendo para que o sono chegue logo e leve toda essa pressão que me acerca.

 

(...)

Eu não faria isso fosse você….

Então Newt, porque você não volta pra cá? Tenho certeza que não vai querer se molhar…

 

Tommy?.... É, um apelido sabe... Eu gostei…

 

O que isso significa?...  Significa que eu aceito namorar com você....

Apenas lembre-se que eu amo você... lembre-se que eu amo você... que eu amo você...

 

 

Dou um pulo da cama. Meu corpo todo treme e minha respiração está descompassada. Sinto uma corrente elétrica passar por cada parte do meu corpo. Um misto de lembranças me atingem. Abro a boca e pronuncio a única palavra que vagueia pela minha mente.

- Newt...


Notas Finais


Link: https://youtu.be/RP8hS8mCFMo

Aconselho a assistirem o vídeo pois ele tem a tradução da música e acho que ela se encaixa bem no que aconteceu...
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AGORA VOCE SE LEMBRA DELE, THOMAS?

Daqui a 4/5 caps a fic acaba....

Espero que tenham gostado :)

Nhac


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