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História Private Hell - Newtmas fic - The Scientist


Escrita por: DylmasShipper

Notas do Autor


Hey Hey babies

A fic ta acabandooooo, só vai ter mais uns 2 ou 3 caps!

Música do chapter: The Scientist - Coldplay

Boa Leitura e desculpe qualquer erro!

Capítulo 35 - The Scientist


      Point of View of Thomas O'Brien 

 

Todo meu corpo está trêmulo. Minha respiração está descompassada e tão acelerada quanto meu coração. Minha camisa está encharcada com o meu suor. Acabei de ser atingido por um turbilhão de emoções e lembranças.

 

"Apenas lembre-se que eu amo você"

 

Newt. Eu me lembrei dele. Lembrei tudo que o que vivemos. Lembrei de cada detalhe da gente. De como nos conhecemos na ponte.  De como fomos a âncora um do outro. Do nosso primeiro beijo na festa e todos os outros momentos em que tivemos juntos.

 

Preciso vê-lo. O abraçar e o senti junto a mim. Pedir perdão pelos últimos dias. O envolver em meus braços e o encher de mimos e carinhos. Dizer o quanto eu o amo e o quanto ele é importante. Tenho que fazer isso agora e é o que vou fazer.

 

Pego meu celular e vejo que são oito e vinte, torço para que pelo menos Teresa esteja em casa. Meus pais tem uma velha rotina de todo domingo de manhã sair em família para fazer as comprar semanais da casa.

 

Troco de roupa em menos de cinco minutos e pego tudo que preciso, disposto a ir encontrar o meu loirinho o mais rápido possível. Saio do quarto e desço a escada pulando os degraus de dois em dois para chegar mais rápido na parte de baixo.

 

- TERESA! - Exclamo contente ao encontrar a morena na cozinha.

 

- Meu Deus, Tom, quer me matar? - Teresa reclama levando a mão até o coração. - Aconteceu alguma coisa?

 

- Eu lembrei, Teresa, lembrei do Newt!

 

Minha irmã arregala os olhos como se eu tivesse acabado de falar a coisa mais louca de todas.

 

- Isso é sério, Tom? - Teresa pergunta.

 

- É sério, eu consegui me lembrar de tudo. - Falo com convicção.

 

- Até ontem você não se lembrava de nada em relação a ele e agora sim… - Minha irmã sussurra sem demonstrar nenhuma reação.

 

- Eu sei e está tudo muito confuso e louco aqui dentro. - Cutuco a cabeça com o dedo. - Mas agora eu já sei de tudo e eu preciso ir ver o Newt, ele já está morando na casa nova?

 

Teresa desvia o olhar para o chão. Estranho a atitude dela e algo dentro de mim me alerta que alguma coisa está errada.

 

- O que aconteceu, Teresa? O Newt… ele… ele está bem? Vamos Teresa me conte de uma vez. - Pressiono a morena para que ela possa me contar logo o que está acontecendo.

 

- O Newt vai embora, Tom… - Teresa responde me olhando triste.

 

- Como assim vai embora? - Volto a questionar, torcendo para que isso seja algum mal entendido.

 

- Newt está se mudando para a França, ele acha que lá vai ser bom para recomeçar a sua vida. - A morena me explica.

 

Sinto meu mundo girar e ficar de ponta cabeça. Newt não pode fazer isso. Não posso deixar que ele faça isso com ele, com a vida dele.

 

- Quando ele viaja? - Minha voz sai falha e fraca, o medo tomando conta de mim.

 

- Hoje. - Teresa responde sem me encarar. - Às dez horas.

 

- Da manhã? - Teresa apenas confirma, acenando com a cabeça. - Está me dizendo que o Newt vai embora daqui a praticamente uma hora? Puta merda!

 

Levo as mãos aos cabelos em um gesto desesperado. Começo a pensar e faço a única coisa possível, ligar para ele.

 

- Vamos Newt, atende!

 

“Sua ligação está sendo encaminhada para a caixa de mensagens, deixe seu recado após….

 

- Caixa Postal. - Suspiro derrotado.

 

- Você vai ficar parado aí? - Teresa questiona impaciente.

 

- O que você quer que eu faça? - Rebato sem entender o que ela quis dizer.

 

- Você tem pernas, uma boca e sabe falar, só vai logo atrás dele! - Teresa exclama quase gritando.

 

Me sinto a pessoa mais idiota do mundo por não ter pensado nisso. Minha última chance de impedir que Newt se vá e dessa vez eu preciso fazer dar certo.

 

- Você é brilhante e eu te amo! - Comento dando um beijo na testa da morena.

 

- Boa sorte! - Ouço ela gritar de volta antes de fechar a porta de casa.

 

Me sinto em um daqueles filmes de ação em que o protagonista tem que correr e impedir que a cidade seja destruída. Porém aqui a única coisa que está em jogo é o garoto que eu amo.

 

Da calçada da minha casa, eu corro o mais rápido possível até o ponto de ônibus. Para a minha sorte assim que chego no mesmo, logo um táxi surge e antes mesmo que o carro pare por completo e eu já entro nele.

 

- Qual o destino se….

 

- Aeroporto, vá o mais rápido que puder. - Respondo antes mesmo que o taxista possa terminar a pergunta.

 

Permaneço o trajeto inteiro checando meu relógio de dois em dois minutos e distribuindo uma chuva de palavrões quando o sinal decide ficar vermelho logo na nossa vez. Confesso que em determinado momento cogitei a ideia de apagar o motorista e eu mesmo dirigir até lá mas isso acarretaria em problemas desnecessários.

 

Por volta das quinze para às dez eu finalmente chego no aeroporto. O lugar está bastante movimentado com várias pessoas andando de um lado para o outro com suas bolsas e malas enormes.

 

Começo a me preocupar mais ainda. Vai ser quase impossível encontrar Newt a tempo no meio desse tumulto.

 

Decido que não tenho mais nada a perder e que preciso por todas as cartas na mesa.

 

Caminho como quem não quer nada até a área de informações sobre os vôos. É quase loucura o que vou fazer mas é minha única opção.

 

- Bom dia, em que posso ajudar? - Uma das funcionárias me pergunta.

 

- Sei que isso é estranho mas precisa me deixar usar isso. - Falo apontado para o pequeno microfone usado para anunciar os próximos vôos.

 

- É algum tipo de brincadeira? - Ela me olha assustada.

 

- Na verdade não. - Respondo na maior sinceridade.

 

- Peço por favor que se afaste ou eu terei que chamar o segurança. - Ela me ameaça ou tenta pelo menos.

 

- Tudo bem é só que… - Em um momento de distração da mulher eu praticamente me jogo sobre a bancada apertando o botão que libera o som para todo o aeroporto.

 

- Newt, Newton Sangster… sou eu o Tommy, você não…

 

- Segurança tira esse garoto daqui! - A mulher grita apavorada enquanto tenta a todo custo me tirar dali.

 

- Newt você não pode ir embora, você… - Sou interrompido ao sentir braços fortes me agarrarem e me tirarem a força de cima da bancada.

 

- Tira ele daqui! - A funcionária ordena.

 

- Por favor, só me responde uma coisa, eu prometo que não fazer nada. - Imploro para a mulher.

 

- Tudo bem, pode soltar ele. - A mulher fala me olhando desconfiada.

 

- Obrigado. - Agradeço ao sentir meu corpo ser solto. - Por favor, só me diz se o vôo das dez horas com destino a França já saiu.

 

Observo enquanto a mulher digita algumas coisas no computador. Ele volta sua atenção para mim, seus olhos demonstram um brilho diferente de antes e eu já sei o que isso significa.

 

- Sinto muito, o vôo acabou de sair.

 

Meu mundo inteiro desmorona. Meu corpo perde toda a força e me permito cair de joelhos no chão. Deixo que algumas lágrimas escorram livremente pelo meu rosto.


Eu o perdi. Newt se fora e eu sou o culpado.



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