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História Problem or Solution? - Capítulo Único


Escrita por: Eloloise

Notas do Autor


Tive a ideia de escrever esse oneshot de um jeito meio aleatório, depois de receber essa fanart que é a capa do capítulo. Espero que gostem, e se gostar não esqueçam de comentar e favoritar.
PS: a história se passa duas semanas depois de Stakes.
Ps²: eu acidentalmente mudei um detalhe na história, o Rei de Ooo ainda tá no Reino Doce, diferente do original. Perdão pelo vacilo, o pior é que eu percebi muito tempo depois de ter escrito. Bem, erros acontecem, fazer o que?

Mas enfim, boa leitura ^^

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Problem or Solution? - Capítulo Único

Eram cerca de três da manhã. O silêncio passava a impressão que todos os habitantes de Ooo estavam dormindo. Porém, pelo menos um habitante estava acordado, talvez por não ser exatamente de Ooo, mas da Noitosfera. Marceline Abadeer, entediada na sua casa, era a única que se atrevia a quebrar o silêncio profundo em que Ooo estava afundado, tocando acordes aleatórios em seu baixo-machado.

-Ah, chega. Não consigo criar nada e estou entediada.

Marceline sabia que o porquê de não conseguir criar novas músicas. Tudo o que ela tinha passado com a Bonnie, quando decidiu não ser mais vampira, não saía de sua cabeça. As lembranças de seu passado, que ela tinham vindo à tona na penúltima semana, ainda estavam a perturbando.

"Desde que toda aquela merda acabou, a Bonnie se afastou de mim... Pensei que depois de tudo, nós pudéssemos ser amigas, afinal, nós nos demos tão bem."

Marceline acabou se perdendo em pensamentos, mais especificamente, em lembranças de seu passado, quando ela e Bonnie eram um casal. Ela acabou sorrindo.

"Eu... Vou falar com a Bonnie! Quero saber porque ela se afastou de mim novamente!"

Marceline colocou seu baixo no sofá e saiu voando em direção a cabana que Bonnie e o Mordomo Menta estavam morando.



Perto do Reino Doce, Bonnie dormia, mas estava tendo sonhos perturbados. Uma experiência inacabada estava ao lado de sua cama, em uma mesa de madeira. Bonnie não sabia, mas aquela era a razão da perturbação em seus sonhos. Seu perfeccionismo não a deixaria dormir em paz até que ela encontrasse o problema da experiência.

-Não... Marcy... Não...

Os acontecimentos da penúltima semana passavam em sua cabeça em uma ordem confusa, um pouco assustadora. Depois de alguns minutos, do mesmo jeito que seus pesadelos tinham começado, eles acabaram e deram lugar a sonhos estranhos que tinham relação a sua pesquisa.

-Doze... DNA... Quatro...

Bonnie acordou em um sobressalto. Uma ideia para resolver sua pesquisa tinha surgido com o sonho. Bonnie pulou de sua cama e foi direto para a mesa, sem nem mesmo trocar de roupa. Vestindo apenas suas roupas de baixo e uma camiseta, Bonnie voltou a sua pesquisa.

-Hum... Talvez o problema esteja aqui... Vou consertar a fórmula antes de testar.

Por estar completamente concentrada em seu trabalho, Bonnie não percebeu a aproximação de Marceline. A morena entrou por trás dela transformada em morcego, por uma janela e voou silenciosamente até o outro lado do quarto. A visão que Marceline teve a deixou de boca aberta.

"Jesus... Como vou falar com ela se nem consigo fechar a boca?"

Bonnie estava sentada em um banquinho, de pernas cruzadas, lendo suas anotações, enquanto mexia em seu cabelo distraidamente com uma caneta. Marceline apenas observava, se concentrando em manter a forma de morcego.

-Ótimo! Acho que achei o problema. Vou testar.

Bonnie mexeu alguns líquidos coloridos desconhecidos para Marceline e os despejou em um um recipiente maior.

-Acho que essa fumaça não era para estar aqui...

A mistura dos líquidos ocasionou em uma explosão. Ela foi tão alta e súbita que entregou Marceline, que assustada pelo barulho, deu um grito e se transformou em vampira novamente, derrubando uma prateleira cheia de frascos no chão. Bonnie também deu um grito, assustada por Marceline aparecer subitamente.

-Por Glob, Marceline! Quer me matar? Há quanto tempo você está aí?

Marceline corou, envergonhada.

-Desde que você começou a experiência.

Bonnie seguiu o olhar fixo de Marceline para suas pernas e corou de vergonha ao perceber que usava apenas uma camiseta.

-Você veio aqui para me espionar?! Saia daqui agora!

Marceline, ao ver Bonnie tão brava, voltou ao seu estado normal, tentando acalma-la.

-Calma! Não vim espionar, eu vim para conversar. Só que eu te vi tão concentrada na experiência, e não quis te atrapalhar.

Bonnie estava muito zangada.

-Você estava me olhando, isso sim!

Bonnie perdeu a cabeça, afetada pela falta de sono e a frustração de não conseguir terminar a experiência, e avançou em Marceline para dar um tapa em seu rosto. Marceline deu um sorriso sarcástico, fazendo suas presas de vampiro brilharem a luz da lua, e segurou as mãos da rosada, a imobilizando facilmente.

-Relaxa, Jujuba! Não estava te espionando. Quem espiona os outros é você, lembra? E, além do mais, eu já vi tudo o que eu tinha que ver aí. Não precisa ter vergonha de mim.

Marceline estava mentindo descaradamente, mas Bonnie pareceu acreditar. A morena, para provocá-la, deu um beijo perto da sua orelha e a soltou. Bonnie, atordoada e arrepiada, voltou para a mesa cambaleando levemente.

-Quer ajuda? Você está frustrada por não conseguir terminar, não é?

Bonnie ficou surpresa.

-Como você sabe?

Marceline deu um sorriso confiante. Bonnie ficou a olhando fixamente, esperando uma resposta.

-Você está mexendo no cabelo sem parar e está bufando de frustração. Ah, e ainda está evitando olhar para o vidro que você explodiu, para não ficar com raiva. Você não mudou nada, Bonnie.

Bonnie sorriu e voltou a atenção para sua pesquisa com as bochechas vermelhas. Marceline se aproximou timidamente, querendo ajudar, apesar de não saber como.

-Eu... Vim aqui para te perguntar uma coisa.

Bonnie dividia sua atenção entre tentar descobrir o erro de uma das fórmulas e o que Marceline falava. Marceline tentava ler a fórmula por cima de seu ombro, mas aquilo parecia outra língua para ela.

-E o que você quer saber?

-Porque você se afastou de mim? Pensei que estávamos bem depois que detonamos aqueles vermes das sua plantação, e tudo o que passamos na semana retrasada...

Bonnie sentiu como se um soco acertasse seu estômago, a deixando sem ar por alguns segundos.

-Eu... Não sei. Eu não me afastei de você, só... Não tive tempo para te procurar.

Marceline voou por cima da Bonnie, olhando para ela e para a fórmula de cabeça para baixo.

-Como não teve tempo? O que você estava fazendo?

Bonnie suspirou.

-Ok, confesso. Eu estava te evitando.

Marceline tomou o papel das mãos da Bonnie e o virou de cabeça para baixo. Bonnie a olhava curiosa, tentando descobrir o que ela ia fazer.

-Essas cores aqui... Estão meio estranhas. Aqui vai devia ser vermelho, igual a aquele pote? E essa soma não deveria dar 5, em vez de 2?

Bonnie abriu a boca para corrigi-la, porque aquilo seriam erros estúpidos, mas ela pegou a folha de volta antes de falar. Ao perceber que Marceline estava com a razão, Bonnie deu alguns tapas em sua própria testa.

-Como fui burra! Marceline, você nos salvou de mais uma explosão.

Marceline sorriu, feliz por ter ajudado. Bonnie corrigiu os erros na folha e misturou alguns outros líquidos novamente.

-Se ficar rosa, deu certo. Se ficar azul... Corra.

Bonnie respirou fundo e despejou dois líquidos em um pote maior. A mistura fez bastante fumaça, mas ficou rosa. Bonnie deu um grito, comemorando.

-Obrigada, Marcy! Você conseguiu em um minuto o que eu estou tentando fazer há uma semana.

Marceline sorriu.

-Obrigada, foi só sorte. Mas ainda temos uma coisa para resolver. Porque você estava me evitando?

Bonnie suspirou, perdendo toda a alegria de um minuto atrás. Marceline voou até a cama da rosada e sentiu ali de pernas cruzadas, esperando uma resposta.

-Porque, enquanto nós estávamos juntas derrotando aqueles monstros e tudo mais, eu percebi o quanto senti a sua falta desde que a gente terminou. A nossa reaproximação temporária ressuscitou sentimentos por você que eu nem lembrava que tinha.

Bonnie foi até a cama e se deitou ao lado de Marceline com os braços embaixo da cabeça, deixando sua barriga a mostra. Marceline se controlou para não beijar a parte à mostra de sua barriga rosada. Ignorando Marceline a "secando", Bonnie continuou falando.

-Eu... Não podia voltar com isso. Demorei tanto tempo para te esquecer, e de repente tudo volta de uma vez. Estava planejando ficar afastada até conseguir fazer tudo isso passar, mas... Você veio aqui antes.

Marceline deu um sorriso triste, sem olhá-la.

-Eu sou sempre um problema, não é?

A menção a música da Marceline fez Bonnie arrepiar. Aquele dia foi muito intenso, e deixou Bonnie confusa por muito tempo.

-Dessa vez, o problema sou eu. Não tenho o direito de reviver sentimentos de tanto tempo atrás. Você já me esqueceu, já passou para frente, e eu aqui, presa no tempo?

Marceline suspirou, tentando criar coragem para falar.

-Você está enganada, Bonnie. Eu... Nunca te esqueci. Porque acha que eu cantei aquela música quando estávamos tentando derrotar o Lorde das Portas? Porque você acha que eu fiquei com aquele lixo em forma de gente que é o Ash? Foram tentativas de te esquecer, mas eu não esqueci.

Bonnie abriu a boca, surpresa. Marceline escondeu o rosto entre as mãos, envergonhada, mas continuou falando.

-Quem está presa no tempo sou eu. Você evoluiu tanto, terminou o Reino, transformou ele no que é hoje. Eu continuo sendo uma pessoa que tem mais de mil anos, mas que tem a mente de alguém que tem 13.

Bonnie se sentou e tirou as mãos de Marceline do rosto dela, para que ela a olhasse nos olhos.

-Eu fui tão idiota. Troquei você pelo Reino, mas olha o que aconteceu hoje? Eu o perdi. Na verdade, eu perdi tudo, mas o que mais me dói é ter perdido você. Fui uma imbecil, troquei o amor da minha vida por um castelo de açúcar e alguns súditos. Fiz a gente sofrer tanto, por súditos que me trocaram na primeira oportunidade.

Marceline ficou muito supresa.

-Eu... Sempre pensei que você nunca tinha gostado de mim de verdade, que só fomos um "divertimento"... Isso é tão... Surpreendente.

Bonnie deu um sorriso triste.

-Não, você é o amor da minha vida. Só que, como aquele fórmula, eu só percebi que tinha errado depois de ter explodido e acabado com tudo.

Marceline sorriu ao perceber algo em sua fala.

-Eu "sou", em vez de eu "era"? É isso mesmo?

Bonnie sorriu também.

-Sim, você é o amor da minha vida. Eu te amei, te amo e provavelmente ainda vou te amar por muito tempo. Ao que parece, nunca vou ser capaz de esquecer você.

Marceline a beijou. Um beijo lento, cheio de amor, carinho, saudade e paixão. Depois de partirem o beijo, as duas ficaram abraçadas. Bonnie encostou seu rosto na curva do pescoço de Marceline. Quando ela respirava, Marceline sentia um arrepio. As duas ficaram assim por um longo tempo, as duas em silêncio, apenas aproveitando a companhia uma da outra.

-Marcy... Posso te perguntar uma coisa?

Bonnie tirou seu rosto do pescoço de Marceline e a olhou nos olhos. Marceline quase pediu para que ela voltasse.

-Claro.

Bonnie desviou o olhar do rosto da Marceline para suas próprias coxas. Marceline a abraçou, esperando.

-Sei que somos totalmente diferentes, sei que temos um passado extremamente conturbado, sei que temos muitas coisas para resolver, mas, se não for algo absurdo... Será que nós podíamos tentar de novo?

Marceline colocou o dedo embaixo do rosto da Bonnie e o ergueu para que a rosada a olhasse nos olhos.

-Você vai ter que me responder uma coisa antes.

Bonnie estava com um frio na barriga de medo e ansiedade.

-Diga.

Marceline suspirou antes de falar.

-Você sabe que o Rei de Ooo não vai durar muito no poder. Quando você voltar... Você não vai me esquecer de novo?

Bonnie olhou nos olhos da morena, vendo ali o medo que Marceline tinha em perdê-la. Bonnie sorriu e deu um selinho rápido em seus lábios para tranquilizá-la.

-Eu nunca te esqueci, Marceline. Mas, respondendo a sua pergunta, eu nunca te deixaria para trás por causa do meu Reino. Já cometi esse erro uma vez, seria burrice comete-lo de novo.

Marceline sorriu, satisfeita com a resposta.

-Respondendo a sua pergunta... Sim, eu aceito. Quero muito tentar de novo. Quero muito ser sua namorada.

Bonnie, feliz, pulou no colo de Marceline, beijando-a. Dessa vez o beijo era rápido, intenso, e cheio de desejo. Marceline ergueu a blusa da rosada, para tirá-la, mas Bonnie a impediu. Marceline a olhou, zangada e confusa.

-Espera, tenho que te dizer uma coisa.

Marceline a deitou de costas na cama e ficou por cima dela, arranhando de leve sua barriga. Bonnie sorriu, tendo arrepios.

-O quê é?

Marceline mordeu de leve sua orelha, fazendo Bonnie rir e se debater.

-Eu te amo, Marceline Abadeer. Nunca mais vou deixar nada nos separar.

Marceline parou de provocá-la e sorriu, a olhando nos olhos.

-Eu te amo, Bonnibel Bubblegum. Eu nunca mais vou deixar você ir embora da minha vida.

Marceline tirou a blusa da rosada, dessa vez sem resistência.

-Você nunca foi meu problema, Marcy. Você é a solução.

Marceline sorriu e cantou.

-Então, "I am just your solution"?

Dessa vez, a música não fez Bonnie sentir um arrepio, mas a fez sorrir e beijar Marceline nos lábios. Com as testas coladas, as duas sorriram.

-Sempre. Você sempre é a solução.


Fim...
Ou um novo começo? 



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