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História Problemas: a história de uma emo - Encontros e desencontros


Escrita por: _-Jotta-_

Capítulo 24 - Encontros e desencontros


Eu via, mas não acreditava. O quanto que eu pedi, que eu rezei, que eu esperei, para ser livre dessa pessoa. Eu não consegui ficar livre deste homem. Meus amigos também ficaram embasbacados. Sinto que até mesmo Bia (a mais tagarela de nós) não tinha palavras para esse momento. Bem, achei errado, parece que ela arranjou uma coragem do fundo de suas entranhas para falar:

Beatriz- Lu, você quer que a gente fique? -eu assenti. Sabe, eu invejo a Bia…

Carlo- Eu queria... Não, eu quero pedir desculpas, você me perdoa?

Luany- E você acha que é fácil assim? -questiono indignada- Depois de tudo, acha que é só pedir desculpas e sair ileso? Você nunca quis saber sobre o que eu sentia… E depois que eu te perdoar?! -aumentei meu tom de voz, eu precisava colocar pra fora… Pela segunda vez acho, depois de eu ter batido em sua cara- Você vai sair por aí como se estivesse "livre" do seu peso nas costas?!!

Beatriz- F**eu! -ela levou um beliscão de Igor, Thiago levou a mão com força à testa e eu… Arregalei os olhos, desde que nos conhecemos nunca a vi falar um palavrão, se não fosse a situação de agora eu riria com certeza- Ai, ai, aiii!!! Desculpa!!! -choramingou.

Carlo- Eu sinto muito… -seus olhos transpareciam falsidade. Isso fez meu peito arder em raiva.

Luany- Pelo quê? Por abandonar minha mãe, por me condenar, ou bater numa mulher grávida? Se é, que não fez outra coisa! -meus nervos estavam a flor da pele, estava gritando. Nem percebi que Bia tinha enterrado o rosto nas costas de Igor, ele apertou a mão dela tentando confortá-la, mas ela estava incomodada.

Carlo- Chega! -urrou ele- Eu não vim aqui pra ser humilhado dessa maneira!

Luany- Claro que não! Você não veio aqui pra se redimir, e sim pra mim te perdoar como se EU um dia estivesse errada sobre você!!!

Carlo já estava perdendo a cabeça. Ele levantou a mão no ar, fechei os olhos esperando o impacto. Não veio, só ouvi um grunhido de Carlo. Thiago segurou seu pulso com considerável força, eles se olhavam nos olhos, de modo que sinceramente, fiquei com medo.

Thiago- Ouse encostar nela, e veja o que acontece com o senhor! -sua voz saiu baixa, mas firme. Bem firme!

Carlo- Menino insolente!

Thiago- Obrigado pelo elogio, sogrinho! -ele me puxou pelo braço e me beijou! Pronto, acho que eu nunca estive tão vermelha em toda a minha vida!

Todos se calaram, inclusive Carlo. Ficamos assim por poucos segundos até nos separarmos e a ruivinha soltou uma risadinha sapeca e abafada por ainda estar atrás de Igor que suspirou aliviado e sorriu pequeno por Bia se descontrair um pouco. Quando percebemos, aquele que se diz meu pai já estava cruzando a rua. Caímos na gargalhada sem sabermos muito bem o porque.

Luany- Você é louco! -me referi àquele que me deixou super sem graça ainda a pouco.

Thiago- Sou, por você eu sou! -encostou seus lábios na minha bochecha. Sinto meu rosto esquentar.

Beatriz- Eu shippo!!! -disse ela aos pulinhos, tinha saído do seu "abrigo". Reparei que seus olhos estavam vermelhos.

Luany- Você estava chorando?! -minha voz saiu visivelmente preocupada.

Beatriz- N-não! Imagina!

Igor se aproximou de seu ouvido e sussurrou algo como "precisamos conversar", achei tão estranho. Bia concordou com a cabeça e nos avisou que iriam por outro caminho hoje. Então nos separamos, Thiago assim como eu estava pensativo sobre o que acontecera. Ele passou seu braço por detrás dos meus ombros e me puxou pra perto dele. Ficamos calados por um tempo, recuperando as energia que foram MUITO utilizadas hoje.

Thiago- Como você está?

Luany- Não sei, com raiva, indignada, preocupada…

Thiago- Com Bia? -assenti- Também… Eu acho que ela e Igor escondem alguma coisa.

Eu também acho isso… É como se Igor guardasse à sete chaves o que Bia esconde. Afinal, não é a primeira vez que ela fica meio agitada, eu lembro bem de quando a profa Cláudia tava de TPM e gritou com a sala. A Bia ficou tão estranha…

Em outro lugar.

O céu já estava estrelado, não entendi porquê fomos pelo caminho mais longe e Igor está pensativo, não falou comigo o caminho inteiro. Ele só quebrou o silêncio depois de me guiar pra um banquinho de praça, residiam poucas famílias e casais na mesma.

Igor- Sabe, Bia… Eu estava pensando, não ia ser tão ruim se a gente marcasse, talvez…

Beatriz- Eu não vou a um psicólogo! -inflei as bochechas e cruzo os braços.

Igor- Pare com isso! Não é o fim do mundo ir ao psicólogo! Além de que eu posso ir com você -segurou minha mão-, podemos levar sua mãe também -tiro minha mão de baixo da sua.

Beatriz- Nem morta eu falo com ela sobre isso! Ela já vai dizer que ela não precisa, sou só eu e meus irmãos que levam ela muito a sério, e o que eu sinto é só frescura e depois passa!

Igor- Com acompanhamento de um especialista, vai passar bem mais rápido! -ele me olha de soslaio, mas continuo a olhar pro chão manhosa.

Beatriz- Eu não quero esquecer o meu pai! -ele revirou os olhos.

Igor- Ah, não! De novo? Eu já te disse mil vezes que eles não vão abidusir seu cérebro, ou forçar seu outro eu a se matar para que você se esqueça de todos os seus problemas e as pessoas que fazem parte dele igual a Black Rock Shooter!

Beatriz- E quem me garante? Aquele filme que você me mostrou… -é interrompida.

Igor- Eu já pedi desculpas por aquele filme! E outra, era só um filme! -suspira- Já que você não acredita em mim, vamos ter que levar sua mãe mesmo, pra você ver que não é esse pesadelo!

Beatriz- … -deu uma pausa- Você acha que ela seria mais feliz se me esquecesse? -ele me abraçou forte.

Igor- Claro que não, ela seria mais feliz se aprendesse a conviver em família de novo. Isso é o que um psicólogo faz. -eu amo a voz serena do Igor, principalmente quando ele está preocupado comigo. Parece que envés de falar ele canta pra mim.

Só para provocá-lo, comecei a falar sobre meus medos de psicólogo que ELE e aquele maldito filme me implantaram. Era divertido vê-lo se explicando. Mas eu realmente MORRO DE MEDO daquele filme, o amigo do personagem principal era abidusido para experiências científicas, ele vivia gritando de dores até eles começarem a mexer no cérebro dele. Aiii! Não quero nem lembrar ou eu morro aqui mesmo! É interessante saber que desta vez quem está nos atrasando é o Igor e não eu. Será que eu deveria dizer isso pra ele?

Não! Eu tô adorando ficar aqui!



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