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História Procura-se: Colega de Quarto (2Jae) - Quartzo Rosa.


Escrita por: bellarabella

Notas do Autor


Oi gente!
E essa inspiração que pega a gente de jeito, de madrugada? Não deu pra fugir, e aqui está mais um capítulo fresquinho.
O capítulo anterior foi tão amorzinho, que vocês pensaram que as tretas tinham acabado né? Eis que entra um personagem pronto à abalar as estruturas dos nossos pequenos Jaes. Quem será? Leia e verá.

Acompanha aí:

Capítulo 12 - Quartzo Rosa.


Haviam se passado dois longos meses. É claro que nem é preciso dizer, que ambos, Jaebum e Youngjae viviam um sonho. Dias repletos de sorrisos e cumplicidades e noites tórridas de desejo. Encontraram um no outro, as peças que lhes faltavam para descobrir a plenitude do amor, e da amizade também. Youngjae estava curando pouco a pouco as feridas que Jinyoung lhe causou. Encontrou bons amigos na companhia dos companheiros (loucos) de Jaebum: Jackson, Bambam e Yugyeom. Eles aceitavam bem o relacionamento dos dois, e a presença deles era quase diária no pequeno apartamento do casal. Jaebum se sentia tão feliz, com os rumos que a vida estava levando, que tinha medo. Sabe o que dizem... É quando nos sentimos mais seguros, que o chão pode faltar sob nossos pés.

 

 

Jaebum estava sozinho no pequeno loft, mesmo que o dia estivesse convidativo para um passeio. Estava em semana de provas, ele e Youngjae, e não podia nem pensar em passeios, enquanto não pusesse a matéria em dia. Ele sentia inveja do namorado, porque sabia que ele fazia o curso que gostava, a sua vocação. Sua voz melódica, seus dedos habilidosos que tocavam um piano divinamente... Youngjae estava para a música como a música estava para Youngjae. Mídias não estava para Jaebum, e este também pouco se importava com elas. Nascera para dançar e cantar, até sua mãe admitia isso. Mas ela se fora, e os seus sonhos foram junto com ela. O pai Im Seunghyun, dizia que os sonhos não enchiam barrigas, apenas esvaziavam mentes. E lá estava Im Jaebum, fazendo o curso que o pai queria, para assumir a empresa dele, da forma que ele queria. Sentia às vezes, que não era dono de sua vida. Que era apenas um carro, cujo motorista guiando sua direção, era seu pai. Ele só servia para levar os sonhos do pai, ao destino que ele queria. Não conduzia à si próprio.
Enquanto lia um artigo sobre as vertentes da mídia coreana, ele ouviu o seu telefone tocar. Olhou no visor, e o nome ali lhe provocou leves, porém profundos calafrios. O que seria dessa vez?

- Olá, appa.

- Olá Jaebum. - ouviu a voz grave e rouca cumprimentar-lhe do outro lado da linha. Imaginava o homem alto e corpulento, com os olhos iguais aos seus, rígidos e tensos. A voz não era das melhores, talvez fosse o tabagismo. 

- Como o senhor está?

- Melhor impossível. Mas, não liguei para falar de mim. Liguei para saber sobre meu filho, meu herdeiro. Como está a faculdade? A terminará no tempo certo, espero.

- Sim, pai. Minhas notas estão muito boas. Terminarei meu curso no fim do próximo ano.

- Você é realmente um Im. Trabalhador, honrado. Jaebum... quero saber onde está morando.

Jaebum engoliu à seco. A voz do pai, requerindo sua moradia não foi nem um pouco amigável. Porq ue de repente ele se interessou no assunto?

- Estou morando ainda em Hongdae, porém mais perto da Universidade. É um prédio baixo, de 5 andares, na rua Wausan-ro.

- Hum, entendo.

- Se me permite perguntar senhor, por que a pergunta?

- Quero visitá-lo o mais breve possível. Na semana que vem.

Cada osso de Jaebum congelou. Ele trincou o maxilar, e tentando falar sem que a voz vacilasse, ele disse:

- Sim, appa. Fico feliz com isso. Me deixa feliz, que finalmente esteja interessado na vida de seu único filho.

- É justamente por ser meu único, que estou tão interessado, e preocupado... Bem, deixemos os nossos assuntos para a próxima semana. Aguarde meu novo contato, avisando-lhe que dia passarei em sua casa. Arrume a sua bagunça, você sabe o meu jeito de organizar as coisas.

Antes que pudesse responder algo, o bipe do outro lado informou que a ligação estava encerrada. A última frase proferida pelo pai, deixou o garoto em estado alerta. O que ele quis dizer com “arrume a sua bagunça”? Morreria de ansiedade até a próxima semana. Largou o artigo que estava lendo, bufando,  a ligação tomara toda a sua concentração.

 

 

Youngjae descia a ruela, desviando dos vendedores ambulantes e dos turistas que fotografavam até o ar que respiravam em Hongdae. O verão estava finalmente sendo verão, há mais ou menos 2 meses. 2 meses sem nenhuma mudança de temperatura brusca. Só haviam dias bonitos e ensolarados. Jaebum gostava de dizer que isso tinha acontecido, porque há 2 meses, o seu raio de sol tinha finalmente voltado a brilhar. Youngjae não tinha superstições, mas acreditava que o clima mudara desde que ele e Jaebum começaram o namoro. Dois meses... hoje faziam 2 meses, desde a melhor tarde de amor da sua vida. A primeira vez em que ele e o hyung uniram seus corpos e entregaram cada pedacinho de si, um ao outro. Ele se sentia muito bobo em pensar isso, mas achava que precisava comprar algo para Jaebum, que marcasse a data. Dane-se. Do que o amor seria feito, se não fossem as pequenas bobagens que fazemos para demonstrá-lo? E sorrindo, seguiu a multidão, por entre as ruas entupidas de lojinhas.

A loja que entrara, era diferente das outras. Tinha um toque exotérico e místico. Pedras e cristais reluzentes ornavam as prateleiras em colares, aneis e outras bijouterias. Um som grave e melódico de um instrumento, que Jae reconheceu como sendo um órgão, tocava no ambiente. Enquanto avaliava distraído as peças que enfeitavam as vitrines, uma senhora baixinha e magricela surgiu sem que ele se apercebesse.

- Jovem... o que procura?

Sobressaltado, Youngjae acertou os óculos de grau redondos nos olhos.

- D-desculpe senhora. Eu... eu estou procurando um presente para alguém. Estava admirando as belas pedras da sua loja.

- Um presente? Um presente para quem? Um amigo, um amor...

- Ambos. Essa pessoa é para mim tanto um amor, quanto um amigo.

A mulher sorriu bondosa e misticamente. Como se já soubesse o que ele procurava. Com um gesto, pediu para que o garoto esperasse, e foi para o fundo da loja, por uma porta coberta por uma cortina de pequenos cristais. Um cheiro inebriante de incenso, reforçou o tom misterioso do lugar. Não demorou muito para que a mulher trouxesse em suas mãos uma corrente fina dourada, presa à um pingente de uma linda pedra rosa. Ela pediu-lhe gestualmente, para que abrisse a mão e colocou-a em sua palma.

- O quartzo rosa, é uma pedra encontrada no Japão que simboliza o amor em suas várias formas. O amor romântico, o amor fraternal e o amor próprio. Ela comanda todas as energias voltadas aos sentimentos. Essa aqui é especialmente única. São duas pedras que foram fundidas pelo tempo e pelo ambiente, tão fortemente, que se tornaram uma. E esses pequenos filetes dourados, ajudam a pedra a segurar-se presa à corrente. O seu amor se lembrará que a união de vocês, é imune à qualquer desafio. E os filetes que a rodeiam, lembrarão do voto silencioso que fizeram. Sempre que uma dificuldade se abater, ele achará o caminho, meu jovem.

Youngjae estava boquiaberto com a explicação sobre a bela pedra em suas mãos. Esse era sem dúvida, o presente perfeito para dar ao amado. Uma pedra tão bela e única, quanto os sentimentos que nutriam um pelo outro.

- Esse é o melhor presente que podia ter encontrado, minha senhora. Vou levá-lo.

A mulher sorriu novamente, como que aprovando a escolha dele. Este pagou pela correntinha e deixando a loja, ele guardou o pacote contendo o pequeno e singelo presente consigo, como se fosse parte dele. Será que a pedra conseguiria reter todo o amor que sentia por Jaebum, dentro de si, e deixar que ele se lembre sempre dele? Youngjae saiu à passos apressados pelas ruas movimentadas, queria ver logo a reação de Jaebum com o presente.

 

 

Já chegava à rua do edifício onde morava, quando em súbito olhou para os lados, tentando identificar a razão pela qual sentia que estava sendo seguido. Apenas um carro preto, um sedan com vidros pretos, se encontrava estacionado no começo da rua, há uma quadra dali. Semicerrou os olhos, por baixo dos óculos, tentando focar no carro, para identificar se este estava vazio. “O que está pensando, Youngjae? Não há ninguém te seguindo, suba depressa.” E balançando a cabeça, subiu à passos largos a escadaria que levava ao pequeno prédio.

Dentro do sedan negro, o homem fumava um charuto. O fotógrafo ao seu lado, tirou várias fotos do garoto de óculos do outro lado da quadra. Em outra situação, o menino poderia até ser um modelo.

- Tirou todas as fotos que precisava? - perguntou o homem, vestido em um terno negro como carro. Os olhos normalmente rígidos, cerraram ainda mais, quando a fumaça da tragada do charuto, subiu-lhe.

- Sim senhor, passarei ao senhor por e-mail. Tem material mais do que o suficiente.

- Ótimo. Meu secretário, o pagará pelos seus serviços. Você trabalhou bem, adeus. - declarou, sem nem olhar ao fotógrafo. O profissional, lhe fez uma breve mesura e saiu do carro apressadamente, com o equipamento de fotografia ainda pendurado no pescoço.

O sedan preto deu a partida silenciosa e vagarosamente pela rua. A fumaça que saía do charuto, pela janela do carro, era o prelúdio de tempos difíceis à frente. 


Notas Finais


E aí? Teorias?

Gostaram? Comentem <3

PS: Estou muito feliz que tenham gostado da minha forma de escrever lemon, de verdade. Um peso enorme saiu dos meus ombros, obrigada por comentarem! <3


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