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História Procura-se: Colega de Quarto (2Jae) - Libertação.


Escrita por: bellarabella

Notas do Autor


OI GENTEM! Mais um capítulo!
Vou já avisar, para não deixar ninguém ansioso: amanhã é feriado e não vou poder escrever porque vou passar o dia fora. Talvez mais à noite, eu escreva mas não posso prometer. Então, nos veremos de novo na quinta-feira.
É com grande pesar que eu informo que estamos na reta final da nossa história. Estou prevendo mais dois capítulos e talvez um epílogo, apenas. Estou muito feliz com xs leitorxs fiéis que estão sempre lendo e comentando, sou muito grata! Os próximos capítulos terão grandes reviravoltas e emoções, preparem os coraçõezinhos. É isso.
Acompanha aí:

Capítulo 13 - Libertação.


Jaebum girava o pequeno pingente de quartzo rosa entre os dedos, claramente nervoso. Segurava a pequena pedrinha entre os dedos, como se estivesse retendo forças dela. Os pés estavam inquietos, batiam contra o piso ritmadamente como um pedal de bateria. Seu pai havia dito que chegaria às 14hs. Ele nem almoçou, pois não sentia fome. E isso preocupara bastante Youngjae, que antes de sair para a faculdade questionou o namorado:

- Tem certeza que precisa ficar tão ansioso com a visita do seu pai?

- Tenho.

- Não se preocupe, quando ele tiver ido embora eu estarei chegando, e o que quer que você tenha que passar com ele aqui, eu compensarei em carinho. - disse o mais novo, selando os lábios do hyung, antes de sair porta afora.

Mal deu cinco minutos ali, sentado enquanto esperava, que o interfone ressoou, anunciando a chegada do visitante.

 

 

O pai olhava em volta de si, enquanto estava na poltrona, bebericando a xícara de chá. Jaebum e ele se mantiam em silêncio já faziam quase 30 minutos, depois de terem se cumprimentado à porta. O garoto nunca tivera uma relação boa com o pai, principalmente depois da morte da mãe. Ele se sentia sempre sufocado com o tratamento que recebia do Presidente Im. Depois de um pigarro rouco, o homem tomou a palavra:

- Há quanto tempo vive aqui?

- Há mais de seis meses.

- O que faz seu colega de quarto?

- Música, na Universidade de Hongkik.

- A família dele tem posses?

- Não. E acho que ele é muito feliz assim.

O homem bebeu mais um gole do chá, antes de pousar a xícara sobre a pequena mesa.

- Vocês se dão bem? São amigos próximos?

- Somos. Ele, inclusive está bem próximo de Jackson, Bambam e Yugyeom.

Com um sorriso reto e sem emoções, o pai assentiu.

- Im Jaebum, você já sabe que será o herdeiro da minha empresa. Fico feliz que esteja indo bem na faculdade, e que poderá assumi-la de maneira exemplar. Estou procurando uma noiva para você, para que possa casar-se, depois de formado, antes de tornar-se o presidente.

Jaebum olhou o pai incrédulo. Era estritamente contra o conceito de casamento arranjado por interesses. Não conseguia acreditar que além de tudo, o pai ainda queria controlar sua vida amorosa.

- Pai. Sinceramente, eu fiz tudo o que o senhor pediu. Por toda a minha vida. Estudei nas escolas que o senhor queria, fiz o curso que o senhor queria, na faculdade que o senhor queria. Será que pelo menos na minha vida amorosa, eu poderia ter um pouco de independência?

Retirando uma caixa de metal e uma pasta de couro da maleta que carregava, o Presidente Im apanhou primeiro um charuto da caixa e acendeu. Depois olhou para o filho, com uma das sobrancelhas arqueadas.

- Independência? Você quer independência amorosa? Como você espera que eu vá te dar alguma independência se você a usa para praticar indecências? - ele posicionou a pasta de couro à frente do filho, incentivando-o a abrir. Assim que Jaebum abriu a pasta, descobriu ali dentro diversas fotos suas com Youngjae. Nenhuma delas dizia nada demais, eles tinham apenas as mãos dadas, e uma foto ou outra mostrava os dois andando, com os braços de Jaebum circundando a cintura do mais novo.

Com uma risada irônica, Jaebum respondeu ao pai desafiadoramente.

- É claro que um homem como você, iria encarar uma amizade verdadeira como uma indecência.

- Amizade verdadeira? Por acaso agarra Jackson e os outros da mesma forma como agarra esse garoto? - o pai questionou, levantando a voz. - No alto dos seus 22 anos, você ainda acha que pode mentir tão descaradamente para mim, que eu não vá perceber imediatamente?

Jaebum engoliu em seco.

- Além de ser um mentiroso, é um covarde. Eu preferia mil vezes que você tivesse me dito a verdade a respeito desse namoro indecente do que ter mentido. Será que seu namorado sabe, que você se envergonha tanto do relacionamento de vocês?

Jaebum nada respondeu. Limitou-se a engolir à seco, as duras palavras do pai, sabendo que talvez ele tivesse razão. Era um covarde, não merecia o amor de Youngjae.

- Você tem razão, pai. Não posso mais me esconder do senhor. Todos esses anos, eu venho engolindo as suas ordens e as suas vontades sobre a minha vida. “Im Jaebum seja assim, faça isso, conquiste aquilo”. Youngjae e eu estamos namorando há dois meses, e eu o amo. Não quero que me arranje nenhuma herdeira. A única pessoa que eu pensaria em me casar nessa vida, se chama Choi Youngjae! Não quero mais que se meta em minha vida.

Após terminar de proferir essas palavras, ele apenas sentiu o ardor em sua face, provindo do tapa que o pai acabara de lhe dar.

- O que deu em você, garoto insolente? Me lembro até hoje que você gostava de garotas, como pode ter se transformado nisso? - disse o pai, praticamente cuspindo as palavras em cima do garoto.

- Não namoro Youngjae por ele ser um homem. Namoro Youngjae, porque ele é uma pessoa maravilhosa, que eu me apaixonaria se nascesse até mesmo pintado de azul! Você nunca vai entender, o que é amar uma pessoa, se nem seu próprio filho, o seu único, você é capaz de amar!

Incrédulo, o Presidente afastou-se um passo para trás do filho. Nunca o vira reagir dessa forma, para com ele. Jaebum sempre tinha sido seu capacho, sendo moldado exatamente como ele queria. Um rebelde assim, não poderia ser seu herdeiro.

- Faça o que quiser, Im Jaebum. A partir de hoje, não considere-se meu filho. Se não é capaz de entender o valor em ser meu herdeiro, da forma que precisa ser, não será de nada. Veremos quanto tempo você aguenta, sem o meu dinheiro e a posição privilegiada que o meu nome te proporciona. Me dará razão, quando notar que sonhos não enchem a barriga. Espero que consiga pagar a faculdade com as suas ideologias, pirralho idiota. Adeus.

O homem apanhou a pasta de couro sobre a mesa, e a lata de charutos, colocando-as de qualquer jeito dentro da maleta que trouxera. Saiu porta afora como um tornado, batendo os pés firmemente.
          Jaebum conseguiu conservar o rosto rígido e impassível, até que o pai saísse dali. Mas não demorou muito, até que ouvisse os passos do homem para fora do prédio, para que as lágrimas inundassem os olhos negros. Doía nele, que mesmo depois de tanto admirar a figura do pai, e fazer de tudo para ser um filho exemplar para ele, que o homem o considerasse uma aberração, apenas porque ele amava Youngjae. Seu choro era alto e sentido, como o de uma criança. Deixou-se cair no chão, sobre os joelhos e cobrindo o rosto com as mãos, colocou todo o sufocamento que sentiu por anos, esvair-se junto com as lágrimas. Ele nem sabia por quanto tempo ficou ali, apenas deparou-se com o abraço quente de Youngjae envolvendo-lhe. Chegara a hora do mais novo, cuidar das suas lágrimas. 


Notas Finais


Tô como, com esse capítulo? Tô triste! </3
O que será que vai acontecer?
Gostaram? Comentem <3


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