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História Procura-se: Colega de Quarto (2Jae) - Confrontos iminentes.


Escrita por: bellarabella

Notas do Autor


Oi gentem!
A nossa fic alcançou 100+ favs! Estou numa felicidade sem tamanho, e ainda mais empenhada para escrever cada vez melhor! Como eu disse no outro capítulo, todo cubo tem 4 lados. Por isso, hoje quis apresentar a história na perspectiva de cada um dos envolvidos nela, para começar a lançar peças importantes para que vocês comecem a montar o quebra cabeça. É o capítulo mais longo e o meu predileto até agora. espero que seja assim, para vocês também!

Acompanha aí:

Capítulo 8 - Confrontos iminentes.


Já haviam se passado algumas semanas desde a volta de Jinyoung. Jaebum estava satisfeito com a aura que o garoto trouxera à vida de Youngjae. O dongsaeng ria mais e a expressão vazia e introspectiva que ele apresentou quando se conheceram, se dissipou, dando lugar a uma radiante. Quando Jinyoung não estava no apartamento, tocando com Youngjae, os dois estavam conversando por chamada de vídeo na cama. Ele sabia que o mais novo, nada tinha falado sobre a visita truculenta de Mark, e ele tampouco citou o assunto. Era melhor que Jinyoung não se preocupasse, e que Youngjae conseguisse esquecer isso o mais rápido possível.

 

 

Jinyoung por outro lado, sentia um sabor agridoce em ficar ao lado do amigo. Ele o amava e gostava de cuidar dele, como se fosse seu irmão mais novo. Mas, ao mesmo tempo, precisava o quanto antes resolver as coisas entre ele e Mark. Esconder algo tão sério e grave o fazia dormir mal à noite, pensando em quantas vezes fizera o amigo chorar, sem ele saber que era o culpado. O importante era que Mark não nutria mais nenhum sentimento por Youngjae e nem o tinha procurado mais, desde que fora para Nova York atrás de Jinyoung. Agora, com Jaebum na jogada, tornara-se mais fácil de Youngjae esquecer Mark completamente. Tudo ficaria bem, afinal. E ainda poderiam tornar-se casais amigos, sem ressentimentos. Não aguentava mais esperar para confessar-se ao melhor amigo. Precisava tomar providências, e rápido. Enquanto pensava em tudo isso, deitado em sua cama, ele apanhou o celular e ligou para Mark.

- Jin? Como adivinhou que eu estava precisando ouvir sua voz?

- Pare de mentir, Mark hyung. Você nem tem conversado comigo direito, agora que voltou para cá.

- Sim. Você fica enfurnado todos os dias com Youngjae, no apartamento dele.

- Bem... hoje eu não vou para lá. E inclusive, queria conversar com você.

O outro suspirou no outro lado da linha.

- Está bem... vou apenas me trocar e estou indo direto pra aí. - dois bipes anunciaram que a chamada estava encerrada. Jinyoung levantou da cama e foi arrumar-se. Um pressentimento lhe dizia que esse seria um dia emocionante.

 

 

Mark tirou a regata e a calça de moletom que usava para dormir, e correu até o chuveiro para tomar um bom banho. Ele já sabia o teor da conversa que lhe esperava, na casa de Jinyoung. Fazia algum tempo que o garoto lhe pedia incessantemente para que assumissem o “relacionamento” para Youngjae. Por um lado, ele ficaria feliz em livrar-se de uma vez da rotina de apenas encontrar Jinyoung em lugares escondidos. No começo, ele gostava da emoção que isso produzia. Os beijos, os toques e carícias feitos em plena luz do dia, com o risco iminente de serem pegos deixava tudo mais ardente e profundo, e fora dessa maneira que os dois construíram a paixão que sentiam um pelo outro, passando até mesmo por cima dos sentimentos de Youngjae.
Quem ouvisse e visse a história de fora, pensaria que ele e Jinyoung eram dois desalmados. Eles eram egoístas, sim. Um pouco covardes, talvez. Mas não desalmados. Mark não enxergava a si e a Jinyoung dessa forma...

Pensando bem, era melhor que resolvessem isso de uma vez. Porém, de uma forma que só ele sabia...

 

 

O barulho da campainha, já era esperado segundo a segundo por Jinyoung. Por isso, quando ele resoou estridente, este nem se sobressaltou. Secou as mãos suadas na calça, e respirou fundo. Fazia alguns meses que não via Mark pessoalmente, por causa da volta deles à Coreia. Preparou-se um segundo, antes de abrir a porta, para que ele não se tornasse emotivo demais quando visse o amado. Ele sabia que o hyung assustava-se com demonstrações de amor efusivas demais. Mark Tuan era a representação perfeita do que é ser discreto. Seu maior charme.

Ele abriu a porta em seguida, deparando-se novamente com os olhos e o sorriso que o fizeram amar aquele garoto desde a primeira vez que se concentrou demais neles.

- Hyung... - disse com a voz vacilante.

Mark nada disse, apenas abraçou o mais novo ternamente, depositando beijos no pescoço dele. As respirações tornaram-se pesadas e a corrente elétrica que ambos os corpos produziam estavam à ponto de choque. Jinyoung quase esquecera-se quão bom era estar aninhado pelos braços de Mark. Aquele abraço o fazia esquecer de tudo. Na verdade, quase tudo. Aqueles braços o faziam lembrar do rosto de Youngjae sorrindo e contando ao amigo, o quanto o guitarrista da banda em que estava tocando era gentil e carinhoso com ele. Lembra-se também quando desejou que fosse uma mentira o que estava acontecendo, quando Youngjae apresentou o “tal guitarrista”. Balançou a cabeça imperceptivelmente para afastar os pensamentos dela, e concentrou-se apenas no “aqui e agora”. O cheiro fresco de Mark, os beijos que ele estava depositando lentamente no entorno do seu pescoço. Os dois se separaram por um pouco, apenas para olharem-se fundo nos olhos e colarem os lábios com urgência. Os lábios do mais velho estavam preenchendo os de Jinyoung com desejo. A paixão reprimida estourou naquele momento, deixando os dois à mercê da saudade que estavam de estarem com seus corpos colados e de poderem estar ali juntos, sem se importarem com o resto. Mark desceu uma das mãos à barra da camiseta que Jin vestia, levantando-a pouco à pouco e sentindo a pele macia do torso do mais novo. Os toques dele produziam arrepios ao outro, produzindo gemidos baixos que ele deixava escapar pelos lábios. Mark gostava disso. Terminou de tirar a camiseta do outro e o auxiliou a tirar a sua própria. Já tinham um destino certo. Ainda com os lábios colados e as mãos descendo urgentes para tirar o resto de roupa que usavam, os dois deixaram-se cair na cama. Fogos de artifício internos explodiam dento de Jinyoung. Talvez aquela fosse a sua própria definição de felicidade.

 

 

Jaebum estava preocupado com o mais novo. Desde o dia anterior não estava se sentindo bem. Ele conferia a temperatura de Youngjae com os olhos rígidos em preocupação.

- Já me sinto melhor, hyung. Preciso mesmo entregar os óculos de Jinyoung. Ele não vai sobreviver sem eles.

- Acredito que ele é perfeitamente capaz de sobreviver sem eles por um dia, até os esqueceu aqui... - disse com a voz firme, enquanto conferia o termômetro. - Já você, Jae, não tenho tanta certeza se sobrevive para mais um dia, se levantar dessa cama com 39ºC de febre.

- Hyung, por favoooor... - choramingou Youngjae. - Você sabe o quanto eu conheço Jin, ele vai precisar mesmo desses óculos. Eu juro que não levantarei da cama pelos próximos 6 meses, se me deixar ir levá-los até ele.

Jaebum bufou. Apesar da personalidade dócil e amável do dongsaeng, ele sabia perfeitamente como ser um perfeito teimoso.

- Aish! Se se preocupa tanto em que ele tenha esse par de óculos de volta, eu mesmo levo. Você não levanta dessa cama nem sob um decreto! - Youngjae riu com a falsa raiva do hyung. Ele sabia ser gentil e cuidadoso com ele, mesmo quando tentava ser duro. Talvez Jaebum tivesse o coração mais puro que ele conhecia.

Agradeceu o mais velho por se oferecer para levar o objeto até lá, passou o endereço do amigo e despediu-se dele. Agradeceu Jaebum no coração, mais uma vez, por ele estar fazendo um grande favor daquele. Pensou em como poderia retribuí-lo, e riu de seus pensamentos impuros. Jinyoung ficaria feliz por ter seus óculos de volta, Jae sabia. Ele sentia que precisava devolvê-los naquela tarde. Apenas uma intuição.

 

 

Os dois amantes se abraçavam por baixo dos lençóis. Estavam ainda suados pelo amor que tinham recém feito. O sorriso de Jinyoung quase atravessava as duas extremidades de seu rosto. E Mark também, sorria satisfeito. Tinha saudade do corpo macio e quente de Jinyoung. Na verdade, tinha saudade de tudo no mais novo. Se o termo “soulmates”* realmente tivesse uma aplicação literal, então aquele era aquilo que ele e Jinyoung eram.

- Hyung... eu senti tanta falta. - o dongsaeng interrompeu os pensamentos do outro, com a voz anasalada doce e terna.

- Também senti sua falta, Jin. - respondeu, depositando um beijo na testa do outro.

- Eu sei que não é o melhor momento, mas... precisamos conversar.

Mark suspirou, dando-se por vencido.

- Deixe-me me trocar primeiro. E aí, prometo que ouvirei cada palavra que tiver à me dizer.

Jinyoung concordou e também resolveu trocar-se.

Ambos já vestidos, e bebericando uma boa cerveja, olhavam-se nos olhos de frente um para o outro, na cama. Jinyoung ensaiara a conversa tantas vezes, e agora que ela estava prestes à acontecer, as palavras tinham sumido de sua mente.

- Bem, eu acho que já sei qual o assunto dessa conversa, então já irei adiantar o que eu preciso dizer também. - anunciou Mark, ao ver que o outro não dava o pontapé inicial. - Eu também quero dizer à Youngjae tudo o que se passa entre a gente, quero não precisar mais esconder o que sentimos um pelo outro... Mas, ainda não estou certo do quanto essa decisão é acertada ou não.

- E por que acha?

- Tenho meus motivos.

Jin bufou baixinho, antes de dar mais um bom gole na bebida.

- Conversei com Youngjae a respeito de Jaebum. Os dois se gostam, ternamente. Jae declarou para mim, que ele já estava conseguindo te esquecer. A esta altura, acho que a raiva dele por nós não demoraria à passar. Se contarmos tudo direito, desde o começo, quando nos conhecemos...

Mark apertou a garrafa com força, mas o mais novo não percebeu. Não queria acreditar que Youngjae pudesse estar o esquecendo, ainda mais com o panaca Im Jaebum. Será que ele continuaria, se soubesse a verdade sobre Jaebum?

- Hyung, uma moeda por seus pensamentos. Por favor, precisamos decidir isso o quanto antes. Minha mente não me deixa em paz.

- Essa é a nossa maior diferença. Eu sou centrado demais em mim mesmo, enquanto você é centrado demais no resto do mundo, às vezes esquecendo de si mesmo. É por isso que somos tão complementares. Contaremos à Youngjae. Mas não agora, espere mais algumas semanas. Por favor, eu peço.

Jinyoung abaixou a cabeça, consternado e apenas assentiu com a cabeça. Pelo menos a decisão fora tomada.

 

 

Jaebum chegara ao pequeno condomínio de lofts, no centro de Gangnam. Realmente, a família de Jinyoung tinha dinheiro. Era apenas a moradia de estudantes mais caras do distrito, para alguém que apenas estudava. A mesada que seus pais lhe davam, era suficiente para dividir um apartamento em Hongdae e nutrir suas necessidades básicas, apenas.

Por sorte, já conhecia o porteiro do condomínio, pois coincidentemente um grande amigo da faculdade residia ali também.

- Senhor Im. - disse o homem, cumprimentando-o com uma mesura.

- Olá senhor! Tenha um bom dia de trabalho! - desejou sorrindo. Não precisou nem mesmo dizer para onde estava se encaminhando. Iria apenas deixar os óculos em mãos para Jinyoung e iria embora. Uma chuva se aproximava, e o vento começava a correr frio. O clima nunca esteve tão louco. Era verão, mas desde que se mudara para o apartamento com Youngjae, os dias tinham picos de frio e ventania, mesclados com sol e calor esturricantes. Conferiu no celular o endereço que Youngjae o havia passado, e se dirigiu até a torre mais proeminente do condomínio. Subiu as escadas, antes lançando olhares ao saguão bem decorado. Subiu com o elevador até o 6º andar.

 

 

- Realmente preciso ir, Jin. Prometo que voltarei mais vezes. Não sei quanto tempo mais sobreviverei sem o seu abraço novamente, já passei muito tempo longe dele. - dizia Mark, se encaminhando para a porta, com os braços entrelaçados no tronco do mais novo.

- Cobrarei suas visitas, hyung... - respondeu Jinyoung. Virou-se de frente para o mais velho, depositando um beijo terno nos lábios dele, e abrindo a maçaneta da porta com os braços para trás. Assim que o vento leve da porta aberta adentrou, sentiu os lábios de Mark enrijecerem. Abriu os olhos afim de saber se tinha feito algo de errado. Os olhos do outro estavam vidrados em direção a porta aberta. Ao virar-se para encarar o que deixara Mark naquele estado, pode ver a figura alta e esguia de Im Jaebum, segurando seus óculos, encarando os dois embasbacado do outro lado do batente. 


Notas Finais


Soulmates*: almas gêmeas, ou o nosso famoso OTP.

E aí? O que acharam? Quais as suas teorias? Comentem! <3


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