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História Procura-se Um Amor - Papai e mamãe.


Escrita por: cpf

Notas do Autor


♣ Olá pessoas
♣ Penultimo capítulo, choremos
♣ Bom, esse aqui é uma continuação do ultimo, por isso, ficou pequeno, mas como o próximo é o ultimo, prometo fazê-lo um pouco maior
♣ Ninguém é obrigado a comentar, mas sua opinião sempre será bem vinda por mim e sua mão não irá cair, sem contar que trará um sorrisão para a pessoinha de cá
♣ Espero que gostem <3

Capítulo 10 - Papai e mamãe.


Fanfic / Fanfiction Procura-se Um Amor - Papai e mamãe.

– Quer mesmo saber de tudo? – Ela sorriu. Era bom ver algo sincero saindo dela.

– Claro, preciso saber a vida da minha futura esposa. – Brinquei e gargalhamos.

– Minha vida não é tão interessante assim, mas tenho alguns sonhos que gostaria de realizar. – Naoby andou para a cozinha e abriu a geladeira, tirando de lá, uma caixa de cervejas. – Por onde quer que eu comece? – Sentamos no chão, em frente à mesa de centro.

– Conte sobre sua infância.

– Foi um pouco difícil. – Abrimos as garrafas e começamos a beber. – Eu demorei bastante para me adaptar a cidade e sofri um pouco de bullying. – Balançou a cabeça. – Que criança não sofre, né?

Concordei e nossa conversa foi fluindo. Naoby contou os seus melhores e piores segredos. De santinha, só tem a cara, já que, segundo a mesma, ela aprontava como se não houvesse amanhã.

Naoby já quebrou braços, pernas, dentes, sem contar os móveis e objetos que contribuíram para tais acidentes.

Na escola, todo dia, ou quase todo dia, havia uma reclamação para os pais dela. Naoby bagunçava tanto que traz duas expulsões em seu currículo. E eu achando que minha situação era crítica.

– Como mudou daquilo para isso? – Apontei para o portfólio com desenhos que ela havia posto a mesa.

– Apesar de eu ser assim, sempre soube o que queria e como faria para isso acontecer. Entende? – Neguei. – No fundo, bem lá no fundo, eu sabia que conseguiria chegar nesse nível, só precisa me empenhar mais. Naquela época, eu só queria me divertir, ser uma criança, ser uma adolescente para que quando a idade aparecesse, eu não tivesse arrependimentos.

– É um bom pensamento, apesar dos cascudos que tomou de seus pais. – Rimos.

– Fiz um resumo da minha vida, agora é sua vez. – Aproximou-se. – Conte para mim tudo que eu preciso saber sobre você.

Pensei por segundos e comecei a soltar as coisas que já fiz. Claro que todas, ou a maioria, envolvia Michael. Como quando quebramos as janelas de um vizinho e botamos a culpa no valentão da outra rua, ou quando paramos na diretoria da escola por estarmos passando com exemplares de playboy em mãos – dois pirralhos achando que eram machões.

Minha vida, tirando a parte do fracasso que sou nesse momento, foi bem aproveitada. Não arrependo-me de nada que fiz, eu cresci do jeito que queria.

– Sabe o que eu percebi? – Sua mão direita passou em meu rosto. – Você não falou dos seus pais.

– Ah... – Prensei os lábios e encarei a garrafa vazia entre minhas mãos. De repente, uma certa tristeza pegou-me e eu sabia qual era o real motivo.

– Não fique assim. – Recebi um beijo na bochecha. – Já passou, Thomas.

Ela deitou a cabeça em meu peito e começou a acariciar o outro lado. Estávamos em silêncio, mas eu podia ouvir as batidas aceleradas do meu coração e mesmo que eu negasse, estava a ponto de ter um ataque. No entanto, eu tinha que martelar aquela dor para poder seguir em frente.

– Meu pai tinha um emprego numa fábrica. Ele acordava cedo todos os dias e trabalhava de segunda a sábado para sustentar a mim e minha mãe. Nunca o vi reclamar, embora fosse cansativo e não tão bem pago, mas ele sentia uma satisfação ao ver que ainda tinha sua família junta e que éramos felizes com pouca coisa. – Não importei-me com as lágrimas que passaram a cair. Naoby as limpava com calma enquanto olhava para mim. – Já havia uns 15 anos que ele trabalhava lá quando a fábrica faliu. Ele entrou em um desespero incomum. O medo de não conseguir dar a nós o que precisávamos estava o consumindo aos poucos, assim como as dívidas. E em uma noite, ele foi até meu quarto, que era o sofá da sala, – Dei uma fraca risada ao lembrar do velho sofá azul que eu adorava espreguiçar-me. – ele sentou ao meu lado e tivemos uma longa conversa. Meu pai disse tudo que eu precisava ouvir e muito mais do que eu precisava ouvir, mas naquele momento, eu percebi que havia algo errado. Não soube identificar porque era muito novo para entender o que de verdade estava acontecendo. Ele me deitou no sofá e beijou minha testa, depois disse que me amava e eu respondi o mesmo com um grande sorriso. Quando acordei na manhã seguinte, minha mãe estava na ponta do sofá e olhando para mim. Seus olhos estavam fundos, avermelhados e molhados. Sua expressão era de abatimento, morbidez e tristeza. Ela não precisou me dizer muita coisa porque consegui ouvir o barulho das sirenes da ambulância.

Eu estava desabando naquele momento e Naoby olhava-me pasma. Talvez, horrorizada com a história que contei. Mas é uma verdade da qual eu não consigo esquecer, mas finjo muito bem que nunca aconteceu. Não é fácil lembrar das vezes que meu pai sorria para mim e saber que ele tirou a própria vida por questões financeiras.

– O que houve com sua mãe depois disso?

– Ela não desistiu de batalhar para termos uma boa vida, mas o desgaste foi muito forte.

– Como assim? – Olhou-me confusa.

– Eu nunca soube, mas minha mãe tinha câncer. – Respirei fundo quando isso se tornou difícil. – E escondeu tão bem de mim porque não queria que eu pensasse que ela também iria me deixar.

– Meu Deus... – Sussurrou e vi algumas lágrimas escorrerem por seu rosto.

– No dia seguinte do meu aniversário de 18 anos, ela me contou tudo porque não existia um modo de reverter. A doença havia aparecido uma vez, quando meu pai ainda era vivo e por isso, foi mais fácil de tratar, mas na segunda vez, era apenas ela e mesmo que eu fizesse um bico no mercado da esquina, não dava para bancar ambas as coisas e entre me sustentar ou cuidar de si, minha mãe se sacrificou. Depois de duas semanas, ela se foi.

Minhas lágrimas caiam silenciosamente enquanto Naoby soluçava abraçada a mim. Minha vida por ser uma bela de uma bosta, mas ela faz com que eu sinta-me melhor. E o que eu mais quero é ter esse sentimento para o resto de minha vida.

Ela olhou para mim e passei meus polegares embaixo de seus olhos. Eu não queria vê-la triste, mas sabia que uma hora teria que contar isso e sua reação seria algo parecido com o que eu analisava.

– Você é um garoto muito forte. Tenho orgulho de você. – Ela juntou nossos lábios. – Você é incrível, Calum. Merece tudo do bom e do melhor, merece ser feliz e conquistar tudo que mais deseja. E eu quero estar junto com você nessa jornada.

– E você achou mesmo que iria se livrar de mim? – Sorri. – Eu nunca te deixarei partir porque você faz com que essa parte trágica da minha vida se torne em algo mais suportável. Você faz essa dor virar uma alegria que eu só sinto quando estou ao seu lado. É difícil de descrever, mas quero que entenda que você é a luz da minha vida.

– Eu que não vou te deixar partir. Nunca. – Acariciou minha bochecha. – Eu sempre estarei aqui para você e tudo que estiver ao meu alcancei, eu darei a você. – Naoby curvou-se e nossas testas encostaram.

– Você é tudo que tenho e que desejo ter até o meu último suspiro.

– Então, eu quero que me tenha até o seu último suspiro.

Nos beijamos. Um beijo lento, apaixonante, romântico e com uma pitada de tristeza. Meu coração começava a fechar aquelas feridas e reflorescer com o amor que eu sentia por aquela bela negra montada em meu colo.

Sempre será assim. Naoby cuidará de mim, de forma externa e interna. Foi por isso que a escolhi para ser minha princesa pelo resto de minha vida


Notas Finais


Espero mesmo que tenham gostado e caso isso ocorra, não deixe de dar sua opinião, ela é de extrema importância para mim.
Nos vemos no próximo, se cuidem!
XX. <3


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