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História Procura-se Um Amor - Final Feliz?


Escrita por: cpf

Notas do Autor


♣ E ai, galera, de boas?
♣ Demorei pra postar pq né, esse é o ultimo e eu não queria dizer adeus, mas cá estou... triste
♣ Espero que gostem <3

Capítulo 11 - Final Feliz?


Fanfic / Fanfiction Procura-se Um Amor - Final Feliz?

– Calum? – Escutei a voz de Naoby vindo do quarto e segui até lá.

– O que deseja, querida? – A vi no chão e ao meio de várias fotografias.

– Preciso de ajuda! – Sentei ao seu lado e observei as imagens. Eram modelos com roupas esquisitas.

– Com o que?

– Preciso que escolha as mais belas. – Apontou para elas e gargalhei. Sua cara fechou-se e segurei o riso. – Do que tanto ri?

– Você sabe que eu não entendo nada dessa coisa da moda, né?

– Por isso que te escolhi para dar um veredito. – Balançou os ombros. – Apesar de não saber, irá me ajudar muito. Então, por favor, escolha.

Tomei as fotos em mãos e avaliei uma por uma. Era difícil encontrar algo bonito ou que fosse de acordo com o mundo da moda, como disse, não entendo nada disso e provavelmente, o que é belo para Naoby pode ser extremamente ridículo aos meus olhares.

– Hm, gosto dessas... – Separei as que eram mais sensatas e utilizáveis.

– Tudo bem, muito obrigada. – Ganhei um beijo no rosto. – São escolhas razoáveis, mas as aceito.

– Não fale assim comigo. – Revirei os olhos.

– E quer que... – Naoby interrompeu sua fala e segurou minha mão, levando de encontro com sua barriga. – Está sentindo? – Seu olhar brilhava enquanto fitava-me. – Calum! – Sorriu.

Tomei alguns segundos de quietude e pude sentir, um toque na palma de minha mão. Era um pézinho, um pequeno e fofo pézinho. Meus olhos lacrimejaram e uma risada tomou conta do meu organismo.

– Calum? – Fui balançado. – Calum? Calum, caralho! – Sacudi a cabeça e encontrei o olhar de Michael. – Sonhando acordado de novo? – Resmungou.

– Talvez. – Balancei as mãos. – O que você quer? – Ajeitei-me no sofá e espreguicei-me. Ainda era cedo para acordar num belo dia de folga.

– Kath ligou para mim, ela quer te ver. – Seus globos reviraram. – Diga logo para ela que você tem um rolo com Naoby, ou ela pode mesmo se apaixonar por você.

– Sua irmã é uma criança, Michael.

– Na idade dela, eu fingia sono para deitar nos peitos das amigas da minha mãe. – Riu ao sentar-se do meu lado. – Diga para ela.

– Tudo bem, eu irei. – Ergui as mãos em forma de rendição.

– Mas então, com o que estava sonhando? – Seu tom de zoação junto com seu olhar de deboche, me fez girar os olhos.

– Naoby, mais uma vez. – Suspirei. – Eu a amo demais.

– E já disse isso para ela?

– Não. – Pus as mãos no bolso de minha velha bermuda.

– Por que não?

– Porque não tive um momento certo para dizer isso.

– Calum, há meses que você está nessa. – Ele deu um tapa em minha face e o olhei com indignação. – Você, finalmente, encontrou a merda da sua princesinha e agora, vem me dizer que não achou o momento certo para dizer que a ama? O que você está esperando? Que ela diga primeiro? E se ela não te amar? E se ela apenas te usar como um objeto sexual? Você logo será trocado! – Clifford falava com tanta pressa que enquanto um lado da minha mente tentava processar as informações, a outra – como o imaginável – criava suas teorias para confirmar tudo que se era ouvido por mim. Talvez, tivesse uma outra parte, essa bem pequena e quase nula que dizia para eu não dar ouvidos ao meu melhor amigo. Inevitável.

– Você tem razão. – Confessei e um latejo acertou minha cabeça. Concordar com Michael não era a ideia mais inteligente, mas era a mais clara naquele momento. Apesar de ter conversado com o pai de Naoby diversas vezes.

Levantei do sofá e busquei por meu celular, ao encontrá-lo, desbloqueei e liguei para Naoby. Meu coração pulava de meu peito e era de forma tão intensa que parecia que eu já estava morto, era impossível sentir as batidas. Tentei acalmar-me dando fundas respiradas, porém, tornava-se cada vez mais sufocante. E o pior, era que o bipe do outro lado nunca dava chance para a voz de minha princesa.

Oi... – Pude ouvi-la. – Aqui é a Naoby, não posso atender agora porque, bom, estou ocupada. – Riu. – Deixe o seu recado aí que vamos bater um papo depois.

Escutei o chamado para que eu deixasse o meu comunicado, mas minha boca não se abriu. As palavras haviam fugido de uma forma que eu achei que nunca iriam fugir e eu parecia um bambu plantado ao meio de minha sala com o celular em minha orelha.

Sei que pode parecer idiotice que eu duvide do que Naoby sente por mim, ou possa vir a sentir, e mais ainda por eu ter escutado – mais uma vez – o fracassado do meu melhor amigo, mas né, ele é o meu melhor amigo. Não falaria isso por mal, assim como nas outras situações.

Abaixei o celular, finalizei a chamada e segui para o quarto. Precisava de um pouco daquela tal sofrência, só para ver se eu estava preparado para um possível baque da realidade – aquela velha conhecida, a decepção. Deitei em minha cama, olhei para o teto e assim fiquei por um longo tempo.

(...)

– Kath está animada pra te ver. – Michael comentou e assenti sem tirar os olhos da rua. – Ela disse que tem coisas pra te mostrar. – Gargalhou. – Minha irmã é doida.

Queria responder a todos os comentários feitos por ele, mas só conseguia assentir. Minha cabeça ainda rodava em torno de Naoby. Há alguns dias que nos falamos e ela nem apareceu no posto em nenhum desses dias.

Sabe quando você sente que a pessoa está te ignorando, mesmo que, na realidade, ela não esteja, mas a sua cabeça é tão perturbada ao ponto de criar essa situação para que você se afunde em um mar de solidão, decepção e, provavelmente e futuramente, uma depressão fodida? Então, essa era a situação em que eu encontrava-me. Sentia um vazio no peito, na mente e na alma. Aos poucos, eu estava sendo corroído por uma dor inventada ou adiantada. Tudo dependia de quem olhava e como olhava. Por meus olhos, era adiantada.

Depois de tudo que rolou com os meus pais, qualquer dor que viria a seguir, já era calculada por mim para que eu não sofresse além da conta. Quanto menos disso em minha vida, mais sorrisos eu poderia dar. Era uma lógica que estava sendo muito bem usada – se considerarmos que, eu estava em uma fase não muito boa – até que conheci Naoby.

Não. Ela não foi uma maldição em minha vida. Na realidade, foi uma luz. Uma luz da qual meus olhos não queriam deixar de olhar, uma luz da qual eu não queria deixar de tocar, uma luz da qual o meu sistema necessitava para que eu fizesse a minha fotossíntese. Sem Naoby, uma pessoa que eu passei depender de sua existência para que a minha fosse completa, talvez não fosse tudo aquilo.

O carro parou em frente à casa dos Clifford e desci junto de meu amigo. Adentramos a ela e após fecharmos a porta, Kath surgiu atravessando qualquer coisa que estivesse em sua frente e logo, jogou-se em meus braços.

– Estava com saudades, Cal. – Comentou enquanto apertava minhas bochechas.

– Eu também estava, Kath. – Foram as primeiras palavras que consegui proferir depois de longos momentos em silencio. Michael apertou meus ombros e os irmãos riram.

– Ajudei mamãe no jantar, espero que goste. – Meu amigo forçou-me a andar até a sala de jantar e lá, encontramos seus pais.

– Olá pai, olá mãe. – Os cumprimentei e eles riram, provavelmente, porque Kath estava lambendo minha bochecha.

– Kath, pare com isso. – Karen a pegou no colo e a colocou em sua cadeira. – Boa noite meninos. – Michael e eu recebemos beijos nas bochechas. – Sentem-se e comam logo, antes que esfrie.

Nos ajeitamos a mesa e claro que fiquei ao lado da baixinha, Kath queria conversar comigo o jantar todo e foi bem assim que passamos. Por tratar-se de uma criança, eu tive que prestar atenção. Apenas acenar com a cabeça me traria problemas. Kath contou sobre a escola, as amigas, as lições e o professor de Artes que gostava de todos os seus desenhos.

Tem vezes que, olhando para ela, sinto vontade de voltar a ser criança. Tudo era fácil e minha vida nem está tão difícil assim. É apenas a droga de um coração partido.

Depois do jantar, ajudei Karen a lavar a louça, depois vi os tais desenhos de Kath.

– Você me parece triste. O que houve? – A menina sentou em minha frente enquanto eu avaliava seu desenho de uma casa de belos e enormes andares.

– Nada, Kath. – Balancei a cabeça. – Seus desenhos são ótimos.

– Meu irmão disse que você está namorando uma garota aí. – Ela abaixou o desenho. – Você está? – Ri da careta que ela fazia. Uma falsa repulsa, misturada com curiosidade.

– É complicado nesse momento. – Suspirei.

– Por que? – Ela cruzou as mãos sobre o colo e arregalou os olhos.

– Não sei se estamos namorando e se, ela gosta de mim.

– Nós sempre gostamos de vocês. – Sorriu. – Apesar de não falarmos.

– Que? – Quis rir de sua frase. Eu estava recebendo conselhos de uma criança? Aonde foi que eu parei? Abaixo do fundo do poço, com certeza.

– Não gostamos de mostrar que estamos apaixonadas se vocês não mostrarem.

– E se eu já tiver mostrado todo o meu interesse, o que devo fazer?

– Você não mostrou. – Sua cabeça balançou de um lado para o outro.

– Kath!

– Calum! – Gargalhou. – Você deveria ir atrás dessa menina e dizer que a ama. Seria mais fácil.

– E se ela me rejeitar?

– Todos nós seremos uma hora. – Meu cenho franziu.

– Como você pode dizer tudo isso com essa naturalidade? É você mesmo, Kath?

– Michael me ajudou a formar frases. – Sorriu. – Pode me ajudar a desenhar um carro?

(...)

Olhei as horas em meu celular – 15h:12m – e respirei fundo, só para tomar coragem e quando a tive, disquei o número de Naoby. Chamou e surpreendi-me quando a mesma atendeu. Esperava por, mais uma vez, não conseguir ter um contato e assim, poder voltar a minha bolha intocável de sofrimento.

Calum? – Sua voz era de surpresa, ou susto, ou mais para “o que você quer, idiota?”.

– Oi Naoby. – Aquele tique infernal do meu coração começou.

Quanto tempo, não é?

– Sim, muito tempo. Quase um mês.

Um mês e pouco mais. – Admito que parei minha contagem quando virou duas semanas. – Mas e aí, como está?

– Podemos nos encontrar? Preciso falar com você. – Minha voz desesperada deve ter provocado uma reação nada boa para ela.

Hm, é... Podemos. Estou com tempo hoje.

– Ah, tudo bem, então. Aonde seria melhor para você?

Em seu apartamento, o que acha?

– Okay. Daqui meia hora?

Sim, sim. Até mais.

– Até.

Desliguei e olhei ao redor. O apartamento estava todo arrumado, tirei o dia para fazer isso porque algo dizia-me que era para eu fazer. Também havia cozinhado e feito um belo assado, mas não sentia fome, então, estava ali para quando Michael chegasse sedento por um pedaço de carne.

Fiquei ao lado da porta por meia hora, não tinha vontade de sentar, nem de produzir outros atos desnecessários. Só queria que Naoby chegasse logo para podermos conversar e eu abrir meu coração de uma vez.

Quando a campainha tocou, abri o portal e lá estava Naoby. A filha da puta conseguia estar linda e maravilhosa, como sempre. Enquanto eu, era mais um idiota, maltrapido e de coração partido. Dei espaço para que entrasse e assim ela fez, caminhando até o sofá. A segui e sentei ao seu lado.

– Como você está? – Ela questionou.

– Por favor, não vamos enrolar. Eu não aguento mais isso. – A cortei, antes que aquilo virasse uma conversa normal e eu esquecesse de minhas dores.

– Tudo bem. Pode começar.

– Eu? Começar? – Não acreditei naquilo. – Naoby, você sumiu por mais de um mês e eu devo começar? Você não me atendeu, ou respondeu minhas mensagens, muito menos apareceu. O que fez todo esse tempo para sumir e nem ao menos se preocupar em dar uma satisfação?

– E por que eu devo te dar satisfação do que eu faço ou deixo de fazer? – Alterou-se um pouco.

– Considerando que, além de amigos, somos ficantes, creio eu, que preciso de respostas.

– Exatamente, Calum. Somos amigos.

– Você disse que não me deixaria.

– Sim, eu disse. E não deixei, eu ainda estou aqui. – Apontou para si. – Eu sei o que está sentindo. – Ela pôs a mão em cima da minha. – Por favor, se acalme.

– Como posso me acalmar se estou andando em uma corda banda da qual eu sei que se cair, será uma das minhas piores quedas? – Não queria, mas naquele momento, fraquejei demais e algumas lágrimas escorreram.

– Não chore, Thomas. – Naoby limpou a água que escorria de mim. – Não quero te ver dessa forma.

– Você me deixa dessa forma.

– Eu nunca tive a intenção de te machucar e ver que é verdade, dói até em mim. – Afagou meu cabelo. – Me perdoe por sumir esses tempos, mas foi preciso. Eu estava resolvendo algumas coisas e queria ter certeza de tudo, antes de te contar.

– O que foi? – Aos poucos, passei a acalmar-me.

– Irei me mudar para Nova Iorque. – Meus olhos arregalaram-se. – Arrumei uma faculdade melhor e um bom emprego lá.

– Você não pode ir para Nova Iorque, Naoby.

– Eu tenho que ir. É minha chance de realizar os meus sonhos.

– Você não pode fazer isso.

– Calum, eu sei que é difícil aceitar tal situação, mas...

– Eu amo você. – Confessei e ela olhou-me assustada. – Eu amo tudo em você. Eu amo você de todas as formas. Eu amo você desde que meu coração disse que era você, então, não pode ir embora assim. Não pode ir do nada. – Comecei a tremer. – Eu preciso saber, você precisa me dizer... Você me ama como eu te amo? – Segurei suas mãos e entrelacei nossos dedos.

Por segundos, achei que ela estivesse tendo um ataque por não esboçar nenhuma reação, nem ao menos falar. Naoby apenas piscava com seus olhos fixos em mim. Eu havia feito burrada e estava preparado para receber a paulada, até mesmo se fosse em minhas partes baixas.

Ela soltou minhas mãos devagar e senti pedaços do meu coração indo junto. A primeira paulada havia sido dada.

Naoby olhou para o chão e sua cabeça balançou de forma negativa. Segunda paulada.

Voltei a ser sua atenção e reparei que seus olhos estavam cheios de água. Terceira paulada.

– Calum... – Respirou fundo e passou as mãos nos globos. – Posso te fazer uma pergunta?

– Pode.

– Você, realmente, me ama? – Sua fala engasgou em algumas palavras.

– Eu amo você. Você é a minha princesa e não estou disposto a te deixar ir. Aonde você for e se eu tiver permissão, irei te seguir e mesmo que não tiver, eu estarei lá de algum jeito. Tudo que eu queria nesse tempo todo, era encontrar alguém para me amar da mesma forma que eu estava a amando. Eu, provavelmente, estava caminhando por aí com uma plaquinha no peito escrito: “procura-se um amor” e mesmo com várias bombas que tomei, você apareceu. Mesmo que tenha sido do nada, não quero que se vá usando esse mesmo mecanismo.

– Então, você me ama?

– Amo como amo múltiplas coisas, mas você está e sempre estará em primeiro lugar.

– Ah sim... – Ela sorriu e invés de paulada, senti uma cama bem fofa de penas de ganso acolhendo meu corpo e alma. – Por que demorou para dizer isso?

Meu mundo caiu de felicidade, é claro. Não aguentei e a trouxe para cima de mim, dando um beijo bem gostoso naqueles lábios. Como eu sentia falta dessa mulher.

– Calma, Calum! – Riu, nos separando.

– Calma? Eu não quero mais ter calma. Eu quero te namorar, casar, ter filhos e morrer bem velho do seu lado. Eu não aguento mais esperar por isso porque eu preciso de você.

– Você é precioso demais para esse mundo, sabia? – Neguei e ela pôs a mão sobre minha face. – Eu amo você, Calum Hood.

– Não sabe o quanto eu esperei por esse momento, Naoby Costa.

Ela sorriu envergonhada e mais uma vez, eu a beijei.

 

 

Pode ter demorado e eu posso ter quebrado muito a cara, mas por ter persistido e sempre caminhado um passo por vez, a minha procura por um amor acabou. Por isso, não importa quantas vezes você tome no cú e olha, você vai tomar muito, mas uma hora, sua Naoby aparecerá e quando isso acontecer, não a deixe ir, não a magoe, muito menos a faça de idiota – provavelmente, ela fará isso com você, no entanto, vocês terão um final feliz, ou um começo de final feliz.


Notas Finais


Bom, quero agradecer a todos que chegaram até aqui comigo, Calum e Naoby - eles estão tão emocionados quanto eu. Estou encerrando mais um ciclo e é com extrema felicidade pq eu amei cada palavra que botei aqui, me diverti demais escrevendo as cenas, os dialogos e as coisas que Calum pensava sobre sua vida - admito que há grande influencia minha nessa parte.
Foi uma jornada curta, mas gostosa demais para acabar por aqui, mas infelizmente, esse é o fim de pua. Espero que tenham gostado tanto quanto eu e até a próxima, se cuidem. Beijão <3


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