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História Professional Relationship - Capítulo 18


Escrita por: StrangeDemigod

Notas do Autor


Hellou!
Mil perdões!
Já chego me desculpando mesmo.
Era para mim ter postado ONTEM!
Mas os remédios que tomei me fizeram dormir tanto, que acho que repuz o sono de anos atrás.
Sem mais enrolação, vamos ao capítulo!
Boa leitura ;3

Capítulo 19 - Capítulo 18


Fanfic / Fanfiction Professional Relationship - Capítulo 18

Angely

Paguei o taxista e sai do carro, sentindo a brisa balançar meus cabelos. Os pneus cantaram atrás de mim e eu apenas suspirei.

“Mais um dia aqui.”-pensei, subindo as escadas da entrada.

O guarda se prontificou a abrir a porta de vidro, me dando passagem.

Dei um sorriso singelo e falso.

“Com os mesmos olhares toscos…”- algumas pessoas abriram passagem para mim. Me contive em  não revirar os olhos.

Apertei o botão do elevador assim que entrei nele.

-E as mesmas pessoas interesseiras e falsas.-estalei a língua,  encolhendo os ombros.

Mesmo depois de dias, ainda me sinto uma traidora por estar andando na maior tranquilidade dentro do território inimigo.

As portas do elevador se abriram e voltei a caminhar pelo corredor até minha mesa. Depositei minha bolsa sobre a mesma e chequei o telefone que minha avó havia me dado.

Nenhuma ligação. Ela não me dera nenhum retorno.

Bufei, tirando uma mecha de meu rosto.

“Não quero nem ver quando ela me ligar…”-deixei o telefone ao lado do teclado e escutei o elevador abrindo.

Pensei ser meu chefe, mas me surpreendi ao ver Arlette chegando pelo corredor.

-Bom dia, querida. -ela sorriu, colocando a bolsa sobre o sofá vermelho e vindo me abraçar.

-Bom dia, Arly.-retribui o abraço e dei um beijo estalado em sua bochecha. -Como vão as coisas?

-Eu que te pergunto.- colocou as mãos na cintura. -As coisas por aqui têm corrido bem?

-Sim, sim.- suspirei.  -O senhor Collins sempre chega tarde e com um péssimo humor…-revirei os olhos. -Tirando ontem, tudo foi normal. Estou me adaptando.

-O que aconteceu ontem?-arqueou uma sobrancelha,  curiosa.

-Bom…- me preparei para dizer,  mas ela se antecipou.

-Vou preparar um chá, assim você me conta, tudo bem?-me olhou, com ternura. Assenti,  apenas.

Ela não demorou muito. Voltou para a sala com uma bandeja com biscoitos, um bule e duas xícaras.

Me sentei no sofá,  sendo servida rapidamente.

-Obrigada. -sorri, tomando um gole.

-Então, do que estávamos falando?- mexeu um pouco o chá com a colher, me olhando.

-Ontem, por volta da hora do almoço,  conheci o Senhor e a Senhora Collins. -engoli em seco. -Claro, de súbito,  eu me assustei, mas não foi difícil notar que eram os pais dele.-ela apenas assentia.  -A Senhora Collins me olhava um tanto assustada e, quando questionei se havia algo errado, ela… Uh…-travei, não sabendo como dizer aquilo de forma mais polida. -Perdão pelas minhas palavras, mas ela enlouqueceu.

-Enlouqueceu? Como assim? - Arlette levou um susto, quase derrubando seu chá.

-Ela me disse que eu havia morrido…- minha voz acabou saindo baixa. Não gostava de pensar naquilo.  Arlette pareceu ficar ainda mais confusa. -Ela disse que eu era a Yuno Nagashaghi.

-Jesus Cristo…- colocou o nariz e boca entre as mãos. O olhar estava meio vago.

-Arlette?  Está tudo bem? - me preocupei.

-Sim…-piscou algumas vezes. Olhou para mim, me analisando. -O que ocorreu depois?

-Bom…- engoli em seco. “Não irei preocupá-la com os meus ‘problemas’”-pensei. -Eu consegui conversar com ela depois de um tempo. Estamos bem agora, eu acho. -sorri fraco. -Arlette… Eu realmente me pareço com Yuno Nagashaghi?

-Mais do que você imagina. -depositou sua mão sobre a minha.

-Ok, chega de pensar sobre o passado.- balancei a cabeça. -Tenho uma proposta pra você.

-Uma proposta? -me olhou. -Que tipo de proposta?

-Eu e você, amanhã, vamos ter um dia só para nós! -me levantei. -Sem preocupações com garotos mimados ou papelada. Apenas compras e tratamentos de beleza.-ela riu. -E, à noite, nós vamos jantar num desses restaurantes chiques.

-Você parece ter planejado tudo.-estava espantada.

-Aprendi desde cedo que nunca deve-se perder tempo.-dei uma piscadela. Ela ficou meio receosa. -Vamos? Por favor....-juntei as mãos,  suplicando.

-Ok, ok! Pare de fazer essa cara pidona-se levantou. -Eu aceito.

-Isso! -comemorei. -Uma pergunta: lírios brancos ou copo de leite?

-Copos de leite são maravilhosos, mas prefiro lírios. -respondeu. -Por quê?

-Por nada.-sorri, indo para a minha mesa, fingindo arrumar algumas pastas.

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Olhei o relógio em meu pulso pela milionésima vez em dois minutos.

-Caralho! Caralho! Caralho! Caralho! Caralho! Caralho! Caralho! -repeti a mesma palavra, só que em sete línguas diferentes. -Eu vou matá-lo.

-Não precisa exagerar.-Kentin falou.

-O que será que aconteceu? -Nathaniel coçou o queixo.

-Provavelmente ele está vagabundeando por aí. -revirei os olhos, pegando a minha bolsa.

-Você está se precipitando. -Kentin riu.

-Ele está atrasado três horas, vinte minutos, e doze segundos, Kentin.-olhei-o. -E o relógio não para.-bufei. -Ele teve sorte que eu consigo ser bem persuasiva. Mas isso vai ficar caro!- apertei a ponte do nariz. -Volto em duas horas. Se ele estiver aqui quando eu voltar, eu vou espancá-lo.

-Não acho que você consiga fazer algum dano a ele.-Nathaniel disse.

-Não me subestime.- o encarei, sem emoção.  Ele se assustou. -Beijinhos.- abri um sorriso para Arlette e sai andando.

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-Desculpe o atraso. - quis me apoiar nos joelhos, cansada.

O restaurante era a duas quadras do edifício onde eu trabalhava, mas correr de saltos entre as milhares de pessoas que, provavelmente, saiam para almoçar também,  foi meio difícil.

-Sem problemas.- Patrick sorriu. -Você está bem?

-Estou…-arfei, me abanando levemente.  -Só não é fácil correr de saltos.-ele riu. -E você ri? Use um desses durante algumas horas.

-Ok, desculpe.- ergueu as mãos,  rendido. -Vamos entrar?

-Sim, sim.-assenti. Ele abriu a porta e me deu passagem.

Nos sentamos numa mesa perto da janela e fizemos os pedidos rapidamente.

-Gostei desse lugar, é aconchegante. - ele falou, olhando os detalhes em volta.

-Concordo.- sorri. -E os outros? Onde estão?

-Aparentemente, estavam todos com compromisso hoje, menos eu.-deu de ombros. -Parece irônico.

-É irônico. -ajeitei os cabelos para trás. -Completamente irônico.

Ficamos calados por alguns instantes,  até ele se pronunciar.

-Realmente, não é uma mentira.-ele parecia ter comentado acidentalmente,  pois tapou a própria boca.

-O quê? -arqueei uma sobrancelha, curiosa.

-O fato de você ser a cópia da Yuno Nagashaghi. -disse.

-Você já disse isso.-apoiei minha cabeça na mão.

-É que, olhando mais de perto, a semelhança é ainda mais incrível. -ele aproximou seu rosto do meu. -Você até tem a mesma falha castanha nos olhos.-eu conseguia sentir a respiração dele contra o meu rosto. Corei e me afastei, assustada.-D-Desculpe.

-Tudo bem.- mordi o lábio inferior, olhando-o. Ele estava corado. Ri com a expressão tímida dele.

Antes que ele pudesse dizer algo, nossos pedidos haviam chegado.

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-Mas eu ainda prefiro “Summertime Sadness.”- ele disse.

-Um clássico. -concordei. - “I got my red dress on tonight (Estou de vestido vermelho esta noite)”

-”Dancing in the dark in the pale moonlight (Dançando no escuro, à luz pálida da lua)”-ele continuou, me fazendo sorrir mais.

-Completando minha fala?-gargalhei. Ele corou. Neguei com a cabeça,  abrindo minha bolsa e pegando o meu celular.  Foi aí que notei. -Ah, merda.

-O que foi?- arqueou as sobrancelhas.

-Esqueci algo na minha mesa no serviço. -bufei.-Não posso andar sem aquilo. -Cruzei os braços.  -Tem algum problema se voltarmos lá?  É que é algo muito importante.

-Claro que não tem problema. - ele sorriu.

-Ok, vamos.- ele assentiu.

Passamos no caixa e ele pagou a conta -depois de muita insistência.

O puxei pela mão até o grande edifício espelhado e subi as escadas correndo.

-Oe, Debby,  acalme-se!-pediu, mas eu continuei a andar rapidamente pelo hall de entrada até o elevador. -Como você corre com esses saltos?

-Uso saltos desde os oito anos.-dei de ombros. Ele se espantou.

-O que você tinha na cabeça? - ele fez uma careta. Apertei o botão com o número cinquenta e seis.

-Nascida e criada no luxo, com direito a aulas de etiqueta no nível “princesa”-comentei, engolindo em seco. -Aprendi tudo o que sei com a Sra. Carter, mãe do Elliott.

-Incrível. -ele refletiu.

-Se te perguntarem,  isso não saiu da minha boca.- olhei-o. -Mas a Madame Carter era o demônio na Terra.

-Exigente ao extremo?- indagou.

-Com toda a certeza. - confirmei.

- Que pena de você. - falou quando as portas do elevador se abriram.

Caminhei um tanto rápido,  os meus saltos fazendo barulho.

-Eu sabia que tinha deixado ele aqui.- sorri ao ver o aparelhinho em cima da mesa.

-E por que você precisa disso?-ele encarou o aparelho em minhas mãos.

-Se minha avó descobre que perdi isso, vai achar que eu morri. -fiz piada. Apesar de ser verdade.-Vamos logo!-o puxei pela mão de volta ao elevador.

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-Perfeito!- bati palminhas, animada ao ver o local. -Não poderia ter feito escolha melhor.

-Concordo com você,  senhorita.- o homem sorriu para mim.

-Ok, então,  vamos aos detalhes. - peguei o bloco de notas na bolsa. -Infelizmente, não irei estar aqui para receber tudo, então devo deixar um encarregado. -suspirei.

-Eu fico, não tem problema.-Patrick se ofereceu. -A banda tem de passar o som, então eu já fico aqui, depois só vou para casa me arrumar.

-Obrigada, Patrick.-sorri para ele. -A decoração vai chegar às sete. As flores e o buffet por volta das oito e meia. Os seguranças e o fotógrafo às dezoito e meia. E os convidados irão começar a chegar por volta das dezenove.-fui checando tudo. -Consegue se lembrar de tudo?

-Acho que consigo.-coçou a nuca.

-Eu deixo tudo anotado para você. -ri. -Aqui está a metade, como combinado, senhor.- dei um envelope na mão do homem.-A outra metade lhe darei na segunda-feira, sem falta.

-Certamente, senhorita.-assentiu.

-Acabamos por aqui, Patrick. - olhei para ele. -Amanhã ele irá pegar a chave com o senhor.-apontei Patrick. O homem mais velho apenas assentiu.  -Muito obrigada.- agradeci, andando para fora.

-Você parece feliz.-apontou o meu sorriso no rosto.

-Eu estou. -assenti. -Tive pouquíssimo tempo para planejar essa comemoração.  Vendo tudo dar certo é motivo para sorrir. -parei, me virando para a frente de Patrick. -Obrigada.

-Pelo que?- arqueou uma sobrancelha.

-Por estar me ajudando com tudo e por ter aceitado trazer sua banda para tocar.- o abracei. Acho que ele se surpreendeu, pois demorou alguns segundos para retribuir. -Bom, eu tenho de voltar para o meu serviço.- me separei dele. -Nos vemos a noite, na aula.-dei um beijo na bochecha dele e sai andando em seguida.

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Fechei minha porta com força, arrancando os tênis dos pés e abanando a camiseta, completamente empapada de suor.

Fora um dia e uma noite agitada, e eu só queria descansar um pouco.

Andei até o meu quarto e quando pensei em me jogar na cama, um barulhinho insistente me atrapalhou.

Olhei para a mesa em frente a minha cama e vi a aquele celular de teclas piscar.

Rapidamente,  atendi.

-Angely?-ouvi a voz de minha avó e pareceu que tudo o que eu havia reprimido durante um dia inteiro havia voltado só com a menção de meu verdadeiro nome.

As lágrimas começaram a cair, sem permissão e incessantemente.  

Os soluços atravessavam minha garganta, ficando mais altos a cada respiro.

Assim, eu cai no chão,  aos prantos, com os chamados de minha avó do outro lado da linha.

-Mãe....-foi a última coisa que eu disse, antes de cair no sono.

Moço,  ninguém é de ferro

Somos programados pra cair


Notas Finais


Músicas utilizadas: Summertime Sadness-Lana Del Rey
Amianto-Supercombo
Não tenho nada a declarar x)
Deixo isso com vocês.
Kissus, ~ StrangeDemigod


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