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História Professional Relationship - Capítulo 28


Escrita por: StrangeDemigod

Notas do Autor


Olá, Olá!
A autora aqui está atrasadissima para sair, então serei direta.
Vocês ficaram pistolas no último capítulo. Admiro isso.
Recebi uma recomendação e tô felizona!
Uhhul!
Enfim, espero que apreciem esse aqui.
Sem mais delongas...
Boa leitura :3

Capítulo 29 - Capítulo 28


Fanfic / Fanfiction Professional Relationship - Capítulo 28

Angely

Meus olhos estavam arregalados.

O aperto dele era forte, mas um tanto gentil.

Arfei, me afastando dele.

O olhei, assustada.

Por que ele havia me beijado?

Ele abriu seus olhos e me encarou. Vi um rubor começar a preencher suas bochechas.

-Ah, porra!- ele tapou a própria boca. -Cacete, Debby. Desculpe, eu…

-Vá à merda. -o interrompi, agarrando seu pescoço e começando um novo beijo.

Ele demorou para corresponder e eu até pensei em parar, mas senti seu toque em minha cintura.

Os lábios dele eram grosseiros. Grosseiramente viciantes.

O beijo foi ficando mais afobado, desesperado.

Senti a língua dele passando por meus lábios,  fazendo-me abri-los. O gosto de menta, tabaco e whisky me fizeram revirar os olhos, satisfeita. Era algo inexplicável.

Arfei, agarrando os cabelos da nuca dele, ficando na ponta dos pés. Senti minhas costas contra algo sólido,  provavelmente um dos muros daquele beco. Nossas línguas em contato uma com a outra. Aquele sabor. As mordidas nos lábios. Tudo isso destruído em questão de segundos.  

Por quê?  

Ele apertou a minha bunda.

Dessa vez, eu o empurrei e acabei lhe dando um tapa estalado, fazendo a cabeça dele virar.

Engoli em seco, mordendo o lábio.

Ele virou-se e me encarou.  Parecia confuso, ou perplexo. Talvez uma mistura dos dois.

-E-Eu… Ah!- apertei a alça da mochila. -Eu t-tenho que ir.

-Espera, Debby!- me chamou enquanto eu andava.

-Seu carro está a três quadras daqui, naquela direção-apontei. -Nos vemos, senhor Collins.

Sai em passos curtos, porém rápidos,  quase correndo dali.

Eu queria colocar minha cabeça dentro de um buraco.

Oh, céus.

Subi para o meu apartamento rapidamente,  batendo a porta atrás de mim.

Soltei minha mochila no chão,  batendo a cabeça de leve contra a porta.

O momento ainda estava vivo em mim. Meu coração acelerado e minhas bochechas quentes denunciavam isso.

Neguei a mim mesma, batendo nas bochechas.

Eu precisava de um banho para esfriar a cabeça e o corpo.

Caminhei ao banheiro e retirei toda aquela roupa, ligando o chuveiro. Entrei de cabeça na água fria, tentando acalmar meu coração.

Encostei a testa nos azulejos, recapitulando aquele dia.

“Eu realmente demorei para parar de chorar.

Quando o fiz, limpei minhas lágrimas bruscamente, provavelmente espalhando o sangue daquele desgraçado ainda mais pelo meu rosto.

-Debby…-ouvi a voz de Kentin próxima a mim, provavelmente ele estava pronto para me tocar mais uma vez. Me afastei.

-Eu tô toda suja de sangue, Kentin.- sussurrei, ainda de costas para ele.

-Você está bem mesmo? - perguntou.

-Já disse que sim.- abracei meu tronco-Tem como me levar até em casa? A aula começa em uma hora e eu ainda nem tomei banho.

-Você não vai pra aula, Debby.- ouvi a voz de Castiel.

-Perdão? - o olhei.

-Exatamente o que ouviu.- cruzou os braços.

-Você não manda em mim.-tive de revirar os olhos. Quem ele pensava que era?

-Ah, não me subestime. -deu um passo. -Tô mandando você não ir para a aula. Vai descansar a cabeça até se sentir melhor.

-Eu já estou me sentindo melhor.- foquei meu olhar em suas orbes cinzentas.

-Não é o que seus olhos dizem.- correspondeu ao olhar. -Você está traumatizada porque matou alguém pela primeira vez. É normal. Todos já passamos por isso. Então,  acredite. É melhor seguir o meu conselho.

-Como pode ter tanta certeza que eu nunca matei antes?- comentei. Ele não sabia de nada do meu passado. Não poderia argumentar nada.

-Seu peixinho que morreu porque você esqueceu de alimentá-lo não vale.-sorria de escárnio.

-E você ainda consegue ser babaca.- soltei um suspiro. -Eu não preciso descansar a cabeça. Preciso ir à aula. E fazer o que vim fazer nessa cidade.

-Você vai acabar enlouquecendo se for.- apontou.

-Não,  eu vou enlouquecer se ficar em casa.-eu o contradisse.

“Se eu ficar sozinha naquele apartamento nesse instante, talvez, amanhã de manhã,  eles encontrem o meu corpo no meio da bagunça que aquilo vai se tornar.”- mordi a língua com esse pensamento.

-Ah, Debby…- Kentin começou.

-Pela milionésima vez, eu estou bem!- quis arrancar os cabelos. -Se vocês não vão parar com essa merda, tudo bem. Eu vou pra casa sozinha.

-Como? Andando? Boa sorte!- eu já estava numa distância considerável quando ele disse isso.

Arqueei uma sobrancelha, olhando para o lado.

O carro do meu chefe.

Olhei por cima do ombro na direção deles. Abri um sorriso e adentrei no veículo.

Aquele tolinho havia deixado a chave.

Mordi o lábio,  apertando o volante. Fazia tempos que eu não dirigia. A última vez fora aos quinze. Balancei a cabeça em negação. É como andar de bicicleta. Você nunca se esquece. Não é?

Engatei a ré, girando o volante e, consequentemente,  o carro. Com a primeira engatada, pisei no acelerador, fazendo o motor produzir um barulho alto e os pneus cantarem.

Só me preocupei com o caminho, nem ligando para os sinais vermelhos e possíveis multas que eu poderia adquirir a ele.

Estacionei na frente do meu prédio e subi para o apartamento,  verificando se ninguém havia me visto.

Não seria muito legal se vissem todo aquele sangue em mim.

Tomei um banho rápido e me arrumei o mais discreta o possível. Vi os remédios na escrivaninha e senti minhas mãos tremerem.

Suspirei, os tomando.

Com a mochila no ombro,  voltei ao carro e me dirigi à faculdade.

Me preocupei em estacionar a três quadras da faculdade,  opostas ao meu apartamento.

Corri de volta para o campus e agi como se nada tivesse acontecido.

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-Você está meio aérea hoje.-Samantha comentou, me assustando.

-E-Eu?- acabei gaguejando. Percebi o olhar analítico dela.

-Aconteceu algo? - colocou as mãos na cintura.

- Não,  nada.-neguei, quase veemente.

-Seus olhos estão opacos.- tocou minha bochecha. -O Castiel fez algo?

-Não,  ele não fez. -balancei a cabeça. -Espere! Você o conhece?

-Longa história. -sorriu fraco, segurando minhas duas mãos. -Se acontecer algo com você, não hesite em me contar. Eu me preocupo.

-Se preocupa?-arqueei uma sobrancelha.

- Oh, sim. Me preocupo com todos. Vocês são quase como meus filhos.-riu forçado. -Agora vá, você tem de comer algo. Está muito pálida.

Sai de perto dela, abraçando meu próprio corpo. Eu sentia o olhar dela sobre minhas costas.

Meus braços estavam arrepiados.

Massageei as têmporas,  tentando me esquecer daquilo. Mas nunca poderia negar que aquilo fora algo estranho.

----

Rosalya, escandalosa como sempre, exclamava sobre o quão trabalhoso estava sendo criar suas novas peças, enquanto Leigh e Alexy a contra atacavam, dizendo que também estavam naquela, para ela não ficar gritando aos quatro ventos que estava fazendo tudo sozinha.

Quando o assunto chegou em algo do tipo “precisamos de uma modelo”, notei seus olhares sobre mim. Sorri amarelo, dizendo que tinha de ir para casa dormir, que o dia tinha sido cheio.

Saí quase que correndo de lá,  me amontoando no resto das pessoas que estavam de saída também.

Só que um arrepio percorreu a minha espinha assim que pisei na calçada.

Mal deu cinco segundos,  e eu estava sendo arrastava para um beco. Minha boca estava sendo tampada, me impedindo de sequer dizer algo.

Já estava desesperada, achando que era mais um agressor. Chutei a canela do cara, fazendo ele me soltar.

-Ai!- gemeu. Tentei sair dali, mas ele me puxou novamente.

-Me solta!- me debatia.

-Oe, Debby! - ao ouvir aquela voz, estanquei no lugar.

-Castiel?-acabei inclinando um pouco a cabeça.

-Quem mais?- aquilo foi mais uma pergunta retórica.-Algum ex-namorado seu?

-Nem brinque com isso.-me soltei de seu aperto. O analisei rapidamente, notando aquelas vestes. Uma calça jeans, camiseta simples e tênis all star. Mas que porra? -O que faz aqui? E com essas roupas?

-Ah, nada demais.-deu de ombros.- E qual é o problema com o que estou vestindo?

-Você está… Normal.-suspirei. -E isso é estranho.

-Devo dizer obrigado? -  sorriu ladino.

-Nem perca seu tempo.- revirei os olhos. -Você não respondeu minha pergunta.

-Sobre o que estou fazendo aqui?- arqueou as sobrancelhas.  Tudo o que fiz foi assentir. -Achei que você daria falta disso aqui.-me mostrou. Era o telefone que minha avó tinha deixado. Mas que mania a minha de perder essa droga!

-Oh, céus! Então eu deixei cair.- peguei o aparelho -Se eu perco isso…

-Sua avó pensa que você morreu.- completou.

-É. -Franzi o cenho, estranhando. Eu só havia dito aquilo uma vez,  e ele nem estava por perto. A não ser...-Anda escutando conversas por trás da porta, senhor Collins?

-Você que não consegue ser discreta. -ele revirou os olhos.

-Bom, obrigada pelo telefone.- o guardei na mochila. Como não tinha mais nada a ser dito, me virei, começando a ir embora. Mas ele me segurou. - Algum problema?

-Não. -respondeu apenas.

-Então, poderia me soltar?- acabei sorrindo.

Engoliu em seco, passando seus olhos por meu rosto.

Aquelas orbes cinzentas analíticas;  o aroma de seu perfume amadeirado entrando por minhas narinas; Seus ombros largos, braços fortes, mãos calejadas, tudo parecia me atrair.

E parecia que eu causava o mesmo efeito nele.

O que ele vai fazer?

Vi ele lamber seus próprios lábios,  mordendo o inferior em seguida.

O que ele vai fazer?

-Merda…-consegui ouvi ele murmurar. Olhei em seus olhos e os vi fixos em meus lábios.

O que caralhos ele vai fazer?!

-Castiel?- o chamei, tentando acordá-lo.

Arregalei meus olhos, vendo ele colar nossos corpos. A respiração dele contra meu rosto.

-Foda-se.

E então ele me beijou”

Acordei daquele transe, notando que estava com os dedos sob os lábios.

Por mais que eu negasse, eu sabia que aquilo iria me atormentar.

Não seriam minutos ou horas. Seriam dias.

Muitos e muitos dias.

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-Ah, Rosa!-exclamei ao telefone. -Não acho que é uma boa ideia.

-E por que não? Você esteve tão pra baixo nessa última semana… Eu só estou querendo te botar pra cima! Uma noite com as garotas é uma ótima ideia.-ela estava sorrindo.

-Nós duas sabemos que a sua noite com as garotas é diferente da minha.-revirei os olhos.

-Somos calouras na faculdade. Precisamos de balada e bebida e não festas do pijama.- bufou. -Por favorzinho! Faça isso por você,  querida!

-Minha última noite de bebida não acabou muito bem-falei, com receio. Ouvi ela respirar fundo.

-Debby Williams! Você vai sair do seu trabalho e vai passar a tarde inteira se preparando para quando eu chegar na sua casa! Nós vamos nos arrumar e vamos sair para a caça! Se você recusar, eu acabo com você.  ESTAMOS ENTENDIDAS?!-tive de afastar o celular do ouvido.

-Rosalya, você não tem jeito.-balancei a cabeça. -Eu prezo pelo meu rosto intacto. Eu vou com você.

-Ah, que perfeito! Você nem…-a interrompi.

-Eu não vou beber! ‘Tá me escutando? Nem uma mísera gota de álcool! -adverti.

-Tudo bem, tudo bem.- suspirou. -Mas você vai ter de deixar eu escolher sua roupa. Beijinhos.

-Espera, Rosa !-e ela já havia desligado o celular.

Mordi o lábio, pensativa. Rosalya não tinha jeito mesmo.

-A reunião acabou. Aqui está o relatório. -tomei um susto. Uma pasta foi colocada sobre a minha mesa. Comecei a respirar fortemente, tensa. O cheiro do perfume dele estava forte. -Digite tudo e depois arquive. Estarei na minha sala.

-Sim, senhor Collins-engoli em seco. Sequer me virei para olhá-lo. Se o fizesse, das duas uma: ou hiperventilaria e cairia dura, ou desmaiaria instantaneamente.

Me sentei na cadeira,  ligando o monitor.

Talvez a ideia maluca da Rosalya poderia ser uma válvula de escape para mim.

E esquecer de uma vez por todas aquele maldito beijo.

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-Perfeita!-Rosalya jogou meu cabelos por cima dos ombros.

A saia lápis até a metade das coxas era feita de lantejoulas prateadas. A blusa-se é que eu poderia chamar “aquilo” de blusa- era um corset cropped,  com um zíper na frente, decote em V e tomara que caia na cor preta. As sandálias eram de salto alto e grossura mediana, combinando com a “blusa”. Um maxi colar, brincos grandes, assim como os anéis., numa mistura de prata e preto. Os olhos delineados e a boca num tom de rosa provocante. 

-Ah céus,  Rosalya!- exclamei, sentindo minhas bochechas corarem. -Eu vou tirar isso.

-Ah, mas não vai mesmo!-apontou o dedo pra mim. -Você está linda!

-Eu to me sentindo nua aqui, hello!- chamei a atenção dela. Minha barriga estava quase que completamente exposta.

-Nem tem nada mostrando aí! - ela passava um batom. -Vamos logo! As meninas estão nos esperando lá embaixo.

Quando ela saiu do cômodo,  tirei o colar e joguei na cama, e depois a segui.

Que não aconteça nenhuma merda esta noite.

----

-Eu não acredito! - exclamei, apontando para ela. -Como conseguiu isso?

-Às vezes é bom ter um par de peitos!-balançou os ombros e os seios chacoalharam. -Quem quer um gole?-levantou a garrafa.

Então, sabe aquele lance de “Eu não vou beber”? É, eu não consegui. Eu não consigo evitar apostas. Nunca me desafie, sério.

Ei, menino sexy, me liberte

Não seja tímido, brinque comigo

E agora ali estava eu. Ao som de Alexandra Stan, dançando como uma maluca, derramando aquele litro de vodca dentro da minha boca.

Meu menino sujo, você não pode ver

Que você pertence a mim

Kim pegou a garrafa de minha mão e bebeu também.

Estávamos numa rodinha ali. Violette, Peggy,  Melody, Íris também. Todas elas completamente alteradas.

Você é o único que eu preciso

Eu sequer conseguia distinguir as pessoas. As luzes coloridas quase me cegavam. Meu corpo estava quente. Meus cabelos estavam grudados em meus braços e costas.

Mas é aquele ditado.

Foda-se tudo.

Você me faz dançar

Faça eu me mover como uma doida.

Senti um aperto na minha cintura e um corpo se colar ao meu, por trás.

-Você é sempre assim, ou tá fantasiada de gostosa?- fungou no meu pescoço.  Ah, sério? Essas cantadas de merda? -Que tal a gente sair daqui e ir pra um lugar mais reservado?

-Ah, não,  obrigada.- empurrei sua mão e tentei me afastar. Ele me puxou de volta, dessa vez me virando para ele.

-Qual é, gata!- vi ele abre um sorriso. -Só uns beijinhos. Isso nunca matou ninguém! -eu sentia o cheiro forte do álcool vindo da sua boca.

-Me larga, por favor.- o empurrava, sem êxito. Ele era  o dobro de mim.

-Vem comigo, vai!- ele se abaixou e lambeu o meu pescoço.

-Eu tô pedindo pra me soltar…- Tentei empurrar ele mais uma vez. Acreditem ou não,  eu escutei o riso dele, no meio daquela barulheira toda.

-Garanto que você vai pedir por mais depois.-apertou uma nádega minha. Por mais que eu tentasse, ele não me soltava. Estava prestes a chutá-lo, mas alguém foi mais rápido.

Quando percebi, o cara que me agarrava estava no chão.

Uma roda se abriu em torno de mim, o cara no chão e o meu salvador.

-Qual é, parceiro! Por que a agressividade?-o cara apertou o maxilar.

Engoli em seco. Estava assustada. Alguém me abraçou e eu quase o empurrei.

Mas não o fiz.

Aquele toque, aquele cheiro. Estava mais do que na cara quem era.

-Ela disse que não ‘tava a fim, parceiro.-apertou minha cintura, olhando friamente para o homem.

-Castiel…


Notas Finais


Música utilizada : Mr. Saxobeat -Alexandra Stan
É isso, galera.
Até semana que vem.
Kissus, ~ StrangeDemigod


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