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História Professional Relationship - Capítulo 36


Escrita por: StrangeDemigod

Notas do Autor


Hey, people!
Voltei, mais uma vez na semana!
Yay!
Ahahahaha
Enfim, era só isso mesmo.
Boa leitura.

Capítulo 37 - Capítulo 36


Fanfic / Fanfiction Professional Relationship - Capítulo 36

Angely

-E é muito grave?- indaguei, ainda incrédula.

-Há como contornar a situação com o auxílio de medicamentos.-o doutor analisou minha ficha. -Vejo que a senhorita já consome fluoxetina.-arqueou uma sobrancelha. -O quanto consome?

-Duas pílulas por semana -respondi.

-Certo. Então, vou receitar que tome um comprimido desse aqui por semana- me mostrou a receita. Olhei para a folha, ainda com a cara abatida. -Alguma dúvida?

-As chances… Se eu quiser ter um filho…- falei, vagamente.

-Infelizmente, são pequenas.- ele suspirou. Provavelmente não era a primeira vez que ele dizia aquilo a uma paciente, mas parecia se comover. -Mas não é impossível.-tentou me confortar com um sorriso.

-Bom… Muito obrigada doutor.- me levantei, dando-lhe um aperto de mão.

Saí do consultório às pressas, chamando um táxi quando cheguei na calçada.

-Pelo menos posso chegar a tempo da aula de dança - olhei o horário. -A Samantha vai me matar.

Entrei no táxi e indiquei o caminho.

----

Digitava apressadamente uma mensagem para Kim, dizendo que eu chegaria na hora do intervalo. Quase tropecei na guia da calçada.

Ouvi uma risada grossa. Levantei a cabeça,  olhando feio para ele.

-Não ria de mim, seu Jacob-fiz um bico para o porteiro.

Ele era um idoso baixinho, com jeito de vô.

-Seria engraçado se a senhorita caísse- disse,  e riu em seguida.

-Poxa, que maldade.-cruzei os braços. -Algo para mim?

-Algumas contas que chegaram e…- me entregou os envelopes e se virou, pegando algo. -Isso aqui.

Era uma caixa enorme, de cor bege.

-Ora…- soltei um suspiro. -O que será isso?

-Parece uma daquelas caixas onde se guardam vestidos bonitos.- ele comentou,  com um sorriso.

-Acho que não.- peguei a caixa. -Quem mandaria algo dessa proporção?

-Algum namorado, talvez?

-Não tenho tempo para namoros, seu Jacob.- ri do comentário dele. -Sou uma mulher muito ocupada.

-E que mulher…- ele disse baixo.

Ele era gente boa, mas um atrevido de carteirinha.

-Até mais, seu Jacob.- fui em direção ao meu apartamento, rindo.

Com dificuldade,  consegui abrir minha porta.

Deixei a caixa sobre o sofá e fui direto ao banheiro, tirar aquelas roupas.

Entrei no chuveiro,  molhando a cabeça.

Eu havia ficado tão preocupada com a consulta que havia me esquecido completamente daquela tarde.

Castiel…

Ele era tão… Intenso.

Mas ainda era um babaca. Um russo. Um inimigo.

Oh, céus. Mamãe, onde fui me meter?

Lavei o rosto, tirando toda aquela maquiagem. Ensaboei o corpo, vendo marcas arroxeadas de dedos nos meus quadris.

Fechei os olhos, soltando um suspiro.

-Essa notícia acabou com o meu dia.-pensei alto. -Uma pena que não vou poder esquecer.

Desliguei o chuveiro, me enrolando na toalha. Corri para meu closet e escolhi a coisa mais confortável e apresentável que eu tinha. Dei uma secada nos cabelos, deixando os cachos caírem sobre meus ombros. Voltei à sala, olhando a caixa em cima do sofá.

Mordi o lábio, receosa.

Tudo ou nada, Angely!

Abri a caixa, me surpreendendo. O palpite do seu Jacob havia passado longe.

Peguei o pequeno envelope, endereçado a mim e o abri.

Estava terminando de pegar as coisas da sua mãe e achei essa caixa. Ironicamente, ela iria lhe dar, querida, mas não deu tempo.

Enfim, espero que cuide de tudo com muito carinho.

Vovó.

Peguei o diário que estava ali em mãos. Ele continha um fecho que só abriria com uma chave de formato estranho. A questão era: como abrir ele se eu não possuo a chave?

Bufei, o guardando na minha mochila. Pensaria em algo depois.

Peguei o álbum de fotos. Me sentei e o abri em meu colo. Engoli o choro quase que instantaneamente.

Fotos do tipo polaroid coladas nas folhas, com assinaturas e frases. Fotos da mamãe mais jovem. Algumas com a Samantha, Valérie e uma outra loira.

Virei a página,  vendo muitas fotos dela sozinha, mas uma me chamou um pouco a atenção.

Na foto estavam ela e um cara. Ele tinha piercings e tatuagens; com os olhos com lápis preto os contornando e eles faziam a famosa pose rock n’ roll.

Arregalei meus olhos.

-Puta merda. É o meu pai.- soltei, ainda assustada.

Como assim? Meu pai era um fissurado em rock dessa maneira? Ok, ele me ensinou a tocar guitarra,  mas eu não sabia que havia chegado a esse ponto!

Ri. E, em seguida, me entristeci.

-Oh, papai.-falei, ainda olhando aquela foto.

Eu sentia falta dele. Apesar de tudo, ele ainda era meu pai.

Mas o que já foi, não volta. Fechei o álbum e o coloquei novamente na caixa.

Estava pronta para fechá-la, quando vi uma pequena caixinha de veludo azul escura escondida no canto. Peguei-a e abri.

Era um colar. Tinha o formato de um coração,  com pequenas notas musicais entalhadas nele.

Sorri, sentindo uma lágrima escorrer. O coloquei no pescoço e escondi dentro da camiseta.

Estranhamente, me senti perto de minha mãe mais uma vez. Meio bobo, mas conforta o coração.

Fechei a caixa e a levei ao meu quarto, a escondendo debaixo da minha cama.

Puxei a mochila e caminhei até a porta, saindo rapidamente.

----

Esperei todo aquele pessoal sair do corredor, para então,  entrar na sala onde Samantha estava.

-Toc, toc-falei, chamando a atenção dela.

-Oh, Debby!- ela sorriu. -Estranhei que não apareceu na aula hoje.

-Mil desculpas. - pedi. -Tive uma consulta no médico, não pensei que fosse demorar tanto.

-Só me avise da próxima vez.- deu uma piscadela.

Vi que ela organizava diversos papéis,  soltando leves suspiros.

-Você… Parece cansada.- falei.

-O festival está perto. É muita pressão,  principalmente para quem está organizando tudo.- massageou o pescoço, deixando algumas folhas caírem. -Oh, céus!

-Eu ajudo.-joguei a mochila no chão e a ajudei a recolher os papéis.

-Obriga…- ela parou de falar. Olhava para o meu pescoço. -O que é isso aí?

-O quê?-Franzi o cenho.

-Esse colar.- apontou,  séria.

Meu Deus do céu! Será que ela...

-A-Ah! É só um colar.- eu tinha que gaguejar. Que beleza!

-Não, não é. Ele é o colar da Yuno.- falou baixo. -Onde o conseguiu?

-Minha avó me entregou hoje.- respondi.

-Yuno não venderia algo tão valioso assim…- comentou, vagamente. -Explique-se. JÁ!- Samantha estava com raiva. Chegava a me dar medo.

-A minha mãe o deixou para mim!- falei, soltando uma verdade sem querer.

Samantha se afastou uns bons passos de mim.

-O que você disse?- indagou.

-Esse colar… Ele é meu por direito.-agarrei o pingente. -Minha avó só fez o que minha mãe não conseguiu fazer.

-Minha Santa Maria,  mãe de Jesus.- ela se apoiou na mesa próxima a si, com a mão no peito. -Está dizendo que você… Você…

-Sim, eu sou.- afirmei.

-Diga seu nome completo. O seu verdadeiro nome.- me pediu.

-Angely Nagashaghi Mccullen Bernaldi.

-É por isso que você se parece com ela!- gargalhou. -Você é a filha da Yuno!- colocou a mão sobre a boca. -E você também é filha do Stefan…

-Ninguém pode saber disso!- falei, interrompendo o momento dela.

-Suponho que seja pelo fato de você estar trabalhando para o filho da Valérie…

Ela conhece o Castiel? 

-Exatamente por esse motivo- afirmei. -E porque eu meio que fugi de casa.

-Céus!-se assustou. -Mas por quê?

-Já não importa mais.- dei de ombros. -Só que, no momento, sou uma renegada e procurada, por assim dizer.

-E não te encontraram até agora por quê…?- pediu silenciosamente para que eu continuasse.

-Eu nasci loira.- apontei para o meu cabelo escuro. 

-Eu… Ainda não consigo acreditar. - riu consigo mesma.

-Eu também não.- sorri, mexendo no pingente.

-Eu lembro quando ela me mostrou esse colar.- pegou o pingente de minhas mãos,  sorrindo. -Ele abria o diário de composições dela e…

-Espera… Diário de composições?- perguntei.

-Sim, por quê?- afirmou.

Me afastei, pegando o diário na minha bolsa.

-Bem que eu notei o formato do fecho!- peguei o pingente do colar e o encaixei no lugar certo, ouvindo um ‘click’em seguida.

-Oh, Deus… É o verdadeiro?- ela parecia meio perdida.

-Sim…-folheei, vendo a caligrafia encurvada e os rabiscos nas composições. -Eu conheço todas essas canções.

-Angely…- me chamou. A olhei. -Como você faltou à aula hoje, não está sabendo. Nós separamos algumas canções para o festival. Mas, haviam duas que eu pensei justamente em você para cantá-las.- explicou. -Queria saber se você aceita.

-Está brincando?- indaguei.  Ela negou. -Serão muitas pessoas… Eu não sei se consigo.

-Acho que sua mãe iria gostar de ver você cantando -sorriu,  me deixando sem jeito. -Eu sei que consegue, querida.

Pensei um pouco.

-Certo, tudo bem. - aceitei. -Mas quais músicas tem em mente?

-Hm…- folheou o diário,  até chegar numa página específica. -Essas duas.

Li rapidamente as letras.

-Eu me lembro.- sorri. -São bem… lentas.

-É por isso que vamos regravá-las.- falou.

-Oh! Isso é emocionante.- abracei o diário,  dando pulinhos.

-Sábado à tarde, tudo bem?- perguntou.

-Excelente. -respondi.

Foi quando o sinal bateu.

-Acho que deve ir andando, se não vai se atrasar.- ela disse.

Assenti, pegando a minha mochila e guardando o diário.

-Bom, eu vou indo.- me virei para sair, mas fui segurada, virada e abraçada.

-Sua mãe estaria orgulhosa de você.- Samantha disse ao meu ouvido.

Sorri, sentindo lágrimas escorrerem nas minhas bochechas.

-Obrigada-falei, sentindo ela me beijar na testa.

Era como se minha mãe tivesse feito aquilo.

Pela primeira vez em anos, eu conseguia pensar na minha mãe sem ter uma recaída.

Estava tudo ficando melhor, afinal.


Notas Finais


Quero saber suas reações!
Só avisando que o capitulo da semana que vem sai na terça (27)
Kissus, ~ StrangeDemigod


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