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História Professor Park - Jujubas


Escrita por: LadyPororoo

Notas do Autor


Olá tortinhas de limão.
Como estão?
Espero que bem.
Bem vindas a primeira filha da minha Saga-Park.
Ela surgiu de um desafio feito pelo Reino Chansoo, onde cada uma escolhe uma profissão e escreve sobre isso.
Eu não faço ideia de onde surgiu minha ideia para Professor Park, mas agradeço ao meu bom e velho cérebro por ela.
A capa da história e dos capítulos foram feitas por mim. Não sou nenhuma especialista, por isso espero que gostem hn.
Até as notas finais.

Capítulo 1 - Jujubas


Fanfic / Fanfiction Professor Park - Jujubas

Ser professor não era uma profissão ruim. Não mesmo! Mas Chanyeol não sabia em que ponto de seus 25 anos de vida ele decidiu, provavelmente em um estado de loucura, ser um professor.

 

Ele escolheu ser professor de artes por duas razões.

 

1: Ele ensinaria artes para crianças melequentas, ou seja, era só por uma folha na mesa dos pestinhas e tudo feito.

 

2: Artes era uma matéria fácil.

 

Ledo engano.

 

Não que o Park não gostasse do que lecionava, muito pelo contrário. Ele era um grande admirador de arte, desde as telas de Van Gogh até os grafites na rua, era tudo muito atrativo para ele. Mas poxa. Ser professor? Onde diabos estava com a cabeça quando decidiu isso?

 

Pior! O que estava pensando enquanto fazia os fuckings quatro anos de faculdade?

 

Não sabia!

 

Não mesmo!

 

E como se não bastasse, no fim das contas ele acabou em uma vaga de professor integral do primário. Tendo que aguentar uma sala cheia cinco horas por dias, sete dias da semana.

 

Ele poderia ter se tornado cantor. Cozinheiro. Motorista, até coveiro. Mas não… Park Chanyeol decidiu ser um professor. Até mesmo catador de latinha parecia mais atraente pro grandão agora. Ao menos catadores de latinha não aguentavam os gêmeos Kim gritando por cinco horas seguidas em seu ouvido.

 

E pior que ser um professor, era só ser professor da terceira série, onde as crianças estão passando de criaturinhas fofas e irritantes, para só criaturas irritantes. Aquela fase que eles dizem que não são mais bebês, mas quando brigam soltam aquela típica " vou contar pra minha mãe " com um bico do tamanho do mundo. O garoto Byun por exemplo, estava sempre com essa frase na ponta da língua toda vez que Chanyeol lhe tira o bendito PSP.

 

" Vou contar tudo pra mamãe "

 

E no outro dia aparecia a mulher loira falsa pedindo desculpas por deixar o filho levar aquele tipo de coisa para a escola. Talvez se ela parasse de fazer as unhas e prestasse atenção no garoto irritante, isso não aconteceria.

 

Mas de todas as formas, sempre tem uma parte boa na vida, como quando você compra jujubas com o troco da passagem. E as jujubas do professor Park era a reunião de pais.

 

O evento acontecia uma vez por mês, eles chamavam os pais que normalmente estavam ocupados demais para prestar atenção na educação dos filhos, e discutiam sobre o desempenho escolar da criança.

 

A melhor parte era que: Do Sehun tinha o pai mais prestativo do mundo.

 

O pequeno garoto sem expressão tinha por volta de 8 ou 9 anos, e seu pai, um Ceo importante, de uma empresa importante, que fazia coisas importantes, era a coisa mais louca que Chanyeol vira na vida.

 

Era fato que Chanyeol não era o único a secar o homem de lábios carnudos, ele podia ver as outras mães e professoras cochichar todas as vezes que o homem passava sorrindo para seu filhote, dando toda a atenção que o menino precisava.

 

Chanyeol costumava dizer que Sehun era seu aluno favorito… Sua mãe sempre lhe disse que mentir era feio, mas Chanyeol nunca ouviu sua mãe.

 

Ele contava nos dedos os dias do mês até a reunião de pais, onde poderia ignorar todos os professores falando de uma bando de pirralhos e babar no homem de gravata.



 

- Professor Park! Hey, professor Park! - O homem saltou da própria cadeira saindo de seus devaneios para olhar a criança a sua frente.

 

- Sim, Minseok?

 

- Po-posso ir no banheiro? - Chanyeol arqueou a sobrancelha fitando o corpinho se contorcendo, as mãozinha entre as pernas e a careta que condenava a necessidade do garotinho.

 

- Claro, vá logo!

 

Se levantou da mesa, seguindo o garotinho apressado até a porta e riu baixinho o vendo se esborrachar no chão. Mas logo em seguida se amaldiçoou.

 

Agora teria que consolar um garotinho choroso e todo mijado.

 

- Ah… eu mereço!

 

 

 

 

 





 

Atrasado! Chanyeol sempre estava atrasado. Não seria a primeira vez a chegar tarde no trabalho, ou a tropeçar nas calçadas enquanto corria estabanado.

 

Chanyeol por si só, já era uma pessoa atrasada, nasceu três semanas depois do previsto, foi falar só com dois anos de idade… Mas nunca, nunquinha chegou atrasado nas reuniões de pais. Não mesmo.

 

Ele sempre acordava uma hora mais cedo nesses dias, apenas para se certificar de que estaria cheirosinho e limpinho para quando ver o senhor Do. E ele deveria ter ido dormir cedo para não perder o horário na noite anterior, mas não… Park Chanyeol tinha que decidir maratona Doctor Who* mais uma vez, claro que sim, porque imaginar uma vida maravilhosa ao lado do capitão Jack* era necessário para aquele ser humano de um metro e setenta e seis. No fim, acordou vinte minutos atrasado e ainda perdeu a chave pela casa fazendo assim o mesmo de atrasar mais cinco minutos.

 

E agora lá está ele, correndo pelas ruas como louco, segurando o óculos em uma das mãos e a mochila em outra tentando não tropeçar em tudo. E se amaldiçoando por ter dormido demais, mas o que podia fazer? O sonho com o décimo primeiro doutor* em sua cama estava tão bom… valia a pena não?

 

Claro que não!

 

O senhor Do era sempre o primeiro a aparecer nas reuniões, e dessa vez ele perderia a oportunidade de ficar encarando aqueles lábios de coração por um hora a mais, e pior, aquelas mulheres loucas provavelmente iriam montar no seu baixinho.

 

Quando um carro preto parou ao seu lado no meio fio, Chanyeol pensou por um momento que ia morrer. Seu cérebro imaginou mil e uma formas de ser sequestrado e morto por mafiosos, ou de como descobriria que era a chave para um plano maligno e diabólico… O que claramente não aconteceu quando o vidro do carro abaixou revelando a razão de suas ereções noturnas.

 

- Professor Park.

 

Chanyeol fitou os lábios carnudos, pensando em: Deus! Como seu nome soava bonito naquela voz. E logo mais estaria imaginando o homen gemendo-o baixinho pra si, mas a voz infantil não o permitiu a isso.

 

- Ei tio, está atrasado de novo? - Sehun perguntou segurando a mochila em seu colo,  os fios pretos sobre a testa do garotinho que sorria. Tão bonitinho.

 

- Estou sim, meu bem, eu sempre estou. - Brincou.

 

Sehun era um bom menino. E de longe a criança mais quieta de sua turma, algumas vezes o preocupava saber que o menino não tinha amigos além do garoto Byun, que uma vez ou outra o deixava sozinho para brincar com as outras crianças.

 

- Papai vai te dar uma carona. Não vai papai? - Os dois mais novos olharam para o Ceo, mas Chanyeol foi o único que tremeu ao fazer isso e ver que o olhar do homem estava sobre si, com um sorriso discreto escondido no canto dos lábios grossos e vermelhos.

 

- Sim Hunnie. Eu vou. Vamos Professor Park? - Chanyeol não respondeu. Apenas assentiu e andou com os passos lentos e trêmulos para o outro lado do carro e entrou todo atrapalhado arrancando uma risada gostosa de Sehun.

 

- O tio Channy é sempre tão atrapalhado papai.

 

Criança desgraçada. O maior se encolheu envergonhado desejando que Sehun fosse tão calado com o pai quanto é com os colegas de classe.

 

- Sehun. O que eu disse sobre conversa informal com mais velhos? - Chanyeol pode ver a criança se encolher e pedir desculpas. Ele era muito obediente afinal, o Senhor Do tinha feito um bom trabalho o educando. 

 

- Oh… não! Não brigue com ele. - Disse arrastado atraindo o olhar do outro homem. - Eu deixo todos meus alunos me chamarem assim. - Sussurrou.

 

Sehun era sempre um menino educado e fechado. Não via o por que de corrigir a criança sobre aquilo.

 

- Oh… Mesmo?

 

- Sim… eu me sinto mais confortável. Formalidade faz parecer que eles têm medo de mim. - Riu amarelo. Meu Deus! Ele estava tendo uma conversa normal com o senhor Do… Ainda não havia dito nenhuma merda.

 

- Oh… Okay. Me desculpa, bebê.

 

Chanyeol permaneceu em silêncio. Ele havia mesmo pedido desculpas ao filho por ter o corrigido?… Aquele homem era bom demais pra ser verdade. E depois do sorriso fofo de Sehun como resposta ao pedido, mas nada foi dito. Podia ser ouvido apenas o barulho do carro e os dedinhos de Sehun contra o vidro.

 

O grandão desejou, em todo aquele silêncio, ter ao menos a metade da coragem que Sherlock* tinha ao ir ao palácio de Buckingham apenas de lençol. Com essa coragem poderia puxar assunto com o Do. Ahhh…. Fazia tanto tempo que babava no homem que, meu Deus!

 

Mas o que diria?

 

" Vem ser o John do meu Sherlock? "*

 

O que será que ele responderia caso acontecesse?

 

- Estou assistindo série demais. - Sussurrou.

 

- O que?

 

- An? A-ah… Não é nada, só pensando alto. Desculpa.

 

Oh meu Deus! Tinha dito em voz alta.

 

- O tio Channye faz isso algumas vezes na sala. - Sehun soltou distraído com a janela. Era como uma enciclopédia ambulante o garoto, podia fornecer todas as informações constrangedoras de seu professor. 

Malditinho.

 

- Não acha que está me dedurando demais não? - Por um momento esqueceu que estava ao lado do seu crush supremo. Olhava Sehun indignado, e o menor apenas ria baixinho.

 

- Desculpa tio. É que você é tão engraçado. - Era fofo como o garotinho dizia entre risinhos que mostrava suas pequenas presas salientes.

 

- Engraçado? - Resmungou. - Não sou engraçado.

 

E Sehun voltou a rir do professor. A moral era tanta que o respeito das crianças ficavam em casa quando se tratava do gigante.

 

- Chegamos - O Do anunciou estacionando o carro. Chanyeol levou o olhar pra fora se vendo no estacionamento da escola, lugar que quase nunca frequentava já que ia a pé até o trabalho.

 

- Oh… - Foi tudo que o professor soltou em resposta.

 

Ele era tão bobinho.

 

- Vamos, vamos. - Um Sehun animado pulava no banco traseiro.

 

Enquanto Chanyeol saia do carro sentindo o olhar de algumas mulheres por ali em si, o Ceo tirava o filho com toda a delicadeza que conseguia. Tirando o cinto e em seguida ajeitando o uniforme do pequeno que assim que fora do carro correu até o Park pegando sua mão.

 

- Vamos, tio Channye! - Puxou o homem pela mão arrancando risos dos dois mais velhos.

 

- Vamos! - Sorriu confiante para a criança.

 

Apesar de sempre reclamar da própria profissão, Chanyeol gostava do que fazia. Gostava daquelas crianças. E acima de tudo, gostava das reuniões de pais. Gostava mais do que devia de um certo pai.

 

Mas o que poderia fazer?

 

Afinal o senhor Do era suas jujubas.

 


Notas Finais


Olá mais uma vez.
Pra que não entendeu nenhuma das referências...
*1: Doctor Who é uma série de ficção científica da emissora britânica BBC, e também a série favorita da autora aqui.
*2: Capitão Jack é um personagem de Doctor Who, um viajante no tempo super lindo e maravilhoso.
*3: Também personagem de DW, ele é o protagonista, um alienígena com a habilidade de encarnar em várias pessoas diferentes.
*4: Cena da Série Sherlock da BBC, em que o Detetive vai até o palácio realmente vestido apenas com um lençol.
*5: Dado ao fato do Watson e do Sherlock dessa série serem muito gays e não são só os fãs que dizem isso, os próprios personagens da série falam.

Bem, por hoje é isso.
Espero que tenham gostado do primeiro capítulo, e que continuem gostando, hn.
Até mais tortinhas.


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