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História Profundo - A Fuga


Escrita por: Dhnolis

Notas do Autor


Oioioi, gente! Como estão?
Tá ai o capítulo novo.
Só queria agradecer por todo mundo que lê e comenta ( e por todo mundo que lê e não comenta também ), recebo cada mensagem linda de vocês, gente ! <3 <3 <3
Obrigada, de verdade.
E essa capa maravilhosa ai quem fez foi a leitora Grableke, muuuuito obrigada, flor!
Tenho 2 avisos: O 1o é que a fic está chegando na reta final, vocês estão prontos para as fortes emoções?
E o 2o é a fic nova com um triangulo amoroso entre Mito x Madara x Hahsirama, quem se interessar, o link vai estar lá nas notas finais.
Beijinhos.

Capítulo 16 - A Fuga


Fanfic / Fanfiction Profundo - A Fuga

~ A FUGA ~

 

 

Sasuke recebeu uma mensagem e não sabia se quem a havia escrito era o amigo loiro ou o cientista.

“Não consigo carregar esse grandalhão”

Ele estava muito bem posicionado do lado de fora, as duas moças o cercavam atrás de mais informações como predadoras, e mesmo que ele já tivesse dito que não sabia de mais coisa alguma, toda hora que seu celular vibrava, elas o encaravam com cuidado, estudando suas feições e tentando tirar conclusões de cada movimento que o moreno fazia.

E se fosse Naruto que tivesse retomado o controle do proprio celular, de que diabos ele estaria falando? De Kisame? Sasuke sabia do plano do rei, estava torcendo mentalmente para que aquela idéia desse certo desde o instante em que o irmão lhe telefonara e explicara os detalhes da idéia do homem tubarão.

Com agilidade, ele digitou para o numero do amigo: “Quem é?”

Um instante depois, recebeu a resposta:

“Sou eu, seu idiota. Apaguei o cientista louco, mas o grandalhão é muito pesado, não dá para carregar ele e Hinata.”

- O que está acontecendo? – Inquiriu Karin, sentando-se ao lado do moreno no banco que ele ocupava, ela pressionou seu corpo contra o do Uchiha,  Sakura se imprimiu no banco também, comprimindo os outros dois. – Eles conseguiram?

- E Hinata? – Sakura quis saber. Pobre Hinata. – Hinata está bem?

Se Hinata precisasse sem carregada, algo tinha dado errado.

O Uchiha saiu do banco apertado e girou em círculos diante das moças, digitando uma mensagem ao irmão:

“Algo deu errado. Vá verificar.”

Itachi recebeu a mensagem de Sasuke quando estava no meio de uma partida de Candy Crush, um nível muito difícil, diga-se de passagem.

O mais velho estava tenso com toda aquela tramóia de Kisame e só conseguiu sentir-se melhor depois de abrir o jogo no aplicativo de celular e ultrapassar alguns níveis. Ele havia se distraído com aquilo, xingando mentalmente os docinhos que não conseguia destruir, fazendo-o perder uma vida. Saiu do aplicativo e leu com atenção a mensagem que recebera, prontamente guardou o celular no bolso e andou a passos apressados pelo corredor até a ala veterinária, invadiu a sala, pronto para entrar em uma briga, os punhos fechados, levantados diante dos olhos, a cabeça trabalhando em locais para acertar o inimigo.

Mas o inimigo em questão estava no chão, desacordado, Kisame a poucos metros de distancia, fitando o teto e balbuciando palavras enroladas.

- O que aconteceu? Meu Deus vocês mataram Kabuto?

Os olhos negros de Itachi procuraram por respostas, porém as únicas duas pessoas despertas e devidamente conscientes estavam muito ocupadas: Naruto pressionada o longo corte que delineava uma das pernas de Hinata, o sangue escorria do membro, pingava na bancada e aos poucos manchava o chão de carmesim. Todas as portas dos armários estavam abertas, os conteúdos das gavetas jogados pelo chão.

- O que houve?

A moça soltou um gemido e impulsionou o corpo para trás, mordiscando a parte interna das bochechas e controlando-se ao máximo para não derramais mais lágrimas do que já derramava. Ela estava sentada sobre a bancada, as calças enroladas em seus tornozelos, empapadas de sangue.

- Naruto, que merda aconteceu aqui?!

- FOI ELE – O loiro berrou, indicando Kabuto no chão, as mãos do jovem tremiam, sua cabeça estava doendo e seu rosto estava coberto pelo próprio sangue. – Ele a cortou... Não quer parar de sangrar.

Itachi respirou fundo, desviou os olhos dos dois para Kisame e percebeu que o rei dos mares o encarava de volta, o olhar suplicando por ajuda.

- Casa. – Disse o azulado. – A água.

O Uchiha concordou, como se entendesse o que o outro quis dizer. Estar ali estava matando a todos eles, então se voltassem para casa, para o mar, haveria uma chance.

- Certo. Naruto... – Ele voltou-se ao loiro. – Use o cinto para fazer um torniquete, ache algo para fazer um curativo. Temos que sair daqui agora.

- Você deve estar de sacanagem... Ele tentou abrir ela! Temos que chamar a policia.

Chamar a policia? Teoricamente eles haviam roubado propriedade particular, elas não eram propriamente ditas humanas, eram animais, coisas... Ninguém os ajudaria naquela empreitada, por anos a sociedade protetora dos animais tentou libertar as sereias, tentou fazer com que o aquário devolvesse as criaturas para o mar, mas perderam cada uma das batalhas... O dinheiro falava mais alto sempre. O dinheiro contornava as opiniões de advogados, de juízes e o publico queria ir ao aquário e ter uma foto das hibridas estampando suas redes sociais.

E Orochimaru, o dono, tinha muito, infelizmente.

Chamar a policia significava manter as hibridas longe de casa por mais tempo, correndo o risco de voltarem a ser aprisionadas em tanques outra vez, usadas como cobaias nos planos de Kabuto, elas não teriam escolha quanto a própria reprodução, em pouco tempo forneceriam ao aquário uma ninhada de novos híbridos e a estes seriam imposto a mesma selvageria que as mães sofreram.

Só havia uma maneira de ganhar aquela batalha.

- Vamos colocar todos eles na água. – Itachi disse em alto e bom tom. – Orochimaru não pode ganhar essa luta.

O loiro perdeu-se em pensamentos, mas quando a fitou n os olhos, aqueles olhos perolados repletos de dor, ele soube... Gostaria muito de conhecer mais dela, mas não podia ser assim tão egoísta. Ela estar ali, em terra, significava que seria caçada, usada, como um animal.

Não podia permitir.

No mar estaria protegida pelo menos.

- Você vai para casa. – Garantiu o loiro e em dois tempos já havia desatado o próprio cinto que lhe prendia as calças. – Eu prometo, nem que seja a ultima coisa que eu faça.

A moça concordou, as mãos secaram as lágrimas que lhe banhavam o rosto, sujando o mesmo com sangue, ela teria de ser forte.

Naruto ajudou-a a erguer as calças e garroteou a perna da moça com seu cinto, acima de onde o corte havia sido feito, aquilo diminuiria o sangramento consideravelmente. Enquanto o loiro cuidava da moça, Itachi ocupou-se em dar assistência a Kisame, o homem azulado viu tudo ao seu redor girar quando ele se sentou, sua respiração já pesada se tornou semi cortada quando Itachi o colocou de pé, sustentando todo o peso do corpo do rei em seus ombros, era mais do que ele conseguia, mesmo assim, quando suas pernas tremeram nas primeiras passadas, o Uchiha decidiu que o sustentaria até o final, sem reclamar. Ao caminhar na direção da porta, passaram por Kabuto e o Uchiha percebeu que o cientista já estava de olhos abertos, de certo a medicação não demoraria a perder completamente o efeito.

- Temos que ir.

Karin bufou e se ergueu de onde estava sentada, a ruiva circulou ao redor de Sasuke, pronta para usar a força e conseguir uma nova informação.

O Uchiha estava digitando furiosamente no celular, porém ao que parecia, ninguém lhe respondia coisa alguma, Sakura também mostrava-se impaciente, a de cabelos cor de rosa batia os pés no chão no ritmo da musica longínqua, tentava se concentrar no balançar das folhas na arvore mais próxima, porém estava ficando difícil a cada momento não pensar nas duas amigas.

Ela saltou do banco quando o celular de Sasuke disparou uma melodia alegre, aproximou-se do moreno e enrolou o braço ao da ruiva que já estava ali, diante dele.

Era agora, à hora da verdade.

- Tudo bem? – Sasuke perguntou ao atender o celular. – Um só? Certo. Mas vocês estão bem? Puta que pariu. Certo.

E desligou.

- Ai mais o que foi que aconteceu? – Karin foi a primeira a perguntar.

- Deu merda. – Ele retrucou, passou os olhos da ruiva para Sakura e então meneou a cabeça na direção dela. – Espero que vocês já tenham aprendido a correr.

Oi?

O moreno investiu caminho à frente, ele percebeu que as duas outras estavam em seus calcanhares e então apertou o passo ainda mais, suas pernas latejavam pelo esforço repentino e ele puxava cada vez mais ar aos pulmões, pela breve conversa que tivera com Naruto recebera ordens expressas para conseguir um meio de transporte rápido e só poderia conseguir isso na entrada principal do parque. Percorreu o caminho de lajotas com agilidade, eles todos se encontrariam sob o arco da entrada, logo que chegaram, ele passou os olhos ao redor até avistar a figura azulada se aproximando, era auxiliada pelo irmão mais velho, Naruto estava logo atrás, carregando Hinata nos braços, seu rosto ferido e coberto por sangue, a moça ainda muito abalada apresentada marcas de dedos ensangüentados pelas bochechas e um brilho de lágrimas ao redor dos olhos, suas vestes úmidas com o próprio sangue.

- Puta que pariu.

As moças se apressaram e foram até a amiga ferida, envolvendo as mãos dela com as suas, amparando o rosto com carinho e exibindo olhares preocupados.

- Hinata!

- O que houve?

- Está sangrando.

- Está vazando.

- E Tenten?

- Precisamos fazer alguma coisa.

As crianças que estavam no parque olhavam assustadas para a cena, estavam chamando muita atenção ali. Sasuke tomou à dianteira e passaram pelo arco da entrada, saindo para a rua, os outros o acompanhavam, ele acenou para um taxi e assoviou para outro, indicando que deveria se aproximar também. Quando os carros estacionaram no meio fio, Sasuke abriu a porta do primeiro veiculo e indicou para que Naruto colocasse Hinata no banco de trás.

Prontamente o loiro atendeu, passou pelas outras duas e foi acomodar a ferida em seus braços dentro do carro.

Sem a amiga para conseguir informações, as duas moças desviaram sua atenção para Kisame, fazendo com que Itachi cessasse o passo na direção do taxi que havia estacionado atrás do primeiro.

- O que houve? Estamos indo embora?

- Onde está Tenten?

- Não podemos ir embora sem ela.

...Tinha mais aquele assunto para ser explicado.

Kisame suspirou pesarosamente, ele não sabia como falar.

A lembrança do que fizera deixava seu corpo ainda mais pesado.

- Ela está morta. – Disse o rei, baixinho e as moças se entreolharam, assustadas. – Temos que ir embora agora.

Lágrimas brotaram dos olhos de Sakura que engoliu em seco.

- Mas você tem certeza? Não podemos deixar ela para trás... – Insistiu a ruiva. – Não vou embora sem ela.

- Eles já sabem sobre vocês...

Aquilo não faria Karin arredar o pé daquele aquário tão facilmente. Que fossem todos para o inferno se eles soubessem sobre ela e as amigas! Não sairia dali sem saber sobre Tenten, não poderia deixá-la para trás.

Sasuke havia acomodado Naruto no banco de trás do carro e aproximou-se dos outros, pronto para colocar Sakura no veiculo também.

- Não podemos deixar Tenten para trás, vocês podem só não ter encontrado ela...

Karin estava irredutível, recebeu um olhar complacente de Sakura que concordou com o que a amiga acabara de dizer, talvez eles não tivessem procurado direito. Talvez ela estivesse em outro tanque, em outro lugar, ela não poderia estar morta, não...

Kisame não conseguia decidir quais palavras deveria usar para revelar o que ele havia feito, sua garganta estava seca e ele jurou que algo lhe apertava o peito. Como se pudesse ler os pensamentos do homem que amparava, Itachi tomou o peso para si, assumiu a culpa sem nem perguntar nada para Kisame antes.

- Eu a matei. – O Uchiha disse e aquilo fez com que as mulheres entendessem por que motivos eles tinham tanta certeza sobre a morte de Tenten. – Ela estava ferida e eu a matei, quebrei o pescoço dela e vi ela se dissolvendo.

Um silencio sepulcral tomou o ambiente, o taxi de trás buzinou, tirando as moças de seu torpor. Com muita paciência, Sasuke entrelaçou os dedos aos de Sakura e a puxou na direção do primeiro carro, colocando a moça no banco de trás ao lado de Naruto. Ela tinha os olhos verdes vibrados, a boca aberta como quem quer falar algo, mas não sabe o que dizer.

O Uchiha mais novo voltou para o meio dos outros.

- Eu vou no primeiro carro, vocês vão no de trás, tudo bem?

- Certo. Vamos para a praia. – Itachi disse e puxou Kisame na direção do segundo taxi.

Karin, todavia, se negou a entrar no carro com o assassino da amiga, ela se encaminhou para o primeiro veiculo e se apertou no banco de trás com os que já estavam acomodados ali, o choro preso em sua garganta.

Kisame sentiu o corpo relaxar depois de ser colocado no banco de trás, ele pode esticar as pernas e observou em silencio quando Itachi disse ao motorista para onde deveriam ir, fitou o lado de fora se mexendo quando o carro se colocou em movimento, queria esquecer o que suas mãos haviam feito, mas não poderia. Via o rosto de Tenten em cada pessoa que passava do lado de fora do taxi, assimilava os tons amarronzados com os cabelos da sereia, será que algum dia ele seria capaz de se perdoar?

Desviou sua atenção para Itachi ao seu lado, durante toda a sua vida, ele trabalhara sozinho. Fora um rei sem ajuda, resolvera todos os problemas por si só, mas aquele humano sentado ao seu lado assumira a culpa por ele, assumira os olhos arregalados e os maus pensamentos por um ato que não cometera, era assim que se trabalhava em dupla? Quando o fardo se tornava pesado demais o outro assumia?

Itachi estava entretido com o celular, enviou varias mensagens ao irmão informando sobre o novo plano: Levar elas a praia, devolver todos eles ao mar e encerrar aquele assunto. O Uchiha terminou de escrever a ultima mensagem e então ergueu o olhar para Kisame, sustentando-o em um silencio pesado e tenso por muito tempo.

- Não tem de que. – Disse, mesmo que o homem tubarão ainda não tivesse reunido coragem para lhe agradecer. – Fica me devendo uma.

E ele iria se certificar que iria pagar a Itachi.


Notas Finais


ROOTED

Mito Uzumaki veio até Konoha para selar um acordo de paz por meio de um matrimonio com o Hokage da vila, Hashirama Senju. Todavia, ela encontra no noivo um homem com muito pouco interesse em um relacionamento.
Desgostosa com o rumo que as coisas estão tomando em sua vida, ela acaba conhecendo Madara, e ela vê nele tudo o que esta sendo privada com este casamento arranjado.
Dividida entre o dever com seu clã e a vontade de ser livre, a ruiva não sabe qual caminho deve seguir.

https://spiritfanfics.com/historia/rooted-9817341


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