História Prohibited, Namjin - Pensamentos.

JIN P.O.V

Por volta das quatro da manhã eu estava com meus serviço terminados e com o bolso consideravelmente cheio. Aquele velho nojento me deu uma ótima quantia.

— Vamos? — Falou já saindo do estabelecimento, o segui e pude notar que o dia já começa a clarear, bem pouco, mas clareava.

Me lembrei enquanto andava, do homem que me parou, alegando que meu "chefe" queria falar comigo. Será que ele era um louco? Afinal isso nunca me aconteceu, e eu nunca o vi antes. E acho que não poderei esquecer o rosto dele, ele era um pouco mais alto que eu, com a pele um pouco mais escura e realmente lindo. O que estou pensando?!

— Hey Seokjin! Acorda! — Estalou os dedos de frente ao meu rosto, me dando um leve susto. — No que tanto pensava, hein?! — Perguntou curioso.

— Nada demais, apenas em um cara que apareceu ontem, um pouco estranho.

—  Estanho? Que cara? Um cliente? — O Mark realmente faz muitas perguntas.

— Eu não o conheço, ele apenas me chamou quando eu fui atender um cliente, e ele veio falando que o chefe queria falar comigo. — Riu soprado. — Ele não é um cliente.

— Vai ver ele queria ser… Mas como você ia atender alguém ele deu uma desculpa boba. Aish, mudando de assunto, eu me sinto tão cansado. — Suspirou fundo enquanto estávamos andando em passos calmos.

— Eu também estou, gostaria de dormir o resto do dia, mas isso não será possível. — Tento não ficar pensando que quando retornar ao orfanato eu terei que limpar algo, ou ajudar nos serviços da cozinha.

— Vamos andar um pouco mais rápido, logo o vigia irá trocar com o chato, o turno dele está quase acabando. — Falou passando na minha frente, andando mais rápido.

NAMJOON P.O.V

Eu voltei pra casa por volta das duas horas da manhã, cansado. Apenas tomei um banho rápido e vesti uma calça de moletom indo me deitar em seguida. Eu estava muito cansado, mas minha mente parecia muito ativa, eu não conseguia dormir. Me revirei de um lado para outro, tentei de todas as posições e nada de conseguir pregar os olhos. Desisti de tentar dormir e me levantei, pegando na cômoda o meu celular. Comecei a olhar as redes sociais e bobagens do tipo, havia muitas mensagens - jamais respondidas - e algumas que eu apenas olho e ignoro. Pensei que dessa forma eu pudesse começar a sentir sono, mas me enganei. Liguei uma música que realmente adoro Rage, do Vic Mensa. Cantei alguns versos de acordo a melodia, e não sei porque e nem como, mas meus pensamentos se perderam no garoto que vi na boate, aliás... Por que eu passei por aquela vergonha desnecessária?

Eu poderia apenas ignorar ele chorar.

Mas algo dentro de mim disse que eu não deveria.

Talvez o meu lado mais sensível estivesse ativo.

Não sei.

Ele me parecia muito novo para está ali, e muito belo, realmente muito. Ele tinha um rostinho tão angelical, que minha vontade era de tocar para ver se era de verdade. Essa insônia me faz pensar tantas besteiras. Respiro fundo e me lembro de algo que com certeza vai me dar sono, e eu amo esse método. Me levanto e vou até a minha gaveta de meias, tirando de lá uma caixinha que guardo a minha paz. Me sento na ponta da cama e abri a pequena caixa, tirando um papel de seda, isqueiro e uma cocada*. Comecei a destrinchar um tanto que maconha que desse apenas para um cigarro pequeno, eu queria apenas dormir. Quando termino, ponho no papel de seda e começo a bolar o cigarro com habilidade, afinal fumo desde que eu me conheço. Finalizo rápido e o acendo ansioso, logo levando a boca e dando um trago forte, prendendo todo o ar dentro de mim. Fumo escutando músicas aleatórias que tinha em minha playlist e sinto a minha paz fazer efeito. Podia sentir meu corpo anestesiado e uma calma tomar conta de mim. Guardo a caixa dentro da gaveta novamente e me deito, desligando a música do celular.

Fixo meu olhar no teto e novamente me pego pensando no garoto, os olhos deles... Minha mente não consegue esquecer. Acho que eu deveria voltar lá, e transar com ele, acho que é isso que meu quer.

Sim, eu preciso disso.

Amanhã voltarei lá, e farei dele o meu boneco sexual.

Sinto meus olhos começar a pesar e sinto um alívio se instalando em mim por isso. Deixo me levar e acabo apagando.

JIN P.O.V

Chegamos ao orfanato e graças aos deuses não havia trocado de porteiro ainda, pois não tinha dado a hora. Escalamos o muro como sempre, e corremos para nossos quartos, com medo de sermos pegos. Trocamos de roupa rápido e vestimos nossos pijamas velhos e surrados, em seguida nos jogamos nas nossas camas.

— Acho que vou dormir agora, faça isso também Jinnie. — Sussurrou e eu sabia que ele já estava dormindo, ele sempre fala isso quando já está dormindo.

— Durma bem, Mark. — Sorri de canto e fechei os olhos tentando dormir também, mas algo não queria deixar o ato acontecer.

Algo não, alguém. Aquele homem alto e moreno que parou na boate. Mas que merda, por que penso tanto nele assim? Eu não quero pensar nele, não devo. Faço um esforço, e sinto que o sono está chegando, e sem muita demora acabo dormindo.

**

Vinte minutos. Esse foi o tempo que pude dormir antes do sinal infernal tocar. Me sento na cama e sinto meu corpo todo dolorido, como eu gostaria de ter uma noite inteira de sono com paz, e não me preocupar de limpar bem os banheiros ou ter que transar a noite para ganhar dinheiro. Sinceramente? Isso não é vida. Olho pro lado e vejo o Mark já de pé, com um sorriso frouxo nos lábios.

— Sua animação está me contagiando. — Falo ironicamente, arrancando um riso dele.

— Foi exatamente essa a intenção, contagiar a todos com minha animação. — Levantou o punho no sinal de "Fighting". — Vamos, levanta. É melhor irmos por nós mesmos do que esperar as bruxas, digo freiras virem aqui. - Sorrio com a sua frase brincalhona e me levanto, ele envolve seu braço pelo meu e assim saímos do quarto.

Será um longo dia.