PoV ~ Felps ~
O silêncio tomou conta do ambiente enquanto descíamos pelo vacuo do espaço. As cores fortes e vibrantes das chamas que rodeavam a nave enquanto caímos era intensa, não conseguia assimilar nada. Até que tudo se torna escuro. Tento retomar a consciência. Removo o cinto e consigo me levantar, com dificuldades, mas consigo.
-- Mari? Bia? - chamo-às olhando na direção a qual deviam estar sentadas.
-- O-oi felps. Conseguimos? - sua voz sai falha.
-- Acho que sim. - dou um sorriso em meio a escuridão. - Bia? Você ta bem? - continuo chamando.
-- Ela deve estar desacordada, liga a luz - Mari.
Acendo a luz e a luminosidade invade o local, pisco os olhos até me acostumar com a claridade repentina.
-- Ela está desacordada. - Mari fala - vou cuidar dela.
Aceno e vou em direção a porta de saída. Não sabia o que aconteceria depois, apenas penso no momento e abro a porta. Um frio gélido invadiu o compartimento me fazendo arrepiar, era um sensação boa. Com um pouco de hesitação, ando a passos curtos para fora, caímos na margem do que parecia um extenso lago de águas cristalinas que refletia os primeiras raios de sol.
-- Mari, vem cá. - aquela paisagem era fantástica.
-- O que voc... - era pareceu ficar estatica.
-- É fantástico você não ach... - Sou interrompido por uma explosão, uma onda de calor me empurra para o chão e um zumbido permanece em meu ouvido.
Minha visão escurece. Novamente.
PoV ~ Cellbit ~
Já estavamos caminhando a um bom tempo, até que avistamos o tipo de foguete sendo lançado em direção a nave recém caída. Não sabíamos se estava tripulada, tudo que fizemos foi correr enquanto o rastro de fumaça deixado pelo foguete se dissipava.
Enquanto corriamos, escultei mike sussurar algo como "Monte Olimpo" - fico confuso.
Corremos através de um gande campo, cuja vegetação não passava do joelho. Ao longe, a beira de um lago, estava o que restou de uma nave sendo consumida pelas chamas. Quando nos aproximamos mais ainda, percebemos dois corpos às margens do lago, estavam inconsciente.
-- Vamos ajudá-los - Pac corre na frente, como sempre afobado.
-- Certo. - todos concordam e seguem à diante.
No começo eu não reconheci nenhum, mas quando cheguei mais perto um nó se formou em minha gargante, aqueles cabelos escuros eram inconfudíveis. Não me segurei e corri em sua direção.
-- F-felps? Felipe me responda. - estava deseperado pois o mesmo tinha um corte em sua testa e o sangue fluía livre e sem parar pela abertura. Uma lágrima escorre pela minha bochecha, ele era meu melhor amigo desde sempre e eu nem me despedi dele antes de vir para a Terra. Um sentimento que era alimentado durante anos a qual eu não sabia se era recíproco me fez afastar dele aos poucos. Eu não podia transparecer o que sentia por ele. Mas uma dúvida se formou na minha cabeça, o que ele estava fazendo ali?
-- Precisamos levar eles para o acampamento o mais rápido possível. T3ddy você acha que da conta desses ferimentos? - Malena.
-- A-acho que sim. - T3ddy responde nervoso. Acho que ele não estava preparado pra esses tipos de situações.
-- Tudo bem, me ajudem a carregar ela. - Authentic aponta para uma garota de longos cabelos castanhos a qual não soube reconhecer.
Vejo Mike puxando Pac pelo braço e o mesmo sussura algo que eu não consegui ouvir. Logo depois Pac volta e nos fala:
-- Galera, o Mike falou que é muito arriscado nos mantermos nessa área, ele sabe um lugar onde ficaremos mais protegidos - ele estava tenso.
-- Tudo bem, vamos rápido. - Malena fala enquanto Mika, Pac e Phoenix trocam olhares misteriosos.
- -- -- -- -- -- Quebra de Tempo -- -- -- -- -- -
Foi uma longa e cansativa caminha dentro da floresta fechada até nos depararmos de frente a uma encosta de rochas gigantes e musgo.
-- Ta, e agora? - Pergunto.
Mike e Phoenix se aproxima de uma fenda entre duas rochas e retiram o misgo e a vegetação do local revelando uma porta de metal com uma válvula centralizada. Essas coisas eram chamadas de Bunker, eram abrigos secretos utilizados durante guerras. Eles giram a válvula com grande dificuldade, esse lugar não deve ser usado com tanta frequência. Antes de abrir a porta Mike se pronuncia.
-- Esse é um "esconderijo secreto", só eu e o Phoenix temos conhecimento desse lugar, por favor, peço que guardem segredo caso, forem pegos por o-outros. - a sua voz falha.
Depois disso, ele puxa a porta que range ao contato, seja la o que tivesse la dentro não dava pra enchergar, era muito escuro.
-- Um instante. - Mike fala entrando na frente. - um feixe de luz ilumina o interior do bunker e Mike nos chama para dentro. Logo após todos entrarem a porta se fecha as nossas costas.
-- Deitem eles ali. - aponta para umas camas que não pareciam la essas coisas. Agora que vi, o compartimento estava sendo iluminado com o fogo aceso em uma lareira revelando que o lugar era bem grande por dentro.
-- Preciso conversar com você, urgente. - Pac limpa a garganta e direciona aquele novamente para Mike que apenas concorda com a cabeça. Todos sentamos em volta de uma mesa e Pac começa a nos contar tudo, o clima fica tenso. O silêncio é quebrado por Aruan.
-- Bom, a conversa foi boa, mas eu preciso tomar uma ar. - ele se levanta e vai em direça a porta.
-- Eu vou com você. - Portuga.
PoV ~ Aruan ~
Eu simplesmente me odeio.
Não tem mais nada o que pensar, meu unico amigo é o Portu, mas eu não tenho coragem de falar tudo que penso ou sinto pra ele, é complexo, às vezes eu tenho nojo de mim mesmo.
Estamos caminhando não muito afastados do Bunker, o Portuga ta me fazendo compainha como sempre, e eu agradeço por ter ele ao meu lado sempre que preciso.
-- Portu - pergunto.
-- Fala - ele olha pra mim.
-- E-e que, sei lá, tava pensando aqui. - respondo.
-- Eu também, mas eu não sei se devo contar o-ou fazer, é confuso - vejo que ela estava com as mãos um pouco trêmulas.
-- Você sabe que pode contar comigo - passou meu braço em volta do seu pescoço e o puxo para mas perto. Era normal andarmos abracados, as vezes estranhava essa minha atitude, mas via que o Portuga não se incomodava então virou um "costume".
-- É-é que eu... - ele faz uma pausa, olha nos meus olhos. O que veio a seguir eu realmente não esperava que o Portu tivesse coragem de "tomar a dianteira. Em um movimento rápido ele sela nossos lábios, minha única reação foi envolvê-lo em meus braços enquanto o mesmo pedia passagem com sua língua, eu hesitei, mas não resisti e acabei cedendo. Nosso beijo foi interrompido por uma voz que eu não reconheci.
-- Ora, Ora, o que temos aqui - um homem musculoso e alto, trajando vestimentas de couro e tecidos amarrotados, e um machado na mão sai de trás de uma árvore. Ele era sombrio e eu estava paralisado abraçado ao Portuga. - Duas presas indefesas, despreocupadas e andandor por ai, não é todo dia que encontro.
-- Q-quem é você? - a única coisa que consigo falar.
-- Eu? Digamos que a ultima coisa que você vai ver na vida - ele prepara seu machado para um golpe fatal, fecho meus olhos e esculto um grito.
-- PARE - era Phoenix, ele tinha em suas mãos o arco armado com uma flecha.
-- Onde você estava todos esses dias? - o homem parece ficar mais furioso ainda - Procuramos você e o outro paspalho por todo esse tempo.
-- Primeiro: não te interessa. Segundo: To nem aí. - Phoenix segura o arco na altura dos olhos e mira em direção ao homem, que mantinha no rosto uma expressão de raiva e medo.
-- O que pensa que está fazendo? - o homem fala.
-- Eu já fiz. - Phoenix solta a corda e a flecha segue até perfurar o crânio do homem, que cai sem vida no chão.
-- Vamos rápido. -Phoenix nos chama se afastando do local.
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-- Comandante, o povo exige resposta. Todos estão assustado temendo que algo ruim possa acontecer. - o Sacerdote estava impaciente dando voltas pelo salão.
-- Se é isso que eles querem, eu vos darei. - O comandante de levanta e se direciona até a grande sacada do alto edifício corroído pelo tempo. - Povo da Terra, aqui quem vos fala é o Comandante Alan, atual dominante das terras de Norte à Sul, de Leste à Oeste. Peço que mantenha a calma, até agora não sofremos nenhuma ameaça. Caso isso vos causa algum conforto, nossos exércitos ja estão em alerta. - ele encerra seu discurso e volta a seus aposentos.
-- Comandante, precisa de algo? - o Sacerdote se aproxima.
-- Sim. Que me deixe em paz! - O sacerdote solta um suspiro e sai dos aposentos fechando a porta logo em seguida.
O comandante era jovem, estava tomado pelo cansaço, aquilo era muito pra ele.
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