História Project kink - O melhor encontro

— Para onde estamos indo, Natsuki san? — Murasaki me pergunta logo depois que entramos no metrô.
— Se eu te disser agora, não será surpresa. — Coloco a mão em sua cabeça. — Mas não se preocupe, não vamos ficar até tarde.
— Ok...
— E pode me chamar só de Natsu, se quiser. Eu ficaria feliz de ouvir.
— Natsu... — Ele fala bem baixo e com vergonha.
— Como é que eu consigo lidar com toda essa fofura? — Fiquei um pouco corado também. — Vou ter que te chamar de Saki, pode ser?
Logo chegamos à estação de destino. Geralmente saio para algum aquário ou parque de diversão quando estou com garotas. Programas comuns em encontros, embora o lugar para onde estamos indo também não seja incomum. Mesmo assim...
— Espero que não tenha medo de altura. Já subiu na Sky Tree? — Murasaki logo balança a cabeça, negando. — Eu também não.
Durante todo o tempo em que estivemos esperando na fila, Murasaki não largou de minha mão um instante sequer. Sua mão segura mais forte a minha quando o elevador começa a subir. Fico feliz que, mesmo com medo, ele tenha aceitado vir aqui. Tento conversar com ele para distraí-lo.
— Chegamos. Está tudo bem? — Eu o pergunto, visto que ele ainda parece preocupado olhando para os lados.
— Estou sim. É que é a primeira vez que subo num lugar tão alto assim.
— Quer dar uma olhada ali pelo vidro? — Eu aponto para a parte onde se tem uma vista panorâmica.
Ainda com um pouco de medo, ele vem junto comigo para perto do vidro. Nós chegamos perto do vidro e ele observa a paisagem mais longe, tentando não olhar para  baixo. Meu braço está ao redor dele para passar mais segurança.
— Saki... — Quando ele vira, eu selo nossos lábios suavemente. Isso é tão estranho... Beijar um garoto, ainda mais do ensino médio. Eu tenho que parar de pensar tanto nessa diferença e focar apenas nele. O Jun namora um garoto mais novo também, então isso não tem problema, certo? Mas não que eu já esteja pensando em namorar o Murasaki.
— Está um pouco mais calmo agora?
— Hm...? — Com o rosto um pouco rosado, ele balança a cabeça afirmando. — Hm.
Depois disso, conseguimos ficar mais alguns minutos observando a paisagem e conversando. Murasaki conseguiu superar aquela mistura de nervosismo com medo, mas logo descemos, já que está ficando tarde.
— Natsu, podemos passar no banheiro antes de irmos embora? — Ele me pergunta enquanto saímos do elevador da torre. — É que eu fiquei um pouco apertado com o nervosismo.
Na mesma hora eu sinto uma pressão dentro de mim. Por algum motivo escutar isso me excita e me dá uma grande vontade de usar o banheiro também.
— Claro. Quer tentar pedir ali naquela lanchonete? — Apontei para o local mais próximo.
Como pensei, não apenas o banheiro lá da torre é cheio, mas como aqui também é. Tem muitos turistas por aqui, o que é terrível para nós num momento como este. Murasaki está tremendo, mas tenta disfarçar ao máximo na minha frente. Por que estou achando isso tão fofo? Tem umas oito pessoas na nossa frente, para dois banheiros. 
— N-natsu... — ele olha para mim com lágrimas se formando em seus olhos. — Eu não consigo mais segurar...
— Calma, Saki, segura só mais um pouco. Faltam mais três. — Eu é que preciso manter a calma agora, ou meu amigo aqui em baixo vai acordar de vez.
— N-não da. V-vou fazer xixi na calça...
Como não tem jeito, saímos de lá e fomos para trás da lanchonete onde tem uma praça com várias árvores e arbustos. Ver um garoto tão fofo desesperado e segurando suar partes intimas por cima da calça já me deixou duro como uma rocha. É a primeira vez que tenho uma ereção com a bexiga cheia, e isso é... Estranho, porém incrível.
Assim que chegamos a uma parte sem ninguém por perto e cheia de arbustos, Murasaki se ajoelha no chão, apertando forte seu membro com as mãos.
— Ngh...!
Mais que de pressa, eu o derrubo na grama e coloco minha mão por dentro de sua calça, forçando-o a tirar as mãos. 
— Aah, Natsu!? O que está fazendo?! I-isso é sujo, e-eu vou molhar a sua mão!
Eu bloqueio sua uretra com o meu polegar enquanto desabotoo minha calça e deixo meu próprio membro a mostra. Logo começo a chupar e lamber toda a extensão de seu membro.
— Não é sujo. É maravilhoso. — Eu começo a me masturbar enquanto deixo alguns chupões na virilha de Murasaki.— Me desculpe, mas te ver assim me deixou tão excitado que...
— Aaah... Mmm Natsu...! — Ele trança as pernas loucamente e deixa um pouco de urina escapar enquanto eu passo a língua por cima do seu abdômen.
Ele se segura em meu pescoço, me abraçando. Sua bexiga deve estar mesmo quase explodindo, o abdômen está bem inchado. Sinto-me um cara terrível por estar fazendo isso com ele, mas não consegui evitar.
— Só... mais um pouco... Saki.. Ngh...!!
Logo me desfaço, sinto uma grande onda de urina querendo sair. Minha bexiga arde, estou quase no meu limite também, mas não posso mais fazer o Murasaki segurar por mais tempo ou poderá machucar sua bexiga. Eu seguro o meu membro junto ao de Murasaki e libero sua saída. Imediatamente, dois jatos de urina saem com toda a força e tudo vai se misturando na grama. Quase pude ver um arco-íris. Eu escuto o longo suspiro de Murasaki bem perto da minha orelha.
— Me perdoe Saki! — Eu o abraço forte. — Só peço que não me odeie por isso.
— Né, Natsu... Isso foi tão estranho... Mas eu gostei de alguma forma... Não se preocupe. — Ele responde ainda um pouco ofegante.
Minha mente fica vazia repentinamente. Só depois de alguns instantes eu percebo que Murasaki está me beijando, e está usando a língua!?
— Mm..! Ei, vai com calma. Onde aprendeu a usar a língua assim? — Eu me afasto um pouco.
— Eh, ahm... Eu me empolguei. — Essa desculpa não colou muito. — Realmente não me esquecerei do meu primeiro encontro, Natsu.
Eu me sinto muito envergonhado do que acabei de fazer. Não sei o que esse garoto tem de tão especial, mas nunca havia me sentido tão excitado quanto fiquei hoje. Isso significa que sou gay?
— Saki... Já está tarde. Vamos?
Nós nos arrumamos e saímos pelo outro lado da praça discretamente. Entramos na estação mais próxima e fomos até a frente de sua casa. Não fizemos contato visual algum até aquele momento, apenas disse que o acompanharia até em casa. Não sei porque me sinto como um garoto de colegial virgem e cheio de inseguranças.
— 43... Chegamos. — Eu verifico o número da casa.
— ... — Ele não diz nada, parece apreensivo.
— Algo errado?
— Natsu-san... — Ele aperta a manga do meu casaco. — Você me da um beijo de tchau?
Eu juro que vou acabar tendo uma hemorragia nasal com esse garoto. — Claro. Mas me prometa que vai parar de colocar “san” depois do meu nome.
— E-eu prometo! — Sua expressão muda um pouco, ele arregala os olhos e seu rosto cora um pouco mais.
— Ok, então feche os olhos. — Eu olho para os lados, só para ter certeza de que não há ninguém por perto.
Segurando seu queixo com a ponta dos dedos, eu encosto meus lábios aos de Murasaki. Um beijo breve, nada mais além disso.
— Natsuki!? — Eu escuto uma voz familiar.
Parado bem a nossa frente, está o irmão do Jun, o Fuuya-nii que eu não vejo há um tempo.
— Está atrasado, amor. — Escuto alguém fechar a porta da casa do Murasaki. Estamos num canto estratégico que ninguém nos domínios de sua casa poderia nos ver e vice versa.
Quando o portão da frente se abre, vejo uma moça jovem de cabelos verdes. Deve ser irmã do Saki. Ela da um selinho no rosto de Fuuya e logo nos vê. O leve sorriso que tinha em seu rosto desapareceu imediatamente. Eu achava que o Fuuya-nii era gay, e o que ele faz com uma moça?!
— Vamos, amor? — Ela torna a olhar para Fuuya.
— Com todo o prazer. — Ele finge que não nos vê mais.
— A-aniki! — A voz de Murasaki sai trêmula.
— Depois que eu voltar, nós conversamos, irmãozinho.
Os dois vão andando pela rua e logo somem do nosso campo de visão.
— M-me desculpa, Natsu-sa.... Natsu.
Por que é ele quem está se desculpando? O que eu devo fazer numa situação como essa?!
— Eu é que peço desculpas, Saki. Deveria ter sido mais cuidadoso já que estamos no meio da rua. Mas você vai ter problemas com a sua irmã mais tarde, não é?
— Ta falando do Midori-nii?
— Era homem?!
— Pelo que eu conheço dele, deve estar apenas com ciúmes por eu não ter contado que eu ia ter um encontro. E você? Vai ter problemas por causa do Fuuya-nii?
— Nem um pouco. Pode ficar tranquilo.
Um breve silêncio toma conta do momento e nos despedimos. Quero me encontrar com ele novamente. Sei que isso é estranho, principalmente para mim...