1. Spirit Fanfics >
  2. Project kink >
  3. Um coelhinho perdido

História Project kink - Um coelhinho perdido


Escrita por: NinomiyaYuu

Notas do Autor


Eu sei, não faz sentido colocar a foto do Meguru neste capitulo! Mas eu enrolei demais para fazer ele e finalmente terminei. Aliás, ignorem o sorriso de Monalisa e o braço esquerdo zoado. Agradeço a compreensão.
Agora adivinhem quem deu o título?
— Eu sei, foi o Mika-nii! Ele estava falando do Fuyuki. O coelhinho era o Fuyuki! — Kokoro
Touché! (Eu não sei francês) Foi a coisa mais gay que ele falou esta semana! Não, a coisa mais gay que ele já falou na vida dele!
— Não esculacha, por favor... — Mikado
Bem... Sem mais delongas, fiquem com mais um capítulo da fic. Boa leitura!

Capítulo 15 - Um coelhinho perdido


Fanfic / Fanfiction Project kink - Um coelhinho perdido

-------------- Um minuto em algum lugar -------------
— Mika-nii, quem é esse? — Yoichi.
— Ah, verdade! Você ainda não era nascido quando conhecemos o Fuyuki. — Kokoro lembra. — Quando você ainda estava na barriga da mamãe, eu e o Mika-nii fomos a um parque de diversões.
— A Ayame disse que ia junto e só nos largou lá com dinheiro e falou que voltava mais tarde para buscar. Depois ela sem querer me contou que havia ido num encontro com a prima de um amigo.
— Dá licença, você está vendo isso aqui?! — Ayame mostra o dedo com a aliança. — Eu ainda não contei para o Seisuke que eu sou bi sexual! Se ele ficar sabendo dessas coisas do meu passado, você é um homem morto, Mika!
— Casada há um ano e ainda não contou? — Mikado não se conforma.
— Vai, continua essa história e para de tagarelar!

-------------- Casa do Mikado -------------

Estou em casa novamente... E por algum motivo, o Fuyuki veio junto.
Quando encontramos a mãe dele, ela ficou tão agradecida que nos convidou para tomar um chá da tarde em sua casa. Eu tentei recusar, mas o Fuyuki não queria me largar e ficava me chamando de “onee-chan”. Mesmo com cabelo comprido de agora, meu visual ainda é muito mais masculino do que quando eu tinha treze anos.
Mantivemos contato por pouco mais de meio ano, até que eles tiveram de se mudar por causa do trabalho da mãe dele.
— Ei Mi-chan, vamos brincar? — Ele já entra e se joga no tatame. — Eu sei que você não tem mais idade para ficar me carregando no ombro então eu não sei o que fazer.
— Como é? Meu irmão tem doze anos e eu ainda o carrego. — Eu o pego no colo sem pensar duas vezes.
Alguns centésimos de segundo se passam e o coloco no chão novamente. É uma sensação estranha porque não nos vemos há muito tempo e não o reconheço desse tamanho todo. O Fuyuki parece estar feliz de eu me recordar dele e tudo mais.
— Então, quer comer algo? — Eu acho alguns doces que meus irmãos largaram perto da televisão.
— Não, obrigado.
— Ok. — Eu volto e me sento no tatame ao lado dele. — Mas me conte, veio passear com a sua mãe aqui em Chiba?
— Não... A mamãe veio cuidar dos meus avós. — Fuyuki vai subindo no meu colo. — Ai eu ajudo indo comprar comida.
— Mas então você não devia demorar a voltar para casa, não é?
— Não, eu estava só passeando. Eles não gostam que eu fique em casa já que eu não posso fazer nada para ajudar.
— Bom, sempre que quiser, pode vir aqui brincar. Meus irmãos vão ficar felizes de ter alguém para brincar. — Eu penteio seus cabelos com a mão. Ficaria lindo se ele deixasse crescer, formaria leves cachos nas pontas.
— Posso mesmo? — Seus olhos brilham esperançoso. — ... Mas e você, Mi-chan? Você também vai ficar feliz que eu venha?
— É claro que sim, Fuyuki-kun. Ficarei muito feliz com a sua visita!
Ele me abraça forte e responde. — Então eu venho!
Sua pele é tão branquinha e macia. Comparado com meus irmãos, ele é até bem leve. Quem sabe os vestidos do Yoichi não cabem nele? No que é que eu estou pensando?! Posso dizer que mal nos conhecemos e já estou querendo coloca-lo num vestido. Ele vai achar que sou um pervertido!
— Er... Tem certeza de que sua mãe não vai ficar preocupada? — Meu rosto fica um pouco quente de repente.
— Nem um pouco. Quero ficar aqui com você. — Ele enterra sua cabeça em meu peito. — Do que podemos brincar?
— Bom... Se você não se importar, poderíamos brincar de desfile.
Juro que não sou um pervertido. Pode parecer bizarro, mas ainda existem pessoas mais estranhas que eu ou o Fuuya.
— Desfile? — Ele me olha estranho. — Mas como?
— Tem algumas roupas que eu fiz para o meu irmão que devem caber em você. Gostaria de experimentar? — Foi o Fuuya quem fez a maior parte, mas eu participei com algumas idéias.
— Você que fez? Eu quero! — Ele sai do meu colo, todo animado. — Onde está?
— Já vou lá pegar, estão no meu quarto.
Eu optei por tecidos com mais elasticidade e toque mais suave, já que criança não para quieta e eu queria ter certeza de que meus irmãos conseguiriam usar por mais tempo sem se incomodarem. Também não tem rendas ou coisas que podem enroscar. A verdade é que sou péssimo para costurar ou fazer coisas desse tipo. Mas aprendi várias coisas sobre tecidos junto com o Fuuya.
— Aqui está. — Eu mostro o vestido ainda dentro de uma capa protetora transparente.
— Uau! — O sorriso de sua expressão de surpresa logo some, e ele parece estar confuso. — Mas vestido não é roupa de menina?
— Tem menino que gosta de vestido também. O importante é se sentir bem com o que está usando. — Eu retiro a capa. — O Kokoro se veste de menina por conta própria agora. Ele gosta.
— ... — O Fuyuki examina a peça por alguns segundos. — Parece meio curto. Posso usar mesmo?
— Claro! Quer que eu te ajude a colocar?
— É, acho que vou precisar.
Levamos cerca de cinco minutos para ajustar o vestido em seu corpo, e ainda nem peguei a peruca. Eu vou precisar emprestar do Kokoro, mas não hoje. Depois disso, ainda coloco a gargantilha, luvas e bermuda. Os sapatinhos não cabem em seu pé, então ele fica descalço.
— Nossa, é confortável! — Ele diz, girando para lá e para cá com o vestido. — Parece um vestido de princesa.
— Eu não disse? Sabia que iria gostar. — Tem cabelo de princesa também se quiser.
De repente ele pula em meus braços. — Mi-chan, você faz um desses para mim?
— O que? Um vestido?
— Siim! Um branco!
— Ok, eu farei um vestido para você. — Isso significa: “Eu vou ver com o Fuuya se ele tem um tempo para me ajudar.” — Mas então preciso tirar todas as suas medidas.
Eu vou até o meu quarto pegar a fita métrica e um bloco de notas. Enquanto isso, o Fuyuki fica na sala e vai tirando o vestido por conta própria. Uma tarefa nada fácil, mas ele já está totalmente fora da roupa quando volto para a sala. Leva tempo para pegar todas as medidas, mas o Fuyuki é bem mais paciente e comportado que o Yoichi ou o Kokoro. Acho que eu não me importaria de ter um “terceiro irmão mais novo”. Seu porte é bem diferente do dos meus irmãos... Não que eu esteja apenas pensando em tirar fotos ou desenhar! Ele parece ser um bom menino, não vou fazer dele meu modelo particular.
— Agora de lado... — Estou quase terminando.
Do nada, escuto a porta da frente ser destrancada. Faz pouco mais de duas horas que eles saíram. É muito cedo para terem voltado, e sem barulho de carro?
— Voltamos! — É a voz de Kokoro e Setsuna, que logo chegam à sala.
Ao ver um menino desconhecido pelado na sala e eu com uma fita métrica ao redor dele, Kokoro grita para Ayame. — Maaaana, o Fuuya-nii arranjou um novo manequin!
— Quê?!
Ela vai correndo até a sala, carregando Yoichi no colo. Ayame analisa a cena por alguns segundos sem alterar sua expressão de surpresa.
— Mana... Este é o Fuyuki, que eu e o Kokoro conhecemos há um tempo. Fuyuki, esta é a Ayame, minha irmã mais velha.
— Muito prazer em conhecê-lo, Fuyuki-kun! Se meu irmão estranho fizer algo com você, é só dar um grito que eu venho ok? — Sou sempre mal interpretado por ela, não importa o que eu faça.
— Eu te conheço? — Kokoro vai falar com Fuyuki enquanto este se veste novamente.
— É, eu não te reconheceria agora mais velho. Você e o Mi-chan me ajudaram no parque de diversões quando me perdi da minha mãe.
— Ah, eu lembro, você era aquele menininho chorão...
— “Mi-chan”? — Ayame começa a rir. — Esse apelido vai pegar no Line!
— Nem ouse! Eu conto seu passado todo para o Sei-nii! — Eu rebato.
— Que golpe baixo, “Mi-chan”!
— Só o Fuyuki pode me chamar assim, tá? Ele era pequeno, não conseguia guardar meu nome.
— Ok, ok. Vou dar banho no Yoi e coloca-lo para dormir. Cuida das crianças aí.
— Espera aí, o que aconteceu que vocês chegaram tão cedo? — percebo que Yoichi está com os olhos vermelhos de choro.
— Ele comeu muito yakitori e passou mal quando foi brincar no pula-pula.
— Até eu sei que não se deve deixar as crianças brincarem depois de comer. — Kokoro comenta.
— É, então por que não me avisou?! — Ela começa a apelar.
— Vá logo dar banho no menino. Ou vai querer discutir com um moleque de treze anos? — Eu interrompo.
Ela me deixa sozinho com os três meninos, mas logo eles começam a conversar entre si e eu vou guardar o vestido e tudo o que retirei do meu quarto. Idade boa desses meninos para fazer amizades... Eu lembro da minha pré-adolescência... Acho que sempre fui um garoto estranho.
— Mi-chan... — Fuyuki aparece à porta de meu quarto.
— Aconteceu algo?
— Não... Eu só queria te perguntar uma coisa. — Ele olha parara os lados como se não fosse nada importante.
— Quer se sentar aqui na cama para conversar? — Eu aponto para a cama enquanto termino de fechar o guarda-roupa.
Ele não nega e se senta ali. Logo me sento ao seu lado, mais próximo á janela.
— Você namora? — Ele é bem direto.
— ... — Essa me pegou de surpresa. — Não, por que?
— Mas você tem alguém com quem queria namorar?
— T-também não, mas... Por que essas perguntas do nada?
— É que o Kokoro disse que namora o Setsuna. Daí o Setsuna falou que quem se gosta muito, namora. Mas isso eu já sabia, só que fiquei curioso para saber se você namorava.
— E você? Gosta de alguém, é? — Tento provocar. É uma conversa muito estranha para se ter com uma criança.
— Eu...
— Vem, Fuyuki! O Setsuna achou um jogo antigo aqui. — Kokoro vem chamá-lo.
Acho que tenho um tempo para trabalhar em algumas fotos no meu computador até a Ayame terminar de dar banho no Yoichi. É nesse momento que eu começo a pensar que as crianças de hoje em dia estão muito avançadas. Tenho dezoito anos nas costas e nunca namorei sério, e esses meninos que nem entraram na puberdade ficam falando de namoro. De três namoros, todos foram com garotas que só ligavam para a minha aparência. Talvez eu não tenha um perfil que atraia muitas mulheres, talvez nem homens. Um garoto se confessou para mim há pouco menos de um ano, mas nunca tinha pensado nessa possibilidade de ficar com alguém do mesmo sexo até aquele dia. Eu poderia tentar um dia, quem sabe?


Notas Finais


Alguém está começando a pensar coisas interessantes!
"Doushitemo boku ni wa rikai ga dekinai yo" (Não importa o que eu faça, não consigo entender) ~frase da música Kokoronashi, vocaloid

Coloquei aqui porque sim. Agradeço pelo apoio e espero que tenham gostado!
Beijinhos e até logo º3º


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...