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História Projeto Delta 23 - Estreitando Relações


Escrita por: SrtaSnow1

Notas do Autor


Heyy o/
Finalmente trazendo mais um capítulo!
Bom... vamos esclarecer algumas coisinhas:

Primeiro esse capítulo está sem capa porque eu acabei de encomenda-la.
Segundo é que se vocês estiverem curiosos, temos um banner maravilhoso no capítulo anterior, feito gentilmente pela talentosa @Haills , super indico! <3

Agora fiquem com o capítulo e leiam as notas finais ;)

Capítulo 8 - Estreitando Relações


Fanfic / Fanfiction Projeto Delta 23 - Estreitando Relações

PD 23 – Nova Base da SHIELD – Localização desconhecida

Dia 2

Quarto

~Danielle Cosnett~

Abri os olhos fitando o teto cinza do meu novo quarto, tudo graças as batidas na porta, enquanto ouvia outro ‘’toc,toc’’ despertei da pequena distração naquele mar cinza. Joguei as cobertas para o lado e levantei em um pulo. Estava de short e sutiã, mas catei meu roupão do armário e me arrastei em direção a porta como um zumbi, abri a mesma, o suficiente para dar uma espiada, quem quer que fosse não queria que me visse com o cabelo bagunçado e de roupão.

- Bom dia Elle! – disse o ser, era apenas o Jason, o cara com quem havia ‘’amigado’’ no dia anterior, ele parecia legal e eu precisava loucamente conhecer alguém com poderes.

- Oi! – sorri ao ver que era ele – Hãa.. porque está batendo na minha porta tão cedo? – bocejei involuntariamente, não é que eu não tivesse o costume de acordar as sete mas é que eu não havia conseguido dormir, pelo menos não  antes das três da madrugada;

- Precisava de um copo de água! – ele disse seriamente;

- Você sabe que essa piada não foi engraçada não é? – falei, deixando escapar um sorrisinho que eu não queria.

- Não, não foi! – ele riu mostrando dentes bem alinhados, e foi naquele momento que esfreguei meus olhos e notei que por cima de sua jaqueta jeans sobressaltavam-se dois cabos que pareciam ser de espadas. – É que estão nos aguardando na sala de desenvolvimento! – fez aspas com as mãos, aquele nome era tão babaca mas ao mesmo tempo tão intimidador – Parece que essa gente não dorme!

- Wow! Ta bem! – falei tentando respirar fundo – Quer me esperar enquanto troco de roupa? – perguntei, ele já deixou a porta concordando com um meneio de cabeça, eu a fechei e respirei profundamente calculando se havia tempo para um banho, deduzi que sim então fui para o banheiro, que por sinal era extremamente apertado.

Tirei minhas poucas roupas e me espremi naquele box, o banheiro assim como o quarto era muito sem graça, queria processar os arquitetos da SHIELD, eu teria dado muito mais vida ao lugar, começando pelos azulejos. Nossa, como sentia falta de casa, dos meus pais, mesmo com mamãe cuidando dos seus casos como advogada e papai sempre enfiado naquela indústria de automóveis, como bom engenheiro que era. Por mais que eu me sentisse muitas vezes solitária era bom tê-los sempre por perto. E a falta que sentia das minhas amigas era da mesma itensidade, e olhe que este era apenas o segundo dia.

Após o banho me vesti com meia-calça preta, short jeans e um suéter cor de caramelo, ainda me dei ao luxo de secar o cabelo. Saí para o corredor achando que todos já haviam deixado seus aposentos, mas eu parecia não ser a única atrasada. O garoto Jack corria de um lado para o outro, parecia estar montando uma espécie de uniforme.

Depois de chamar Jason sem seu quarto saímos em direção ao nosso destino;

- Explicaram o que temos que fazer ? – perguntei, ainda de olho naquelas espadas, ele não havia explicado seus poderes ainda, disse que uma hora ou outra eu saberia, e eu, claro, havia odiado.

- Você está com inveja não é? – ele riu me pegando de olho nas ‘’belezinhas’’ dele;

- Não, é que você não fala o seu poder, eu estou curiosa! – respondi;

- Logo, logo você vai saber, porque pelo que entendi vamos ser avaliados pelo carinha, aquele dos cientistas, especialista em sei lá o que! – respondeu,  eu estava associando a atribuição a pessoa, mas acreditava ser o menor dos cientistas, até sentir um braço passar pelas minhas costas, olhei para o lado e era o cara do fogo nos abraçando, pensar que eu podia apagar ele em um piscar de olhos e isso me parecia tão divertido.

- Oi pessoa que não sei o nome! – falei dando um meio sorriso, eu era sincera mesmo.

- Caramba, isso foi um erro! – disse indignado, enquanto nos soltava – Meu nome é Ken, e me desculpa, você é bonita demais para eu não ter me apresentado para você antes. – Dei uma pequena risada, enquanto fitava Jason que arqueou as sobrancelhas;

- Ken você é foda, sério, eu queria ser você! – ele disse cumprimentando Ken, que na verdade estava com a mão estendida para mim, o que fez com que aquilo fosse engraçado.

- Okay Ken, você é engraçado, só por isso vou perdoar! – falei zoando. Passamos por uma imensa ala de laboratórios, tudo englobado por paredes de vidro. Lá dentro o cientista altão estava conversando com alguém... invisível? Não, na verdade, percebi depois que era com aquele computador, o que era bem estranho,mas não era uma surpresa tão grande, levando em consideração que eu podia transformar meu corpo em água, ver uma máquina falando era bem menos impactante.

Segui andando com os meninos, até a tal sala de desenvolvimento, ficava bem isolada, quase que aos fundos da base e ao lado da academia, mas diferente dessa era muito, mas muito maior. O teto era alto e as paredes feitas de material resistente, além de esconderem armadilhas, eu previa, já que era para treinar nosso poderes, deveriam ter desafios enormes ali. Lá dentro estavam Coulson e os outros dois cientista, acabei de me lembrar o nome de um deles, era Phillip. Éramos aguardadso ainda por Adriana e a ruiva, além do Roderick que conversava com Coulson.

Nos cumprimentamos de forma rápida.

- Estão todos? – perguntou a garota cientista, estava usando uma jardineira que realmente ficava um charme nela, e o cabelo preso como no dia anterior.

- Não – respondi me lembrando do garoto que havia visto no corredor, Jack se não me engano – Falta o Jack. – No momento em que disse aquilo, o garoto entrou no saguão, me virei para avistá-lo e só não consegui segurar a crise de risos porque Jason se antecipou e caiu na gargalhada, eu tive que acompanha-lo.

- Mas que porra é essa? – disse Ken, rindo também, Jack deu um passo a frente, estava trajado com um capacete preto que possuía uma viseira deixando apenas a sua boca a mostra, era nitidamente maior que sua cabeça. Um moletom com capuz, uma calça legging azul, e um tênis preto, porém na parte da barriga e bom... nas partes íntimas, havia alguma coisa por baixo e era isso que não me deixava parar de rir.

- Desculpe, era aulinha de futebol americano? – perguntou Roderick, a essa altura eu já estava com dor de barriga e o Ken chorava de tanto rir, o garoto tirou o capacete, estava furioso.

- Vão rindo, vão rindo mesmo seus imbecis, mas enquanto vocês ficavam escondendo os seus poderes eu já era um super herói. – disse largando o capacete no chão, o estrondo ecoou pela sala;

- Será que vocês podem parar de agir como crianças? – falou Coulson seriamente fazendo com que todos parassem de rir instantaneamente;

- Diretor, não quero ser chato... – começou dizendo Roderick;

- E quando que ele não é? – murmurou Jason para mim, eu fiz uma joínha em resposta;

- .... mas ele é uma criança e usa legging, não que eu tenha preconceito mas pensei que o Delta 23 fosse algo sério, não coisinha de meros amadores. – continuou explicando seu ponto de vistas;

- Amadores? Sério? Acha que sou um amador? – pressionou Jack se aproximando – Ótimo, agora vê se isso é coisa de amador – ele levou dois de seus dedos a testa e com a outra mão estendida na direção de Roderick o ergueu do chão, pressionou as pálpebras com força enquanto todos olhávamos pasmos;

- Woow! - gritou Roderick do alto;

- Ei cara, melhor parar com isso! – disse a garota Adriana preocupada, mas ele continuava fazendo uma força mental absurda, mas eu percebi que ele queria jogar Roderick na parede porém não estava conseguindo, parece que  o mais velho lá nas alturas também percebeu, um sorriso sacana começava a se forma em seus lábios;

- Já chega Jack, o ponha no chão! – exigiu o diretor com uma voz firme;

- Ahh qual é, justo agora! – Jack abriu os olhos e fez uma cara de decepção, porém não conseguiu nem mesmo segurar Roderick no alto, o fazenedo cair e gritar em desespero, em um impulso estendi os braços formando uma coluna de água em forma de onda, que fez Roderick descer lentamente ao chão enquanto a micro onda estática se desfazia lentamente até o mesmo tocar o chão em segurança. Ele ficou todo encharcado, mas era melhor do que se espatifar no chão, porém seu rosto adquiriu formas horripilantes, um frio percorreu minha espinha, mas seu olhar não estava direcionado para mim e sim para o jovem Jack.

 

~Jack Parker~

 

- Diretor, acho que essa é uma ÓTIMA hora para tirar os pulsos eletromagnéticos...– disse o babaca olhando diretamente nos meus olhos e de uma forma bem mortal - ...E obrigado por me encharcar, querida! – disse a Danielle;

- Disponha! – respondeu a loira com um sorriso para la de falso;

Dane-se a parte de que ele foi preso, eu não tinha medo algum. Talvez... talvez só um pouquinho, mas misera coisa. O pior é que acabei sem querer demonstrando minhas fraquezas nos poderes, coisa que eu odiava até mais do que lidar com pessoas idiotas como o Roderick, agora todos sabiam que eu não tinha total controle, que merda. Bem que a minha mãe avisou que não era uma boa ideia entrar pra essa porcaria de Agência, eu já havia tentado com o Instituto e as coisas não saíram como planejei, como que eu me dei o luxo de pensar que na SHIELD daria certo?

- Jack... –  Coulson chamou minha atenção, ignorando o comentário do imbecil - ... eu esperava já ter deixado bem claro para não tentar matar uns aos outros.

- Mas senhor, foi ele... – tentei explicar;

- Gente, será que podemos botar para quebrar logo? – perguntou Ken, Coulson comprimiu seus finos lábios em uma linha tênue e o fitou pelo canto do olho. - Hã... quero dizer, no bom sentido da coisa, não botar para quebrar uns com... os outros.... – ele deu um riso nervoso e logo voltou a se calar percebendo o olhar repreendedor de Coulson, que se aproximou mais de mim.

- Garoto, sei que a pressão é muito grande aqui, mas tente guardar suas habilidades para os momentos propícios e não dê ouvidos ao que os outros falam de você. Seja como eu, apenas sorria sarcasticamente! – naquele momento o homem de meia idade modelou um sorriso, o qual deveria ser o seu sorriso sarcástico, eu acho. Mas acontece que eu sou o Sísmico e eu salvo as pessoas. Okay, esta bem, eu tento salvar as pessoas. Mas aquele babaca é um assassino, e outra, ele falou do meu uniforme, que eu montei com todo o esforço do mundo a uma hora atrás, porque esqueci o original em casa então tive que catar um monte de coisas pela base. Aposto que se o Coulson fosse telecinético teria feito o mesmo que eu.

- Desculpe senhor, não irá mais acontecer! – foi apenas o que eu disse;

- Diretor... – chamou a garota de cabelos curtos - ... acho que o Jack só fez o que a maioria daqui está com vontade de fazer!– ela olhou para Roderick, que observava a conversa enquantoo Lipe destravava seus pulsos eletromagnéticos. Logo voltou sua atenção para mim e Coulson – Não temos que ficar aturando esse tipo de coisa calados.

- Eu só estou sendo sincero, hábito que vocês deveriam adotar também em vez de ficar babando ovo um do outro. – respondeu Roderick;

- Você só fala isso porque não tem ninguém aqui que te apoie! – respondi em alto e bom som;

- Vocês ainda precisam aprender muitas coisas, então parem de discutir e vamos começar! – falou Coulson, indo parar ao lado da garota cientista;

- Ahh,caramba finalmente livre! – disse Roderick tirando os pulsos eletromagnéticos, ele apertou as mãos e as movimentou de todos os modos possíveis até formar uma bola de energia azul, cheia de pequeno raios interligados, Alícia que estava mais próxima a ele deu um passo para trás quase que involuntariamente na direção de Adriana;

- Está bem, enquanto Roderick se acostuma a voltar a eletrocutar as coisas, vamos começar esse nossos pequeno teste de potenciação. – disse Phillip. Em seguida a garota cientista abriu um holograma pelo tablet e passou a explicar algumas coisas surreais. Tipo possíveis explicações para o que nós éramos, mas nada de concreto havia sido descoberto até o exato momento, a única coisa que sabíamos era que os Inumanos eram um tipo de tecnologia alienígena de uma raça chamada Kree.

- O que? Você está dizendo que existe um planeta com pessoas como nós? – perguntou a ruiva, era a primeira vez que a ouvia falar;

- Hã... não exatamente! – Phillip franziu a testa e buscou em Coulson uma possível ajuda, acho que tudo era tão novo para ele quanto era para cada um nós.

- Não Alícia, eles são alienígenas e vivem no planeta Hala, são uma raça diferente, possuem características humanas mas não tem nenhuma origem nesse planeta, na verdade vocês tem origens Kree, quer dizer.... o seu sangue possui características Kree. – explicou Coulson;

- São humanoides... – acrescentou Phillip – ....de pele azulada, eles tem rapidez, força e outras habilidades e estiveram na Terra a milênios e recentemente tiveram notícias de um, por isso a SHIELD acredita que a origem dos Inumanos seja Kree. Mas não temos nada concreto quanto a isso, possuímos sangue inumano e sabemos que é geneticamente alterado, porém uma alteração natural. É como se cada um de vocês já tivesse nascido com alguma característica, alguma alteração na cadeia de genes e essa alteração proporcionou a mutação.

- Um segundo... – pediu Jason encarando o nada - ... você esta dizendo que nós somos alienígenas?

- Nãoo.... – choramingou Ken - .... isso quer dizer que a qualquer momento podem nascer uns tentáculos em mim, talvez eu vomite aquela gosma verdinha e... caramba, que garota vai querer me beijar. – ele parecia nitidamente indignado, Roderick riu, uma risada irônica;

- Vocês são muito babacas! – disse enquanto continuava rindo;

- Calma gente, por favor! Ninguém vai virar um alienígena, vocês ainda são humanos, muito humanos, na verdade super humanos. – disse Couson, entre mais um de seus sorrisinhos característicos. Mas ele não poderia ter certeza, não sabia do que éramos capaz, do que habitava dentro de cada um de nós.

- Mas que porra, como nunca ficamos sabendo que existia vida extraterrestre? – perguntei;

- Se a população soubesse causaria pânico, e pânico não é bom para o governo, manter a situação sobre controle sim. Ora, é por isso que existe a Área 51 e por isso ela é tão secreta. – respondeu o diretor;

- Mas acho que todos tinham o direito de saber que alguma coisa invadiu nosso planeta e ... sei lá o que fizeram. – disse, meus pensamentos deram um nó, de marinheiro, e bem dado.

- Logo saberão, pois agora a inumanos surgindo e o governo não tem mais como escondê-los. -  respondeu Coulson, enquanto que Phillip abria um holograma com várias cenas de inumanos recém flagrados em ação.

- Mas o que o governo pretende fazer conosco? – perguntou Danielle;

- Não algo bom com toda certeza, mas enquanto vocês forem nossa responsabilidade, estarão seguros. – respondeu – Então vamos começar? – dirigiu a palavra a Phillip;

- Quem quer ser o primeiro? – disse o cara todo empolgadão, porém ninguém parecia estar muito a fim, até que o cara das espadas levantou a mão;

- Posso começar! – ele disse;

- Ótimo... – murmurou Phillip;

- Vamos ver aqui... – comentou a outra cientistas – Ah sim.... Jason Miller Wake, 26 anos, ex-militar. Sofreu um acidente de helicópter o que o deixou oito meses em coma, depois que acordou percebeu que havia adquirido reflexos sobre humanos. – a moça leu as informações do tablet;

- Okay, obrigado Hastings... Poderia nos mostrar as suas habilidades Jason? – perguntou Phillip andando de um lado para outro, Jason sorriu glorioso, foi até uma mesa onde encontravam se diversos tipos de armamentos e pegou uma metralhadora, estendeu para Danielle, ela forço um riso;

- Você só pode estar brincando! – disse a loira;

-Você não queria saber dos meus poderes, então atire em mim e verá! – disse, enquanto a loira fitava a arma fixamente;

- Cara, já ouviu falar em lições sobre loiras? – perguntou Roderick, eu revirei os olhos, sabia que só iria sair merda dali como sempre. Idiota.

- Não! – Jason respondeu confuso;

- Nem eu, mas alguma delas deve dizer para não entregar uma arma para uma loira. – respondeu o  espertalhão, algumas risadas soaram no local;

- Quer saber, só porque você falou isso, eu vou atirar... – Danielle pegou a arma confiante - ... mesmo que eu nunca tenha atirado com essa coisa, não deve ser lá tão difícil. E acho bom... – ela voltou  atenção para Jason-.... você saber o que está fazendo. - Jason pegou a arma de volta e a destravou;

- Você só precisa atirar constantemente, só não pare, okay? – ele explicou, os dois se afastaram do grupo principal e foram para um canto da grande ‘’sala de desenvolvimento’’. Eu estava doido para ver aquilo, não o cara morrendo é claro, mas ele desviando das balas. Jason se afastou a uma grande distância do ponto em que Danielle estava com a arma, havia uma linha de tiro de treinamento ali com uma bancada onde ela se apoiou, Coulson a ajudou a se posicionar corretamente. Poucos segundos depois os tiros ecoaram e em um piscar de olhos Jason estava com as espadas em mãos, os primeiros disparos o atingiram mas não em seu corpo e sim nas espadas, aquelas duas lâminas dançavam em suas mãos de uma forma tão rápida e decisiva como se já fizessem parte de seu corpo, todos os projéteis paravam nas espadas habilidosamente manuseadas pelo homem que vez ou outra curvava o seu corpo na medida em que se aproximava de Danielle. Olhei para o lado e todos estavam tão boquiabertos quanto eu, mas o queixo de todo mundo caiu ao chão quando o homem se virou de costas e começou a desviar as balas com a mesma agilidade de outrora.  Danielle se assustou e parou de atirar;

- Chega, você é maluco! – ela gritou enquanto Jason se aproximava – Maluco.

O que se seguiu depois foi uma sequência de demonstrações fantásticas que desafiavam meia dúzia de leis da física: Danielle conseguia transformar seus membros em água e, ao se esforçar muito, todo o corpo. Também controlava qualquer fonte de água. Alícia por sua vez controlava a terra, mas tinha dificuldades com grandes porções ou com a terra em estado mais solidificado como rochas, ou então em realizar duas dessas façanhas ao mesmo tempo. O imbecil do Roderick até que dominava bem seus poderes, era bastante ágil, lançava raios com muita precisão e também podia canalizar as ondas elétricas para objetos, a eletricidade o tornava mais resistente e essa foi a parte que mais odiei, podia também curar pessoas com ela mas como previsto a energia não era infinita, ele precisava sempre se recarregar.

Kenneth era pirocinético, dominava bem o fogo, se mostrou bem ágil quando foi solicitado para que atingisse os alvos com imensas bolas de fogo. Ele também podia cobrir o corpo todo com fogo, porém era uma camada muito fina e o deixava meio vulnerável. Danielle podia apaga-lo rapidinho pensei. Ao chegar a minha vez ouvi algumas risadinhas devido ao meu uniforme, tentei deixar para lá e me focar na tarefa: parecia bem simples os braços robóticos embutidos nas paredes jogavam objetos em mim e eu só tinha que desvia-los. Eu até que estava indo bem, até a velocidade ser aumentada, não conseguia me concentrar com tantos objetos ao mesmo tempo, e como já se esperava uma esfera metálica me atingiu na parte íntima, sorte que havia um saquinho de areia lá, mas nada impediu que ele furasse e a minha leggin rasgasse e arreia começasse a jorrar do meio das minhas pernas. Roderick foi o que mais riu, e o que mais me deixou com raiva.

A última foi Adriana, porém ela não se saiu muito bem, primeiro Phillip pediu um voluntário mas como ninguém se disponibilizou ele mesmo se ofereceu. Que bom que ele não tenha coisas vergonhosas no seu passado, porque eu tenho aos montes. Após a decisão, a garota se concentrou não uma vez, mas umas cinco ou seis pelo menos, pediu silêncio, pediu que nos retirássemos mas quando voltamos ela ainda não havia conseguido, então encerramos aquela tortura depois que Coulson disse que ela poderia tentar outro dia, mas a garota mesmo assim se sentia abalada, e eu me sentia no dever de fazer alguma coisa, mas como era um babaca não sabia o que dizer a ela. Poxa, eu era bom em matemática, não com garotas que conseguem ver o passado... quer dizer, que conseguiam ver o passado. Mas mesmo assim, quando estávamos saindo a segurei pelo pulso. Adriana se virou instantaneamente ainda com a cara tristonha;

- Hã... eu só queria dizer que foi legal o que você disse... – falei meio sem jeito;

- E o que eu disse? – ela juntou as sobrancelhas em uma careta engraçada;

- Aquilo, quando eu e o Roderick nos desentendemos, você me apoiou, aquilo foi legal... – falei soltando seu braço e pondo as mãos nos bolsos do jeans, ela sorriu;

- Não foi legal, foi a real, você estava certo Jack! – ela disse;

- Okay, mas mesmo assim, obrigado! – falei pegando meu capacete no chão, ficamos em um silêncio constrangedor naquela enorme sala e sozinhos;

- Humm... Eu fiquei de ajudar Alícia com o jantar hoje a noite, vamos preparar algo para todos, talvez frango frito, algo assim... se quiser ajudar seria legal! – ela sorriu meiga, naquele momento nem parecia mais abalada. Eu sorri mais ainda, porque por um momento achei que ela havia mesmo visto meu passado quando a toquei, porque se tinha um lugar que eu havia frequentado muito era a cozinha e se tinha alguma coisa que eu havia comido muito nessa vida com certeza era frango frito;

- Seria divertido, estarei na cozinha as seis... – parei assustado com a expressão – Meu Deus, essa base é tão grande que parece que ir na cozinha é como ir da minha casa até a padaria. – Adriana riu com meu comentário;

- Alícia vai odiar isso, mas nos vemos as seis! – ela saiu dando passos para trás enquanto apontava os dedos indicadores na minha direção. É, parece que hoje a noite teríamos uma confraternização com frango frito, e caralho... meu estômago já estava roncando.

 

Centro de treinamento

~Brooklyn Hood ~

Entrei com bolsa preta no centro de treinamento, havia todo tipo de armamento lá dentro, tudo que imaginei que seria útil para uma primeina aula eu havia catado do arsenal. Estava trajando legging preta até a metade da canela, uma regata também preta, tênis de corrida e o cabelo preso. Estavam todos conversando animadamente, era bom ver aquele tipo de interação já num segundo dia, uma pena que hoje havia aula coma agente Brook, e não ia ser moleza não. Assim que joguei aquela mala gigante com armas no chão o baque ecoou fazendo com que todos parassem instantaneamente o que estavam fazendo e prestassem atenção em mim, com as mãos na cintura e andando de um lado para o outro comecei  a conferir.

Estavam todos ali: Maggie, Isaac, Maicon e Scarlett, dei um meio sorriso não muito simpático.

- Bom dia! – disse e todos responderam sem muita animação – Espero que estejam preparados, alongados e um tanto em forma, porque não será moleza. Nós temos poucos tempo de preparo!

- Já vou avisando que eu estou um pouco enferrujada! – disse Scarlett;

- Não terá problema, vai voltar a forma rapidinho! – respondi dando as costas e indo em direção a parte da academia onde ficavam os aparelhos de musculação, me virei e percebi que ninguém me acompanhava, revirei os olhos instantaneamente;

- Qual é? Vocês vão ficar parados ai? – perguntei já um pouco irritada, todos rapidamente me seguiram até  o aparelho de levantamento de pesos – Para começar quero trinta levantamentos! – falei indo até as anilhas e pegando quatro de dez kg e duas de cinco, vinte e cinco quilos de cada lado estava mais do que bom;

- Trinta com cinquenta quilos? – perguntou Isaac arqueando as sobrancelhas, enquanto eu posicionava os objetos;

- Se reclamar aumento para setenta! – deixei claro, estava fazendo aquela tortura antes de partir para a pancadaria para ver o quanto estavam dispostos. Ele me fuzilou com o olhar. “ Oh, tadinho, ainda deve estar chateado pelo banho que dei nele” pensei. Maicon prestativo me ajudou a por as anilhas nos outros aparelhos;

- Um professor de História também levanta peso? – perguntei divertida;

- Um professor não, mas um policial sim! Não se esqueça de que eu tenho dois empregos Senhorita Hood! – ele respondeu;

- Brook, por favor! – eu disse sorrindo e me levantando – Okay, vamos lá! – os outros já estavam nas posições e eu comecei minha contagem – Uum... Doiis... Vamos lá! – quando chegamos ao vigésimo, alguns já estavam morrendo mas eu não daria moleza, mandei continuarem até chegarem aos trinta, e como previ todos conseguiram, com dificuldade mas conseguiram, o que significava que estavam  assim como os exames feitos anteriormente indicavam: todos fortes e saudáveis. Todos prontos para o que ainda estava por vir.

(...)

- Chute! – gritei enquanto segurava firmemente o aparador de chutes, Isaac o acertou com força – Chute – gritei novamente, em uma fração de segundos ele usou a outra perna para acertar o aparador – Soco – bradei outra vez, e ele socou o aparador – Direita, direita... – ele repetiu os movimentos e quando falei esquerda trocou a mão, seu cabelos loiro pingava de tão ensopado e a camiseta branca estava totalmente suada, mas eu não estava nem um pouco disposta a parar.

- Pode... assumir... q-que esta travando uma batalha... comigo n-nesse momen-to. – comentou entre chutes e socos conforme minhas ordens.

- Não, eu só estou testando a sua resis... troca pra chute... a sua resistência! – respondi segura de mim;

- Não – ele girou o corpo e atingiu o aparador em cheio me fazendo dar um passo para traz – Você está pegando no meu pé. Agora a pergunta é porque? – perguntou parando o treino;

- Sem corpo mole, continua! – desconversei, eu não estava pegando no pé dele, talvez fosse só um pouquinho, mas que diabos, era só porque ele era arrogante e achava que em alguma hipótese lutava melhor do que eu.Pensei que tivéssemos resolvido aquilo quando eu enfiei sua cabeça dentro daquela pia no banheiro do bar;

- Desconversando porque? – seguiu com o interrogatório chato enquanto voltava a socar o aparador, eu revirei os olhos impaciente;

- Você faz perguntas demais! – reclamei e ele sorriu enquanto passava para chutes, fitei pelo canto do olho uma Scarlett mexendo na minha mala de armamentos, larguei o aparador no chão e fui até ela;

- O que pensa que está fazendo? – perguntei com a paciência que eu não tinha, ela me encarou tentando decifrar o meu tom;

- Estava cansada de fazer aqueles exercícios com os braços, vou pegar uma arma e atirar! – ela falou como se fosse a coisa mais normal do mundo;

- Desculpe, mas acontece que você precisa terminar o exercício que eu pedi porque eu sou a treinadora, certo? – falei calmamente, tentando não me exaltar;

- Certo, mas eu não estou a fim de fazer aquilo lá... – ela explicou, seus olhos ardiam de ódio, eu podia ver. Naquele momento Maggie se aproximou;

-Queridinha, nós não somos seus marionetes! – disse a loira de uma forma sarcástica enquanto cruzava os braços e batia o pé.

- Se vocês não adquirirem resistência, não vão durar um segundo em campo! – fechei a mala na frente de Scarlett, a parte dos armamentos estava programada para o fim da aula e isso não iria mudar, a garota me encarou antes de se levantar e voltar para a atividade proposta.

- Adquirir resistência é uma coisa, ficar fazendo trezentas sequências até os braços caírem é outra. Так пошел на хуй¹ – xingou Maggie, eu me levantei e a encarei olho no olho, azar o dela que eu sabia Russo fluentemente;

- Quem se fodeu foi você, porque eu sei russo! – falei grosseiramente, ela sorriu sarcástica;

- Eu sei que sabe! – deu as costas e voltou a atividade proposta, eu bufei de raiva;

(...)

Após mais alguns exercícios coloquei Maggie e Scarlett para lutarem juntas e Maicon e Isaac também. As duas mulheres tinham características parecidas e o estilo de luta era idêntico, mas no caso dos homens a superioridade de Isaac era bem nítida, mas é porque na ficha do Maicon realmente não constava que ele tinha habilidades com lutas, era bem melhor com armamento, isso no papel porque na pratica eu ainda não havia visto.

Na quinta queda ao chão ele mal conseguia se levantar e tentava inutilmente controlar a respiração;

- Cara, pode acreditar, eu estou pegando leve! – disse Isaac estendendo a mão ao companheiro;

- Sério? – Maicon ironizou recuperando o fôlego, os dois já em pé olharam para mim.

- E é por isso que vão repetir a sequência! – falei sorrindo, Maicon fitou para o teto como se pedisse a Deus para que o ar chegasse mais depressa aos seus pulmões. Voltei minha atenção para as meninas, Scarlett nem parecia tão fora de forma, lutava de igual para igual com a russa. Era o sexto confronto que estavam travando aquele dia,em um piscar de olhos Maggie foi pega de surpresa e Scarlett a levou ao chão, prendendo a contra seu corpo com as pernas e estrangulando-a com o braço esquerdo, Maggie bateu no chão e Scarlett a soltou, a loira rolou para o lado exausta.

- Essa foi boa, muito... muito boa! – disse Maggie se levantando enquanto que Scarlett já pegava água e uma tolha para secar o rosto;

- Será que agora podemos passar para os armamentos? – perguntou a ruiva desafiadoramente;

- Não – respondi, por mais que as duas estivessem indo muito bem, ainda faltavam algumas detalhes a serem melhorados – Você precisa melhorar a defesa, se expões muito quando usa o braço direito e ela já percebeu faz tempo... – me virei para Maggie – ...E você, precisa urgentemente encaixar esse chute mais alto, a Scarlett está defendendo todos e você insiste com o mesmo golpe, não vai funcionar, ela defende bem com os membro inferiores, tente os superiores. – falei calmamente, as duas me encararam  perplexas;

- Quer saber, chega, eu cansei! – disse Maggie, e deu as costas para mim saindo da área de treinamento;

- HEY – gritei, os meninos também haviam parado a luta e nos observado, enquanto isso Scarlett já seguia a Russa, Isaac me encarou e pegou sua toalha;

- Isaac – chamei, ele olhou por sobre o ombro antes de sair;

- É Brandon! – disse, fitei Maicon esperando que fosse embora também mas ele ficou,  estava chateada mas nem por isso deixaria transparecer, peguei o aparador de chutes.

- Talvez você devesse pegar mais leve, é só o primeiro dia! – comentou da forma mais calma possível, não sei como ele conseguia ficar daquele jeito, totalmente inerte a todo o estresse.

- Eu não vou pegar leve, você acha que os nossos inimigos vão pegar leve? – perguntei irritada – Você acha  que pegaram leve comigo na academia? Eu nunca tive uma folga do meu mentor, nunca desobedeci nenhuma ordem,e mesmo que eu dormisse dolorida e acordasse pior ainda, eu sabia que a cada dia eu me tornava mais forte, mais perto de ser verdadeiramente uma agente. Isso aqui não é como o exército Maicon, como FBI, CIA , NSA, a polícia ou o caralho a quatro... – tive que me esforçar para não rir da cara que Maicon fez quando eu soltei o palavrão, acho que a maioria das pessoas me achava séria de mais para proferir aquele tipo de palavra - ... nós lidamos com coisas que nem ao menos conhecemos direito, e não ganhamos méritos ou medalhas, nos mantemos longe do holofotes, lidamos com a sujeita que é varrida para debaixo do tapete. – desabafei;

- Eu acho que você precisa descarregar um pente naqueles bonecos! – comentou Maicon, ele pegou uma pistola na bolsa e entregou a mim, eu a peguei e foi o que eu realmente fiz.
 

~Scarlett Rose Campbell~
 

~Cozinha~
 

- Tira a mão, está muito quente! – disse a ruiva, batendo na mão do Kenneth que tentava inutilmente roubar um frango frito antes da hora.

- Mas coisas quentes são comigo mesmo gatinha! – ele respondeu rindo, a ruiva se afastou para atrás da enorme bancada que havia no local. Atrás dela estava localizada tudo que havia em uma cozinha normal, a única coisa que era exageradamente grande eram as duas geladeiras a direta da bancada, no outro lado da mesma ficava uma enorme mesa redonda com uma parte giratória no meio, facilitando a mobilidade dos alimentos nas refeições. Observei que sobre a pia estavam restinhos de pele de frango, teria que dar uma jeito de pegar aquilo e levar para Miku sem que ninguém percebesse. Era uma pena não haver comida de gato nesse lugar, mas desconfiava que o motivo era porque realmente não deveria ter nenhum animal no local, mas o que eu poderia fazer? Não tinha com quem deixar o meu gato e eu jamais o abandonaria por aí, não mesmo. Então resolvi que não haveria mal de trazê-lo dentro da minha mochila, ele adorava cochilar nela de qualquer forma mesmo, a viagem foi tranquila e ele nem foi descoberto, pelo menos por enquanto.

- Realmente você não vai queimar a boca! – comentou o cientista bonitão, se bem me lembro o chamavam de Lipe.. Jack colocou um prato na minha frente com os talheres e fez o mesmo com a senhoruta Hastings sentada ao meu lado, ele parecia bem empenhado em ajudar as jovens garotas a cozinharem.

- Jack, pega o vinho! – ouvi Adriana dizer, o garoto levou o dedo indicador a têmpora esquerda e fechou os olhos, a porta da geladeira se abriu e as duas garrafas e vinho vieram flutuando até  a mesa;

- Não era contra as regras usar os poderes? – perguntou Maicon;

- É, mas ninguém está vendo não é? – ele sorriu brincalhão  enquanto pegava as taças, dessa vez com a mão mesmo;

- Não quer dizer que ninguém vá te dedurar! – disse Roderick, lançando um olhar sarcástico para o garoto enquanto pegava um dos vinhos e analisava a embalagem que o envolvia;

- Você iria adora fazer isso não é? Pena que quase ninguém acredita no que você fala. – retribuiu o garoto a mesma altura, enquanto depositava uma taça na frente do homem.

- A Scarlett aposto que acredita! – disse Roderick me lançando um olhar um tanto indelicado;

- Oi? – fui pega tão de surpresa que essa foi a única coisa que me escapou pela boca, Ken riu da minha reação;

- É ruivinha, você fica ai calada e me olhando, se eu fosse um cara indecente iria pensar merda! – ele se levantou e foi para detrás do balcão, e eu fiquei olhando pasma para aquele projeto de se humano que adorava tocar guitarra amplificadamente alto o que eu sabia infelizmente, porque éramos vizinhos de quarto . Nesse momento a garota da água e o cara das espadas entraram no ambiente.

- Chegou a garota que vai lavar a louça! – disse Roderick já com o saca rolha em mãos;

- Essa foi uma ótima piada, eu tenho que admitir! – disse a mesma já indo para junto das meninas que agora arrumavam os pratos feitos, um cheiro delicioso já havia dominado toda a cozinha;

- Acho que foi o primeiro elogio que você recebeu, cara! – disse Jason dando um tapinha nas costas do eletrocinético. Logo os dois voltaram a mesa e se serviram do vinho, o resto dos talheres e pratos foram postos  a mesa também, e não demorou para que a parte rotativa ficasse cheia de porções de frango frito, batata-frita, arroz, uma saladinha leve e bem sortida além de strogonoff e purê. Maggie e Brandon chegaram depois, e por último Brooklyn a qual ainda permanecia de cara fechada, Coulson havia sido convidado mas comentários diziam que ele não estava na base. Não havia falado com a Brooklyn  após ter saído do treino hoje pela manhã, na verdade eu fiquei no meu quarto lendo na companhia de Miku, já que tivemos toda a tarde livre para conhecer o resto da base, ma eu não estava lá muito afim. Notei que ela estava me evitando ao máximo com os olhares, mas eu não me preocuparia, estava com razão e não iria aturar alguém me dizendo como devo lutar ou atirar, isso era ridículo, desenvolver a minha forma de luta era uma coisa e querer mudá-la era totalmente diferente.

Como já estavam todos ali, nos acomodamos da melhor forma possível, e começamos a devorar a janta.

- Ficou maravilhoso! – cochichei para a ruiva ao meu lado, ela sorriu timidamente em agradecimento;

- Isso está ótimo garota, foi você que fez? – perguntou Maggie;

- Sim, mas Drica e Jack me ajudaram e  Ken deu palpites! – ela respondeu, arrancando gargalhadas de alguns, ela rapidamente corou;

- Qual é? Também sou fã de cozinha! – ele disse em sua defesa, o silêncio tomou conta enquanto todos comiam até que ele foi sutilmente cortado;

- Eu acho que deveríamos fazer um brinde! – disse Maicon de repente levando a mão a sua taça;

- E a que vamos brindar? – perguntou Drica;

- Ao futuro! – respondeu Maicon, e todos pegaram suas taças e repetiram ‘’Ao futuro.’’

- Meu Deus, isso foi tão clichê! – reclamou Jason;

- Então vamos brindar a vida enquanto não a perdemos! – sugeriu Jack;

- Isso sim é interessante! – admitiu Jason, e lá se foi mais um brinde, parecíamos aquelas grandes famílias felizes dos comerciais de margarina, mas na verdade havia tanta discórdia e desunião naquele grupo.

- Espera aí gente, o Mike não esta aqui! – a cientista arregalou mais ainda aqueles olhos azuis intensos, e era realmente verdade, o outro cara da ciência não estava ali e eu nem havia notado;

- Ele disse que queria fazer mais algumas pesquisas com a Marie! – respondeu Lipe, e tinha ainda aquele computador falante o qual eu havia sido gentilmente apresentada  a algum tempo atrás, aquilo sim era algo bem fantástico – Depois levamos uma marmita para ele!

- Aquele computador é uma aberração, não sei se vou conseguir dormir depois de saber que aquela coisa tem acesso as câmeras de segurança! – reclamou Maicon;

- O que? Marie uma aberração? – perguntou a garota nitidamente irritada, Maicon a fitou como uma criança que havia acabado de falar merda – Você tem noção de quantos anos de avanços científicos tem naquele projeto?

- Sem querer ofender, mas essas coisas científicas estão quase substituindo as pessoas, por exemplo o seu amigo está la enquanto poderia esta aqui conversando conosco, mas ele preferiu uma máquina, entende senhorita Hastings? – tentou esclarecer o rapaz;

- Não eu não entendo! – retrucou Hastings;

- O que quero dizer é que eu acho que o mundo seria melhor sem esses monte de ciência e dessa busca implacável por melhorar cada vez mais o que já está bom. A ciência deveria ser só um hobbie! – concluiu Maicon, Hastings estava boquiaberta e a essa altura todos prestavam atenção na discussão dos dois;

- Calma ai, a ciência é uma das coisas mais belas e... – disse Lipe apontando o garfo para Maicon;

- Gente, por favor, era para ser um momento legal! – lembrou Brooklyn, mas a discussão continuou até o fim do jantar, deixando um clima chato no ar. Quando a maioria já havia se retirado, eu me ofereci para ajudar com a louça e acabei ficando por último na cozinha e organizando os objetos, insisti que não precisava de ajuda e eles concordaram, quando me vi sozinha tratei logo de pegar a pele de frango e mais alguns restos de comida do lixo,além de um pouquinho de leite para Miku;

- Vai fazer boquinha extra na madrugada? – ouvi de repente a voz de Roderick no ambiente, pega no flagra me assustei e uma tigela acabou caindo no chão, sorte que estava vazia e era de plástico, eu já havia colocado todos os itens na sacola, me virei para ele, estava debruçado sobre a bancada com aquela típica expressão de sarcasmo, eu não respondi, apenas peguei a tigela do chão e a lavei;
 

- O que foi, o gato comeu sua língua? – ele estava agora escorado na pia ao meu lado,  enquanto mastigava uma maçã em alto e bom som, o barulho era irritante;

- Não! – me virei para ele e peguei um pano de prato e sequei o objeto – Com licença! – pedi e ele deu um pulo para o lado dando espaço para que eu abrisse o armário e guardasse a tigela, ouvi o ruído da sacola e o peguei bisbilhotando, me levantei e arrancei a sacola de suas mãos instintivamente e a coloquei atras do meu corpo, Roderick se aproximou do meu rosto;

- O que está escondendo Senhorita Campbell? – ele perguntou calmamente, olho no olho;

- Seu passaporte de selecionado para ir a puta que pariu! – as palavras saíram  afiadas como uma navalha, senti até um pequeno orgulho próprio, ele riu, não uma risada normal mas uma grande gargalhada, não esperei para que ele terminasse, tentei passar por ele, mas o desgraçado me barrou com um de seus braços enquanto dava outra mordida na fruta;

- Não vai rolar você sair daqui sem me contar o porque esta levando comida do lixo para o seu quarto. Na verdade não é só isso não é?  Tem mais coisas, ou você acha que engoli aquele seus discursozinho defensor das ovelhas negras na reunião inaugural? – ele brincou com uma mecha do meu cabelo enquanto eu o fuzilava com o olhar. No mesmo instante alguém entrou correndo na cozinha chamando nossa atenção;

- Gente.... gente! Encontraram o Mike meio que congelado na sala dos artefatos alienígenas... – dizia Adriana, enquanto que já voltava correndo pelo corredor. Sala dos artefatos alienígenas? Eu nem sequer sabia o que era isso, mas não parecia bom. 

- Ainda não terminamos! - disse Roderick antes de sair pela porta, eu o segui apressada para ver a gravidade de situação.

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Так пошел на хуй¹ - Então vai se foder.


Notas Finais


E então? Não esqueçam de comentar o que acharam, nesse capítulo como vocês puderam ver, ouve mais interação e algumas coisas foram explicadas. Além é claro das tretinhas ahsuashu' E Mike andou aprontando, e se metendo em encrencas :/ Digam ai o que acham que vai acontecer com ele? Quem vai salvá-lo? Sei lá, especulem hahah'

Alguns avisos:

~> Estarei criando um grupo no whats, já que algumas pessoas se interessaram pela ideia, então mandem seus números acho que por MP, porque se não me engano os números nos comentários são removidos.

~> Eu demorei a postar por causa que fui seduzida por uma fic interativa, o qual trabalhei em um personagem por três dias ( me julguem), como sou maravilhosa estou passando o link dela para vocês, já que não há muitos fichas até o momento. Para quem tiver interessado ela é baseada na série Quântico e é basicamente um recrutamento para o FBI, na fic está tudo muito explicado, tem um jornal muito legal e a escrita das autoras é MARAVILHOSA.

Quantum: F.B.I Academy : https://spiritfanfics.com/historia/quantum-fbi-academy-interativa-6814372

Vou passar a dar dicas de interativas para vocês :)

~> Os capítulos vão ter capas lindas mas que sempre chegarão atrasadas :/ então sempre espiem nos outros capítulos para aprecia-las, logo teremos de todos os personagens.

Muito obrigado por todas as dicas, sugestões e elogios. Estou muito feliz com o retorno dessa fic e com todo o carinho de vocês :)

Continuem me apoiando e me dando sugestões de melhora, por favor! Qualquer erro avisem que estarei sempre corrigindo! ;)

Acho que era isso!

Bjss e até o próximo! <3 o/


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