1. Spirit Fanfics >
  2. Projeto Gênesis >
  3. Capítulo Único - Números

História Projeto Gênesis - Capítulo Único - Números


Escrita por: CChanism

Notas do Autor


Olá pessoas! Olha quem chegou para fechar o desafio Randomic!
Estou taããão orgulhosa de mim mesma por ter conseguido participar de todas as fases, ter entregue todas no prazo e ainda ganhado o segundo sorteio! >.<
Mas enfim, vamos às explicações que serão necessárias pra essa fic
-Eu usei os números das camisetas dos meninos e os poderes, então eis aqui a lista dos que precisarão saber:
Kris: 00, vôo
Suho: 01, água
Luhan: 07, telecinese
Ksoo: 12, terra (força)
Chen: 21, trovão
Eu adicionei umas cositas aqui e ali nos poderes, mas nada muito absurdo. Vamos ao próximo tópico:
-Eu usei os números como nomes, e há duas formas de lê-los nessa fic, eu queria esclarecer isso para não confundir. Os médicos e cientistas usam 001, 012 e assim vai para se referirem à eles, e quando os nomes aparecerem assim, em numerais, leiam como 001: Zero-zero-um/ 012: zero-um-dois e assim por diante. Os que estiverem escritos por extenso é só ler normal;
-Em algum ponto, minha cabecinha cismou que o número do Ksoo era 14. Eu tentei arrumar na fic onde errei mas pode acontecer de ainda ter algum lugar errado, eu vou corrigir quando for reler;
-A fic AINDA não está betada, e isso é por razão de que eu acabei de terminar e se eu for revisar, vou me atrasar mais ou procrastinar a postagem, posso acabar esquecendo e tenho uma prova pra estudar, então não posso mais gastar tempo. Me perdoem se tiverem erros muito escrotos.
-Eu não sou cientista, geneticista ou nada do tipo, então ME PERDOEM se houver algo que não faz sentido, mas tomei a liberdade de explorar o mundo Sci-Fi
-Fui eu quem fez as capas, por isso estão horríveis.

Por enquanto é só, meus amores. Vejo vocês nas notas finais?
Boa leitura

Capítulo 1 - Capítulo Único - Números


Fanfic / Fanfiction Projeto Gênesis - Capítulo Único - Números

 

 

‘’26 de junho, 07:43a.m., indivíduo 000 já com nove meses completos. Iniciando esvaziamento’’, o doutor Chang narrava claramente cada detalhe naquela manhã, o cheiro de hospital inundava o ambiente do amplo laboratório subterrâneo que o homem mantinha sob sua mansão. As lentes especiais de seus óculos gravavam tudo o que seus olhos viam, transmitindo as imagens para o computador de altíssima qualidade em sua mesa.

Pela tela holográfica tátil que era projetada por seu relógio de pulso, acionou os comandos necessários para que a grandiosa Unidade de Contenção e Desenvolvimento – ou, como o próprio criador preferia chamar, Uncode – começasse a ser esvaziada, as bombas acionadas sugando a água de dentro do recipiente, tudo lentamente para evitar que o casulo contido ali não sofresse algum tipo de problema pela mudança de ambiente.

‘’Abrindo...’’, ele falou animado, vendo as paredes do aquário recuando até sobrar apenas a parte debaixo, a que ainda sustentava o invólucro sensível e fino. A membrana frágil e transparente permitia quase perfeita visão do que havia ali dentro: uma criatura ainda desconhecida pelos humanos, algo totalmente novo. ‘’Essa etapa é extremamente delicada, por isso é necessário que eu mesmo a faça. É como um parto não-natural humano comum, porém, sem ter que passar pelas várias camadas de pele, gordura e tecidos’’, explicou ao se aproximar, tomando um bisturi em mãos antes de voltar a colocar alguns comandos na tela azul luminosa e selecionar que a mesma fosse recolhida.

Logo um ralo largo coberto por uma grade se abriu sob o casulo, o doutor respirou fundo, observando suas mãos levemente trêmulas cobertas pelas luvas brancas. Sem muita enrolação, iniciou o procedimento, fazendo um pequeno corte na bolsa e vendo o líquido amniótico começando a vazar e se espalhar. Como não se tratava de um devido parto em um humano, permitiria a si mesmo o trabalho calmo, sem pressa.

Abriu espaço com as mãos, buscando pelo corpo do ser que ali estava. Um puxão rápido, porém delicado, um corte preciso no tubo de nutrição e estava pronto. O doutor observou por alguns segundos o corpo em seus braços, logo lembrando-se do procedimento que deveria seguir. Desobstruiu as vias respiratórias e lavou o corpo miúdo, o embalando em um cobertor felpudo logo em seguida, e o serzinho não demorou para começar a chorar de forma estridente, o som ecoando pelo amplo laboratório. Foi pesado, medido e examinado minuciosamente, um suspiro admirado deixando os lábios do homem que o manuseava,

‘’Procedimento realizado com sucesso... Indivíduo 000 pronto para testes’’, a voz incrédula foi registrada pelo aparelho enquanto o olhar admirado do doutor Chang permanecia fixo nele.

50 centímetros de comprimento, 2350 gramas, temperatura corporal estável. Ali estava ele.

O indivíduo 000, um bebê perfeitamente normal e saudável, um bebê que fora 100% criado em laboratório, moldado para superar os limites humanos.

 

~NÚMEROS~

 

 

O indivíduo 007 estava impaciente em seu pequeno quarto. As bolinhas plásticas giravam na palma de sua mão. Sua cabeça doía cada vez mais enquanto o líquido negro era aos poucos injetado em seu corpo.

Queria dormir, ou comer mais uma daquelas balas verdes fluorescentes que havia roubado do bolso de uma das mulheres de branco, mas queria acima de tudo dormir.

Não, acima de tudo, ele desejava morrer.

Ou apenas desaparecer dali.

Não sabia contar o tempo, mas se tentasse, sabia que poderia concluir que há muito estava ali, porque ele sabia o significado de muito e pouco, sabia o significado de cheio e vazio.

Sabia que estava cheio daquele lugar, mas  vazio por dentro.

‘’Como se sente hoje?’’, a voz calma e suave do homem soou em seus ouvidos, mas o indivíduo 007 não o respondeu, apenas continuou a olhar para o nada enquanto ordenava à sua mente que continuasse a mover as pequenas bolinhas maciças em sua mão. ‘’Eu perguntei como se sente!’’, o tom do doutor Shin saiu mais alto e irritadiço, o que atiçou a raiva do outro.

Ainda sem fitar o homem mais velho, 007 fez com que as duas bolinhas em sua mão se chocassem com força contra o vidro da porta de entrada de seu quarto, produzindo um barulho agudo ao trincarem o material. ‘’Irritado’’, respondeu num tom neutro, só então encarando o homem, que o fitava incrédulo. ‘’Se gritar comigo outra vez, serão seus olhos ao invés do vidro’’, notificou, vendo o mais alto engolir em seco.

‘’Você não faria isso’’, Shin perguntou um tanto alarmado, sorrindo de canto como se esperasse que o menor sorrisse para si e dissesse que tudo não passava de uma brincadeira.

‘’Não? Então por que motivo ela está tão assustada?’’, questionou ainda em seu tom típico de desinteresse, apontando com um dedo para a enfermeira que antes regulava a dosagem do soro que ainda entrava por suas veias, as mãos da mulher tremiam e ela parecia abalada. ‘’Pergunte a ela o que houve com o que veio antes de você’’, acrescentou antes de voltar a encarar o nada. ‘’Terminem logo, eu estou cansado’’, informou com descaso, suspirando ao ouvir a garota lhe dizendo que poderia se deitar.

Encostou a cabeça no macio travesseiro branco, seus olhos se focando no teto da mesma cor.

Tudo o que via era branco.

As paredes.

O teto.

Sua cama.

Suas roupas.

As roupas dos outros.

Sua pele.

As únicas coisas que não eram brancas ali era o código gravado em sua pele, o líquido que lhe injetavam em suas veias...

E os olhos daquele garoto.

As imagens da tela de vidro colorido também não eram brancas. Eram desenhos, fotos, vozes, movimentos, sons estranhos que possuíam um padrão. Não tinha certeza, mas achava que havia ouvido uma das enfermeiras chamarem aquilo de música. A tela o deixava intrigado, curioso. Ele adorava passar horas e mais horas sentado em frente àquilo, mas sabia que não poderia exteriorizar sua satisfação, afinal, sempre que demonstrava apreço por algo, esse algo era tirado de si.

Apenas uma coisa que estimava não havia lhe sido arrancada.

Uma coisa que ele nem ao menos experimentara, mas sabia existir.

Liberdade.

 

 

~NÚMEROS~

 

 

‘’Olá’’, a voz macia e suave cumprimentou assim que a porta foi aberta, revelando as duas figuras sérias.

‘’Olá, 012. Como vai hoje?’’, o doutor Shin questionou docemente.

‘’Bem’’, o pequeno garoto sorriu, logo estendendo seu braço para que voltasse a ser perfurado. Mais do líquido enegrecido e espesso era injetado em suas veias, e ele logo sentiu sua boca amargando. Disfarçou a careta de desagrado e continuou sorrindo meigo, como se nada estivesse acontecendo.

‘’Bom, eu vejo aqui que fez progressos essa semana, hein?’’, o homem mais velho questionou, vendo o pequeno indivíduo sorrir para si. ‘’Tem um novo recorde?’’

‘’Sim! Eu destruí uma pedra de 3 toneladas sem tocar nela!’’, o menor sorriu contente, vendo o mais velho o acompanhando no gesto enquanto anotava alguns dados na ficha digital do menino.

‘’3 e 600. Foram 3 toneladas e 600 quilos!’’, o Shin falou entusiasmado. ‘’Como prêmio, eu te trouxe uma coisa’’, falou em tom de segredo, se aproximando do menor com cautela. Colocou uma de suas mãos no bolso de seu jaleco e tirou dali um pequenino embrulho dourado, o qual o pequeno reconheceu imediatamente.

‘’Cholate!’’, ele falou animado.

‘’É chocolate, 012’’, o maior revirou os olhos e riu. ‘’Repita comigo: cho-co-la-te’’

‘’Cho-co-la-te!’’, 012 respondeu animado, esticando seus dedinhos para o embrulho na mão do médico.

‘’Aqui está’’, Shin entregou o doce para o menino, vendo este desembalando-o e o comendo rapidamente, soltando murmúrios em aprovação. ‘’Ei, o que acha de voltar a jantar com os outros?’’, perguntou num tom calmo, sentando-se na cama ao lado do pequeno.

‘’Sério? Eu posso?’’, ele perguntou animado, vendo o médico assentir. ‘’Eu quero muito!’’, completou com entusiasmo, vendo o maior sorrindo gentil para si.

‘’Certo, então na hora do jantar, ao invés de trazermos sua comida, vamos levá-lo ao refeitório e você poderá jantar com os outros’’, o homem disse antes de se levantar e se retirar enquanto algumas enfermeiras prosseguiam com os procedimentos de rotina no indivíduo 012.

 

‘’E então, como estamos indo?’’, a voz de Chang Sunwu soou ao lado de Shin, o assustando. O chefe o aguardava ao lado da porta para alguns questionamentos.

‘’Ah, ótimos. 012 apresentou progressos hoje’’, o médico informou animado enquanto caminhava ao lado de seu superior pelos corredores.

‘’Você sempre gostou mais dele’’, Sunwu falou num tom vago.

‘’De forma alguma, senhor. Ele só reage a mim de forma mais gentil, por isso acabamos dialogando mais’’, Shin se defendeu, parecendo apreensivo.

‘’Sim, certo. Eu só queria informá-lo que agora mesmo estou a caminho de um tour que farei com investidores em potencial, e apresentarei à eles os balanços que você me entregou anteontem, então, se tanto como eu deseja o crescimento desse projeto assim como preza por seu emprego, sugiro que mantenha as coisas sob controle’’, o mais velho falou num tom sério, deixando o outro engasgado com suas próprias palavras, estático, o encarando assustado. ‘’É só isso, pode voltar aos seus afazeres’’, disse antes de seguir seu caminho.

O Chang seguiu pelos corredores branquíssimos até encontrar o pequeno grupo de empresários engravatados que o aguardava. Um biólogo chamado Will Harper, um geneticista chamado John Miles, um militar chamado Erik Davis e um representante do gabinete do presidente chamado Sebastian Lewis, todos norte-americanos, como havia sido informado. Suas cartas de propostas codificadas haviam chegado em mãos de um pequeno grupo de representantes do poder militar de alguns países, e ele realmente não possuía grandes expectativas quanto às respostas que receberia. Deveria ter previsto que a potência mundial com toda certeza desejaria investir numa possível expansão de seu poder de guerra.

Era a segunda visita em seu laboratório, a primeira sendo para apresentação rápida do projeto e para que fosse desenvolvido ali um interesse. Em um inglês perfeito, chamou a atenção dos homens e de seu secretário, pigarreando e se munindo de seu mais cordial sorriso de negociador antes de começar a falar sobre o projeto que comandava.

‘’Senhores, humildemente os cumprimento. Lamento o horário marcado para nosso encontro, geralmente esse tipo de reunião deve ser agendado para uma manhã, mas não podemos ser descuidados quando à segurança, certo?’’, questionou gentilmente, vendo os quatro homens assentindo para si. ‘’Bem, comecemos. Eu sou Chang Sunwu, dono do laboratório e chefe da pesquisa aqui desenvolvida e minha missão hoje é apresentar à vocês meu projeto. Espero agradá-los e, que ao fim dessa visita, possamos avançar num acordo. Estarei explicando cada etapa do projeto bem como estarei aberto à perguntas à todo momento’’, sorriu novamente antes de pôr-se a andar, sendo seguido pelos outros.

‘’O projeto denominado Gênesis se foca em pesquisa e desenvolvimento genético de forma a alcançar a superioridade, a maximização do mais sublime desenvolvimento. Senhores, esse projeto alcançou a criação de seres humanos perfeitos cem por cento sintéticos, sem usar uma gota que seja de material humano como célula-mãe.’’, começou sua explicação minuciosamente ensaiada enquanto guiava os homens pelos corredores. ‘’Não sei se todos se lembram, mas os senhores Harper e Miles com toda certeza devem ter lido sobre meu projeto que foi iniciado há trinta anos atrás, mas foi concluído apenas há vinte anos, no qual eu alcancei o nível de manipulação genética ao ponto de conseguir criar um ser humano perfeito do zero’’, questionou, ouvindo os dois assentindo.

‘’Foi um feito fantástico, alcançou a criação de um bebê em suas perfeitas condições humanas sem usar nenhum material genético natural. Confesso que fui cético por muitos anos, mas ao ver o programa sendo aplicado em casos de casais que não podiam ter filhos... Fiquei impressionado’’, Miles se pronunciou. ‘’Não sabe o quanto esperei pelo dia de hoje, tenho muitos questionamentos, inclusive sobre...’’

‘’Senhor Miles, se deseja saber quais compostos foram usados na manipulação para a criação da cadeia genética sintética, sinto lhe informar que apenas eu, meus homens de confiança e os órgãos governamentais devidos detém tal informação, afinal, eu não poderia prosseguir com tais pesquisas sem autorização do governo superior. Deve entender que essa informação comprometeria todo o meu trabalho’’, Sunwu interrompeu de forma gentil, sem virar-se em direção ao homem.

‘’S-sim, entendo perfeitamente’’, Miles concordou de forma decepcionada.

‘’Vamos prosseguir’’, ditou. ‘’Aqui entramos na área desenvolvedora’’, informou ao apontar para uma imensa parede de vidro que dava visão para o interior de uma sala. ‘’Esses são Uncodes, ou Unidades de Contenção e Desenvolvimento’’, falou orgulhoso, encarando os diversos aquários vítreos dispostos em fileiras pela ampla sala. ‘’Assim que os materiais são combinados e é formada a primeira célula que começará a se desenvolver, a inserimos numa pequena bolha já preparada, onde a célula se dividirá e se fixará, como um zigoto se alojando à parede do útero, e assim inicia-se o desenvolvimento dos indivíduos’’

‘’Os indivíduos, que você diz... São os humanos geneticamente evoluídos?’’, Miles questionou.

‘’De certa forma, sim’’, Chang iniciou. ‘’Não costumo chamá-los humanos, pois as alterações genéticas feitas aqui já os cria para que sejam diferentes. Em palavras mais simples para o entendimento de todos, os indivíduos, que aqui os chamamos de Kami – que significa deus eu japonês – são criados de forma a não desenvolverem sentimentos nem nenhuma gama emocional, e isso, bem como a ausência de contato humano antes do nascimento, os faz seres perfeitos para serem treinados para a finalidade para a qual foram feitos, e essa é a parte onde chegaremos agora’’, mentiu descaradamente, guiando o grupo até alguns corredores à frente até outra parede de vidro. ‘’Eles sentem dor física como os humanos, mas seus cérebros não são capazes de processar sentimentos como alegria, tristeza, raiva entre outros. Eles foram modificados para não possuem consciência própria ou conhecimento de certo e errado, não desenvolvem opinião ou julgamento sozinhos’’, continuou sua falácia, arrancando dos presentes alguns suspiros de surpresa. ‘’Aqui é fase dois’’, apontou para o local que mais parecia um mini berçário, cheio de pequenos berços plásticos codificados, porém, todos vazios. ‘’Como podem ver, essa parte está desativada por enquanto. Acontece que nós só temos verba para desenvolver uma quantidade limitada de Kamis por vez, portanto, os que estão nos Uncodes virão para cá assim que atingirem a maturidade’’, explicou. ‘’Os Kamis foram criados para combater, mas além disso, alguns apresentaram habilidades que não calculamos serem possíveis, porém, são habilidades também muito úteis. Quando criamos os Kamis, temos 100% de certeza de que serão seres que acessarão uma maior amplitude do próprio cérebro, portanto, desenvolverão habilidades especiais. Porém, não temos como ter 100% de certeza do tipo de habilidades eles desenvolverão’’, explicava enquanto seguia por mais um dos corredores imensos. ‘’Aqui temos desde Kamis com habilidades incríveis de telecinética, até alguns com habilidades em cálculos avançados e conhecimentos de temas que nunca sequer tiveram contato. Temos Kamis que produzem fogo, e alguns que apenas o manipulam, é uma gama imensa de armamentos a se escolher’’, completou em seu tom mais sugestivo, incitando os ouvintes.

‘’Se os Kamis não tem emoções ou capacidade de estabelecer julgamentos, então como são controlados?’’, Erik Davis questionou em seu típico tom sério e polido de um militar bem formado.

‘’Ótima pergunta, senhor Davis, terei prazer em esclarecê-la assim que entrarmos nessa próxima ala’’, Chang sorriu, guiando o grupo por uma escada pequena que levava à portas duplas de vidro, as quais se abriram imediatamente com sua chegada. ‘’E aqui estão alguns deles’’, sorriu animadamente, vendo alguns de seus ‘’projetos’’ sentados em mesinhas espalhadas pelo espaço amplo daquela sala. ‘'Junsu, quais são os que estão aqui?’’, questionou, vendo seu assistente se apressando em consultar o ficheiro virtual em suas mãos.

‘’Indivíduos 001, 004, 006, 008 e 010, senhor’’, informou

‘’Ótimo’’, sorriu, encontrando com seu olhar o indivíduo 001. ‘’Ali está ele, nosso primeiro sucesso’’, sorriu animado, seguindo até uma das mesas mais afastadas. ‘’Sigam-me’’, instruiu, vendo os visitantes parecerem receosos. ‘’Não se preocupem, eles não mordem’’, riu baixo pelo receio dos outros antes de ser acompanhado. Parou ao lado do pequeno garoto, este que parecia estar totalmente compenetrado na leitura de um livro grosso. ‘’001’’, chamou, vendo o garoto direcionar o olhar para si. O menino se levantou rapidamente, se curvando para o doutor Chang e seus visitantes.

‘’Senhor’’, pronunciou com sua voz suave e calma

‘’001, apresente-se para esses senhores’’, comandou, vendo-o se endireitar e colocar-se a falar.

‘’Olá, eu sou 001, primeiro Kami de sucesso do Projeto Gênesis. Minha genética estruturada me permite acesso à 18% de meu cérebro e com isso, desenvolvi a capacidade de manipular e produzir água em seu estado mais límpido e puro. Além disso, possuo a capacidade de entender qualquer idioma que me seja apresentado’’, sorriu cordial.

‘’Fascinante’’, o general Davis murmurou. ‘’E não teme que eles se revoltem?’’, questionou curioso.

‘’001, o que significa revolta?’’, o dr. Chang questionou

‘’Desculpe, senhor. Eu não sei’’, o Kami abaixou a cabeça, lamentando desapontar seu superior.

‘’Viu só? Ele pode possuir imensa inteligência, porém, não pode desenvolver opinião sobre nada que não tenha lhe sido apresentado’’, sorriu orgulhoso de si mesmo, acreditando que naquele detalhe havia acertado.

Mal sabia o quanto estava enganado.

‘’Papai?’’, uma voz a mais surgiu no ambiente, atraindo a atenção de todos. ‘’Papai, quando vai acabar? Pensei que viesse tomar chá comigo...’’, um garoto alto, magro e de rosto bem desenhado se aproximou. Possuía cabelos num tom louro mel, lábios de formato pequeno, mas bem cheinhos. Trajava roupas de um adolescente comum, e andava como um, a única diferenciação, porém, estava em seu pulso, os números ‘’000’’ gravados em sua pele. Chang rapidamente se aproximou do garoto, o assustando por sua postura rígida e séria.

‘’Yifan, eu já não te disse diversas vezes para não entrar assim? E sobre me chamar dessa forma na frente dos outros?’’, praguejou, vendo o menino se encolher e murmurar um pedido de desculpas. ‘’Vá para o seu quarto, eu vou até lá assim que acabar’’, finalizou, vendo o mesmo se afastar. O garoto lançou um olhar intenso, carregado de algum sentimento diferente para o indivíduo 001, vendo este lhe corresponder, mas não lhe dirigiu a palavra apenas virou as costas e se retirou dali. ‘’Perdoem-me por isso, meu menino não sabe muito bem separar as horas para as coisas’’, pigarreou. ‘’Bem, continuemos. 001, obrigado por sua atenção’’, viu o Kami curvar-se antes que saísse. ‘’Como puderam ver, sua idade biológica é aproximada dos dezoito anos, os últimos indivíduos criados possuem idade biológica de dezesseis anos’’, explicou. ‘’Infelizmente, todas as gerações que desenvolvemos até agora apresentaram alguma espécie de erro, alguns indivíduos chegaram a falecer após o nascimento, outros não souberam lidar com suas próprias habilidades e por isso vieram a se autodestruir’’, lamentou, guiando os visitantes até outra porta. ‘’A primeira geração apresentou agressividade em alguns indivíduos, já a segunda apresentou dispersão e falta de atenção excessiva, a terceira expandiu seus limites mentais à proporções incontroláveis, e é aí que vocês entram’’, virou-se para os outros, indicando que entrassem na sala que abrira. ‘’Seus investimentos poderão custear o desenvolvimento de pesquisas mais profundas, materiais mais avançados e profissionais mais qualificados, isso além de investirem em futuro armamento para seu país’’, manteve seu sorriso típico de negociador, vendo os presentes assumirem posições mais sérias, tomando lugares nas cadeiras dispostas ao redor de uma grande mesa de reuniões. ‘’Agora, falaremos de números’’

 

 

~NÚMEROS~

 

 

O indivíduo 001 revirou os olhos assim que os homens se afastaram. Sua paciência estava curta, seu humor instável. Sentiu leves ondas estáticas ao seu redor, envolvendo seu corpo pálido, e logo a voz suave de seu amigo soou em sua mente.

‘’Eles desconfiaram de algo?’’

‘’Relaxe, Sete. Eu sou um bom mentiroso’’, sorriu para si mesmo.

Em seu quarto, o indivíduo chamado 007, ou, como os outros Kamis o chamava, Sete, observava fixamente um ponto nulo na parede, seu cérebro se concentrando em expandir os limites de sua mente até além das barreiras de metal e concreto. Os aparelhos de senha eletrônica presentes em todas as portas do local confundiam seus sentidos, mas ele já tinha prática em driblar aquilo.

Só permitiu-se relaxar um pouco assim que sentiu que cada um dos indivíduos espalhados por aqueles quartinhos conectados à sua teia. Teceu sua rede comunicatória mental, sentindo como se todas aquelas vozes eufóricas viessem de dentro de si.

Não demorou a ouvir seu líder se pronunciar, as demais vozes se calando.

‘’Todos estão preparados?’’, Um questionou, ouvindo em sua cabeça um coro de vozes assentindo. ‘’Amanhã, após o jantar, quero todos imediatamente em seus postos assim que as portas foram trancadas. Iremos lutar pelo que é nosso por direito, e eu não quero mortes, perdas ou desistências. Todos nós iremos ser livres!’’, seu tom se tornava mais alto, imponente. ‘’Repassando o planejamento: Dois vai desativar o sistema de segurança e abrir as portas, Sete vai apagar todos os humanos desse andar e do D3. Doze e eu vamos bloquear as passagens que conectam este bloco aos demais e todas as passagens de emergência com inundações e deslizamentos e, assim que o fizermos, os alarmes de pressão irão disparar. Não se esqueçam que estamos muito abaixo da superfície’’, ressaltou. ‘’Vinte e um vai cuidar de eletrocutar e encerrar o sistema extra. Após isso, vamos nos encontrar na ala 68, onde todos tiraremos os localizadores de nossas pernas. Quinze vai utilizar suas ondas sonoras como um sonar para mapear tudo e nos repassar, e atenção!’’, falou mais sério. ‘’Depois que o Sete apagar os seguranças, devemos protegê-lo como ouro! Ele manterá nossas mentes conectadas e isso o deixa debilitado e vulnerável’’, explicou, ouvindo assentimentos. ‘’Vocês vão seguir pelo tubo de ventilação até a superfície, onde encontrarão o Zero e na saída dali irão até o ponto de encontro e esperarão no máximo uma hora e meia por mim, Sete, Vinte e Cinco e Vinte e Sete, nós vamos até a ala 70 em busca do Quatro, que está confinado lá, Zero sabe contar o tempo, ele comandará isso. Se não aparecermos nesse tempo, devem ir sem nós’’

‘’Mas, líder!’’, Vinte e Dois começou.

‘’Sem contestações! As ordens estão dadas, não temos tempo para discussões, devemos poupar o Sete. Vejo vocês no jantar de amanhã’’, finalizou e Sete não demorou em fechar sua mente. Sentiu o líquido espesso e quente escorrendo de seu nariz. Tomou um dos lenços de papel na mesinha ao lado de sua cama e se limpou rapidamente. Estava acostumado com tais sangramentos quando se esforçava demais. Mesmo mentalmente cansado, juntou suas forças para alcançar um outro quarto, mais precisamente, um que ficava a dois corredores de distância.

012

‘’Doze?’’

‘’Sete... Eu estou com medo’’, ouviu a oz choramingada de seu pequeno amor.

‘’Eu sei... Não fique assim’’, tentou, sentindo dentro de si a imensidão do temor que tomava o pequeno garoto. Sentiu-se desesperado para abraçá-lo. Queria sentir seu corpo próximo ao do outro, queria sentir a respiração contra seu pescoço, queria tocar sua pele, recordar a sensação que provara apenas uma única vez.

Lembrava-se com perfeição do dia em que se descontrolou pela primeira vez. Seu corpo passava pela puberdade e seus poderes estavam se expandindo. Até então, só desenvolvia suas habilidades telecinética, sua telepatia ainda estava apenas começando a se desenvolver. 

Ficou assustado com as vozes que aos poucos invadiam sua cabeça. Ouvia tudo, os outros Kamis, ouvia os guardas, as enfermeiras, os médicos. Queria gritar par que parassem de pensar alto, queria berrar, doía como os choques que recebia em seu corpo molhado em dias de testes, queria fazer barulho. O ambiente externo estava calmo, mas dentro de sua cabeça tudo parecia a mil, eufórico. Ninguém parecia notar o que se passava consigo.

Se encolheu em sua cadeira e chorou baixinho, assustado, e permaneceu daquela forma até que ouviu sendo chamado. Levantou o olhar, encontrando os olhos grandes e redondos do Doze sobre si. De repente, tudo se tornou silencioso e apenas o garoto com o número 012 marcado em seu pulso parecia estar ali.

‘’Doze...’’, chamou, mas seus lábios não se moveram. O então citado arregalou os olhos já esbugalhados, abrindo a boca em choque.

‘’Como fez isso?’’, ele questionou em voz alta, vendo o outro balançar a cabeça negativamente, os fios avermelhados quase lhe cobrindo os olhos molhados.

‘’Não conte a ninguém, por favor’’, suplicou ainda usando sua mente para transmitir seu pedido. ‘’Eles vão fazer mais experiências se souberem! Vão me machucar!’’, lágrimas escorriam por seu rosto delicado, molhando sua pele pálida.

‘’Seu segredo está guardado comigo’’, Doze sussurrou, sorrindo gentil em seguida. Não cultivavam nenhum tipo de contato físico entre si ou nenhum outro indivíduo, e nem eram incentivados a isso, pelo contrário, mas naquele momento, Doze queria enxugar aquelas lágrimas com seus dedos.

Meses se passaram após tal ocorrido, Doze e Sete estreitavam cada vez mais suas relações através de longas e animadoras conversas mentais. Se apoiavam mutuamente, davam forças um ao outro. Após algumas experimentações e ajudas do indivíduo 001, Sete descobriu-se capaz de conectar várias mentes em sua teia comunicatória telepática, e descobriu que, devido ao avanço cerebral dos Kamis, apenas seres como ele podiam ‘’sintonizar’’ suas ondas cerebrais, logo, os humanos não poderiam os ouvir, porém, poderiam ter seus pensamentos facilmente acessados.

O contato entre semelhantes se estreitava cada vez mais. A aproximação física não era permitida, mas seus laços estavam cada vez mais fortes mentalmente e, acima de tudo, 012 e 007 pareciam se entenderem de forma intensa. Gastavam horas conversando ante de dormirem, entre segredos e gotas de sangue que o mais velho prontamente enxugava. Seus corações batiam mais rápido ao ouvirem um ao outro.

O primeiro e até então único contato físico entre eles foi no primeiro descontrole do mais jovem. Doze estava no canto do refeitório, encolhido contra a parede enquanto recebia gritos e xingamentos vindos de dois seguranças, que pareciam enraivecidos por algo que o pequeno havia feito. Sete enfureceu-se por não haver ninguém que fizesse algo. Enfermeiras e médicos não estavam presentes, nunca deixariam algo daquele tipo acontecer, e os demais Kamis apenas não sabiam como reagir àquilo.

Doze chorava compulsivamente, assustado. Sete passou a enviar mensagens freneticamente ao cérebro do outro, tentando acalmá-lo, mas só viu todas as mesas do grande salão voando e algumas paredes ruindo quando um dos guardas levantou sua mão, gritando para o Kami deixar de chorar antes de tentar desferir-lhe um golpe.

Doze gritou alto e o caos parecia pronto para se instalar ali. Kamis gritavam assustados e corriam, alarmes altos soavam e as paredes tremiam, pedaços do teto caíam e rachaduras fundas se formavam.

Sete pode ver quando segurança levantou uma arma e apontou para o pequeno, o mandando parar de fazer aquilo. Só teve tempo de correr até o garoto e abraça-lo com força antes de ouvir dos disparos. O pequeno respirava rápido contra sua pele e se agarrava com força a si.

Acariciou os cabelos negros e lisos com vontade e estreitou o abraço. Os alarmes ainda soavam, mas as paredes não mais tremiam, os outros não mais gritavam.

Doze não mais chorava.

Sete se virou para trás, soltando delicadamente o pequeno enquanto sentia um ódio imenso tomando seu corpo. Viu os dois projéteis metálicos flutuando atrás e si enquanto os guardas o fitavam aterrorizados. Colocou-se de pé, uma gota de sangue caindo de seu nariz enquanto seus olhos tornavam-se absurdamente vermelhos.

‘’Sabe o que o chefe e vocês faria se vocês o matassem?’’, questionou em voz alta, vendo os dois homens negando com a cabeça. ‘’Pois eu tenho prazer em mostrar a vocês’’, sorriu sádico, soltando um som semelhante a um rosnado gutural antes que os dois projéteis voassem, atingindo as cabeças dos dois guardas. Após ouvir o baque dos corpos desfalecidos ao chão, teve sua visão se tornando turva e logo sentiu suas forças se esvaindo. Caiu rapidamente, sua cabeça sendo amparada pelo pequeno moreno. Conseguiu tocar-lhe a face pálida e deslizar seu polegar pelos lábios grossos e trêmulos antes de apagar totalmente.

Depois de tal acontecimento, passou meses em confinamento passando por um ‘’readestramento’’, um tratamento profundo e intenso. Seu corpo foi ali recluso, mas sua mente se expandia cada vez mais. Percebia que sentimentos fortes aumentavam suas habilidades. Percebia isso quando se irritava com os guardas, quando sentia medo dos médicos e, acima de tudo, quando buscava os pensamentos do indivíduo 012.

‘’Lembra de quando eu parei aquelas balas por você?’’, perguntou depois de um tempo em silêncio, ouvindo o menor assentir. ‘’Eu farei outra vez se necessário, eu darei minha vida por você. Nós estamos melhores, mais fortes, eu, você, e todos os outros. Nós vamos conseguir isso juntos. Você confia em mim?’’

‘’Com todo meu ser’’

‘’Nós vamos sair daqui, Doze, e eu darei a você um nome humano’’, prometeu.

‘’Meu peito dói e meu coração acelera de um jeito gostoso quando eu ouço a sua voz’’

‘’Como nos filmes da tela de vidro?’’

‘’Como nos filmes da tela de vidro’’

 

 

~NÚMEROS~

 

 

Eles estavam ofegantes, apreensivos. Subiam pelas passagens úmidas, aglomerados. Avistaram uma passagem gradeada da qual vinha uma luz intensa e amarelada.

‘’Aquilo é o sol?’’, um deles questionou.

‘’É lindo!’’, Vinte e Um sorriu antes de voltar a sua posição séria. ‘’Quinze, tem alguém lá encima?’’, perguntou, vendo a garota então citada fechar os olhos enquanto de seu corpo saía um pulso sonoro. A menina esperou a onda voltar para si, sua pele se arrepiando.

‘’O Zero está lá’’, sorriu.

Vinte e um não demorou a emitir o sinal, três raios curtos deixando a ponta de seus dedos. Logo uma mediana pena negra que queimava devagar desceu pela passagem. O sinal estava confirmado.

Após subirem mais um pouco, um a um os indivíduos foram saindo da passagem estreita. Zero checava tudo ao redor, certificando-se de que estavam seguros.

‘’Conseguimos?’’, um deles perguntou, vendo o mais velho de todos assentir.

Sorriram longamente, querendo gritar de euforia, porém sabiam que não poderiam. Apenas um dos indivíduos permanecia sem sorrir ou se alegrar.

Doze estava ajoelhado na beira do buraco por onde havia passado, seus olhos fechados enquanto tentava encontrar com sua mente aquele que o preocupava. ‘’Cadê eles?’’, choramingou. ‘’Sete...’’, chamou baixinho e logo todos os outros juntaram-se à espera.

O tempo passava devagar, arrastado. Doze já chorava baixinho em desespero, seus sentimentos abalados fazendo a terra tremer de leve. ‘’Pequeno, está assustando os outros’’, Zero lhe falou baixinho, acariciando seus ombros. Doze controlou-se, mas seu coração ainda pesava.

‘’Quanto tempo?’’, questionou.

‘’Eles ainda tem dez minutos’’, Zero lhe respondeu.

‘’E isso é muito?’’

‘’Não...’’, o tom do outro o fez voltar a chorar.

‘’Eu sinto algo...’’, Quinze sussurrou. ‘’Água’’, completou e logo o barulho de uma enxurrada foi ouvido. Um brilho imenso vinha do buraco, enchendo o peito de todos com esperança.

‘’Quatro!’’, Vinte sorriu largo, e logo cinco seres passavam pela por ali.

Primeiro, o indivíduo 004, com sua luz esplendorosa se apagando aos poucos. Vinte e Cinco e Vinte e Sete vieram logo depois, seguidos de Um.

‘’Onde está ele! Cadê o Sete?’’, Doze berrou em desespero, recebendo sua resposta quando o garoto encharcado apareceu pelo buraco, se arrastando de forma debilitada. Não demorou em agarrá-lo com toda sua força, chorando desesperado.

‘’Tudo bem, tudo bem’’, ele sussurrou, sorrindo ao sentir as mãos do pequeno.

‘’E agora?’’ Um perguntou ofegante, mirando o mais velho dali.

‘’Agora, corremos’’

 

 

~NÚMEROS~

 

 

 

Dois anos mais tarde

 

Kyungsoo se encolhia nos braços do mais velho e ria baixinho, suas bochechas ardendo em vergonha.

‘’Você canta tão lindo, Soo. Deve cantar pra mim mais vezes!’’, Luhan sussurrou contra sua orelha, beijando sua bochecha em seguida.

‘’Nah, eu tenho vergonha!’’, o menor murmurou com um bico, este que logo foi capturado pelo outro em um beijo que aos poucos evoluía.

‘’Caham, pombinhos, podem subir para o próprio quarto?’’, Suho resmungou, vendo os dois se afastando envergonhados. ‘’A sala não é lugar para essas coisas’’

‘’Perdão’’, os dois pediram antes de correrem pelas escadas até o andar superior. Trancaram-se no quarto que dividiam e logo voltaram com os toques ainda calmos e desajeitados, cambaleando os corpos até a cama. Luhan se apoiou em seus braços para fitar o mais novo, acariciando-lhe a face corada com cuidado. Levou sua mão até o braço direito do mesmo até tê-lo apoiado ao lado da cabeça alheia. Deslizou seu indicador pelos números marcados no pulso delicado, suspirando em seguida.

‘’Acha que um dia acharão a gente?’’, perguntou preocupado.

‘’Somos bons em nos escondermos, e se eles encontrarem, saberemos como nos defender. Estamos mais fortes, nós dois e todos os outros’’, o menor sorriu, selando seus lábios aos alheios.

Haviam passado por muitas coisas. Desafios, feridas, sangue e perdas. Se escondiam, fugiam. Discutiam entre si enquanto tentavam manter suas vidas como seres humanos comuns.

O que não eram.

 

Mas ninguém precisava saber

 

 


Notas Finais


E aí, como fui nessa primeira tentativa de escrever sci-fi?
Me perdoem se ficou muito ruim, sério. Mas eu realmente gostei de ter tentado, gostei do resultado e estou feliz com ele.
Sim, o final deixa alguns pontos em aberto, tipo ‘’o que aconteceu com o laboratório? E com os cientistas?’’ e tal, e não, não pretendo fazer continuação. Eu realmente gostei de como ficou e tenho medo de estragar colocando mais capítulos, além do que, como eu disse, estou feliz com o resultado e pretendo manter a fic assim. Espero que me entendam.
No mais, obrigado a Raquel unnie como sempre pela ajuda que me deu, Amanda também por ter opinado com as capas, e meu bebê amado Samuca por ter lido tudo isso sem reclamar e dado suas opiniões.
Obrigada a quem leu e favoritou, ficarei muito feliz se receber comentários, tá? ~chora

Ah sim! Posso panfletar minha outra fic de couple flop? Perdão gente, mas depois desse desafio Randomic meu amor por casal flop só cresceu, e agora além de ler, eu escrevo :X
É uma SeHo sobrenatural com um leve draminha.
https://spiritfanfics.com/historia/fanfiction-exo-leva-me-em-pedacos-5654251
Espero que gostem
Obrigada novamente e até a próxima
XOXO


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...