História Promessa - Longa,

Marcos estava com uma fúria de Leão, caso Elba não tivesse interferido ele teria falado tudo o que sentia para aquela mulherzinha baixa.

Ele parou em frente o escritório do pai e respirou fundo, o velho não era pessoa de voltar atrás na palavra, esse convite de casamento depois de cinco anos sem tentar falar com Marcos deveria ter um motivo e um  dos grandes.

Ele bateu na porta e esperou.

- Pode entrar. Falou Carlos.

Marcos abriu a porta.

- Entra meu filho.

- Desculpe minha roupa, estava na piscina quando Elba me deu o recado.

- Não tem problema.

- O senhor chegou há muito tempo?

- Não só faz dez minutos.

-Ah

- Marcos meu filho, eu sei que você deve ter estranhado receber o convite do meu casamento, visto que já não nos falamos há mais de anos.

- Confesso que não esperava desde que sai daqui, o senhor tem falado para as pessoas que eu morri.

- Perdão meu filho, eu não estava pensando com clareza naquele momento.

- Não estava pensando com clareza naquele momento e nem nos anos seguintes que vivia falando por ai que eu morri.

- Meu filho eu sei que não há justificativas validas, para o que eu fiz, mas peço que tente me perdoar.

- Ainda bem que o senhor sabe.

- Eu não respeitei você e o joguei fora em um momento complicado.

- Eu tentei falar com o senhor dias depois, mas o senhor não quis  me atender e para complementar, tentou tirar a herança de minha mãe de mim.

- Perdonare  mio figlio.

PERDOAR? Seu pai tinha o colocado para fora de casa só com a roupa do corpo, se não fosse à herança que sua mãe lhe deixara ele teria passado fome, sem falar que Carlos vivia falando por ai que Marcos tinha morrido.

- Pai eu...

- Marcos, eu sei que perdoar não é de uma hora para outra.

- Eu preciso de tempo, não é que eu não queira voltar a ter uma boa relação com o senhor, é que...

Marcos parou de falar e respirou fundo.

- Eu preciso pensar em toda essa conversa meu pai antes de dar uma palavra final. Agora vou me trocar para o jantar.

- Meu filho antes de ir quero falar sobre Iris.

O coração do moreno acelerou quando ouviu aquele nome, a conversa com o pai o tinha feito esquecer temporariamente daquela ruiva mentirosa.

- Eu encontrei com ela na piscina.

- Eu conheci Iris em uma festa no Brasil, a mãe dela trabalha para mim, sei que ela é jovem, mas nos damos bem, sem falar que Iris é uma moça de família, honesta e não gosta de baderna.

HONESTA? Será que a Iris que seu pai estava falando era à mesma que ele conhecia? Acho que não, pois a Iris que ele conhecia era mentirosa e traidora.  Tinha que falar para o seu pai quem era aquela mulher.

- Pai...

- Marcos, eu tenho uma reunião daqui a cinco minutos e podemos conversar depois?

- Claro pai.

Ele viu o pai sair da sala e jurou para si mesmo que contaria o pai tudo que sabia em relação a Iris.