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História Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! - Decima


Escrita por: LeticiadAquario

Capítulo 10 - Decima


Chris, Feanor e Penny viajaram por três dias pela área campestre do continente. A viagem foi bem tranquila, eles passavam as manhãs todas andando e paravam em algum lugar a noite para descansar, comer e dormir. Durante esse tempo, os três se conheceram melhor, principalmente Penny e Chris. O rapaz contou para a fada com mais detalhes sobre sua vida até agora, sobre Teresa e como conheceu Feanor. Os três já haviam se tornado amigos bem próximos. E então, faltava pouco para que chegassem à grande floresta, eles estavam passando pelos últimos campos abertos. Porém, Chris e seus companheiros avistaram um pequeno grupo de cavaleiros montados próximos a uma grande árvore; ao repararem melhor viram que os cavaleiros vestiam armaduras e capas com o símbolo do Reino de Inflayster, assim como seus cavalos. Os viajantes viram logo que havia três corpos pendurados na árvore: um senhor de idade, uma garotinha e uma senhora haviam sido enforcados. Sobrava uma mulher adulta, segurando um bebê, que tentava fugir dos cavaleiros. Todos estavam desmontados, e capturaram a mulher para que ela não fugisse; os homens começaram a espancar a mulher sem parar, e os viajantes olhavam tristes, e irritados, a cena.

- Patrulheiros de Inflayster... – Comentou Feanor, sério.

- Deve ser sobre aquela lei absurda de cultuar o rei deles como deus! – Disse Chris, irritado.

- Que crueldade...o que faremos? – Disse Penny, tristemente.

Os três começaram a escutar a mulher gritando, um dos cavaleiros discutia com ela, e seu bebê não parava de chorar.

- Por favor...tenham piedade! Eu não fiz nada de errado! – Pediu a mulher, ferida e desesperada.

- CALE A BOCA! – Gritou um cavaleiro, chutando o rosto da mulher. – Você cometeu um grave crime! Você se recusou a louvar nosso Rei Deysmon! Estava rezando para as deusas, como esses miseráveis ali!

- M-mas...mas é minha religião! Não é justo matarem por tal razão! Não fiz mal a nenhum de vocês...e nem reclamo do governo do Lorde Deysmon...DEIXE- ME VIVER! – Disse a mulher, chorando e segurando seu filho com força.

- Não quero saber! A lei é clara! – Disse o cavaleiro, pegando uma corda e amarrando no pescoço da mulher. – E me dê este bebê aqui! Já estou com dor de cabeça por culpa dele!

O homem tirou a criança dos braços da mãe com força, ele segurava o bebê, que não parava de chorar, pela ponta do manto que o envolvia. A mulher ficou ainda mais desesperada.

- NÃO! POR FAVOR! DEIXE MEU FILHO EM PAZ! DEVOLVA-ME! – Gritou a mulher, desesperada e tentando recuperar seu filho.

- Pare de reclamar! Mulher tola! Daqui a pouco vocês irão se reencontrar no inferno! – Disse outro cavaleiro, rindo.

- Há há há! Vamos, jogue logo esse bebê no chão! Logo depois vamos levantar a mãe! – Disse o outro cavaleiro, batendo palmas.

- Sim! Farei isso agora! – Disse o cavaleiro cruel, soltando o bebê.

No mesmo instante em que o homem soltou a criança, uma flecha passou pelo cavaleiro em alta velocidade, assustando-o. Ao seguir a direção da flecha com os olhos, viu que ela tinha atingido o pano do bebê, prendendo-o na árvore. Mesmo sem saber o que e como aconteceu, a mulher ficou muito aliviada ao ver seu filho salvo. O cavaleiro ficou muito furioso, ele virou a cabeça para o lado oposto e viu Feanor, distante, e encapuzado com seu arco em mãos.

- QUEM DIABOS É VOCÊ!? – Gritou o cavaleiro, furioso.

Em poucos segundos, os cavalos atrás do homem começaram a ficar agitados. O cavaleiro se virou, no instinto, para saber o que acontecia, e viu que todos os seus companheiros estavam mortos no chão; ele viu Chris, também encapuzado, com sua espada cheia de sangue, bem no meio dos corpos de seus colegas.

- O-O QUE ESTA HAVENDO AQUI!? – Gritou o homem, assustado e confuso.

- Se não quiser morrer também...é melhor deixar a mulher e o bebê em paz! Se não reagir, nós permitiremos que fuja! – Disse Chris, sério, tirando seu capuz e apontando para o cavaleiro.

O homem virou de costas e viu Penny libertando a mulher da corda em seu pescoço, levando-a até seu filho. A fada retirou a flecha de Feanor da árvore e a moça pegou seu bebê nos braços.

- Não se preocupe, esta tudo bem agora. – Disse Penny, se afastando da árvore junto com a mulher.

Na mesma hora Feanor já estava do lado de Chris, bem sério e preparando uma nova flecha. O cavaleiro de Inflayster estava tremendo, apavorado.

- Quem...quem são vocês!? Vão se arrepender por isto! – Disse o cavaleiro, nervoso e começando a correr para o lado oposto aos rapazes.

- Não fuja, seu covarde. – Disse Feanor, atirando duas flechas nas duas pernas do homem, ao mesmo tempo. – Chris, não podemos deixar esse homem livre. Ele é o típico humano que foge e volta para fazer uma bobagem maior.

- Sei...não pretendia deixar ele fugir mesmo! – Disse Chris, se aproximando do cavaleiro no chão.

- N-não! Deixem-me em paz! Por favor! – Pediu o homem, ferido e se arrastando pelo chão.

- Quantas vezes você e os capachos de Deysmon atenderam a estas palavras? Ah sim...nenhuma vez! Por isso, cale sua boca de uma vez! – Disse Chris, golpeando rapidamente o cavaleiro, arrancando-lhe sua cabeça.

A mulher estava impressionada com o que vira. Não só com a habilidade dos três, mas com a atitude que tomaram. Penny devolveu a flecha para o elfo, que tirou seu capuz e ficou aliviado de não ter acontecido uma luta muito complicada. Chris limpava sua espada, e estava bem orgulhoso de ter lidado com os cavaleiros.

- Sua flecha foi na hora perfeita Feanor! Deu certinho para pegar os outros pelas costas! – Disse Chris, contente e dando um tapa nas costas do elfo.

- Obrigado, mas estou impressionado de ver que você consegue agir sutilmente quando quer. – Disse Feanor, sorrindo.

- Há há há! Mas conseguimos! Bom trabalho rapazes! – Disse Penny, voando em volta dos dois, muito feliz.

- Vou libertar esses cavalos agora, eles não têm culpa dos mestres que tinham. – Disse Feanor, olhando para os cavalos, já mais calmos.

- Era o que eu ia dizer! Vamos tirar essas armaduras deles! – Disse Chris, sorrindo. – Ajude aqui Penny!

Depois de libertarem os animais das armaduras e selas, eles fizeram os cavalos partirem para onde queriam.

- Eles agradeceram por isso. – Disse Penny, sorrindo.

- Ah! É verdade, esqueci que você entende os animais! – Disse Chris, surpreso.

- Hum...com licença... – Começou a moça, timidamente.

Os três gelaram na mesma hora, haviam se esquecido completamente da presença da mulher e do bebê que salvaram. Feanor e Penny estavam especialmente nervosos.

- Desculpa! Esta tudo bem com você e com o bebê? – Perguntou Chris, sem graça.

- Sim...graças a vocês! Sou muito grata, de verdade! – Disse a mulher, contente. – Mas...quem são vocês? Por que fizeram isso? Nunca ouvi falar...que um elfo e uma fada ainda andavam por esta terra...

- E-ei! Eles são meus amigos! Não são pessoas ruins! – Disse Chris, nervoso.

- Oh não! Não quis dizer isso! Só estou surpresa...também sou grata a vocês, sendo humanos ou não. – Disse a mulher, constrangida.

- Obrigado... – Disseram Feanor e Penny, ao mesmo tempo e timidamente.

- Há há há! Obrigado por isso moça! Mas...não precisa tanto, nós vimos algo errado e...agimos! Não gostamos do Reino de Inflayster, só isso. – Disse Chris, contente.

- Mas vocês são os únicos que vi fazendo isso. Todos, hoje em dia, mesmo sofrendo esses absurdos...não tem coragem de fazer o que vocês fizeram. Essas pobres pessoas morreram apenas por que se recusaram a trocar de crença...eu e meu filho seriamos os próximos, se não fossem vocês. – Disse a mulher, olhando para os três mortos, tristemente.

- Lamentamos isso...se soubéssemos disso, teríamos vindo mais cedo. – Disse Penny, triste.

- Não, não fiquem tristes por isso! Não havia como saberem... Por favor, digam-me seus nomes! Chamo-me Merida, e este é meu amado filho Benjamin... – Disse Merida, mostrando seu filho sorridente para os três.

- Meu nome é Christopher, venho do Reino de Floriyan! É um prazer conhece-los! – Disse Chris.

- Sou Feanor, e venho da floresta ao sudoeste daqui. Prazer em conhecer. – Disse Feanor, sorrindo.

- Me chamo Penny! Vim do bosque, também a sudoeste daqui! – Disse Penny, animada.

- Nossa...os senhores vieram de longe. – Disse Merida, surpresa.

- É...e vamos para mais longe ainda! – Disse Chris, determinado.

- Ah, aqui. Passe isto em seus machucados, e cubra com algo, logo ficará melhor. – Disse Feanor, entregando algumas ervas para Merida, timidamente.

- Oh...muito obrigada! – Disse Merida, sorrindo.

- Olha aí! Parabéns Feanor! – Disse Chris, batendo palmas para o elfo.

- Chega...e vamos indo, estamos quase na floresta. – Disse Feanor, envergonhado.

- Ah...e-eu...gostaria de pedir-lhes algo! – Disse Merida, nervosa. – Não gostaria de abusar da gentileza de vocês, mas...por favor, ajudem meu vilarejo!

- Como assim? – Perguntou Penny.

- Há alguns dias, alguns cavaleiros de Inflayster tomaram meu pequeno vilarejo...eles disseram que tem passado por todo o continente, averiguando se a nova lei esta sendo cumprida direito. Mas meu lar é muito religioso...poucos de nós aderiram à lei, então, eles decidiram tomar o lugar! Eles estão lá...e todas as noites eles pegam alguns de nós para castigar em público, como forma de dar o exemplo. – Explicou Merida, preocupada. – Ontem, eu e aquelas pessoas tentamos fugir de lá...mas fomos pegos, e decidiram nos eliminar hoje. Por favor...eu peço, não sei mais por quanto tempo vamos aguentar...por isso salvem nosso lar!

- Onde fica sua vila? – Perguntou Chris.

- Fica um pouco a leste daqui...não é muito longe! – Disse Merida, apontando para o leste.

- Seria um pequeno desvio em nosso caminho, teríamos que andar mais um dia até a entrada da floresta. Mas o que você diz Chris? – Disse Feanor, sério.

- Vamos seguir em frente ou ajuda-los? – Insistiu Penny.

- Claro que vamos ajudar! Será só um pequeno desvio mesmo! Recupere suas flechas Feanor, e preparem-se! – Disse Chris, corajosamente. – Não se preocupe Merida, vamos salvar o lar de vocês!

- Obrigada...muito obrigada! – Agradeceu Merida, chorando de felicidade.



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