1. Spirit Fanfics >
  2. Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! >
  3. Undecimo

História Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! - Undecimo


Escrita por: LeticiadAquario

Capítulo 11 - Undecimo


Merida guiou Chris, Feanor e Penny para seu vilarejo. Já estava de tarde, perto de anoitecer, e não levou mais que duas horas de caminhada para chegarem próximos ao lugar. Os quatro se esconderam atrás de algumas rochas, e observaram que o vilarejo era mesmo pequeno, mas que todo ele estava cheio de soldados de Inflayster. Eles ficavam ao redor do lugar, vigiando, e alguns ficavam andando pela vila. Seus cavalos ocupavam todo o estábulo da vila, e era evidente o medo e o desconforto que os aldeões estavam sentindo. O lugar era uma pobre vila comum: muitas casas pequenas, com cercados para animais e plantações, um estábulo, uma taverna bem pobre e, no centro, um poço, de onde tiravam a água.

- São muitos mesmo... – Disse Chris, contando os soldados inimigos.

- E estão por todo o lugar! Como vamos passar? – Disse Penny, impressionada.

- Por meu filho e eu termos sido condenados, eu não posso apenas passar por eles... – Disse Merida, pensativa.

- Isso não será simples. – Concluiu Feanor.

- Ora, é só irmos lá e acabarmos com todos! – Disse Chris.

- Não brinque Chris. São muitos, e esses não são iguais aos soldados de seu reino que enfrentamos. Temos que planejar bem, e com cuidado. – Disse Feanor, suspirando e olhando sério para Chris.

- Ah...s-sim! É claro! Só fiz uma brincadeira... – Disse Chris, sem graça.

- Sei...até parece que fez. – Disse Penny, olhando desconfiada para Chris.

- Tem uma passagem secreta que usamos para escapar, eu creio que eles ainda não saibam de sua existência. Mas acho melhor esperarmos anoitecer, eles ficam bem mais dispersos nesse turno. Será mais fácil de entrar na vila. – Disse Merida, balançando o seu bebê para que dormisse.

- Ótimo, podemos pensar em algum plano até essa hora. – Disse Feanor.

- Isso mesmo! – Disse Chris, determinado.

Chris, Feanor e Penny passaram até parte da noite observando a vila com cuidado e discutindo estratégias. Eles tinham várias ideias, mas estava difícil para eles conseguirem um plano que acabasse com todos os inimigos de uma só vez. Depois de muita conversa, eles conseguiram elaborar dois planos, o inicial e outro para caso de falhas.

- Tomara que o primeiro dê certo, entrar em uma luta direta contra eles, principalmente em um lugar tão pequeno, é arriscado. – Disse Feanor, pensativo.

- Vai dar certo! Não se preocupe Feanor! Nós vamos vencer! – Disse Chris, sorridente. – Penny, contamos com você em boa parte deste plano!

- Podem deixar! Também não vou desapontar em caso de luta! – Disse Penny, corajosamente. – Merida, você escutou toda a nossa ideia, então já sabe o que fazer, certo?

- C-claro! Espero que a ideia dos senhores funcione! – Disse Merida, esperançosa.

Já era de noite, as chamas da vila já estavam acesas, e não havia mais muitos soldados vigiando o lado de fora. A maioria deles estava concentrada no centro da vila, junto de todos os aldeões. Os viajantes e Merida, de repente, começaram a escutar vários berros vindos do vilarejo.

- O que está acontecendo!? – Disse Chris, confuso.

- Começou...está na hora de entrarmos! Sigam-me, por favor! – Disse Merida, séria e começando a andar rapidamente e em silêncio.

Eles se esgueiraram até o lado de trás da taverna, que era o lugar mais alto da vila. No chão, havia um buraco médio, coberto por uma pedra. Chris e Feanor removeram a pedra, e estavam prestes a entrar.

- Esta passagem leva à adega da taverna. Por favor, vistam suas capas. – Sussurrou Merida, apontando para o fundo do buraco.

- Certo. Você e o Benjamin fiquem atrás de nós e de cabeça baixa! – Sussurrou Chris, colocando seu capuz e mergulhando no buraco.

Feanor entrou logo depois, então Merida e seu bebê e por fim Penny. Eles saíram do chão de madeira da adega, a parte de estoque de comida e bebida da taverna. Ao saírem, fecharam a passagem silenciosamente, e Chris não pôde deixar de perceber que o lugar estava bem pobre: quase não havia comida, e havia poucos barris de bebida. Já dentro da vila, os berros que ouviram antes ficaram mais altos, eles também conseguiam ouvir alguns choros.

- Vamos subir por aqui! Conseguiremos nos misturar na multidão, só não ergam a cabeça! – Disse Merida, baixo e andando em direção à escada.

- Chris, me escute: vamos seguir o plano, mas para isso você tem que manter a calma. – Disse Feanor, segurando o braço de Chris.

- Eu sei! Não sou idiota, não farei nenhuma bobagem antes da hora. – Disse Chris, sério e subindo pela escada.

Todos subiram e saíram pela porta da frente da taverna, o lado de fora estava absurdamente lotado. Eles mal conseguiram andar muito logo após saírem da taverna. Os três viajantes, encapuzados, começaram a andar um pouco pela multidão, para saber a origem dos berros e choros. Eles se misturaram entre os aldeões que não notaram suas presenças; todos só olhavam para frente, para o centro do vilarejo. Lá estavam a maioria dos cavaleiros de Inflayster, ao lado de duas grandes bandeiras com o emblema de seu reino, fincadas no chão de grama e terra do lugar. Havia, também, três moradores no chão, de joelhos e de costas para a “plateia”; tinha um homem adulto, uma senhora de idade e um jovem. Todos os três estavam muito feridos, com as costas sangrando; um dos cavaleiros estava chicoteando-os, sem parar.

- Já chega! Nós já entendemos o que fizemos de errado! Agora pare de machuca-los! – Disse um senhor, chorando e apavorado.

- CALADO! Amanhã você será o próximo! Todos aqui têm culpa por terem ousado descumprir as leis do Rei Deysmon! – Disse o cavaleiro, apontando seu chicote para todos os aldeões no local.

- Mas já mataram todos os rebeldes! Por que continuam a fazer isso!? Nós já somos pobres... não temos nem comida suficiente, e todo nosso dinheiro vai para vocês. – Disse uma moça jovem, desesperada.

- No momento em que este continente ficou sob domínio de nosso rei, tudo isso, e todos vocês nos pertencem! Faremos o que tivermos vontade, e quando tivermos vontade! Se não gostarem, podem enrolar uma corda no pescoço de vocês! – Disse outro cavaleiro, rindo.

As pessoas ficavam cada vez mais apavoradas, e o cavaleiro carrasco continuou a machucar as três pessoas que estavam no chão. Chris, Feanor e Penny assistiam a cena com muita tristeza, Merida não conseguia mais olhar, ela tapou os ouvidos de seu bebê. Quanto mais as pessoas gritavam de dor e choravam, mais Chris ficava nervoso, o rapaz já estava tremendo de tanta raiva.

- Aguente firme, não perca a calma. – Sussurrou Feanor, sério e colocando sua mão no ombro do amigo.

- Droga...eu sei! – Sussurrou Chris, furioso.

A tortura pública levou uma hora toda para acabar, depois disso, os cavaleiros de Inflayster deixaram os feridos no chão, no mesmo lugar, e se separaram pela vila. Os entes queridos dos feridos, e alguns que se importavam, se aproximaram dos corpos e viram que estavam vivos ainda. Eles foram levados para suas casas, e a maioria das pessoas voltou para a taverna. Merida e os viajantes também voltaram para o estabelecimento. Todos começaram a beber e comer como se tudo o que tivesse acontecido fosse comum, Chris não pôde deixar de sentir-se indignado. Eles todos se sentaram em uma mesa, e foi só aí que algumas pessoas notaram suas presenças.

- Minhas deusas...é você mesmo Merida!? E o pequeno Ben também! – Disse uma moça, chorando de felicidade. – Pensei que eles tivessem matado vocês!

- Minha amiga! Infelizmente, os outros não tiveram a mesma sorte que eu. Mas eu e meu filho fomos salvos por estas pessoas incríveis! – Disse Merida, abraçando a amiga.

Feanor e Penny não tiraram suas capas e capuz, e Chris estava sem, mas de braços cruzados, e bastante pensativo.

- Nossa! Muito obrigada! Nunca soube de uma atitude nobre assim! Vou trazer uma bebida para vocês! Imagino que a garotinha goste de suco, mas, se não se importa, eu lhe darei leite! – Disse a moça, contente e correndo até o bar.

Logo a mulher voltou com quatro canecas, duas continham cerveja para Feanor e Chris, outras duas tinham leite para Penny e Merida.

- Muito obrigada! – Agradeceu Penny, bebendo logo.

- Não precisava...mas obrigado. – Disse Feanor, bebendo timidamente.

- Obrigado... – Disse Chris, bebendo um pouco.

- E por que raios vieram aqui? Imagino que tenham acompanhado minha amiga e seu filho...mas devem partir logo! – Disse a moça, curiosa e preocupada.

- Viemos libertar este lugar! Vamos acabar com os soldados de Inflyaster que estão aqui. – Respondeu Chris, sério.

Na mesma hora, todos da taverna pararam e olharam surpresos para o rapaz. Logo em seguida, alguns homens começaram a rir sem parar.

- Qual é a graça!? – Disse Chris, irritado.

- Garoto...você não é daqui...então é melhor sair logo, e não meter seu nariz onde não é chamado. – Disse um homem, bêbado e rindo.

- Não enquanto não acabar com eles! Já não estão cansados disso!? Tem gente daqui sendo torturada e morta, e vocês não fazem nada! Por que não lutam!? – Disse Chris, se levantando da cadeira, furioso.

- Há há há! É isso o que acontece com gente como você! Gente idiota, que sonha muito alto...Acorda rapaz! Nosso mundo está dominado por aquele demônio, temos que viver pelas regras dele agora. Ganhar alguns cortes nas costas é lucro, aqueles três de hoje tiveram sorte...ou não. – Disse o bêbado, sério e bebendo mais ainda.

- Você está se ouvindo!? Qual é o problema de vocês!? – Disse Chris, muito irritado.

- Não se meta no que não deve garoto. Não existe mais justiça, honra e nem gentileza hoje em dia; não vale a pena arriscar sua vida por qualquer bobagem. – Disse o bêbado, se levantando da cadeira e cambaleando até o rapaz. – Quem tenta alguma coisa...ou acaba morto ou ferrando com todo o resto!

- Liberdade e amor não são “bobagens”!  Nunca dá para saber se não tentarem! Você deve ter alguém de que goste...o que faria se pegassem essa pessoa!? – Disse Chris, encarando o bêbado, irritado.

- Hum...não lembro se ainda tenho alguém assim, mas se tivesse eu deixava levar. Afinal, a pessoa deve ter feito por merecer e não vale a pena tentar ajudar alguém que está condenado para morrer. – Respondeu o homem.

- DESGRAÇADO! – Gritou Chris, pegando o homem pelo colarinho de sua camisa.

- CHEGA! – Gritou Feanor, puxando Chris, afastando-o do bêbado. – Se chamar mais atenção, tudo vai ser arruinado! Você me prometeu que ficaria calmo!

- Me solta! – Disse Chris, se afastando de Feanor e saindo da taverna.

A taverna voltou a funcionar normalmente de novo, Feanor voltou a se sentar, suspirando de preocupação. Merida e Penny pareciam bem assustadas e preocupadas com Chris.

- Senhor Feanor! Para onde ele vai!? É perigoso! – Disse Merida, preocupada.

- Ele não vai fazer mais nenhuma besteira, mas também não voltará para cá. – Disse Feanor, colocando a mão em seu rosto.

- Olha, podem ir para minha casa! Lá podem se acalmar e esperar até o momento certo. – Disse Merida. – Ela fica bem perto daqui, e é bem pequena...

- Já está ótimo, me desculpe por todo o trabalho...mas agradeço muito. – Disse Feanor, respirando fundo. – Penny, por favor, encontre o Chris e me encontrem na casa da Merida. Eu e ela vamos primeiro.

- Entendido! – Disse Penny, saindo da taverna.

Chris estava andando de cabeça baixa, devagar, pela vila. Ele não se importava com os soldados, e eles não ligavam para ele. Não havia muitos mais na rua, ela estava praticamente deserta. Chris ficou bem afetado e irritado, por que a situação do vilarejo e a atitude das pessoas, lembravam muito seu lar, o Reino de Floriyan. Quando era pequeno ele viu muita crueldade e injustiça, e ao ver isso de novo, em outros lugares, voltou a ter a mesma raiva e indignação. Enquanto andava, o rapaz se lembrava de uma conversa que teve com Teresa, quando os dois ainda eram bem pequenos:

- Não é possível! Que povo miserável! Como eles podem aceitar isso tudo assim!? E esse nosso rei é o maior covarde!

- Irmãozinho...não diga isso! Eu também não gosto disso, mas...

- É por não gostar que deviam lutar! Que droga!

- Talvez, depois de perderem tanto, eles tenham medo de lutar...Irmãozinho, por favor, não fique com raiva dessa gente! Eles perderam a esperança deles...não é culpa e nem covardia deles!

- ...e como fazer para que eles voltem a ter esperança?

- Não sei...acho que alguém tem que mostrar para eles! Se todos virem que a esperança não se foi...acho que todos vão voltar a sorrir de novo!

- Teresa...eu não vou mudar minha opinião fácil, mas, se é assim, eu vou mostrar a esperança para todo esse povo! Assim todos vão sorrir, e poderemos viver bem! Né?

- Sim! O irmãozinho Chris pode fazer isso!

Distraído com suas lembranças, Chris levou um susto quando viu Penny batendo em seu rosto.

- Chris! Acorda! – Disse Penny, batendo no rosto do rapaz sem parar.

- Ai! Penny! Isso doeu! – Disse Chris, nervoso e segurando as mãos da fada. – Espera aí...volte para o chão! Vão te ver voando!

- Estava distraído mesmo hein? Se não notou, não tem ninguém nesse beco! – Disse Penny, voltando ao chão. – Já está mais calmo?

- Estou sim...desculpa pela confusão na taverna. – Disse Chris, respirando fundo.

- Agora sim! Tem que pedir desculpas para o Feanor e a Merida! Vamos, eles estão nos esperando na casa dela! – Disse Penny, sorrindo e guiando Chris.

Chris havia andado bastante, por isso demorou um pouco para que chegassem na pequena casa de Merida. Ao entrarem, viram que ela estava colocando seu filho para dormir no berço, e Feanor estava vistoriando suas flechas, uma por uma, no chão.

- Olha...desculpem pelo que fiz na taverna... – Disse Chris, sem graça.

- Graças às deusas vocês voltaram! – Disse Merida, aliviada.

- Tudo bem, já imaginava que pedir-lhe calma seria bem complicado. – Disse Feanor, sorrindo. – Mas poderia ser bem pior.

- Há há há! Achei que o Chris daria um soco naquele bêbado! – Disse Penny, rindo.

- Tá bom...já chega disso. – Disse Chris, envergonhado.

- Sim, vamos revisar nosso plano, em breve vamos começar. – Disse Feanor, sério.

- Certo: não muito longe da vila, mas fora dela, tem um grande seleiro, que agora é usado pelos cavaleiros de Inflayster como casa. Toda tarde da noite, eles se reúnem lá para beber, e deixam a cidade vazia. – Começou Merida, séria. – Como já lhes disse: lá tem duas grandes janelas abertas, antigamente usadas para ventilar o seleiro, e só uma porta feita de madeira.

- Examinei o solo daqui...e há muitas raízes internas! A grama é boa e o chão de terra e fofo, e com a madeira das portas vai dar certo! – Disse Penny, séria.

- Consegue mesmo trancar todas as portas da cidade, inclusive do seleiro? – Perguntou Chris.

- Com certeza, não vou deixar ninguém sair! – Disse Penny, determinada.

- Isso é muito importante, assim não envolveremos ninguém, e impediremos o pânico. – Disse Feanor. – Merida vai me ajudar com o fogo, eu dei uma rápida olhada no lugar enquanto vinha para cá, e achei a posição perfeita para atirar.

- Certo! Vamos esperar que todos eles morram queimados lá dentro, mas estarei pronto para lidar com quem escapar! – Disse Chris, sério. – Penny, precisa ir agora soltar os cavalos deles, peça para que não façam muito barulho ao fugir.

- E tome cuidado, assim que você voltar, nós vamos agir. – Concluiu Feanor.

- Entendido! Voltarei logo! – Disse Penny, ficando bem pequena e voando para fora da casa.

Penny foi para o estábulo e soltou todos os cavalos de Inflayster, apesar de serem do inimigo, eram todos animais gentis e sem maldade, a fada os convenceu fácil a fugirem em silêncio. Logo após todos os animais partirem, a fada se apressou em voltar. Todos os cidadãos estavam em suas casas, a taverna já não tinha muita gente. Ao chegar na casa de Merida, Chris e Feanor já estavam preparados: Feanor cobriu a ponta de uma de suas flechas com um pano encharcado de óleo, Merida colocou fogo no pano e o elfo logo foi para sua posição; Chris disse para Merida não olhar pela janela de jeito nenhum e saiu logo em seguida, e Penny usou seu poder para selar todas as portas das casas, da taverna e do seleiro, as raízes vindas do chão serviram de travas nas portas. Feanor subiu no topo da chaminé de uma das casas mais distantes, e conseguiu avistar o seleiro, com as janelas brilhando, indicando que os homens estavam acordados. O elfo posicionou sua flecha em chamas em seu arco e atirou em uma das janelas; a flecha passou e entrou no seleiro, e rapidamente o fogo se espalhou por dentro. Os homens começaram a gritar, desesperados, e começaram a bater na porta, para tentar sair. Penny se esforçou muito para manter a porta firme e trancada, mas quatro cavaleiros conseguiram escapar das chamas pelas janelas, eles estavam com parte das armaduras manchadas e estavam um pouco feridos, o restante deles queimou até morrer. Feanor desceu e, junto de Penny, se manteve em posição ao lado de Chris, que aguardava os cavaleiros furiosos.

- Deu certo! – Disse Chris, contente.

- Nem tanto, quatro saíram. – Disse Feanor, preparando outra flecha.

- Mas vamos conseguir! Já é um bom número! – Disse Penny, voando.

- V-vocês...quem são vocês!? – Gritou um dos cavaleiros, com a cara bem queimada, furioso.

- São os responsáveis por isso!? – Disse outro cavaleiro, com sua espada em punho.

- Somos sim! Acabou o domínio de vocês aqui! – Disse Chris, nervoso e preparando sua espada.

- Tem um elfo e uma fada...o que está acontecendo aqui!? – Disse um cavaleiro, confuso e irritado.

- Não importa! Vão pagar caro por isto! Matem-nos! – Disse outro cavaleiro, começando o ataque.

Chris correu e logo começou um embate de espadas com um dos cavaleiros, outros dois decidiram atacar Feanor, que logo disparou uma flecha no olho de um dos cavaleiros, mas mesmo assim eles continuaram a investida; e outro cavaleiro começou a tentar atacar Penny, que desviava dos ataques no ar. Feanor desviava dos golpes de espada dos seus dois oponentes, que eram bons de luta, já vendo que o elfo era melhor a distância, os dois estavam forçando-o a lutar de perto. Mas Feanor também era bom em combate corpo a corpo, e começou a atacar os cavaleiros, um de cada vez.

- Elfo desgraçado! Vai pagar caro por isto! – Disse o cavaleiro ferido, tentando atingir Feanor com sua espada.

- Desculpe, mas essa flecha é minha. – Disse Feanor, desviando e puxando sua flecha do olho do cavaleiro.

Logo em seguida, Feanor usou a flecha que recuperou para atacar a perna esquerda do cavaleiro, fazendo-o cair. O outro inimigo tentou desferir um chute no elfo, mas ele desviou na mesma hora e usou seu arco para se proteger da espada do cavaleiro. Ao mesmo tempo, Chris e o soldado estavam tendo uma luta bem acirrada, ambos eram bons na espada e em habilidades de batalha. Então, Chris trocou sua espada de mão rapidamente e desferiu um soco no inimigo com seu punho direito. O cavaleiro perdeu o equilíbrio e a concentração, e ficou aberto para um golpe fatal de Chris. O rapaz usou sua espada para atacar o abdômen do inimigo, porém, ao fazer isso, recebeu um contra-ataque da espada do soldado em sua perna direita. Chris venceu e, apesar do machucado, logo se dirigiu para um dos oponentes que enfrentava Feanor.

O cavaleiro que lutava com Penny estava muito irritado e impaciente, ele não conseguia acerta-la com sua espada e a fada o atacava com as raízes do chão e também mudava o tamanho para desferir golpes em suas partes baixas. Na luta de Feanor, o inimigo tinha mais força e tamanho e conseguiu empurrar o elfo contra o poço de pedra. O impacto foi forte e desconcentrou Feanor por um momento, e o inimigo aproveitou para desferir um golpe de espada em seu peito. Mas o elfo desviou no último segundo, e deu uma rasteira no soldado, fazendo-o cair de frente e bater a cabeça no poço. Ao se levantar devagar, e tonto, o cavaleiro se virou para encontra o elfo, e o viu apontando uma flecha para sua cabeça. Feanor atirou a queima roupa e matou o soldado. Chris estava lutando contra o soldado ferido que, apesar disso, estava dando trabalho para o rapaz. Em certo momento, o inimigo se jogou em cima de Chris e jogou sua espada longe. O cavaleiro estava prendendo o rapaz no chão, e estava prestes a perfurar o peito do jovem.

- Nem pensar! – Disse Chris, que segurou a espada do inimigo com suas próprias mãos, impedindo-a de atingi-lo.

Chris estava com suas mãos sangrando e sendo feridas pela espada do inimigo, mas ele bravamente empurrou a espada do soldado para o outro lado e chutou o inimigo. O rapaz logo correu para sua espada e, com muita maestria, lançou-a na direção do soldado, que perfurou as costas do soldado, acabando com sua vida. Em certo momento, o último cavaleiro enganou Penny com sua espada, fazendo-a pensar que tentaria corta-la, quando na verdade ele soltou sua arma e pulou com as duas mãos abertas, capturando a pequena fada.

- Há! Peguei você! – Disse o cavaleiro, com suas duas mãos fechadas.

Então, Penny aumentou seu tamanho e se libertou do cavaleiro. Ela usou seu poder para fazer o balde do poço bater na cabeça do homem, deixando-o tonto.

- Homem nojento! Não se faz isso com uma moça! – Disse Penny, irritada.

Penny logo usou sua magia para trazer duas grandes raízes afiadas, elas perfuraram o corpo do homem, levantando-o alto, dando fim a sua vida. Os cidadãos conseguiram ver a batalha através de suas janelas, Penny liberou todas as portas da vila, e os amigos se reuniram perto do poço. Chris logo retirou as duas bandeiras do Reino de Inflayster, e jogou-as no chão.

- Vencemos! – Disse Penny, cansada.

- Sim...se não fosse nosso primeiro plano, poderíamos estar em grandes apuros. – Disse Feanor, passando a mão em sua cabeça.

- Mas deu tudo certo! Está tudo bem agora! – Disse Chris, cansado, mas feliz.

- Não está nada! O que diabos vocês fizeram!? – Disse um aldeão, irritado.

As pessoas da vila começaram a sair de suas casas, e se reuniram em volta de Chris e seus amigos. Todos estavam com olhares de medo e raiva para os viajantes.

- Salvamos vocês! Agora não estão mais a mercê do Reino de Inflayster! – Respondeu Chris, nervoso.

- Seu tolo! Todos estão a mercê daquele reino há muito tempo! Não há como ter liberdade! Vocês só provocaram a ira do demônio! – Disse um senhor, preocupado.

- Graças a vocês, agora vão mandar mais soldados! Por terem desafiado o reino...a guerra pode recomeçar! – Disse uma mulher, irritada.

- M-mas...mas nós só... – Tentou dizer Penny, nervosa.

- E ainda por cima um elfo e uma fada ajudaram nisso! É claro que não podia vir nada de bom dessas aberrações! – Disse um rapaz, furioso.

- Isso mesmo! Devem ser espiões de Inflayster! Deem o fora daqui! Aberrações! – Gritou um homem.

- Errado! Eles não são aberrações e nem espiões de Inflayster! São meus amigos! – Gritou Chris, irritado.

- SAIAM DAQUI! – Gritaram os aldeões, furiosos.

- Vamos embora Chris, logo vai amanhecer, e temos muito para andar. – Disse Feanor, vestindo seu capuz e puxando Chris.

Com vaias, ofensas e sem agradecimentos, Penny, Chris e Feanor saíram do vilarejo. Já estava amanhecendo e eles estavam começando a voltar para o caminho original. Em certo momento, eles pararam para cuidar dos poucos machucados que receberam, mas logo voltaram a andar.

- Não entendo...por que você nunca fica nervoso Feanor!? – Disse Chris, indignado. – Vendo aquela tortura, ouvindo as palavras do bêbado...e todas aquelas ofensas injustas das pessoas!

- Por que eu já vi isso muitas vezes. Já estive em guerras e vi coisas tão terríveis quanto aquilo, eu e Penny fomos obrigados e assistir nosso povo ser difamado, assassinado...e ainda somos tachados de monstros a vida toda. – Disse Feanor, sério. – Depois de muitos anos...eu vi que não vale a pena se revoltar por causa disso.

- Mas isso não é justo... – Disse Chris, triste.

- SENHOR CHRIS! SENHORITA PENNY! SENHOR FEANOR!

Era Merida, que vinha correndo. Os três pararam de andar, surpresos; e Merida se aproximou deles, bem cansada.

- O que está fazendo aqui!? – Disse Chris, surpreso.

- Por favor...perdoem a atitude da minha vila! Eu agradeço muito por eles, e seremos eternamente gratos a vocês! Mas por favor, não fiquem com raiva deles! – Disse Merida, se reverenciando.

- Não faça isso! Levante-se! – Disse Feanor.

- Isso! Não tem para que isso tudo... – Disse Penny, envergonhada.

- Há há há! De nada Merida! Confesso que fiquei irritado...mas graças a você não estou mais! Obrigado por tudo! – Disse Chris, sorrindo.

- Muito obrigada mesmo...por favor, cuidado na viagem de vocês! – Disse Merida, sorrindo.

- Sim! – Disseram os três, se despedindo da moça e seguindo a viagem.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...