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História Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! - Duodecimo


Escrita por: LeticiadAquario

Capítulo 12 - Duodecimo


Foi necessário mais um dia de caminhada para que chegassem até a grande floresta. O lugar não tinha uma entrada propriamente dita, quanto mais avançavam mais árvores viam, e mais o campo ficava para trás, então, quando se deram conta, já estavam dentro da floresta. Ela era bem densa e um pouco fechada, como a floresta de Feanor, mas tinha árvores mais grossas e bem mais altas e a luz do sol conseguia atravessar a copa das árvores, lá ainda era possível ver se era noite ou dia. Apesar do lugar ser vegetalmente belo, a floresta emanava uma energia bem negativa, os três viajantes não se sentiam nada confortáveis ali.

- Não gostei desse lugar... – Comentou Chris, desconfortável.

- Claro, a partir daqui estamos em domínios completos do Reino de Inflayster, muitas das criaturas de lá, e soldados, caminham por aqui. – Disse Feanor. – Por isso temos que ser bem mais cautelosos.

- Mas não era sempre assim! No passado, aqui costumava ser habitado por inúmeras boas criaturas também! Lembro-me de já ter vindo aqui com meus companheiros... – Disse Penny, olhando para as árvores. – Antes as plantas costumavam ter mais vida...

- Maldito Deysmon...ele não consegue ficar sem destruir nada!? – Comentou Chris, irritado.

- Não adianta ficar irritado aqui. Infelizmente, essa floresta cobre boa parte do continente, ou seja, não há como contorna-la. Teremos que passar no meio dela se quisermos prosseguir, vamos tentar ser rápidos. – Explicou Feanor, sério.

- E não há atalhos para atravessa-la mais depressa, então lamento não poder ajudar com meus conhecimentos. As plantas daqui não me dizem nada, e duvido que encontremos algum bom animal por aqui... – Disse Penny, tristemente.

- Não se sinta mal Penny! Vamos conseguir passar, dará tudo certo! Vamos o mais rápido possível, amigos! – Disse Chris, corajosamente.

E assim, os três continuaram a viajar pela densa floresta. Eles andavam o máximo, e o mais rápido possível, de dia e paravam em algum lugar a noite. Por segurança, quando podiam, eles passavam as noites dentro de cavernas, para que o fogo de sua fogueira não chamasse atenção de nada e nem de ninguém, mas quando isso não era possível, o jeito era dormir em cima das árvores. Chris não gostava muito dessa opção, da primeira vez ele demorou para conseguir dormir em um galho. Já havia se passado dois dias, e os viajantes continuavam a andar pela floresta. E ao mesmo tempo, no Reino de Inflayster, Teresa continuava a estudar pergaminhos antigos e se esforçava para aumentar sua magia. Ela estava lendo as runas e cantarolando uma música muito bonita ao mesmo tempo. Deysmon entrou no calabouço, e a mulher parou de cantarolar no mesmo instante.

- Boa tarde Teresa! Vamos ao treino de novo, sim? – Disse Deysmon, contente e se aproximando de Teresa.

- S-sim... – Disse Teresa, tristemente e nervosa.

- Ora, não diga nesse tom! Diga com mais ânimo! Assim: “vou me esforçar mais desta vez!”. – Disse Deysmon, rindo.

Teresa ficou em silêncio por alguns segundos, mas respirou fundo e fez o que o rei demônio mandou.

- V-vou me esforçar mais desta vez! – Repetiu Teresa, desconfortável.

- Agora sim! Vou preparar o círculo mágico, então poderá começar. – Disse Deysmon, se posicionando no meio do lugar.

O demônio começou a recitar um cântico estranho, na língua dos demônios, então, com magia, começou a desenhar um grande círculo mágico no chão. Para completar, ele fez um corte em uma de suas mãos e colocou seu sangue no centro do círculo, formando runas estranhas. Logo depois, ele saiu de perto e Teresa se dirigiu para o meio do círculo. A moça começou a recitar vários cânticos estranhos junto com palavras mágicas, então, seu poder começou a fluir, e o círculo começou a reagir com a magia da garota. Porém, no meio do ritual, o poder de Teresa parou e ela caiu de joelhos, aparentemente com muita dor, e tossindo sangue. Deysmon suspirou, e estava com uma cara bem desapontada.

- Mais uma falha... – Disse Deysmon, decepcionado. – Ao menos devo reconhecer que você está indo mais longe a cada tentativa, está estranhamente mais empenhada...por que será?

- Você...me ameaçou...quer que eu pare de tentar? – Disse Teresa, ofegante.

- Há há há! Certo, certo...não vou discutir isso! Mas quero que se recupere depressa, logo mais eu estarei de volta para mais uma tentativa. – Disse Deysmon, se dirigindo até a saída.

- M-mas...mas não será possível! Meu corpo já está muito fraco, vai ser a terceira vez que vou usar essa magia no mesmo dia! – Disse Teresa, preocupada.

- Não quero saber se é possível ou não, você vai fazer. Se algo acontecer com seu corpo, meus magos darão um jeito de te concertar. – Disse Deysmon, sorrindo para a garota. – Até logo princesinha!

Deysmon saiu do local e trancou a porta, como sempre. Teresa começou a tossir muito sangue, sem parar por alguns segundos. Depois, ao olhar para seu estado, ela começou a ficar bem assustada. Teresa segurou firme seu colar, com suas mãos manchadas, e começou a chorar.

- Irmãozinho...eu...estou tentando ser forte, mas não sei...quanto mais eu conseguirei aguentar... – Disse Teresa, chorando, assustada.

O Rei Deysmon já estava em seu salão do trono, comendo e bebendo, quando um grande ogro vermelho, cheio de cicatrizes, chifres longos e usando uma poderosa armadura, adentrou a sala. Ele se ajoelhou perante Deysmon, que parecia bem contente em ver o ogro.

- Nossa! Senhor Pazugorn! Há quantos anos não o vejo em meu salão do trono! – Disse Deysmon, surpreso. – Que noticias o trazem aqui?

- Sim! Meu Lorde, lamento ter que reaparecer em sua presença para trazer notícias preocupantes. – Disse Pazugorn, de cabeça baixa.

- É? Diga-me, estou curioso. – Disse Deysmon, ansioso.

- A harpia que vossa Majestade enviou pelo continente, com o objetivo de alertar nossos guerreiros, retornou há pouco tempo. – Relatou o ogro, sério. – Ela conseguiu avisar todos com êxito, e chegou aqui viva, porém exausta.

- Há há há! Incrível a velocidade dessas criaturas, mas por que disse que é preocupante? – Disse Deysmon.

- Ela trouxe mais uma informação: disse que encontrou, no vilarejo antes da grande floresta, bem ao sul daqui, nossos cavaleiros mortos. Não só isso, as bandeiras de nosso reino foram retiradas daquele lugar. Ela disse ter encontrado os corpos de nossa patrulha não muito longe de lá também. – Continuou Pazugorn.

Deysmon, pela primeira vez, ficou bem surpreso negativamente com uma notícia. O sorriso típico dele se desfez, e logo sua voz e olhar ficaram muito sérios.

- Qual o estado dos corpos? – Perguntou Deysmon.

- Sim! Ela disse ter visto que a maioria possuía ferimentos de uma lâmina muito afiada, muitos dos nossos humanos estavam com cortes de espada muito bem feitos; outros estavam com perfurações e ferimentos de flechas, todas acertaram em pontos muito vitais, certeiramente; e outro tinha um grande buraco no tórax, um ferimento bruto, não causado por qualquer arma comum. – Relatou Pazugorn, olhando seriamente para seu rei.

- E o que você acha sobre isso? O que pode me dizer sobre quem fez isso? – Disse Deysmon, sério.

- O dono da espada com certeza deve ser um cavaleiro muito habilidoso, a julgar pelo relatório da harpia com relação aos ferimentos e sua precisão, posso dizer que é um jovem. Já não sei dizer bem, apenas com isso, a identidade dos outros dois. Sei que o dono das flechas não costuma errar, deve ser veterano da guerra; o outro não pode ser humano, um golpe como aquele só poderia ter sido feito com mágica. – Disse Pazugorn. – Senhor...eu não queria acreditar na história que a harpia contou antes, mas talvez esse estranho trio seja mesmo um problema. Eles estão avançando para cá.

- “Um humano, um elfo e uma fada” é? Que desagradável, e bem surpreendente. – Disse Deysmon, pensativo. – Ainda não quero tomar uma providência drástica, já que agora todos os nossos contatos estão em alerta. Mande a harpia se apressar em se recuperar, a missão dela agora é ficar de olho nas áreas da grande floresta do sul para cá, qualquer nova informação que tiver, ou que receber de outros, ela deve voltar e relatar para mim. Isto é uma ordem.

- Sim, meu Lorde! – Disse Pazugorn, se retirando do salão.

Então, na grande floresta, um novo dia já estava chegando ao fim. Os três decidiram acampar em uma pequena caverna que encontraram. Depois de comerem um pouco, eles foram dormir. Porém, no meio de noite, Chris começou a ter um pesadelo: ele viu Teresa presa em um grande calabouço, ela estava no chão, sofrendo e doente, tossindo sangue sem parar; Chris viu que sua irmã estava chorando apavorada, e então ele começou a correr para alcança-la, mas quanto mais ele corria, mais distante ela ficava, e quanto mais gritava seu nome, mais sua voz falhava.

- TERESA! – Gritou Chris, acordando assustado.

Chris se levantou muito assustado, com seu braço esticado para frente. O rapaz estava ofegante, e não percebeu que estava chorando. Feanor e Penny também acordaram de susto.

- O que houve Chris? – Perguntou Feanor, preocupado.

- Hã? O que? Estamos sendo atacados? – Disse Penny, coçando seus olhos e bocejando.

- Não foi nada... – Disse Chris, segurando seu colar, assustado.

- Você está chorando...está mesmo bem? – Disse Feanor.

- Ah! – Disse Chris, limpando seu rosto ao perceber as lágrimas. – N-não foi nada mesmo! Desculpe ter acordado vocês...vou respirar um pouco de ar puro.

- Então boa noite! – Disse Penny, caindo no sono outra vez.

Chris foi para o lado de fora da caverna, ele respirou fundo várias vezes e conseguiu se acalmar um pouco. Feanor não conseguiu voltar a dormir, e foi até o rapaz.

- Pelo jeito teve um pesadelo com Teresa... – Disse Feanor, se aproximando de Chris. – Se quiser falar, eu vou ouvir.

- Por que quer saber? – Disse Chris, rispidamente. – Não faz sentido eu te contar meus pesadelos!

- Também não fazia sentido você fazer amizade com um elfo, e mesmo assim você o fez. Sou seu amigo agora, e não vou deixar você escapar de mim. – Disse Feanor, dando um leve tapa na cabeça de Chris. – Eu não sou cego...eu vejo quanto sofrimento você carrega sozinho dentro de seu coração, mas agora que tem a mim e a Penny, você não precisa mais fazer isso.

- Feanor... – Disse Chris, passando a mão em sua cabeça. – Me desculpe, às vezes eu falo coisas idiotas e sem pensar...

- Eu sei, não vou te obrigar a me contar tudo, mas quero que saiba que agora você pode dividir tudo o que tem conosco, isso inclui os sentimentos ruins. – Disse Feanor, sorrindo.

Chris ficou um pouco em silêncio, mas logo decidiu contar para Feanor o sonho que teve.

- Eu vi a Teresa sofrendo...ela parecia estar muito assustada e sentindo muita dor, ela tossia sangue...e estava presa em um grande calabouço. – Disse Chris, preocupado. – Eu tentei correr, mas não a alcançava nunca!

- Entendi...isso é bem preocupante mesmo. – Disse Feanor, tristemente.

- Feanor...eu não sei se isso que vi foi mesmo só um pesadelo ou não...mas preciso muito resgata-la! E logo! – Disse Chris.

- Sim, eu sei. E nós vamos. Mas precisa ficar mais calmo, estamos viajando o mais rápido possível. – Disse Feanor, sério.

- Eu sei! Mas... – Disse Chris, nervoso.

- Sabe...você já disse que havia prometido para Teresa que a salvaria, aposto que ela tem plena fé de que você vai conseguir. Então, nada mais justo do que você também ter fé de que ela vai estar te esperando bem. – Disse Feanor. – É assim que funciona o amor entre irmãos, certo?

Chris ficou muito feliz e surpreso em ver Feanor o apoiando, o rapaz logo limpou o rosto novamente e se recompôs.

- Obrigado Feanor! Nós vamos conseguir! – Disse Chris, corajosamente. – Teresa, por favor, aguente firme...eu vou ter salvar com certeza!

- Isso mesmo...mas vamos dormir; amanhã, quanto mais cedo acordamos, mais vamos andar. – Disse Feanor, sorrindo.

Então, logo cedo na manhã seguinte, os viajantes começaram novamente a andar pela floresta. Então, na metade do dia, eles estavam passando por um local um pouco mais aberto e livre de árvores, mas estavam se sentindo vigiados.

- Ei...estão nos vigiando faz um tempo já...e são mais de um. – Sussurrou Chris, olhando para frente.

- Sim...estão nos seguindo também, acredito que não são humanos, mal consigo ouvir seus passos... – Sussurrou Feanor.

- O-o que são então!? – Sussurrou Penny, assustada e se aproximando das pernas de Chris.

Então, de repente, um grande lobo apareceu na frente dos três. Era um lobo selvagem gigante: era tão grande quanto um urso, e mais agressivo, seus dentes eram muito afiados, assim como suas garras, possuía um ótimo olfato e visão noturna; sempre anda em bando, e é um tipo de criatura do mal, este possuía um pelo de cor marrom madeira, mas outros possuíam cores escuras diferentes. Logo que este surgiu, outros começaram a aparecer em volta dos viajantes, e começaram a cerca-los. Todos eles possuíam uma tatuagem do emblema do Reino de Inflayster.

- Droga...lobos gigantes! – Disse Feanor.

- Caramba! Parecem ursos! – Disse Chris, impressionado.

- E são assustadores! – Disse Penny.

Os lobos começaram a rosnar e uivar, mostrando seus dentes para os três.

- São batedores do Reino de Inflayster...querem nos matar. – Disse Feanor, nervoso.

- Ei, Penny! Não dá para conversar com eles? – Disse Chris.

- Eu tentei! Mas eles não querem me ouvir! Estão falando só em nos matar! – Disse Penny, nervosa.

- Droga! Se é assim, não temos outra escolha... – Disse Chris, colocando sua mão no cabo de sua espada.

- Sim...CORRAM! – Disse Feanor, correndo entre as árvores.

Chris e Penny, bem confusos, começaram a correr atrás de Feanor. E os lobos gigantes começaram a persegui-los.

- Feanor! Dá para fugirmos deles!? – Disse Chris, correndo sem parar.

- Não! Eles são muito rápidos, mas precisávamos tira-los do local aberto! Continuem correndo em zigue e zague pelas árvores! – Disse Feanor, correndo.

- Eu não consigo correr tão rápido quanto vocês! – Disse Penny, exausta e se transformando em pequenina. – Voando é mais rápido!

Os lobos eram muito velozes, mas graças ao plano de Feanor, eles não conseguiam correr tão rápido! Muitos estavam batendo nas árvores, outros caiam sobre outros, ou até tropeçavam. Então, depois de um tempo, Feanor começou a subir em uma grande árvore. Chris o seguiu, e Penny foi voando logo depois.

- Me sigam! Vamos correr pelos galhos! – Disse Feanor, pulando entre um galho e outro das árvores.

- O QUE!? – Disse Chris, tentando se equilibrar em um dos galhos.

- Vai Chris! – Disse Penny, voando atrás do elfo.

- Queria ter nascido com asas... – Comentou Chris, pulando desajeitadamente pelos galhos.

Os monstros os seguiam pelo chão, eles latiam sem parar. Então, os três chegaram a uma árvore que dava de frente para mais uma área aberta. Feanor se abaixou e se escondeu atrás do tronco desta árvore, Penny ficou junto dele, e fizeram um sinal para Chris fazer o mesmo onde ele estava. Os lobos passaram reto, achando que os três estavam fugindo ainda. Eles ficaram aliviados pensando que despistaram as feras.

- Ainda bem...ser um elfo não é para mim... – Disse Chris, aliviado.

- Que susto eu tomei... – Disse Penny, voltando ao normal.

- Ei! Saiam já daí!

Chris, Feanor e Penny levaram um susto, ao olharem para baixo, viram que cinco lobos haviam ficado para trás, eles estavam no pé das duas árvores onde os viajantes estavam escondidos. As feras tentavam, mas não conseguiam escalar.

- Eles falam!? – Disse Chris, assustado.

- Droga...não contava com isso. – Disse Feanor, irritado.

- E-ei! Deixem-nos em paz! – Disse Penny, nervosa.

- Temos ordens para matar qualquer ameaça! E vocês cheiram a ameaça! – Disse um dos lobos.

- Voltem aqui para o chão! Seus covardes! – Disse outro lobo, arranhando o tronco da árvore.

- “Ordens”? – Repetiu Feanor, confuso e pensativo.

- Não fizemos nada para vocês! Saiam daqui seus pulguentos! – Retrucou Chris.

- Entraram no nosso território na verdade, mas como meu irmão disse: temos ordens! – Disse um lobo.

- Venham aqui! Sinto falta de mastigar a carne de um elfo! Não faço isso há anos! – Disse outro lobo, salivando.

- Que nojo! – Disse Penny, fazendo careta.

- Nunca provei uma fada...qual gosto deve ter? – Disse um lobo, tentando escalar a árvore mais uma vez.

- Feanor! Vamos lutar! – Disse Chris, irritado. – Já estou irritado com esses vira-latas gigantes!

- Agora sua prata vai se provar bem útil...vamos! Mas temos que vencer logo, antes do restante voltar! – Disse Feanor, pegando se arco.

- Vamos lá! Não quero virar almoço deles! – Disse Penny, determinada.

Os três pularam das árvores ao mesmo tempo, Penny ficou pequena e logo usou as grandes raízes das árvores para empurrar três dos lobos para a área aberta da floresta. Chris caiu em cima de uma das feras, e logo desembainhou sua espada; o lobo conseguiu empurrar o rapaz para frente, e Feanor, ao cair, acertou uma flecha bem nas costas de outro lobo, o elfo caiu em pé em cima dele, mas logo também foi empurrado. Um dos lobos avançou na direção de Chris, que foi empurrado para o chão. A fera se preparou para mordê-lo, mas Chris usou sua espada para se proteger, colocando-a entre ele e a boca do lobo. Usando sua força, Chris deu um soco em sua própria espada, machucando sua mão, mas empurrando a espada para frente, cortando a mandíbula inferior da fera. Penny estava em ótimo terreno para lutar: as raízes das grandes árvores eram muito poderosas, ela fez com que uma delas prendesse um dos lobos e o apertasse até mata-lo. Feanor usou de sua agilidade para subir nas árvores e escapar das investidas dos lobos, já em um local mais alto, ele desferiu duas flechas em um dos lobos: uma no meio da cabeça e outra no centro do peito. Enquanto Penny estava concentrada em acabar com mais uma fera, outra se aproximou por trás e usou de suas patas pesadas para empurrar a fada no chão. Ela, por causa da dor, voltou ao seu tamanho normal, e a fera estava prestes a devorar a pequena.

- Nem pense nisso! – Disse Chris, que pulou em cima do lobo, e usou seus braços para fechar a boca da fera.

O lobo começou a pular e a se remexer para tirar Chris de suas costas, ele começou a se bater nos troncos das árvores, a fim de machucar o rapaz.

- Feanor! Uma flecha...aqui...seria...ótimo! – Disse Chris, se segurando na fera o mais forte que podia.

- Erga a cabeça dele! Se não vou te acertar! – Disse Feanor, tentando mirar no lobo.

Chris usou toda sua força para forçar a cabeça do lobo a se erguer e, em segundos, Feanor desferiu uma flecha certeira na garganta do animal. Ele caiu no chão, machucado, e Chris logo cortou sua cabeça. O último lobo que sobrou avançou na direção de Chris, e os dois trombaram com o tronco da árvore.

- CHRIS! – Gritaram Feanor e Penny, preocupados.

Ao se aproximarem, viram que Chris tinha colocado sua espada na frente e empalado o lobo. Por muito pouco a fera não mordeu o rosto do rapaz.

- Caramba...essa passou perto. – Disse Chris, empurrando o corpo do lobo com seu pé e recuperando sua espada.

- Não temos tempo a perder! Abram alguns desses lobos! – Disse Feanor, se aproximando de uma das carcaças e começando a abri-la com uma de suas flechas.

- Hã? – Disseram Penny e Chris, confusos.

- Precisamos nos sujar um pouco com o sangue deles, isso vai dificultar a busca dos outros lobos, vai confundir o olfato deles. – Disse Feanor, colocando sua mão dentro do corpo do lobo, e passando o sangue nele mesmo. – Vão logo, eles devem voltar em pouco tempo.

- Tá certo...nem acredito que farei isso. – Disse Chris, abrindo um lobo com sua espada.

- Nem eu... – Disse Penny, fechando os olhos e esperando Chris cortar a carcaça.

Chris, Feanor e Penny se cobriram com o sangue dos lobos gigantes que mataram, e então começaram a voltar por onde vieram, mas pelas árvores.

- Por que de novo por aqui!? – Disse Chris, cansado.

- Vai ser mais difícil para eles rastrearem nossos rastros aqui, mas Penny, quando voltarmos para a terra, pode cobrir nossos rastros com seu poder? – Disse Feanor.

- Sim...pode deixar... – Disse Penny, enojada.

Enquanto eles já estavam retomando seu caminho, o restante dos lobos havia chegado ao local onde os viajantes mataram algumas bestas.

- Desgraçados... – Disse o líder dos lobos.

- Não consigo sentir os cheiros deles...está muito confuso! – Disse outro lobo, tentando farejar.

- Eles são espertos...mas não vão escapar de nós! Encontrem-nos! – Disse o líder, uivando e começando a busca junto de sua alcateia.



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