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História Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! - Viginti octo


Escrita por: LeticiadAquario

Capítulo 28 - Viginti octo


- Os monstros da escuridão que encontramos devem estar apavorados agora! – Disse Chris, rindo.

- É verdade, os drows devem estar debaixo da terra outra vez. – Disse Feanor.

- Confesso que ainda estou bem surpreso pelo fato de termos vencido um beholder... – Disse Eiden. – Ainda mais com a ideia simplória do Chris.

- Mas vencemos! E ainda desfizemos a maldição! – Disse Penny, sorrindo.

- Sim! Mas é capaz do invocador do monstro voltar a aplicar a magia, até vencermos o Reino de Inflayster, não podemos dizer que vencemos de vez. – Disse Clare.

Chris e seus amigos seguiam o caminho, agora claro, já no final da tarde, com o céu alaranjado e com muito frio.

- Quem foi que invocou aquela coisa? – Disse Chris, curioso.

- Um monstro daqueles só poderia ser invocado por um mago negro muito poderoso...Mas algo me diz que foi o Deysmon quem o invocou. – Disse Feanor.

- Também acho. – Concordou Eiden, sério.

- Nós vamos derrota-lo! Com certeza não deixarei esse mundo na escuridão outra vez! – Disse Chris, sério.

- Hum...Não consigo mais botar meus pés no chão, está tudo muito frio. – Disse Penny, voando e encolhida por causa do frio.

- O frio não faz parte da magia, então teremos de aguentar até passar... – Disse Clare, sem graça.

Chris parou de andar de repente, seus amigos ficaram confusos, principalmente ao verem que o rapaz olhava fixamente para frente.

- Ei, sou só eu, ou vocês também estão vendo uma casa adiante? – Disse Chris, apontando para frente. – Eu vejo luz...

- Eu estou vendo. – Disse Feanor, prestando mais atenção.

- Eu também! Acho que tem moradores por lá... – Disse Eiden.

- Sério!? – Disseram as garotas, surpresas.

- Legal! Vamos lá! – Disse Chris, correndo.

- Só foi a escuridão sumir, que ele voltou a ser descuidado... – Disseram os amigos do rapaz.

Depois de avançarem um pouco, os viajantes encontraram uma casa, um grande barraco. Ela estava bem deteriorada, mas não aparentava ser um esconderijo de monstros ou de soldados de Inflayster. Por uma das janelas da casa, os viajantes viram pequenas cabeças. Eram crianças. Elas olhavam atentamente e com muita curiosidade para os viajantes.

- Senhorita Luna! – Chamaram as crianças, saindo de perto da janela.

Então, depois de um tempinho, a porta da frente se abriu e uma mulher adulta, que não aparentava ser muito velha, surgiu. Ela parecia bem cansada e faminta, usava um vestido azul surrado e um pouco sujo; as crianças também aparentavam fome e cansaço. Havia poucas: quatro meninos e duas meninas.

- Quem são vocês? O que fazem aqui? – Perguntou a moça, séria.

- Não somos maus! Somos viajantes! – Disse Chris, tentando aliviar a tensão da moça e das crianças.

A mulher prestou atenção aos viajantes e viu suas armas, então, num ato de surpresa, ela levou suas mãos para o rosto.

- São vocês...Vocês que estão planejando enfrentar o Reino de Inflayster? – Disse a moça, surpresa.

Os viajantes ficaram surpresos.

- Sim, somos nós... – Respondeu Feanor.

- Então foram vocês que trouxeram o céu de volta!? – Disse um garoto, animado.

- Bom...Pode-se dizer que sim. – Disse Clare.

As crianças começaram a rir e a comemorar, e os viajantes ficavam cada vez mais confusos. A senhora convidou os viajantes a entrar em sua residência, lá não era muito arrumado, mas era bem melhor do que o lado de fora, e era bem mais quente.

- Meu nome é Luna. E podem se revelar, sei que muitos de vocês não são humanos. – Disse Luna, sentando-se a mesa.

Os amigos de Chris retiraram suas capas, e sentaram junto a Luna. As crianças não paravam de olhar para os viajantes, sorridentes e curiosas.

- Como sabe sobre nós? – Perguntou Chris.

- Muitos boatos têm passado por esta região...Capangas de Inflayster comentam que precisam cuidar de “ameaças”. – Explicou Luna, séria. – Isso foi se espalhando por todo lugar, até boatos sobre as raças de vocês.

- As notícias voam mesmo... – Comentou Penny, impressionada.

- Confesso que não acreditava muito. Quando ouvi que um grupo planejava enfrentar aquele demônio...Eu pensei que não seria possível. – Disse Luna. – Mas aqui estão vocês...Fico feliz e honrada em vê-los!

- Ah...Tudo bem, não se preocupe! – Disse Chris, sem graça. – Meu nome é Christopher, prazer em conhecê-la.

- Me chamo Feanor, obrigado pela ajuda. – Disse Feanor.

- Sou Penny! Agradeço sua gentileza! – Disse Penny.

- Meu nome é Eiden, é um prazer te conhecer. – Disse Eiden.

- Sou Clare! Obrigado e muito prazer! – Disse Clare.

- Já agradeço pelo que fizeram com o céu. Era um verdadeiro inferno aquela escuridão. Nós mal saiamos daqui... – Disse Luna, com os olhos cheios de lágrimas. – Agora sinto que as coisas vão melhorar!

- O que estão fazendo aqui? – Perguntou Feanor.

- Vivíamos em um vilarejo por esta área. Mas fugimos quando os soldados de Inflayster o destruíram. Eu era mercadora, conhecia caminhos por aqui...Então peguei todas as crianças que pude, e fugi. Encontramos este lugar para viver, mas com tantos monstros por perto...eu não fazia ideia de até quando aguentariamos... – Disse Luna, tristemente.

- Só sobraram vocês? – Disse Clare, olhando tristemente para as crianças.

- Eu e mais doze crianças fugiram...Apenas eu e seis sobraram. O restante morreu pelas mãos de monstros, doenças ou fome...Meu filho foi um deles. – Respondeu Luna.

- Sinto muito... – Disseram todos, tristes.

Um garotinho começou a puxar a roupa de Chris.

- Moço...Me conta algumas aventuras! – Pediu o menino, esperançoso.

- Pode arrumar o meu cabelo moça? – Pediu uma garotinha, olhando para Clare.

- Claro! Quem quer ouvir os meus grandes feitos!? – Disse Chris, fazendo carinho na cabeça do garoto.

As crianças todas ficaram animadas. Clare deu um pouco de comida e água para Luna e para as crianças; Penny e Feanor cuidaram da saúde de alguns com as ervas que tinham. Então, Chris começou a contar todas as suas aventuras até ali para as crianças, tirando as partes tristes, elas ficaram maravilhadas e impressionadas; Clare e Penny começaram a fazer penteados diferentes nas meninas, a fada remendou seus vestidos, inclusive de Luna. As crianças montavam em Eiden, para brincar, o rapaz estava morrendo de vergonha e não sabia bem o que fazer.

- Dragãozinho! – Disse a menininha, agarrada no pescoço de Eiden.

- Hum...Ve-vejam isso! – Disse Eiden, envergonhado.

Eiden usou seu sopro de gelo para congelar parte do chão, fazendo-o ficar duro e escorregadio. As crianças amaram, brincaram e riram bastante. Depois, as crianças começaram a mexer nas orelhas de Feanor, os garotos pediam para que ele ensinasse arco e flecha, e as garotas se apaixonaram pelo elfo.

- Casa comigo? – Pediu uma menina, envergonhada.

- Hã? N-não posso! – Disse Feanor, envergonhado.

- Chris! Me ensina a ser um cavaleiro! – Disse um garoto, corajosamente.

- Claro! Mas não será fácil! – Disse Chris, rindo.

Chris ensinou um garoto, usando gravetos, a lutar com espadas e os ensinamentos de cavaleiro; Feanor ensinou um jovem a atirar pedras com um estilingue improvisado; Eiden brincou com um menino de esconde-esconde; Clare fazia suas magias para uma garotinha, que estava encantada; e Penny brincava com a menina mais nova, usando seu tamanho diminuto. Fazia tempo que os viajantes não se divertiam assim, ter contato com crianças foi uma experiência incrível para eles. Quando os pequenos dormiram, finalmente, Luna estava muito feliz e grata.

- Realmente não sei como agradecer! Aquelas crianças não se divertiam assim há muito tempo...e eu também. – Disse Luna, sorridente. – Muito obrigada! Insisto que passem essa noite aqui.

- Nós também não nos divertíamos assim há tempos... – Disse Chris.

- Muito obrigada! – Disseram Clare e Penny, sorridentes.

- Depois de tudo o que vimos até aqui, ver aquelas crianças e interagir com elas...Só fez com que ficássemos com mais certeza do que fazer. – Disse Feanor.

- Sim...Não quero que o Deysmon tire o futuro delas também. – Disse Eiden. – Elas não ligaram para nossas raças, ou origens...E ainda pareciam ter muita esperança, mesmo nesta situação.

- Para um mundo melhor para elas...Nós vamos mesmo vencer o Deysmon! Não importa o que aconteça! – Disse Chris, determinado. – Eu prometo isso!

Luna chorava de felicidade e esperança. Os viajantes foram dormir junto das crianças, que haviam tido o melhor dia de suas vidas. Os amigos, depois deste dia, ficaram muito mais determinados a seguir em frente e a não desistir, não importando a dificuldade. Com esse pensamento em mente, todos dormiram. 



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