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História Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! - Quinquaginta


Escrita por: LeticiadAquario

Capítulo 50 - Quinquaginta


Desde que os viajantes decidiram cruzar o pântano uma semana se passou, eles agora estavam viajando por uma antiga floresta destruída e deserta. Passaram todos os dias sem nenhum problema grave ou batalha, isso surpreendeu os viajantes, que só ganharam mais cansaço mental. O tempo gelado, sem muita diversidade nas paisagens, neblina no céu e sem nenhuma ação estava criando ainda mais tensão e até nervosismo em Chris e seus amigos. Eles haviam parado para descansar um pouco no meio do caminho, Chris estava cochilando.

- Chris! Acorde! – Disse Clare, chacoalhando Chris gentilmente.

- Hã? O que houve? Estamos sendo atacados!? – Disse Chris, se levantando assustado.

- Não é isso, seu idiota! Olha lá no céu! – Disse Penny, apontando contente para cima, no meio da neblina.

- Eles voltaram, não demorou tanto assim como pensei. – Completou Feanor, sorrindo.

Foi então que Chris entendeu tudo. Era possível ver Nique se aproximando dos viajantes, sua sombra era visível e estava descendo, com Eiden nas costas. Após pousar, o grifo ficou muito contente em rever seus amigos, e Eiden voltou ao chão muito bem, havia ainda alguns curativos visíveis em suas pernas, mas ele já aguentava andar sem dor nenhuma.

- Eiden! Que bom! Como se sente? – Disse Chris, contente.

- Estou bem melhor, a dor diminuiu muito...e meus ferimentos já estão começando a cicatrizar. Deixei alguns curativos nos locais onde dói ainda, e continuo tomando os remédios que Feanor me deu. – Disse Eiden, contente. – Mas consigo pular sem problemas, por exemplo!

- Ainda bem, estávamos com saudades de você! – Disse Penny, abraçando o amigo.

- Houve algum problema enquanto estavam por aí? – Perguntou Feanor, curioso.

- Na verdade não, estava tudo bem calmo e nada aconteceu. – Respondeu Eiden.

- O mesmo com a gente... – Disse Chris, desanimado.

- Eiden, deixe-me ver suas pernas, só quero ter certeza de que está mesmo tudo bem. – Disse Clare.

Eiden se sentou e mostrou suas duas pernas, bem machucadas e com cicatrizes bem feias. Chris não pôde deixar de se sentir triste e desconfortável ao ver isso.

- Bom, estão bem mesmo. Mas não se esforce muito! E continue tomando as ervas medicinais, elas estão ajudando muito na cicatrização. – Disse Clare, aliviada.

- Entendido, senhora. – Disse Eiden.

- Nique, muito obrigado por tudo! E estamos muito felizes em vê-lo de novo, continue bem por aí! – Disse Chris, acariciando o grifo. – Até mais!

Após Nique partir, os viajantes decidiram prosseguir no caminho, agora junto com Eiden novamente. Apesar de estar fora de perigo e bem melhor, o rapaz dragão começou a andar mais devagar e com dificuldade, mancando de vez em quando. Ele, que antes andava na frente, passou a andar mais atrás do grupo. Assim como todos, Clare ficou triste e conversou com Chris se não poderia dizer nada sobre isso para ajudar Eiden; Com a intenção de não machucar mais o orgulho do amigo, Chris decidiu deixar como estava e não falar sobre isso com ele. E assim, um dia se passou sem problema algum também, porém, os viajantes adentraram sem perceber em um local onde a neblina estava ainda mais densa, por toda parte, e possuía uma coloração azul estranha.

- Não sou só eu que estou achando isso estranho, não é? – Disse Chris, desconfortável.

- Será que entramos em um lugar que não devíamos? – Disse Clare, preocupada.

- Mas apenas seguimos reto! É impossível termos desviado do caminho! – Disse Penny, confusa.

- Esse lugar possui um cheiro estranho, que eu nunca senti. Eu não gosto disso... – Disse Eiden, desconfiado.

- Eu também não estou gostando, acho que devemos ficar bem atentos até sairmos desse lugar. – Disse Feanor.

De repente, algo muito estranho aconteceu: os viajantes se separaram do nada, cada um se encontrou sozinho em meio a névoa azul, todos muito confusos e, quando tentaram correr para algum lugar em busca dos amigos, não chegavam a lugar nenhum. O mesmo aconteceu quando tentaram chamar os nomes de cada um.

- Ai minhas deusas... O que será que está acontecendo? Onde estão todos? – Disse Penny, olhando para todos os lados, temerosa.

- Por...que...nos...abandonou...hein, Penny?

Penny gelou no mesmo momento, eram várias vozes dizendo a mesma coisa em um tom muito assustador, e a fada reconhecia cada uma dessas vozes. Ao se virar, para seus olhos irem de encontro com os donos das vozes, ela ficou apavorada com o que viu: ela viu várias fadas, todas gravemente machucadas, sem suas asas, todos tinham olhos vermelhos e estavam no chão, encarando Penny e clamando a mesma frase sem parar.

- Vocês... Vocês são.... – Tentou dizer Penny, apavorada.

Feanor também se encontrava isolado pela neblina azul e, ao ver que não adiantava correr e gritar, decidiu ficar parado em um local só, pensando no que poderia fazer.

- O...que...está...fazendo...., meu...filho...?

Assustado, Feanor se virou rapidamente e pegou seu arco. Ao ver de quem se tratava, o elfo ficou totalmente perplexo: ele viu seu pai, vestido com sua armadura, assim como foi no dia do Massacre das Raças, o corpo estava repleto de ferimentos, com várias flechas e armas cravadas, além de seus olhos vermelhos, o pai de Feanor estava coberto com muito sangue.

- Isso...é impossível! Por que está aqui!? – Disse Feanor, nervoso.

Eiden tentou voar através da neblina, mas algo o impedia de ir mais alto.

- Droga, que tipo de névoa é essa!? – Disse Eiden, voltando ao chão, irritado.

- Eiden...o...que...aconteceu...com...você?

O rapaz dragão caiu no chão, sentado, muito assustado com o que ouviu e com o que estava vendo: era um dragão negro enorme, com olhos vermelhos, totalmente machucado, repleto de cicatrizes e sangue; havia muitas correntes e lanças cravas em seu corpo.

- Ah.... M-mãe... – Tentou dizer Eiden, assustado.

Clare tentou usar sua magia para desfazer a névoa azul, mas nada fazia efeito. A maga tinha quase certeza de que estavam todos presos em um tipo de mágica, mas ela não sabia como desfazer.

- Droga... Preciso sair daqui! Estou preocupada com Chris e os outros... – Disse Clare, nervosa.

- Você...não...tentou...me...salvar...Clare, por que?

A maga reconhecia a voz que repetia a frase desesperadamente e repetidas vezes, ela estava com receio de se virar e encarar. Porém, ela fez mesmo assim, e ficou horrorizada com o que viu: seu irmão Luke, ele estava com o corpo todo cheio de queimaduras, em um estado assustador, com olhos vermelhos e sangue pingando sem parar.

- Oh não... Luke...não pode ser... – Disse Clare, tapando a boca, horrorizada.

Chris não parava de correr, ele deu várias e várias voltas e não foi a lugar algum, mas mesmo assim ele não parava de correr e gritar.

- CLARE! FEANOR! PENNY! EIDEN! ONDE VOCÊS ESTÃO!? – Gritou Chris, o mais alto que podia. – Maldição... O que está acontecendo aqui!? Vou continuar a gritar e correr, pode ser que eu ache uma saída ou um deles!

- Qual o sentido de se esforçar tanto? Não vai conseguir sair daqui mesmo...e muito menos salvará a Teresa.

O rapaz se assustou, mas ficou muito irritado com as palavras que acabara de ouvir. Ao se virar, viu uma pessoa misteriosa, ela era toda de cor negra, como se fosse feita de fumaça, tinha olhos vermelhos e um sorriso largo e muito perturbador no rosto.

- Quem é você!? – Disse Chris, irritado.

- Ora, eu sou você. Não consegue perceber nem isso, outro “eu”?

- Hã!? – Disse Chris, confuso, que só então percebeu semelhança entre o ser misterioso e ele mesmo. Tudo naquele ser lembrava o Chris, era muito igual até a voz era similar.

Todos separados, encarando seres estranhos e memórias dolorosas do passado, os viajantes estavam com medo, nervosos e sem saber direito o que fazer em meio a misteriosa neblina azul. 



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