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História Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! - Quinquaginta quattuor


Escrita por: LeticiadAquario

Capítulo 54 - Quinquaginta quattuor


Antes do incidente com a névoa azul que os viajantes enfrentaram, no Reino de Inflayster, Pazugorn havia terminado de organizar sua tropa especial de ogros, todos estavam bem armados e protegidos, como se estivessem indo para uma guerra; cada ogro estava montado em um lobo gigante, igualmente protegido. O líder contou para seus soldados seu objetivo, e contou sobre o plano de Deysmon para acabar com Chris de uma vez por todas. Todos os ogros estavam empolgados para prosseguir, um em especial: Beniesh. E, é claro, foi ele a quem Pazugorn confiou a tarefa de assassinar Chris, seguindo o plano de seu rei; a escolha foi feita devido ao passado que Beniesh compartilha com Chris, Pazugorn pensou que seria mais “correto” ser ele a matar o rapaz. Então, com todos a postos, Pazugorn seguiu para o calabouço, ao encontro de Teresa, para dar início ao plano do demônio. Teresa ficou assustada e muito surpresa ao ver Pazugorn ali, pois apenas Deysmon e alguns magos a visitavam.

- Você é o líder dos ogros... O que faz aqui? – Disse Teresa, desconfiada.

- Eu voltei a pouco de uma patrulha pelos arredores, segui até o mar a pedido de um de nossos espiões. – Mentiu Pazugorn, se mantendo sério. – Quando cheguei, soube que o nosso leviatã entrou em combate esses dias, destruiu um navio inteiro.

- E o que quer dizer com isso? – Retrucou Teresa, levemente preocupada.

- Por ordens do rei, ninguém lhe revelou o paradeiro de seu irmão e seu grupo, mas já faz um tempo que eles começaram a cruzar o mar até aqui. E nossa harpia viu que o navio atacado pelo leviatã foi o deles. – Continuou o ogro, se aproximando da garota. – Todos morreram, só sobrou poucas partes do navio, que encontrei na praia.

Teresa não sabia o que dizer, ela estava chocada. Pensar que seu irmão havia morrido fez com que ela se abalasse muito; ela deu passos para trás, e não conseguia se equilibrar.

- N-não... É mentira! Eu não acredito em você! – Disse Teresa, nervosa.

- É a verdade. Soube que ele e seus seguidores tentaram uma luta, mas é impossível vencer um leviatã. O companheiro dragão deles tentou salvar a todos, mas logo foi puxado de volta para água...e não voltou mais. – Insistiu Pazugorn. – Foi exatamente o que a harpia me contou, e estou sendo educado o suficiente para vir lhe contar primeiro.

- Por que me contaria primeiro!? O Deysmon já deveria saber! Ele deve ter mandado você mentir para mim! – Disse Teresa, com os olhos marejados.

- Por que, apesar de estar feliz com o fim daqueles invasores, eu sou um guerreiro digno. Sei reconhecer o esforço de alguém. E fiquei muito impressionado ao saber que seu irmão se esforçou tanto e chegou tão perto daqui. – Disse Pazugorn. – Por ser irmã dele, achei que lhe informar primeiro seria justo com ele.

- Ah não... Isso...não é...possível... – Disse Teresa, que caiu no chão de joelhos, sem acreditar. – Meu irmão...morreu...?

- Aconselho que a senhorita supere isso logo, pois tenho certeza de que, em seu coração, sabia que isso iria acontecer. O senhor Deysmon não vai gostar de vê-la triste, isso afetará seu desempenho nos testes. – Disse Pazugorn, friamente.

- Aquele demônio...já tirou tudo de mim! Eu... Foi por minha culpa... O Chris se foi por minha culpa... Eu não quero mais...ser responsável pela morte de ninguém! – Disse Teresa, chorando muito.

- De novo vai pensar em desistir de ajudar o senhor Deysmon? Soube que você já tentou várias loucuras para desviar do seu destino. – Disse Pazugorn, que pegou Teresa pelo pescoço, a erguendo na altura de sua cabeça. – Escute aqui: de que adianta você pensar assim? Este mundo já é do senhor Deysmon, todos já se foram ou sucumbiram a ele. Se perdeu tudo o que lhe era importante...e daí? Ninguém aqui liga para isso, muito menos para você. Faça seu trabalho, e depois pode morrer e encontrar sua família.

Pazugorn jogou Teresa com violência no chão, a garota não parava de chorar, e sentia muita dor. O ogro se agachou e estava prestes a pegar o colar de Teresa, mas a garota o segurou na mesma hora, e Pazugorn ficou levemente irritado.

- O que quer...com o meu colar!? Já me disse e fez o suficiente! – Disse Teresa, tentando se distanciar do ogro.

- Essa porcaria está irritando o meu rei faz tempo, mas ele não pode retirar por si mesmo. Por isso, vou aproveitar e fazer isso por ele! Isso não significa nada, você mesma me disse que já perdeu tudo. – Disse Pazugorn, que segurou firme o braço esquerdo de Teresa, e apertou para que ela soltasse o colar.

Teresa gritou de dor, mas não soltou o colar. Então Pazugorn perdeu a pouca paciência que tinha, e usou uma de suas garras na outra mão para arranhar o pescoço de Teresa, e cortar a corda do colar. O pescoço da garota sangrava, e ela sentia muita dor; Pazugorn pegou o colar e, sem ligar para o estado da garota, se levantou e começou a andar na direção da porta.

- Espera... Devolva...isso...por favor... – Disse Teresa, segurando seu ferimento que não parava de sangrar.

Pazugorn parou, e olhou com muito desprezo para Teresa. Ele foi até a garota, e a levantou com um braço só; depois o ogro a jogou na cama, tirou um lenço sujo de um de seus bolsos e jogou em cima de Teresa.

- Até que se concentre para se curar, use isso para parar o sangramento. – Disse Pazugorn, voltando a andar.

Então, o ogro parou bem no local onde ele havia machucado Teresa. Havia um pouco do sangue da garota no chão, e então ele teve uma ideia: ele pegou o colar da garota, e o sujou um pouco com o sangue no chão. Depois, enrolou o colar em um pano e saiu do calabouço, trancando a porta.

- Não... Chris...me perdoe... – Disse Teresa, em meio ao choro de desespero, várias vezes.

Pazugorn entregou o colar a Beniesh e, então, eles se prepararam para partir.

- VAMOS HOMENS, PARA A LUTA! – Gritou Pazugorn, montado em seu grande lobo cinza, e partindo.

- A LUTA! – Repetiram todos os ogros, seguindo seu líder.

Deysmon observava o esquadrão de Pazugorn partir, depois observou com sua magia o estado de Teresa: machucada e chorando muito.

- Aquele Pazugorn, não sabe ser delicado... – Disse Deysmon, rindo. – Gostei muito desse seu novo olhar, princesinha. É isso que eu quero ver: um olhar de desespero completo. Mal posso esperar para ver esse olhar em você também...Christopher. 



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