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História Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! - Sexaginta primum


Escrita por: LeticiadAquario

Capítulo 61 - Sexaginta primum


- Verdade!? Como!? – Disse Chris, nervoso. – Por acaso eu sou capaz de usar magias sagradas também!?

- Hum... Não duvido que seja, até agora o único poder que despertou foi o de curar seu próprio corpo, mas não é disso que eu estou falando. – Disse Felícia, pensativa. – Você e sua irmã possuem o sangue de Sophia, a deusa mais forte, então acredito...ou melhor, tenho certeza de que vocês dois podem fazer a magia de selamento que elas usaram no passado, usando o “encantamento das deusas”. Com isso, mesmo que não consigam prendê-lo, terão enfraquecido ele o suficiente para que possam mata-lo juntos.

- HÃ!? – Disse Chris, confuso.

- E mais: caso o plano dele já tenha começado quando chegarem lá, e alguns demônios comecem a surgir, com a magia de selamento todos eles poderão ser mandados de volta...caso a Teresa não tenha terminado o ritual, é claro. – Continuou Felícia, séria.

- Espera, espera... – Disse Chris, se levantando. – Como pode ter certeza de que eu e minha irmã podemos fazer isso? Essa não é a magia que minha mãe apagou as anotações? E é aquela que as deusas reais demoraram anos para fazer, não é?

- É essa magia mesmo, e vocês dois já sabem como fazer essa magia, ambos decoraram o “encantamento das deusas” há muito tempo. – Disse Felícia, como se fosse algo óbvio. – E quanto ao tempo, não há com o que se preocupar: pois ambos já acumularam muito poder ao longo do crescimento, tenho certeza que são capazes de realizar a magia corretamente...ao menos uma única vez.

Chris ficou ainda mais confuso com as palavras de Felícia, ele não fazia ideia do que ela queria dizer.

- Eu não estou entendendo... Eu e Teresa nunca aprendemos esse tal encantamento! Mal sabíamos que tínhamos poderes mágicos! – Disse Chris, confuso.

- Mas eu vi Sophia treinar vocês uma vez, e depois vi você e Teresa treinando o encantamento juntos várias vezes... Apesar de que vocês chamavam de uma maneira diferente... – Disse Felícia, pensativa.

Foi aí que Chris e seus amigos entenderam tudo, ele e sua irmã aprenderam a usar a magia de selamento desde que nasceram, pois sua mãe recitava o encantamento para eles sempre e, no futuro, Chris continuava a recitar a mesma coisa para sua irmã.

- É a música... A música que minha mãe cantava é o encantamento! – Disse Chris, incrédulo.

- Oh sim, isso mesmo! Sua mãe ensinou para vocês as palavras da magia em forma de música, assim vocês aprenderam facilmente e não levantavam suspeitas para ninguém. – Disse Felícia, contente.

- Por isso a letra parecia estranha e triste sempre... Mas quando eu canto sozinho ela parece perder o sentido, deve ser o mesmo com a Teresa! – Disse Chris, se lembrando da letra da música.

- Não está esquecendo algo? Por que ao cantar sozinho você acha a música incompleta? – Disse Felícia.

- Ah! Quando cantávamos juntos, haviam partes que a Teresa sabia cantar e eu não, e vice e versa! Por isso faz mais sentido juntos...e por isso nós dois temos que fazer a magia. – Disse Chris, surpreso.

- Então eles têm que cantar para o Deysmon? – Perguntou Penny, surpresa.

- E como a Teresa saberia partes diferentes do encantamento? – Perguntou Eiden, curioso.

- Há há há! Bem... Sophia foi inteligente, ela resolveu dividir o encantamento entre seus dois filhos; ela cantou partes para Chris e outras para Teresa, quando era um bebê. Por serem palavras mágicas, não é surpresa nenhuma que tenham ficado marcadas dentro da cabeça da pequena. – Explicou Felícia, calmamente. – Não é, Clare?

- Sim...ela tem razão, afinal meus pais colocaram lembranças em minha mente quando era só um bebê. – Disse Clare. – Uma magia poderosa dessas então...realmente é capaz de permanecer por muito tempo dentro da mente de alguém.

- E respondendo sua pergunta Penny: o encantamento está em forma de uma música, eles podem recitar dessa maneira, e seria até melhor, pois foi a maneira que aprenderam, então terá mais efeito. Apenas precisam de concentração total para isso. – Disse Felícia.

- Mas e os riscos disso? Teresa vai fazer o feitiço reverso e pode morrer... O que vai acontecer com os dois depois de executarem o encantamento? – Perguntou Feanor, sério.

- Foi exatamente para impedir o pior que Sophia e Clay criaram os colares de seus filhos. – Respondeu Felícia, olhando para Chris. – Ela passou os anos finais de sua vida cobrindo aquelas relíquias de magia e de algo ainda mais forte; mesmo que seu poder tenha diminuído após seu fim, ela ainda permanece nos colares e ajudou os poderes de vocês dois aumentarem.

- E...o que seria esse “algo”? – Perguntou Chris, curioso.

- Ora, o que mais poderia ser? É amor Chris. – Respondeu a druida, rindo baixinho. – É dos sentimentos que a magia se fortalece, e o amor é o sentimento mais poderoso.... Sophia colocou todo o seu sentimento de amor por vocês e seu poder nessas relíquias, pelo bem de vocês e do mundo.

Chris se sentiu muito feliz por dentro ao saber disso, e ele jamais havia sentido tanto orgulho dos seus pais como naquele momento; o rapaz desejou contar logo tudo isso para sua irmã.

- Só mais uma pergunta... – Começou Chris, sério. – Mesmo que eu saiba o encantamento correto...eu nunca usei magia antes, ao menos não conscientemente. Como vou conseguir na hora?

- Eu acabei de falar que magia e sentimento andam juntos, você não precisa ser um mago experiente para fazer isso. Apenas acredite que consegue, tenha concentração e, o mais importante, aposte todos os seus sentimentos nisso. – Disse Felícia. – Mas posso te ajudar um pouco nesses dias que restam, vou dar umas dicas de magia para você. E por falar nisso, vocês todos precisam se preparar, todos aqui vão ajudar vocês, pois estamos todos prontos.

- Prontos para que? – Perguntou Eiden, confuso.

- Para a batalha, é claro. Estamos todos prontos, e estávamos apenas esperando vocês chegarem... Vamos lutar ao lado de vocês, todos nós. – Disse Felícia, séria.

- COMO É!? – Disseram os viajantes, sem acreditar.

- Não notaram que todos aqui estão muito animados com vocês? Ou que se escondem por timidez? – Disse Felícia. – É por que estamos esperando a chance de lutar de novo há muito tempo...e quando começamos a acompanhar a viagem de vocês, todos tivemos certeza que vocês eram as pessoas certas! Desde então nos preparamos e treinamos, e aguardamos a chegada de vocês e de nosso líder.

- Incrível! Então vão todos aqui ajudar!? Que demais! – Disse Chris, contente. – Obrigado mesmo... Sei que não é bem por mim que todos vão, mas mesmo assim agradeço muito! E quem é esse tal líder então?

Todos olharam fixamente para Chris, o rapaz não estava entendendo o motivo, então todos acharam necessário falar em voz alta.

- Você, Chris. – Disseram todos, olhando para Chris.

- EU!? – Disse Chris, surpreso. – Mas por que!? Eu não um bom líder...e muito menos liderei um exército! Sou tão cheio de defeitos...

- Acabou de explicar por que é um bom líder. – Disse Felícia, sorrindo. – Reconhecer suas falhas e fraquezas, perceber a importância da vida de todos ao seu redor, ter a coragem e determinação para lutar e seguir em frente... É assim que um líder verdadeiro é.

- Ninguém é perfeito...e eu já lhe disse que o seguiria sempre, você sempre foi meu líder. – Disse Feanor, sério.

- Concordo, se existe um homem no mundo em que eu acredito que vale a pena seguir...esse homem é você Chris. – Disse Eiden, sorrindo.

- E outra coisa: um líder não é aquele que manda em todos sozinho...um líder de verdade é aquele que luta junto com todos os seus companheiros, sem ordenar! E você é esse líder! – Disse Penny, determinada.

- E eu não preciso explicar nada, não é? – Disse Clare, segurando a mão de Chris.

- Isso mesmo, todos aqui na minha floresta sabem se virar em um combate, todos seguiremos você, mas não precisa se preocupar com ordens. – Disse Felícia. – E nós não somos um exército...não chegamos nem perto do exército de Deysmon. Por isso você terá de convencer e chamar os outros, só então teremos um exército considerável...

- “Outros”!? Tem mais gente!? – Disse Chris, impressionado.

- Claro, todos os que conheceu até aqui. Pelo que pude observar, você os conquistou como amigos e todos até que tem bons números. Se solicitar a ajuda deles, não acredito que vão negar. – Disse Felícia.

- Nem pensar! Todos eles estão finalmente dando um jeito em suas vidas, e já sei que não querem mais lutar! Não posso pedir que venham atrás de mim em uma guerra... – Disse Chris, nervoso.

- Mas você não sabe o que eles acham, e eu aprecio sua bondade e honra..., mas precisamos mesmo de mais pessoal. Assim abriremos uma chance real para você acabar com Deysmon. – Disse Felícia, séria. – Chris, você foi a primeira pessoa em anos que criou coragem para lutar... Você fez a diferença, e não percebeu. Se ninguém seguir em frente e lutar agora...quem fará isso depois?

- Chris... Muitos achavam que não podiam fazer nada, que não podiam lutar..., mas você mostrou o contrário! Você deu esperança para todo mundo! Agora todos têm vontade e coragem para lutar e seguir em frente! – Disse Penny, séria.

- Seria cruel impedir que lutassem, e seria muito egoísta da sua parte dizer que a culpa é sua e que eles estão lutando por você. – Disse Feanor. – Não é apenas você que tem razões para lutar contra aquele demônio... Todos neste continente têm motivos suficientes e próprios para ir lutar.

- Por nossas famílias e amigos que se foram, por todos que estão sofrendo, pelo nosso lar, pelo mundo e pelo futuro... Eu quero lutar por tudo isso! E tenho certeza de que muitos aqui também querem! – Disse Eiden.

Com as palavras de todos, Chris ficou sem saber o que dizer. Ele concordava com todos, mas não conseguia deixar a preocupação de lado.

- Entendi..., mas não vou pedir nada! Não sei como, mas apenas vou falar o que penso para todos! Não quero arrastar ninguém para essa guerra! – Disse Chris, sério.

- Tudo bem, pode deixar que vamos cuidar dessa parte..., mas não hoje. Agora que estamos todos decididos, vocês precisam se preparar e treinar o máximo que puderem nesses dias. – Disse Felícia, respirando fundo. – Ah sim, uma última coisa: é uma boa ideia vocês seis irem até meu amigo Merlin para serem marcados, afinal vocês já estão abençoados, se darão muito bem no campo de batalha.

- Está falando dessa tatuagem? – Perguntou Clare. – Como assim?

- Não só é o símbolo de nosso exército, e Chris já “abençoou” vocês todos com seu poder, inconscientemente é claro. O fato de serem tão próximos e enfrentado tantos perigos juntos, fez com que formassem um laço muito forte...e mágico. – Explicou Felícia. – A marca ajudará esse poder a se canalizar melhor, e vocês perceberão a diferença depois. Parabéns Chris, o fato de saber essas coisas inconscientemente faz de você alguém muito poderoso.

- Hum...obrigado, eu acho. – Disse Chris, sem graça.

- Merlin é um druida também, certo? – Disse Feanor.

- Isso, somos amigos desde sempre. Ele tem um dom especial da clarividência, então não se assustem tanto com ele, pois isso faz dele...hum...bem peculiar. – Disse Felícia, rindo.

- Ele pode ver o futuro!? – Disse Eiden, espantado.

- Perguntem isso a ele. Me acompanhem, por favor. – Disse Felícia, começando a andar, seguida dos viajantes.

Ao seguirem Felícia pela floresta, os viajantes finalmente entenderam a razão de todos os seres místicos ali os encararem de modo diferente, Chris principalmente; mesmo sabendo de tudo, o rapaz não pôde deixar seu nervosismo de lado com os olhares de expectativa dos seres da floresta. Após um tempo de caminhada, eles chegaram na frente de um tronco grande e coberto por musgo: havia um buraco grande no centro, que seria a entrada e um tipo de cortina de cipós na frente.

- Merlin está lá dentro, podem entrar. Ele vai instruí-los em mais algumas coisas, não se preocupem. Agora preciso me separar de vocês, com licença. – Disse Felícia, que desapareceu logo em seguida.

Após isso, os viajantes olharam todos uns para os outros, e soltaram um longo suspiro.

- Caramba... Nunca fiquei sabendo de tantas coisas ao mesmo tempo antes. – Disse Feanor.

- Concordo, ainda tenho tanta coisa para pensar...minha cabeça dói até. – Disse Chris.

- Podemos refletir e conversar mais tarde. – Disse Clare, tentando aliviar o clima de cansaço de todos.

- Precisaríamos de um dia todo para absorver isso tudo, mas não temos todo o tempo do mundo mais. – Disse Eiden.

- É! Agora precisamos encarar tudo de frente! Juntos! – Disse Penny, corajosamente.

- Isso aí! – Disse Chris, determinado.

- TERMINARAM O DISCURSO MOTIVADOR? ENTREM LOGO! ESTOU CANSADO DE FICAR PARADO DE PÉ EM FRENTE À ENTRADA! – Gritou uma voz de dentro do tronco.

Assustados e envergonhados, os viajantes obedeceram a voz e adentraram no lugar. Todos ficaram espantados ao notarem que, por dentro, o tronco parecia uma verdadeira biblioteca: havia prateleiras, livros, pergaminhos, penas e tinta, além de bolas de cristal, objetos estranhos de laboratório que os viajantes não souberam identificar e, acima de tudo, muita bagunça.

- Sejam muito bem-vindos! Não reparem na bagunça, eu me sinto mais à vontade assim! É uma honra e um prazer conhece-los finalmente! Meu nome é Merlin, e sou um druida, como já devem saber. – Disse Merlin, que apertou a mão de todos os viajantes, animadamente, mas ficou com medo de encostar em Nique. – Sei que se eu o tocar sem permissão, ele vai gritar e eu vou cair no chão. Então prefiro ficar longe do grifo por enquanto!

- Você ia fazer isso mesmo Nique? – Perguntou Chris, surpreso.

Nique abaixou a cabeça na mesma hora e soltou um gemido pequeno, o que parecia significar que Merlin tinha acertado. Merlin, o grande druida da Europa, e que mais no futuro e no presente se tornaria muito famoso e lendário também pelos seus feitos, mas isso é outra história; o druida tinha uma aparência adulta e um pouco velha, da mesma maneira que Felícia, mas ele possuía um cabelo e barba compridos, ambos de cor marrom claro, que parecia desbotar; ele usava óculos de lente redonda e roupas simples, uma túnica azul escuro com detalhes em verde e um chapéu pontudo de mesma cor, mas sem detalhes.

- Ele vê o futuro mesmo! – Disse Penny, incrédula.

- Não é bem assim, minha cara! De vez em quando eu tenho umas visões proféticas, não consigo ver tudo em detalhes, e nem muita coisa, e quase tudo o que vejo é confuso para mim. – Explicou Merlin, mexendo em sua comprida barba. – Apenas quando eu quero descobrir algo futuro, eu forço minha magia de clarividência a aparecer propositalmente enquanto durmo...aí eu consigo ver com mais clareza, mas não faço muito isso! Há há há!

- Nossa... É uma honra enorme estar na sua presença senhor! Eu conheci dois druidas em tão pouco tempo, nossa! – Disse Clare, animada. – Eu...eu poderia-

- Claro que pode aprender umas coisas comigo! Minha casa está a sua disposição! Afinal, temos poucos dias para nos preparar para a batalha final! – Interrompeu Merlin, rindo.

- É isso mesmo! Muito obrigada! – Disse Clare, surpresa e impressionada!

- Uau... – Disseram os outros viajantes, espantados.

- Oh sim, o dragão também deve aprender comigo! Eu sei que você vai aprender coisas de que irá gostar muito! Há há há! – Completou Merlin.

- Obrigado, se é o que diz... – Disse Eiden, sem graça.

- O senhor então está sabendo de absolutamente tudo? – Perguntou Feanor, curioso.

- Sim, mas confesso que dessa vez foi por que eu espionei a conversa entre vocês e a Felícia! – Respondeu o druida, rindo. – Oh, mas se está se referindo a viagem de vocês, então eu acompanhei tudo como os outros! Fiquei muito empolgado e contente com tudo o que vi! Obrigado por tudo o que fizeram até agora!

- Ah...de nada, não precisa agradecer... – Disse Chris, timidamente.

Merlin, então, começou a olhar fixamente para Chris, e o rapaz ficou bem confuso e incomodado com isso.

- A forma do seu rosto é igualzinha ao de Sophia...o nariz principalmente! – Disse Merlin, sorrindo. – Você parece bastante com ela, não só na aparência.

Chris ficou vermelho de tanta vergonha, ele não conseguiu falar nada e apenas abaixou a cabeça.

- Há há há! Até a timidez é igual! E por falar nisso, você me lembrou um jovem que vi nas minhas visões...não sei como e nem a razão, mas eu vou ensinar o rapaz misterioso a ser rei! – Disse Merlin, animado.

- Que demais! – Disse Penny, animada. – Sabe o nome?

- Hum...não! – Respondeu o druida, rindo. – Mas sei que uma espada misteriosa e uma pedra estarão envolvidos com ele! Ah bem, esqueçam minhas visões! Vocês não têm tempo a perder! Vou marca-los agora, venham comigo!

- Esse cara é bem estranho... – Disse Chris, olhando o desengonçado Merlin andar até uma mesa no fundo do lugar.

Quando todos se aproximaram da mesa onde o druida estava, Merlin pegou um carimbo médio de madeira, não havia nenhuma marca nele e os viajantes estranharam.

- É um carimbo só? – Disse Penny, curiosa.

- Não vai usar cera quente né? – Disse Chris, desconfiado.

- Quem acham que sou!? Claro que não! Vou usar minha magia neste carimbo! – Disse Merlin, que ficou chateado. – Enfim, quem será o primeiro?

- Hum...eu vou. – Disse Chris, ficando na frente de seus amigos.

- Como esperado! Vai querer no peito esquerdo, bem em cima de sua cicatriz de cruz...certo? – Disse Merlin, se aproximando do rapaz.

- Uhum.... – Disse Chris, ainda impressionado com o poder de Merlin.

Depois que Chris tirou a camisa, Merlin encostou seu carimbo bem no meio da cicatriz cruzada, no peito do rapaz, e então o druida deu cinco toques rápidos no topo do cabo do objeto e o retirou; Chris ficou surpreso de ver que a marca estava no lugar exato em que o carimbo foi posicionado e se sentiu feliz de ter o símbolo que sua mãe criou marcado em seu corpo. Em seguida Feanor se aproximou de Merlin, e pediu para que colocasse a marca nas costas de sua mão esquerda; depois Penny foi marcada em sua panturrilha direita, Eiden recebeu o símbolo no lado direito de seu pescoço, Clare pediu para que a marca fosse posta em seu braço esquerdo e, por fim, Nique recebeu o símbolo bem no centro de seu peito.

- Pronto! Agora todos vocês fazem parte de nossa família! – Disse Merlin, sorrindo.

- Família? – Repetiu Chris, confuso.

- Sim, Sophia criou esta marca em meio à guerra, mas todos que estavam lá consideravam isso como o brasão da nossa família... Nunca fomos um exército, apenas amigos e parentes lutando para defender nosso lar. – Disse Merlin, pensativo.

Chris esboçou um sorriso sem querer ao ouvir as palavras de Merlin, isso o tranquilizou um pouco depois de ter ouvido tantas revelações de Felícia.

- Mas bem, agora vocês devem ir ver os anões! Eles estão aguardando vocês! – Disse Merlin, batendo palmas. – Precisam tratar com eles o assunto de suas armas e armaduras!

- Anões! Que legal! Então eles são ferreiros mesmo! – Disse Chris, empolgado.

- Mas-

- Vocês que não usam armas normalmente devem ir mesmo assim! Vão gostar, confiem em mim! – Interrompeu Merlin, sabendo o que Penny, Eiden e Clare queriam dizer. – Isso vale para o grifo também!

- E onde eles estão? – Perguntou Feanor.

- Saindo daqui, sigam à direita e em algum momento irão cair na caverna deles! – Disse Merlin, que começou a empurrar os viajantes para fora de casa.

- Não seria melhor nos dizer onde é a entrada da caverna!? – Disse Eiden, sendo arrastado para fora.

- Claro que não! Eu esqueci onde é a entrada e, no mais, vocês não têm tempo a perder! É mais fácil e divertido caírem lá! – Disse Merlin, rindo e voltando para dentro de seu lar.

- Ele é maluco! – Disseram os viajantes, surpresos. 



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