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História Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! - Sexaginta quattuor


Escrita por: LeticiadAquario

Capítulo 64 - Sexaginta quattuor


Do mesmo jeito que no dia anterior, os viajantes acordaram cedo e foram para os mesmos lugares: Chris continuou treinando seu poder de cura com Felícia, Penny estava perto de terminar as roupas de todos, Clare e Eiden continuavam o treinamento e estudo de magia e Feanor ficou nas cavernas, auxiliando Anvil. No final da manhã, Anvil mandou avisar a todos os viajantes que as armas estavam prontas; logo todos foram até lá, incluindo Merlin.

- Terminamos! Depois de trabalharmos tanto sem descanso...elas estão todas prontas! – Disse Anvil, orgulhoso e cansado.

- Nossa, que lindos! Eu adorei! E não pesa nada, muito menos machuca! – Disse Penny, já colocando seus dois braceletes.

- Muito obrigado pelo arco, pelas flechas e pelo compartimento... Está tudo muito bonito e leve, não sinto que me atrapalham. – Disse Feanor, segurando seu novo arco e vestindo a guarda das flechas, que apesar de ser de metal e madeira, pesava menos que o arco.

- Que lindo... Está maravilhoso! Muito obrigada pelo cajado! – Disse Clare, que segurava um cajado comprido da sua altura, com vários detalhes na madeira e muito bem acabado.

- Isso é bem confortável, e não me atrapalha em nada... Gostei muito, obrigado. – Disse Eiden, que estava com suas meia luvas e socou o ar algumas vezes, para testar seu movimento.

- Caramba... Está igualzinha! E inteira! – Disse Chris, pegando sua espada de volta, nova em folha. – Ou melhor...eu sinto ela bem mais leve e afiada, e comprida também...

- Há há há! Isso mesmo, deu trabalho, mas conseguimos trazer sua espada de volta e melhor do que nunca! Acrescentei um detalhe para você no cabo dela: coloquei o brasão de seu reino em um lado e o nosso emblema do outro. – Disse Anvil, apontando para o cabo da espada de Chris.

- Está ótima... Muito obrigado! De verdade! – Disse Chris, muito feliz.

Por fim, Anvil colocou os dois braceletes nas duas patas dianteiras de Nique, as lâminas não chegavam a tocar o corpo do grifo, o que evitava que se machucasse. Nique pulou um pouco e fingiu atacar, para testar sua nova arma.

- O que achou? – Perguntou Chris, se aproximando de Nique. – Eu achei muito legal!

Nique soltou um grito alegre e começou a se esfregar carinhosamente em Anvil, que ficou bem assustado e tímido.

- Fico realmente feliz em ver que gostaram... Só preciso terminar as armaduras de vocês agora! – Disse Anvil, se afastando do grifo.

- Agora eu vou cuidar de finalizar as armas de vocês com minhas runas! Até o fim da tarde eu entrego para vocês! – Disse Merlin, que pediu para os viajantes darem suas armas para alguns anões carregarem até sua casa. – Ah sim, Felícia quer falar com vocês no lugar de sempre!

Depois de saírem da caverna, os viajantes seguiram juntos para o lugar onde encontraram Felícia pela primeira vez.

- Gostaram de suas novas armas? – Perguntou Felícia, gentilmente.

- Demais! – Disseram todos juntos.

- Há há há! Que bom, agora preciso dizer algo importante: lembram que eu falei que em uma noite e em um dia vocês poderiam chegar ao Reino de Inflayster, se estivessem montados? – Disse Felícia.

- Sim, não temos nenhuma montaria por aqui? – Perguntou Penny, preocupada.

- Na verdade, temos ótimas montarias. – Disse Felícia, que seguiu para uma parte secreta da floresta e mostrou aos viajantes um grupo grande de cavalos selvagens.

- Não acredito! – Disse Chris, espantado. – Todos esses são cavalos selvagens!? Vão ser nossas montarias!?

- Sim, podem escolher os que quiserem, pois eles lutarão ao lado de vocês. – Disse Felícia, sorridente.

- Tem o suficiente para todos aqui? – Perguntou Clare, curiosa.

- Sim, alguns de nós terão de dividir o cavalo, mas muitos aqui não ligam ou não necessitam de uma montaria. – Explicou Felícia. – Todos são bem dóceis, podem escolher os de vocês....menos você Chris.

 

- Hã!? Por que? – Disse Chris, desapontado.

- Você já tem uma montaria, e uma das melhores. – Disse Felícia, sorrindo e olhando para Nique.

Ao entender a situação, Nique ficou bem contente e Chris abraçou a cabeça do grifo.

- Entendi! Vamos lutar juntos também, meu amigo! – Disse Chris, contente.

Então, os outros viajantes começaram a andar pelo lugar, afim de escolher suas montarias.

- Meu nome é Feanor, você é uma égua bem bonita e forte... Espero que possamos trabalhar bem juntos. – Disse Feanor, que escolheu uma égua de cor branca, após acariciar o animal com cuidado, ela ficou calma e próxima do elfo.

Por ser um dragão, muitos cavalos saíram de perto de Eiden enquanto ele procurava uma montaria; quando já achava que não conseguiria nenhum para ele, Eiden percebeu um cavalo jovem, marrom claro, deitado bem atrás dele.

- Você não parece ligar para mim... Isso é bom, quero ser seu amigo. Me chamo Eiden, e gostaria que você me ajudasse. – Disse Eiden, que se agachou perto do animal e começou a fazer carinho em suas costas.

Penny estava com medo de se aproximar dos cavalos, a fada, ao tentar tocar em um deles, se assustou ao ver o animal relinchar. Penny saiu voando e abraçou Feanor.

- Eu acho que vou de carona com você... – Disse Penny, assustada. – Cavalos nunca foram meus animais favoritos!

- Não conversava bem com eles? – Disse Feanor, confuso.

- Conversar sim..., mas eles sabem quando queremos montar! E assustam de propósito, eles dão medo quando são selvagens assim! – Disse Penny.

Clare estava observando um cavalo fixamente, de cor marrom claro e branco, mas estava com receio de chegar perto.

- Gostou daquele? – Perguntou Chris, aparecendo ao lado de Clare.

- Sim... – Disse Clare, que ficou levemente assustada.

- E por que não vai lá? Tenho certeza que ele é legal. – Disse Chris.

- Nunca montei antes, e nunca encostei em um cavalo... – Disse Clare, envergonhada.

- Ah sim! Entendi, mas não se preocupe! Vem cá! – Disse Chris, pegando na mão de Clare e levando-a até o cavalo.

- E-espera! Chris! – Disse Clare, nervosa.

- Não fique com medo, os cavalos são espertos e não vão confiar em alguém que tenha medo em cima deles. – Disse Chris. – Seja gentil, converse com ele e mostre confiança! Vai lá!

Já na frente do cavalo, Clare se aproximou devagar e começou a falar.

- Hum... Meu nome é Clare, desculpe se pareço nervosa, é que nunca fiquei amiga de um cavalo antes... – Disse Clare, que olhou para trás, onde Chris estava, nervosa, e viu o rapaz fazer um sinal de positivo. – Eu...eu quero ser sua amiga! Vou fazer de tudo para montar bem em você, e eu tenho certeza de que vamos nos dar muito bem! Conto com sua ajuda! Por favor!

Ao dizer tudo isso, Clare fechou os olhos de nervoso e, para sua surpresa, o cavalo se aproximou e cutucou a cabeça da moça com seu focinho.

- Olha só! Gostou de você, eu sabia! Agora faça carinho nele! – Disse Chris, contente.

Clare começou a acariciar devagar o cavalo e, ao ver que o animal estava gostando, a maga ficou bem contente e aliviada.

- Há há há! Obrigada Chris! – Disse Clare, muito contente.

- Fico feliz que suas montarias tenham gostado de vocês, agora devem leva-los para que se acostumem com vocês. – Disse Felícia.

- Sim, muito obrigado. – Disseram os viajantes, satisfeitos.

No restante da tarde, Penny e as fadas terminaram todas as roupas e entregaram para os anões, Feanor ficou treinando com seus companheiros elfos, Eiden e Clare estudaram e treinaram sozinhos e Chris continuou seu treinamento, ainda sem nenhum progresso. E ao início da noite, Merlin convocou os viajantes para sua casa.

- Pronto! Todas as armas de vocês estão com as runas mágicas! – Disse Merlin, contente.

- O que elas fazem? – Perguntou Penny, curiosa.

- Ora, vão lá fora e experimentem! – Disse o druida, acompanhando os viajantes para o lado de fora de sua casa. – Usem aqueles bonecos de treino que eu peguei com os anões! Feanor, você primeiro, tente atirar uma flecha!

- Mas minhas flechas estão todas na sua mão... – Disse Feanor, que estava com seu compartimento de flechas vazio e preso em suas costas já.

- Atire mesmo assim! – Insistiu o druida, animado. – Finja que as flechas estão aí dentro!

Mesmo estranhando, Feanor obedeceu e esticou sua mão para trás, como se fosse pegar uma flecha; ao fazer isso, o elfo se surpreendeu ao ver que realmente pegou uma, ela era transparente e verde, mas igual a uma flecha de verdade. Logo Feanor posicionou a flecha misteriosa em seu arco e atirou: como resultado, o boneco que ele atingiu ficou totalmente destruído.

- LEGAL! – Disse Chris, impressionado.

- Que poder! – Disse Eiden, espantado.

- O que foi isso? – Perguntou Feanor, confuso.

- Há há há! Flechas mágicas! Coloquei uma runa em seu compartimento de flechas que é ativada quando elas acabam! Você pode continuar pegando as flechas que, no lugar das verdadeiras, serão mágicas! Isso nunca vai acabar! – Explicou Merlin.

- Perfeito! Muito obrigado! – Disse Feanor, impressionado.

- Vou tentar agora! – Disse Eiden, se posicionando na frente de outro boneco de treino.

- Ao invés de socar com os punhos, experimente atacar com as mãos abertas! Como se suas garras de dragão estivessem aí! – Instruiu Merlin.

Obedecendo o druida, Eiden desferiu um golpe no boneco, como se estivesse com sua pata draconiana, e cinco garras de gelo surgiram nas mãos de Eiden: como resultado, o boneco ficou dilacerado.

- Eu nem me concentrei... – Disse Eiden, impressionado.

- Exato! A runa que coloquei em suas luvas é ativada quando você ataca com as mãos abertas, como uma pata de dragão! Sua magia de gelo vai ser ativada sozinha e criará garras de gelo! – Explicou Merlin. – Ah sim, isso não vai se quebrar quando virar um dragão, a runa funcionará do mesmo jeito!

- Incrível! – Disse Penny, impressionada.

- Muito obrigado! – Agradeceu Eiden.

- Minha vez! – Disse Clare, que se aproximou de outro boneco e apontou seu cajado para ele.

Clare não precisou falar palavra nenhuma, no mesmo momento em que apontou seu cajado para o boneco, um relâmpago poderoso foi atirado e acabou com o alvo.

- Nossa! Não precisei usar nenhum encantamento, apenas pensei! – Disse Clare, contente.

- Isso mesmo, as runas que entalhei aí servem de amplificação para seu poder. Seus escudos ficarão mais fortes também, e não precisará mais proferir palavras mágicas para magias simples! – Disse Merlin, satisfeito. – Vá testar a sua, Penny!

Penny avançou na direção de um boneco e começou a usar sua magia normalmente, planejando evocar raízes e atacar. Mas os pulsos da fada brilharam e toda a natureza ao seu redor começou a mudar: o chão abaixo do boneco que ela queria atingir começou a se partir e sugou o boneco para debaixo da terra.

- Minhas deusas! – Disse Penny, chocada.

- Há há há! Agora você tem mais alcance e precisão ao usar sua magia natural, graças às runas nos dois braceletes! – Disse Merlin, contente. – Os de Nique dão mais força de impacto quando for atacar um inimigo, a runa será mais efetiva se fizer ataques aéreos.

- Que legal! Você conseguiu uma habilidade ótima! – Disse Clare, acariciando o bico do grifo.

- Certo, agora eu vou! – Disse Chris, empolgado.

- Não vai dar para mostrar a sua, pois coloquei uma runa de defesa contra ataques mágicos e fortes, isso você vai testar na batalha. – Disse Merlin, sério. – Além disso, acrescentei uma runa antiga que vai poder ampliar seu poder divino enquanto luta, as próprias deusas criaram isso.

- Sério? Por que não usaram isso antes então? – Perguntou Chris, confuso.

- Por que ela não funciona com ninguém, apenas com as deusas, que eram os seres de poder divino. Mas você está aqui agora, e eu sei que vai funcionar! – Disse Merlin, sorrindo. – Bom, fico satisfeito em ver que o meu trabalho deu certo..., mas agora vocês devem dormir! Amanhã podem treinar mais com suas armas novas!

- Obrigado! – Disseram os viajantes, contentes.

E mais um dia se encerrou, agora com todas as armas e armaduras prontas praticamente. A hora da luta final se aproximava, faltando apenas dois dias. 



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