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História Promessa entre irmãos: uma lenda medieval! - Septuaginta septem


Escrita por: LeticiadAquario

Notas do Autor


A música do Chris e da Teresa é uma já existente, só que eu mesma traduzi para o português com algumas alterações para a história. A verdadeira música é em japonês, dos Vocaloid Rin e Len, para quem quiser escutar e ver o vídeo da música, esse é o nome: Rin & Len - Requiem of the Spinning World ~Synchronicity. Eu escolhi essa música por gostar bastante e por achar que a letra se encaixava, escutar a música enquanto lê esse capítulo é uma boa ideia. ^^

Capítulo 77 - Septuaginta septem


- Teresa... Isso ao seu redor...é magia!? – Disse Chris, surpreso ao ver sua irmã ao seu lado.

- Sim... Fiz o que pediu: juntei o máximo de magia que pude... A lua me ajudou nisso. – Respondeu Teresa, sorrindo para o irmão. – Agora...o que você tem em mente Chris?

- Hunf, a sua ação de pegar o poder da lua para você, aumentando os seus próprios poderes, foi bem esperta... Mas é inútil contra mim! Vocês possuem apenas um pouco da magia que as deusas possuíam, fora isso são apenas humanos! – Disse Deysmon, encarando os dois irmãos. – Nem mesmo se juntarem os seus poderes iriam me vencer... Além do mais, ambos estão no limite!

- Vamos cantar. – Respondeu Chris, sem tirar os olhos de Deysmon.

- Perdão!? – Disse Teresa, confusa.

- Aquela música que a mamãe nos ensinou... A que cantávamos juntos quando éramos crianças. Vamos canta-la agora! – Disse Chris, segurando firmemente a mão de Teresa.

- Mas...o que magia tem a ver com isso? Além disso, precisamos dar um jeito de-

- É só confiar em mim... Enquanto cantar, você deve entender... – Interrompeu Chris, sorrindo para a irmã.

Teresa havia passado anos esperando e confiando em seu irmão, e até ali ele nunca a decepcionou; por isso a garota decidiu não perguntar mais nada e apenas fazer o que Chris instruiu. Os dois irmãos respiraram fundo e fecharam os olhos por um segundo, se mantendo de mãos dadas.

- O que estão fazendo? Finalmente desistiram de lutar? – Disse Deysmon, confuso.

Então os dois, finalmente, começaram a entoar juntos o encantamento das deusas:

 

“No berço do tempo, vi um sonho gelado.

Tu cantavas para mim

Uma suave, e doce, canção de ninar.

O que tu desejaste?

Um mundo sem fim.

O que eu desejei?

O fim do mundo?

A voz escolhida

Está confusa

Está a rir,

A sofre,

A persistir,

A cantar...”

- Estão...cantando? Como assim!? É uma piada!? – Disse Deysmon, irritado.

Porém, Deysmon começou a reconhecer a letra e o ritmo da “música” e começou a ficar nervoso; não apenas ele, mas os demônios na terra pararam o que estavam fazendo e começaram a olhar fixamente para a torre, com muito nervosismo. As criaturas na fenda não tentavam sair mais, já reconhecendo o que estavam ouvindo. Chris e Teresa não pararam nenhum segundo, continuavam a cantar:

“...Tristeza e dor

São transformados em felicidade e sorrisos.

Sem nenhuma recompensa, aceitas morrer no desespero?

Apenas a rezar

A querer salvar-te,

A querer salvar este mundo

O que nós desejamos não é o mesmo.

Queria pôr fim a este destino com minhas próprias mãos

Dar paz e bênçãos a este mundo.

Ah, sem poder te alcançar

Não posso te dizer

Os nossos desejos apenas deixam um vazio.

Por quê? Tudo foi roubado

Ilumina o futuro

Mesmo que eu carregue dor e sofrimento...

Um requiem eterno

Neste destino inevitável

A esta luz, este destino.

Liberte tudo agora

Liberte a escuridão...”

Quanto mais cantavam, mais os colares dos dois irmãos brilhavam; a música ecoava por todo o castelo de Inflayster, chegando aos ouvidos de muitos aliados no campo de batalha.

- Essa música é... – Disse Penny, escutando a canção ecoar.

- É isso! É o encantamento das deusas! – Disse Merlin, contente.

- Chris e Teresa estão conseguindo! – Disse Clare, aliviada.

Os demônios começavam a rugir, com as mãos em suas cabeças, com se a canção os machucasse. Deysmon também estava sofrendo com isso, ele tentou bloquear sua audição, mas mesmo assim a música o atingia, tirando todas as suas forças.

- PAREM COM ISSO! – Gritou Deysmon, que conseguiu forças para avançar contra Chris e Teresa.

Os dois jovens desviaram calmamente das investidas de Deysmon, e continuavam a cantar sem parar:

“...O que tu desejaste?

O teu futuro.

O que eu desejei...por quê?

Aqueles dias que não podem mais voltar?

Continuava atrás do teu doce sorriso, e mesmo assim...

Transformar desespero em esperança

A canção que nunca para

Continuo a gritar, se este destino pode ser destruído

Apenas a rezar

Apenas por agora, deixe este funeral

Eternamente, longe, longe daqui

Uma canção ressoar.

Dar paz e benção a este mundo

Liberte esta luz, este destino, esta escuridão.

Este desespero sem fim

Transforma-o em esperança com esta canção

Sem nenhuma recompensa, aceitas morrer no desespero?

Continuo a gritar, apenas a rezar.

Apenas por agora, deixe este funeral

Eternamente, longe, longe daqui

Uma canção ressoar...”

Então, os demônios de dentro da fenda começaram a ser puxados mais para o fundo, e as criaturas que estavam na terra estavam sendo forçadas a voltar para dentro da fenda. Os aliados estavam extremamente contentes e torciam muito por Chris e Teresa.

- NÃO PAREM DE CANTAR! CONTINUEM! – Gritavam eles, os aliados, sem parar.

Deysmon fincou sua espada no chão, e usou toda a sua força para não ser puxado, ele estava extremamente furioso e desesperado.

- Eu... EU NÃO VOU VOLTAR! NÃO SEREI PRESO! NOVAMENTE...EU VOU FICAR AQUI! E VOU MATAR VOCÊS! – Gritou Deysmon.

O encantamento se aproximava de seu fim, os demônios já começavam a voltar para a fenda e a mesma começava a se fechar:

“...O que tu desejaste...

O que eu desejei...

A voz que sobrou foi de dor

Enquanto pensava em ti...

Por ti agora eu canto sozinho...

Dar paz e bênçãos a este mundo

Com minhas próprias mãos vou por este destino para dormir

Ah, a morrer

O nosso destino está chegando no fim...

Se eu estivesse contigo, poderia ir a qualquer lugar...

A voz inicial a conceder tudo

Ilumina o futuro

Enquanto este corpo deteriorado é destruído

Um requiem eterno.

Neste destino inevitável

A esta luz, este destino

Liberta tudo agora,

Liberta a escuridão.

No final da luz

Nós adormecemos! ”

Ao terminarem a canção, a fenda mágica no céu havia desaparecido, os demônios que estavam na terra foram presos novamente...com exceção de Deysmon. Ele havia conseguido resistir, estava exausto, sem forças e muito irritado.

- Vocês... Qual é o problema de vocês, deusas, hein!? Novamente vocês acabaram com os meus planos... Mesmo depois de mortas... Por que insistem em me atrapalhar!? – Disse Deysmon, furioso, chorando e sem conseguir se levantar.

Chris e Teresa estavam ofegantes e exaustos, o brilho em volta de Teresa havia sumido, assim como a lua no céu. Os dois não responderam às perguntas de raiva do demônio, Chris e Teresa olhavam serenamente para ele, pensando em tudo que haviam passado por culpa de Deysmon até ali...até aquele momento.

- O que!? Não dirão nada!? – Disse Deysmon, incrédulo. – Nenhum discurso de vitória ou nada parecido!?

- Você...fez muito mal a este mundo e aos seres vivos que vivem nele. Tudo o que você fez não tem justificativa e muito menos perdão, não importa o quanto você grite por aí... – Disse Chris, trocando sua espada para a mão direita, segurando firme juntamente com a mão de Teresa.

- Mas...mesmo assim, gostaríamos de agradecer. Apesar de tudo, se não fosse você, nada disso teria acontecido... Eu e meu irmão não teríamos ficado mais fortes e unidos, e não saberíamos de nosso passado... – Completou Teresa.

- Eu também não teria visto tantos lugares e nem ganharia os amigos que tenho hoje... Por isso, obrigado Deysmon. – Disse Chris, sério.

- Há há há.... Vocês são realmente...filhos da mãe de vocês, agradecendo a um demônio... Ter a gratidão de vocês me enjoa, mas agora eu prometo...que vou ficar quieto e bem distante de todos vocês, então podem-

- Ah sim... Nossa mãe perdoou você e decidiu confiar nas suas palavras. – Interrompeu Chris.

- A atitude dela não foi errada... Você é quem errou ao jogar fora aquela chance. – Completou Teresa, séria.

- Mas nós não somos a nossa mãe. Vamos acabar com você...de uma vez por todas! – Disse Chris.

Chris e Teresa seguraram firme a espada de prata, juntos, e correram na direção de Deysmon, que permanecia ajoelhado, perplexo e sem forças. Os dois irmãos conseguiram atingir o monstro, perfurando seu coração com a espada.

- O...o que... – Tentou dizer Deysmon, cuspindo sangue.

- O seu tempo nesse mundo acabou Deysmon... – Disseram os dois irmãos, retirando a espada do corpo do demônio.

Teresa caiu de costas no chão, extremamente cansada com tudo, enquanto Chris encarava a figura patética de Deysmon murmurando coisas sem sentido enquanto agonizava.

- Como não poderia deixar de ser.... Isso aqui é pelos nossos pais! – Disse Chris, que usou suas últimas forças para cortar a cabeça de Deysmon, que acabou caindo da torre.

Chris também caiu no chão, muito cansado e ferido. Os dois irmãos puderam ver, então, a magia negra do demônio sumir aos poucos do céu, revelando o amanhecer que já estava chegando, era possível ver o sol nascendo no horizonte.

- Irmão...podemos ir...para casa agora? – Perguntou Teresa, chorando.

- Sim... Desculpe a demora irmãzinha, mas agora....já podemos voltar. – Disse Chris, chorando e sorrindo. 



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