História Promete? Prometo. - Capítulo 2.

— Ah... — acordei assustada.

Senti um pingo se suor deslizar pela minha testa. Posicionei minhas mãos a frente de meu rosto, observando as mesmas tremerem incontrolavelmente. Encaro meu cobertor no chão, juntamente com meu travesseiro. Passo minhas mãos sobre o rosto, me libertando do sono. Tentei levantar para apanhar o travesseiro, mas sinto minhas pernas vacilarem.

Após alguns segundos sentada na cama, levanto-me já melhor. Apanho meu cobertor, seguido de meu travesseiro. Minha garganta arranhava, totalmente seca, então sinto a necessidade de beber um copo d'água. Desço para a cozinha, abro a geladeira, alcançando a jarra de água. Pego um copo qualquer no pequeno armário, completando de água. Dois grandes goles foi o suficiente para que eu me saciasse. Da cozinha mesmo, observei o relógio de parede que se encontrava na sala de estar, acima de alguns retratos da família. 

— 5:28... 

Aos passos lentos, me sentei no sofá da sala. Abracei meus joelhos, apoiando meu queixo nos mesmo. Não sei por quanto tempo fiquei ali naquela posição, mas foi o bastante para que clareasse. Não estava com a minima vontade de voltar para o colégio, mas era necessário. 

Em poucos minutos, me encontrava já fora de casa, atravessando o parque. Este lugar me traz muita lembrança boa. O piquenique com Alexy e as garotas, e também o piquenique com Lysandre... Sacudi a cabeça, afastando aqueles pensamentos. Por mais que eu ame Lysandre, era difícil pensar em nós agora. Aquele abraço entre Rosalya e Lysandre me pareceu tanto sinceiro, amoroso, que por um segundo, senti inveja. Sei que Rosalya namora com Leight, e que enxerga Lysandre como um irmão, mas no caso do platinado era diferente.

Lysandre se esqueceu dos acontecimentos recente e não recentes em nosso colégio, como o evento artístico, a chegada de Priya , o jantar, o piquenique, nosso namoro... Voltando assim, com a consciência e memórias de meses ou até mesmo anos atrás. Voltando na época em que era apaixonado por Rosa. Sei que não é culpa dele, mas não deixa de ser um pesadelo. 

XXX: — Ei, Terra chamando Skyller! — ouço uma voz distante. Uma cabeleira azul preenche toda a minha visão, focando no rosto do garoto. 

— Alexy... — sorri. O primeiro sorriso sincero de muitos dias. 

Enlacei meus braços em seu corpo, apertando contra o meu. Surpreso, Alexy perguntou:

Alexy: — Ei, o que houve? Está tudo bem? — gentilmente empurrou meus ombros, olhando em meus olhos. 

— Não, não está tudo bem. — sorri, triste. — Mas estou feliz em te ver. Desde o acidente do Lysandre, mal conversamos. Sinto tua falta... 

Alexy: — Vem cá... — o garoto de cabelos azuis me puxou contra seu peito. 

Ficamos assim por pelo menos 2 minutos. Após nos separarmos, caminhos em silêncio até o colégio. Alexy pareceu compreender minha crise existencial, ficando em silêncio, mas sério.

— Obrigada. — sussurrei.

Alexy: — Hm?

— Obrigada por não ficar me fazendo perguntas. Sei que está preocupado comigo, e quer saber o que houve, mas não é um bom momento para isso. Juro te contar depois da aula.

Alexy: — Ei, não se preocupe com isso! Conte quando você se sentir confortável. Posso esperar até lá. — então abriu um sorriso de orelha a orelha. Sorri junto.