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História Promise - "O meu melhor abraço"


Escrita por: Thytta_Lee

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 12 - "O meu melhor abraço"


Pov Melissa

Atrás desta porta, está o corpo de Baekhyun. Atrás dela, está o corpo do cara que eu amo. Eu me sentia a pior pessoa no momento. Eu fui dura em minhas palavras, e não conseguia me perdoar. Pra mim, o sentimento de culpa é pior do que o de perda.

Eu me encontrava de pé olhando para o nada enquanto implorava para que minhas preces passassem do teto daquele hospital. As pessoas que me olhavam, sentiam pena, perguntavam se eu precisava de ajuda. Mas nada era mais importante naquele momento. Tudo que eu queria era ouvir a voz de Baekhyun novamente, nem que fosse para me decepcionar. Eu só queria ouvir "eu te amo", eu só queria ver seu sorriso de novo e poder contempla-lo da forma pura e sincera. Mas eu não podia. Porque ali, ele não estava comigo.

De certa forma, meu coração se recusava a aceitar tudo aquilo. Era como se uma esperança, ainda estivesse viva dentro de mim, como se todas aquelas vozes dos habitantes do hospital, se tornassem uma só, formando a frase que me dizia pra não desistir. Que me dizia que iria dar tudo certo.

Senhorita Melissa.— Chamou o médico vestido de Branco com um prancheta em mãos.

Sim? — Eu estava parecendo um zumbi, controlado por forças enigmáticas.

Não vai comemorar? — Eu até poderia estar parecendo um zumbi. Mas a vontade de socar o médico foi eminente e ele percebeu, já que seu pequeno sorriso se foi, deixando apenas uma expressão de medo e dúvida.

Comemorar a morte do meu nam...ex namorado? — Ele riu.

Não senhora. Comemorar o milagre na vida do seu... — Ele dizia mas parou nessa parte, talvez pensando no que dizer.

No milagre? — Eu ignorei a parte de sua confusão mental, e perguntei.

Sim! Seu namorado está vivo! — Ele disse rápido não se importando em falar algo errado.

Como assim vivo? — Eu estava surpresa e não estava sabendo lidar com tudo.

Nós conseguimos reanimá-lo! Foi difícil mas conseguimos. Por um momento, achamos que tínhamos o perdido. Mas para nossa surpresa, ele conseguiu sobreviver! — Uma coisa eu tinha certeza, eu estava mais feliz do que o normal. Baekhyun estava de volta!

Em uma cena patética, e talvez infantil, eu comecei a pular e gritar no corredor do hospital. As pessoas provavelmente não entendiam minha felicidade, mas era demais!

Inerte, meus pensamentos se concentravam em como eu faria para  pedir perdão ao Baekhyun, e o perdoar de vez. Na realidade, eu não conseguia mais pensar nas suas mentiras, eu só conseguia pensar que ele voltou. Eu só pensava que ele estava ali, do outro lado daquela porta, e vivo. Tudo que eu queria, era encontrar-te.

—  Quando eu posso vê-lo, doutor? — Ele sorriu.

—  Em breve. Ainda precisamos fazer alguns exames, mas nada que sempre muito. Assim que acabarmos eu venho pessoalmente te chamar. — Disse o doutor dando um sorriso fraterno, e logo após saindo.

A minha espera estava sendo mortífera. A cada minuto que se passava uma angústia em meu peito aumentava. Meu coração batia mais rápido, de forma que minha respiração ficasse completamente fora do compasso. Eu não tinha nem idéia de como começar minha conversa com ele, mas de uma coisa eu tinha certeza, sua boca colada a minha teria mais contato que imã e metal.

Sua espera acabou. Pode me acompanhar. —  Disse o mesmo médico de antes, me levando até o quarto de Baekhyun.

Ás batidas do meu coração podiam ser confundidas com os meus sapatos batendo com grande frequência ao chão. Minhas mãos suavam, e era como se eu estivesse indo o ver pela primeira vez.

No quarto, sua figura de olhos abertos na cama, me trouxe um certo conforto. Eu suspirava aliviada por saber que ele estava ali. Me aconcheguei perto de sua cama e nós ficamos nos encarando. Nosso contato visual expressava muitas coisas.

Eu estou tão feliz por você estar aqui comigo... — Ele disse.

Eu é quem estou feliz! Eu... Eu não posso nem acreditar que eu estive a beira de te perder! — Eu disse passando as mãos em meu rosto.

Mas agora eu estou aqui, com você, por você... seu amor me deu forças pra aguentar tudo. — Ele disse e puxou minha mão que estava em meu rosto, e a beijou. Eu sorri. — Mas e então, você me perdoa?

Se eu te perdoo? Como você tem coragem de perguntar isso? — Eu indaguei franzindo as sobrancelhas, e vi sua expressão antes Alegre, ficar triste.

Eu só queria saber se... — Eu não o permiti continuar a frase.

É claro que eu te perdoo Baekhyun! Na verdade, eu ja te perdoei a muito tempo! — Ele sorriu. Era bom saber que eu tinha o feito sorrir. Isso fez com que surgisse em meus lábios, um grande sorriso.

—  Ja disse que amo seu sorriso? —  Ele perguntou.

Acho que não. — Eu disse sorrindo apenas com o canto da boca.

Pois é. Mas eu amo. E eu irei proteger seus lábios sorridentes independente de tudo que aconteça.   — Eu não me contive e o beijei. Eu sentia falta de seu sabor.

Assim que paramos o beijo, nós ficamos novamente nos encarando. Eu não sabia o que se passava na cabeça dele, mas na minha, tudo que eu pensava era que eu não iria conseguir passar muito tempo longe dele. Eu iria sentir falta de suas brincadeiras, de seus abraços, das nossas noites e enfim, de tudo. Todas essas coisas formava o que nós éramos. Todas essas coisas, nos formavam.

—  E agora, como vai ser daqui pra frente? —  Eu perguntei.

—  Se você me aceitar em casa, acho que vai voltar tudo ao normal.  — Eu sabia que não seria tão simples assim. Mas eu não queria cortar o momento, então apenas segui seu raciocínio.

A casa é sua, Baekhyun! Quem algum dia teria que sair, seria eu. — Eu gargalhei.

Você não vai precisar sair. Então nesses casos eu acho que vou voltar. —  Ele disse sorrindo muito abertamente, parecendo uma criança que acabou de ganhar um presente.

Vou adorar ter você em casa novamente... — Eu disse dando um sorriso malicioso. — Só espero que você não faça novas besteiras, ok? E quero muito que não me machuque...
— Eu disse com receio.

Eu não deixarei ninguém machucar seu coração, nem mesmo eu. Este é o meu único compromisso a partir de hoje. — Ele disse se esforçando a levantar os braços e me abraçar. Não foi um abraço tecnicamente direito, mas foi o melhor que eu recebi em anos.





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