História Promise - Best Friend

Pov Sehun

Vê-la dormindo tão calmamente me trazia paz. Ela era simplesmente o que faltava em mim. Yuju me fez sentir em dois meses, o que eu não senti com ninguém em vários anos. Eu não duvidava de que ela era um presente próprio meu. Era impensável que alguém ja tenha tentado contra sua vida. Era impensável que eu ja havia feito isso.

—  Me observando a muito tempo? —  Sua voz baixa me tirou de pensamentos.

—  Talvez... —  Ela sorriu. —  Você está bem? —  Não me contive e perguntei. —  Ela suspirou.

—  Dolorida. —  Eu sorri. —  Mas eu estou bem. —  dessa vez ela sorriu.

— Ja disse que você está linda com essa expressão pós orgasmos? —  Ela arregalou os olhos e me jogou um travesseiro, rindo e logo em seguida se levantando indo ao banheiro.

—  Eu não vou dar opiniões sobre essa frase... — Ela fechou a porta do banheiro e foi tomar banho.

Esperando-a sair do banho, eu fui reparar em uma foto que ficava em seu criado mudo. Seu amor por aquela foto era grande, e ela dizia que era valiosa por ter como personagens, sua família. O maior sonho de Yuju era encontrar seu pai. E vê-lo naquela foto, a dava esperanças. Eu sabia que haveria uma hora, que eu teria de conta-la que eu sabia sobre seu pai. Mas de certa forma, eu tinha medo. Eu sabia que ela não iria me perdoar se eu contasse toda verdade. Então por enquanto, meu segredo estava guardado.

—  O que tanto olha? —  Ela saiu do banheiro enrolada em uma toalha. O que de certa forma era estranho, porque ela sempre levava sua roupa consigo para o banheiro. E eu fiquei a encarando. Ela era linda. E eu parecia um garoto apaixonado pensando isso. Rolei os olhos com esse pensamento. Eu estava realmente amando ela, e eu precisava me convencer disso.

—  Olho sua beleza. —  Eu respondi e ela gargalhou. 

—  Agora isso é um assunto sério. —  Ela mudou de assunto rapidamente e eu fiquei na defensiva esperando que ela continuasse. —  Melissa convidou para uma festa hoje a noite e... óbvio que Baekhyun vai.  Isso não é novidade, e nem desculpa pra você não ir. Que eu saiba você sempre saiu com eles.   —  Ela foi direta. Eu ainda não estava falando com Baekhyun. Meu rancor estava realmente alto.

—  Se você quiser, você vai. —  Eu disse e bufei. Eu não queria me encontrar com ele.

—  Sehun! Você precisa esquecer isso! Vocês eram tão amigos... —  Ela falou e se sentou na cama, ainda com a toalha.

— Eu não estou te impedindo de ir. Eu a levo... —  Ela me interrompeu.

—  Eu não vou se você não for. Amanhã é sábado, e hoje, segundo você, é dia de se divertir.—  Ela ficou me olhando e, vendo que eu não iria falar nada, ela se levantou da cama e veio até a mim. Passou os braços por meu pescoço e me beijou. —  Por favor... —  Eu pensei bem. Na verdade eu não pensei, eu fui seduzido por ela.

—  Eu posso pensar em seu caso... —  Ela desceu os beijos pelo meu pescoço.

—  Então pensa com amor... —  Ela disse e parou de me beijar e ficou me olhando parecendo criança que acabou de aprontar e não quer ter castigo.

—  Eu vou, Yuju... —  Eu disse sorrindo. Eu estava em uma fase, que fazer as coisas por ela, era o principal. Ela deu pulinhos e se afastou indo até o guarda-roupas retirando de lá, um vestido que eu havia a presenteado, e entrou novamente no banheiro, enquanto eu, me deitei na cama e esperei.

—  Ficou bom? —  Ela parou em frente a cama e abaixou a cabeça. Pude perceber que suas bochechas estavam vermelhas.

—  Eu prefiro você sem ele... —  Eu gostava de vê-la com vergonha, e por isso eu provocava. Ela era muito reservada, e me lembro que nas primeiras semanas morando juntos, o ato de me deitar ao seu lado, a deixava nervosa. Pensar que evoluímos foi maravilhoso. —  Você sabe que eu estou brincando, não sabe? —  Eu perguntei vendo que ela não se manifestou sobre nada que eu disse.

—  Você me assusta quando faz isso...
—  Ela suspirou e alisou seu vestido num ato de nervoso. Eu me levanteie fui até ela, parando bem próximo a seu corpo.

—  Eu faço isso porque gosto de te ver com vergonha ou nervosa... —  Ela me olhou duvidosa. —  Quando você fica nervosa ou com vergonha, suas bochechas e a parte de cima de seus seios ficam vermelhos... —  Eu disse e toquei seu decote a vendo arrepiar. Resolvi parar antes que tudo aquilo se encaminhasse para outros caminhos.

—  Acho melhor você ir se arrumar. —  Ela disse sorrindo e saindo para a cozinha.

[...]

No caminho todo até a festa, eu pensei em como seria quando eu visse Baekhyun. E Yuju percebeu.

—  Você está estranho... —  Ela disse e passou a sobre minha perna. Estávamos no trânsito e qualquer movimento a mais que ela fizesse próximo ao meu pênis, ele daria sinal de vida e provavelmente causaria um acidente. Então por mais que fosse bom, eu tive que retirar sua mão de minha coxa e ela entendeu o sinal e sorriu. Ela sabia seus poderes sobre mim, e se aproveitava disso.

—  Eu apenas não quero me encontrar com Baekhyun... —  Ela bufou.

—  É melhor que vocês se encontrem, e se entendam... —  Ela disse apontando para o local onde acontecia a festa.

—  Eu não preciso me entender com ele. — Talvez eu tenha sido rude, mas não foi nem de longe, a intenção. Afinal, ela não tinha culpa.

—  Tudo bem... —  Ela disse soltando-se do cinto de segurança. Havíamos chegado na festa.

Logo que entramos no local, eu me senti familiarizado. Pessoas bêbadas, muita gente dançando, música alta... aquela era a minha vida antes de Yuju. E cá estava eu de volta.

De longe, Yuju avistou a mesa de Melissa e se dirigiu até la. Enquanto eu, parava um dos garçons, e pegava uma taça de vinho, logo Indo até a mesa que  estavam todos, eu cumprimentei a e me sentei na cadeira ao lado de Yuju. De repente, o clima ficou tenso. Toda a música ao redor de nós, parecia ter parado. Eu sabia que o motivo éramos eu e ele.

Então, ele se levantou, e me chamou para ir até o lado de fora da casa onde estávamos. Eu pensei antes, me preparando para tudo que pudesse acontecer. Eu me certifiquei de que minha arma estava no cós da calça, e fui.

—  Podemos conversar em paz? —  Ele perguntou e eu neguei com a cabeça. —  Até mesmo inimigos podem se respeitar e conversar. —  Ele disse.

—  Não te considero um inimigo... apenas... —  Eu passei a mão pelo cabelo suspirando.

—  Eu não queria ter feito aquilo... —  Ela tentou se justificar.

—  Nós tínhamos um pacto. Você fez uma promessa... —  Ele abaixou a cabeça.

—  Eu sei o que eu fiz. Você não precisa ficar jogando isso na minha cara como se fosse um santo. —  Ele levantou o olhar e me encarou firmemente. —  Nós dois sabemos o que você ainda esconde de Yuju. E acho que não seria nada demais você me perdoar e esquecer isso. Haja como um adulto, não somos mais crianças, Sehun! —  Ele gritou a última frase, e sem pensar, eu diferi um soco em seu rosto. Ele caiu no chão. Eu me apavorei. Eu havia o socado.

—  Eu não acho errado o que você acabou de fazer. —  Ele disse se sentando no chão e passando a mão em seu nariz que agora sangrava. —  Você é o único amigo que tenho agora. Mesmo que você não queira, quando precisar, eu vou estar aqui.

Eu o vi levantar e sair andando. Então eu percebi que havia sido desnecessário todo meu rancor. Eu não o tinha deixado se pronunciar sobre o que aconteceu.

"Certa vez, choramos juntos, sangramos juntos, e sofremos juntos".

—  Baekhyun! —  Eu o chamei e ele olhou. De seus olhos, saiam lágrimas. Eu pensei que eu quase o matei. Ele não havia sido o único errado.
—  Eu não posso ficar sem o perdoar... —  Eu corri até próximo a ele, e parei. Eu não sabia o que fazer ali. Então eu o fiquei olhando.

—  Eu sei que esse não foi o nosso primeiro, e nem último desentendimento. Mas... Não debruce sobre os erros do passado, levante sua cabeça, e enfrente o que está por vir. —   Ele me abraçou. Ele tinha razão. Seguir em frente é o passo pra felicidade, disse-me uma vez, Yuju.

—  Nada bem sucedido é feito apenas por uma pessoa... Então eu acho que preciso de você. —  Ele sorriu.

—  Então podemos voltar a ser amigos? —  Ele perguntou.

—  Espero que saiba, que da próxima vez que você fizer merda, o tiro vai ser fatal. —  Eu disse e o abracei novamente.

—  Quando ficarmos velhos e começarmos a falar sobre sobre nossa juventude, vou ficar feliz em contar que voz participou dela. —  Ele disse ao meu ouvido.

—  Vele o que você tem entre as pernas e pare de viadagem. —  Eu disse saindo do abraço e voltando pra dentro da casa onde ainda acontecia a festa, ouvindo por último, sua risada alta. Eu senti falta de seu bom humor que contrastava com minha pose carrancuda.