História Promise - Amor, ou atração a primeira vista?

Depois da noite em que encontrei Chanyeol, nós passamos a nos falar todos os dias como nos velhos tempos. De dia, as vezes saíamos para almoçar juntos. Porém nos falávamos com mais frequência à noite, ja que as coisas estavam ficando cada vez mais complicadas na escola, e minha carga horária no trabalho, aumentou.

Hoje eu iria para casa de Melissa fazer um trabalho que a professora passou. Aproveitaria para então, conhecer seu tão falado, namorado.
Mas no momento, eu estava almoçando em um restaurante próximo a escola com Suho. Sim, ele me chamou para almoçar e eu fui. Assim como não tinha nada a ganhar, eu não tinha nada a perder. Para minha surpresa, nós tínhamos alguns fatos em comum e estávamos nos dando muito bem nas conversas alheias que ele criava. Mas os assuntos não duraram tanto tempo, ja que Chany chegou e entrou no assunto dizendo que eu estava atrasada. A realidade é que eu não estava atrasada, mas ele insistia em dizer que Suho não era uma boa companhia.

— Eu apenas o ajudei no dia que ele foi espancado na escola, e agora ele quer se tornar meu amigo. Só isso. — Eu  estava tentando convencer Chany dentro do carro.

— Ele foi espancado? — Ele me olhou com os olhos esbugalhados enquanto parava no semáforo.

—  Sim. E eu o ajudei. — Ele suspirou.

— Está vendo? Ele não é uma boa pessoa. — Eu bufei. O fato é que minha paciência estava se esgotando.

— Foi uma briga qualquer da escola, Chanyeol. Não é pra tanto! — Eu disse.

— Que tipo de briga qualquer da escola, deixa a pessoa deitada no chão acabada? No máximo ele ficaria com o olho roxo. — Ele rolava os olhos enquanto falava.

— Você sabe o motivo? — Ele prendeu a respiração por instantes. Parecia que ele sabia de algo que não queria me contar. E além do mais, minha pergunta foi inesperada.

— Não. Por que eu saberia? Nem na escola eu estou. — Fazia sentido. Era sem noção pensar que ele sabia de algo.

Ao chegar no endereço que Melissa havia me entregado, eu saí do carro e bati a porta. Estava no meio do Jardim da casa dela, quando Chany me chamou.

— Yuju! — Ele chamava colocando a cabeça pra fora do carro.

— Que foi? — Eu perguntei confusa.

— Cuidado! Qualquer coisa me ligue.
— Eu soltei um sorrisinho afirmando com a cabeça e fiquei olhando enquanto ele ia embora. 

Quando cheguei em frente a porta de Melissa, fiquei parada a encarando. Era a primeira vez que eu iria na casa de alguma amiga minha. Eu nunca havia feito isso, era diferente e eu estava com medo.

— Você vai tocar a campainha, ou está pensando em assaltar a casa pela porta da frente? — Disse alguém atrás de mim e eu dei um pulo,  logo virando para ver a pessoa.

— Eu... ia tocar. — Quando o encarei, ele estava com um sorriso de lado e olhava de cima a baixo. Tenho certeza que minhas bochechas ficaram vermelhas. Eu podia sentir o calor nelas.

— Então é melhor que faça. — Ele disse e eu concordei virando e tocando a campainha. Esperando que Melissa não demorasse muito, uma vez que eu não ia aguentar ficar por muito tempo parada ali, com ele atrás de mim respirando forte o suficiente para eu sentir ventos, e arrepios no pescoço.

Acredito que minhas preces foram atendidas. Não demorou muito e ela me atendeu, intercalando o olhar entre eu e homem que eu não sabia o nome.

— Achei que não viria mais, Yuju. Parece que o almoço com o Suho estava bom! — Ela disse gargalhando me fazendo ficar com mais vergonha do que eu já estava. — Venha! —  E com brutalidade, me puxou pra dentro de sua casa.

— Eu vou ficar aqui fora? — Disse o homem.

— Eu não me importo. — Ela disse e ele  levantou uma sobrancelha. — Você sabe que pode entrar. Baekhyun está na cozinha.

Depois disso nós fomos direto para seu quarto, e começamos a fazer os trabalhos. Enquanto ela pesquisava, eu escrevia e íamos intercalando até que eu resolvi mudar o assunto e perguntar:

— Seus pais não se importam de você deixar dois homens lá em baixo, ou algo do tipo? — Ela parou o que estava fazendo e sorriu.

— Eu sabia que você iria perguntar isso, Yuju. E não, eles não se importam. Afinal, a casa não é deles.— Eu a fiquei olhando sem entender.

— Eu moro com o Baekhyun. — Ela disse naturalmente e continuou a fazer sua parte do trabalho.

Eu pensei em várias formas de responder,  Mas nenhuma se encaixou, então eu apenas cotinuei o que estava fazendo até que terminasse todo o texto esperando apenas, que ela acabasse também.

— Pronto! — Ela falou e levantou as mãos como se estivesse sendo liberta de uma prisão. Eu não pude deixar de rir. — Vamos assistir um filme? Aproveitando esse seu dia de folga, sem crianças?

— Eu acho melhor eu ir pra casa. — Ela rolou os olhos.

— Vamos logo! — E novamente ela me puxou pelo braço.

Diferente do que eu achava, ela me deixou sentada no sofá da sala, enquanto foi fazer as pipocas. Nesse tempo sentada, eu fiquei olhando os porta retratos na estante, e o quadro enorme que tinha na parede da sala com uma foto que eu presumi, ser dela com os pais.

Melissa não me contou muito sobre sua família. Na verdade, ela não me contou nada sobre sua família. A única coisa que eu sabia sobre ela, era sua idade, seu nome, e o local que eu achava ser sua casa, ou a casa dos seus pais, porém,  Era a casa de seu namorado. Ou não, eu estava confusa.

— Então você é a famosa Yuju...— Afirmou um cara alto descendo as escadas, acompanhado do homem que me assustou, mais cedo.

— Acho que sim. — Eu disse o olhando.

— Prazer. Baekhyun. — Ele me disse estendendo a mão para que eu apertasse.

— Prazer é só na cama! — Disse Melissa saindo da cozinha para sala, com duas bacias cheias de pipoca. Creio que minha expressão de espanto foi muito evidente, pois ela gargalhou alto e os dois homens a acompanharam nas risadas.

— Ja que ninguém me apresentou, eu sou Sehun. Muito prazer. — Ele me puxou do sofá, e me abraçou, fazendo com que Melissa e Baekhyun nos olhasse com malícia.

O filme passou, e eu não sei quase nada que aconteceu no mesmo. Durante o filme, meus pensamentos viajavam relembrando do abraço que Sehun me deu. Era estranho essa sensação de precisar senti-lo novamente. Seu corpo era quente, e eu o queria junto ao meu. Era incorreto, mas eu estava adorando o sentimento de atração a primeira vista, ou simplismente, o sentimento da paixão.