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História Promised (Klaroline) - Capítulo Um


Escrita por: CandiceForbes

Notas do Autor


Voltei meus amores com mais um lindo capítulo de Promised.
Então eu venho com novidades e noticia não muito boa, mais antes vou falar sobre o capitulo.
Esse capitulo e narrada pelo Klaus e sobre como ele conheceu Caroline e a Charlotte. E também ele está bastante grande pq essa é a ultima atualização do ano.
Agora que agradecer aos 46 leitores que ganhei no primeiro capítulo e espero ganhar mais.
Bom vamos falar sobre novidades...
Estou criando mais duas fanfic Klaroline que já tem nome e sinopse
Só que devo postar ano que vem e sem data prevista, como já tenho muitas fanfic essas devem demorar um pouco para ser postada, mais devo em breve colocar a sinopse das duas com capa e tudo assim eu espero.
Agora chega de blá blá e vamos ler..
Boa leitura
Esse capítulo foi betado por: ~bellinhadid

Capítulo 2 - Capítulo Um


Fanfic / Fanfiction Promised (Klaroline) - Capítulo Um

Dizem que o tempo cura todas as feridas, mais quanto maior é a perda mais profundo é o corte. E mais difícil é o processo pra ficar inteiro novamente.

Klaus Mikaelson

 

― Você só pode estar brincando comigo. – falo com Genevive.

Será que é difícil arrumar uma secretária que seja competente? Algo que Genevive não sabia. Ela ficou responsável por contratar uma, mais nenhuma foi digna para esse cargo.

― Eu sinto muito, senhor Mikaelson – ela fala respirando fundo. ― Mas só nesse mês foram quatro candidatas que o senhor mandou demitir.

― Então agora a culpa é minha? – pergunto alterando minha voz.

― Claro que a culpa é sua, vive colocando medo nas pobres moças – disse Marcel entrando na minha sala. ― Bom dia, Genevive.

― Pode sair da minha sala, agora – aponta para a porta. ― Mas você tem até o fim dessa semana para arrumar uma secretária, se não quem vai perder o emprego vai ser você. Escute bem, você tem até o fim dessa semana.

Genevive sai da minha sala, mas antes ela deixa alguns currículos para que eu possa analisar. Minha semana estava sendo estressante, eu estava trabalhando duro para fechar um contrato muito importante, o balancete com os detalhes financeiros estavam todos na minha mesa.

― Tem certeza que você vai fazer isso mesmo? Ainda não acredito ‒ Marcel olhava os balancetes e uma proposta de compra que eu mesmo fiz.

Marcel é meu braço direito e meu melhor amigo. Nos conhecemos na faculdade e quando fundei a Mikaelson Architects eu o convidei para trabalhar comigo. Ele me conhece muito bem e sabe que não desisto das coisas e muito menos volto atrás de uma decisão minha.

― Fazer o quê? Demitir Genevive? Sabe que sim, sou um homem de palavras.

― Isso todo mundo sabe, não é à toa que ninguém quer ser sua secretária. Mas estou me referindo sobre comprar a empresa do seu pai.

― Sim, eu vou fazer isso. Não vou deixar aquele incompetente levar à falência o único bem que a nossa família tem. ‒ franzi a minha testa na expectativa que ele soubesse que já estou decidido a fazer isso.

― Levar a falência ele já levou, pelo que vejo aqui. Só não declarou ainda – ele folheava várias e várias páginas. ― Mas e os seus irmãos, o que acham disso?

― Vou comunicar a todos quando Elijah chegar de viagem. Kol não quer saber de nada que envolve a empresa, só quer saber de viajar. Já Rebekah só está interessada em curtir suas noites em Paris, mais nada.

― E Freya? Já falou com ela? Sabe que ela e Finn são muito próximos. Até hoje fico imaginando qual foi o motivo que a fez deixar de trabalhar com ele e veio trabalhar com você.

― O motivo eu não sei. E ela também não quer falar, mas que ela fez uma ótima escolha não podemos negar.

― Ainda estou curioso em saber como conseguiu esses balancetes.

― Lorenzo me mandou tudo isso.

Eu sou o chefe, mas quando o assunto é sobre o financeiro da minha empresa, ninguém melhor que Lorenzo para tratar sobre isso. Ele que faz o trabalho árduo de análise.

― Não vai me dizer que você colocou o Enzo para trabalhar lá sem o Finn saber.

― Saber ele sabe, só não sabe que a ideia é minha. E esses balancetes são de três meses atrás, estou esperando ele me mandar o atual desse mês sobe a real situação da empresa.

Só sei o básico do que está acontecendo na empresa que meu pai construiu. Essa semana vou ficar a par de tudo, do quanto aquele idiota foi capaz de falir a empresa que o nosso pai lutou muito para construir. E ninguém melhor para me dar essas informações que Lorenzo, meu analista financeiro a quem confio totalmente.

― O que vai fazer hoje à noite? ‒ pergunta Marcel olhando para alguns papéis que estava sobre a minha mesa. Tratava-se de alguns currículos que Genevive tinha deixado para eu poder dar uma olhada, já que ela como chefe do RH não conseguia ninguém que prestasse ao ponto deu fazer seu próprio trabalho.

― Ainda não sei. Mas por que a pergunta?

― Vou ao Falls South, ouvi dizer que tem uma dançarina muito boa. Que deixa os homens à loucura. Ela é conhecida como Charlote a Dama da Noite.

― Sabe muito bem que faz tempo que não vou lá. ‒ o respondi olhando para o meu celular.

― Sei, sim. Não me esqueci de uma dançaria que s chama Camille que alegra suas noites. – seu tom sai como uma ironia que só Marcel tem.

― Faz tempo que não a vejo. Tenho meu lugar para esse tipo de encontro você sabe disso. Não preciso ir mais naquele clube.

― Claro que sei, sim. Mas não vai querer conhecer a famosa Dama da noite? Ou será que está com medo de Camille não gostar que você esteja conhecendo outras mulheres.

― Sabe muito bem que não tenho um contrato de exclusividade com a Camille.

― Mas será que ela sabe disso?

― Claro que sabe. Deixei bem claro que não temos nada sério, apenas um divertimento pra mim. Pago muito bem ela, tanto que nem ligo se ela dança pra outros homens. A vida dela não me interessa nenhuma pouco.

As garotas certinhas vivem fugindo de mim. Mas quem me ver falando desse jeito acha que nunca me apaixonei na vida. Não sou um homem de ferro, tenho coração.

Já me apaixonei, sim.

Fui apaixonado por Aurora de Martel, namorávamos desde a minha adolescência. Mas tudo mudou quando resolvi ir para Nova York estudar Engenharia. Nosso relacionamento começou a desandar e já não éramos o mesmo, aquele amor que sentíamos um pelo outro já não existia mais. Aurora começou a se aproximar mais ainda de Lucien, seu vizinho e melhor amigo do seu irmão. Eu fui me afastando cada vez mais e mais. A convivência em casa com meu irmão Finn não era a melhor, principalmente depois de descobrir que só éramos irmãos por parte de mãe. Mas não fez com que Mikael deixasse de ser um pai pra mim e nem me deixar fora do testamento. Com esses acontecimentos em minha vida fez com que a minha ida para Nova York fosse mais rápido possível.

― Por falar em mulheres, já deu uma olhada nesses currículos? ‒ ele pega um currículo e fica analisando.

― Ainda não, mas por que a pergunta, quer também contratar uma secretária para você?

― Essa seria a candidata perfeita para esse cargo ‒ Marcel pega o currículo e me amostra. ― Eu já tenho uma sabe disso. Bonnie estar de férias e deve retornar em breve. Apesar de que sem ela minha agenda está uma bagunça.

― Quem mandou arrumar mandou você colocar como sua secretária temporária a mulher com que você dormiu apenas três noites. Sabe que misturar sexo com o trabalho não dar certo. E também minha empresa não é um lar de caridade. ‒ olho e vejo que a candidata foi indicada pela minha irmã Freya. ― Sabe que não vou contratar nenhuma amiguinha da minha irmã. Está achando que a minha empresa virou o clube das Luluzinhas, daqui a pouco só falta vocês acharem que isso virou um parque de diversões.

― Conhecendo você do jeito que conheço já é de se imaginar e outra não estou misturando as coisas ela precisava de um emprego descente e eu dê uma secretária temporária. Mas olha onde foi o último emprego dela. ‒ ele aponta. ― Isso te faz lembrar alguma coisa?

― Ela trabalhou na Alfa Tech, mais não entendi aonde você quer chegar com isso.

― Lembro que Connor tentou comprar uma parte da sua empresa. E conhecendo a fama que ele tem, se souber que a empresa da sua família está falida vai oferecer uma proposta muito boa para o Finn que, aliás, é muito interesseiro.

― Só passando por cima de mim que aquele imbecil vai comprar a empresa que meu pai construiu ‒ levanto e dou um soco na mesa.

― Sabe que falta muito pouco para o seu irmão decretar falência.

― Finn muito ganancioso, sabe muito fazer as coisas sem ninguém saber, inclusive nossa mãe. Ele não vai anunciar a venda da empresa, fará tudo escondido.

― E o que pensa em fazer? - Marcel empilha a proposta de comprar da Originals Technologies.

― Ainda não sei, sem o consentimento dos meus irmãos não posso fazer nada, estou de mãos atadas. Sabe que por mim eu já teria feito alguma coisa, e sobre ir ao clube eu vou com você.

― Não duvido disso, mais infelizmente você vai ter que conversar com eles. Está bem, te encontro no clube. ‒ Marcel fala e vai saindo da minha sala.

Enquanto eu fiquei sentando na minha sala olhando aquela proposta e pensando na conversa que tive com Marcel, eu não conseguia parar de pensar em como a empresa que meu pai tanto lutou para construir e simplesmente estava indo por água abaixo tudo por causa do Finn. Preciso urgentemente marcar uma reunião com meus irmãos e tomar uma decisão continuar desse jeito que não pode mais.

Olho para o currículo que Marcel falou. Fico analisando com todo cuidado.

Pego meu telefone e ligo para Genevive.

― Ligue para o senhor Connor imediatamente. ‒ desligo o telefone.

Não demora muito e meu telefone toca.

― Senhor Connor está na linha. ‒ diz ela do outro lado da linha.

― Pode passar. ‒ respondo.

Ligação On:

― Klaus Mikaelson, a que devo essa ligação? ‒ diz Connor. ― Resolveu vender sua empresa pra mim?

 

― Nem em sonho. A minha resposta é não e vai permanecer assim. ‒ respondi sendo ríspido.

― Então por que me ligou?

― Uma ex-funcionária sua resolveu se candidatar ao cargo para ser minha secretária. Será que a sua empresa está tão mal assim que seus funcionários resolveram trabalhar pra mim? ‒ pergunto com aquele meu sarcasmo que eu adoro e que muitos odeiam.

― Se é ex foi porque eu demiti por sua incompetência. E a minha empresa vai muito bem.

― Será mesmo que ela é incompetente ou você que é um péssimo chefe? Conheço sua fama com as suas funcionárias. E pelo currículo dela vejo que ela é muito boa.

― De quem estamos falando, posso saber? ‒ ele pergunta.

― Caroline Forbes. Aqui diz que ela foi sua assistente. O que você fez para ela desistir desse cargo? - pergunto olhando pela janela. As pessoas lá embaixo pareciam ser tão pequenas.

― Eu? ‒ Connor dar uma gargalhada no telefone. ― Caroline é uma mulher maluca, me acusou de assédio. Deu em cima de mim e depois quis sair como uma vítima. Ela é uma ótima funcionária, mas é uma vadia que acha que dando em cima do chefe vai conseguir subir de cargo. Eu tive que demiti-la depois disso.

― Será que não foi você que fez isso? Sei muito bem que tipo de homem você é.

― Você vai contratar essa vadia? - ele pergunta e solta outra gargalhada. ― Até que pra você ela daria um bom passatempo.

― Se ela é vadia ou não, isso não me interessa. E outra, eu não misturo trabalho com prazer. Se vou contratá-la isso não lhe diz respeito. Passar bem Connor. ‒ desligo o telefone.

Ligação Off.

Como falo para mim mesmo que nunca se deve misturar trabalho com prazer, uma vez que não tenho tempo para mulheres em minha vida. Por isso não gosto de relacionamentos sérios.

Ligação On.

― Senhorita Genevive quero que venha na minha sala agora mesmo.

Ligação Off.

― Pois não, senhor Mikaelson. ‒ ela pergunta entrando na minha sala.

― Quero que marque uma entrevista com essa funcionária ‒ dou o currículo a ela. ―E dessa vez eu que vou entrevistá-la.

― O senhor tem certeza disso? ‒ Genevive estava espantada, nunca tinha visto eu se quer querer fazer alguma entrevista.

Mas com Caroline Forbes é diferente. Ela não é nenhuma pessoa. Posso ser que eu esteja enganado, mas alguma coisa Connor fez com ela. O dia já estava acabando e nem percebi já estava na hora de ir embora. Hoje Hope ia dormir na cama da mãe. Depois que Hayley se separou ela tem passado mais tempo com a mãe.

Hope é a minha vida.

Ela é um fruto do meu relacionamento com a Hayley, se bem que sexo de uma noite só não pode ser considerado um relacionamento. Quando Hayley engravidou, nós dois ainda éramos jovens e estávamos no nosso primeiro ano na faculdade. Conheci-a numa festa de fraternidade, eu estava na mal pelo término do meu namoro com Aurora e também por estar longe da minha família. E Hayley era apenas uma caloura que saiu do de Los Angeles para estudar em Nova York.

Ela é uma mulher batalhadora, inteligente e determinada. Quando fiquei sabendo da gravidez no começo eu não acreditei, achei que o filho que ela esperava não fosse meu. Mas Elijah me fez acreditar no sempre e para sempre que prometemos um ao outro no leito de morte do nosso pai.

E Hope é o meu sempre e para sempre.

Hayley não quis abrir mão da faculdade e nem queria meu dinheiro sabendo quem é a minha família. Ela só queria que o bebê tivesse o sobrenome do pai e soubesse quem é o seu pai.

Mas com o tempo eu fui-me apegando a essa gravidez, levava ela em todas as consultas e quando Hope nasceu foi a minha maior alegria. Construí um hotel e dei para Hayley e até hoje ela está gerenciando ele. Casou com Jackson um antigo amor, mas recentemente se separam.

Escuto alguém bater à porta da minha sala.

― Estou indo embora, descemos juntos? ‒ pergunta Marcel.

― Sim ‒ acenei com a cabeça e juntei alguns papéis. ― Hope vai dormir com a Hayley ‒ pego meu terno e minha a pasta. ― Então pelo jeito hoje vou dormir sozinho.

― Vai dormir sozinho porque quer. Aposto que Camille esteja te esperando num quarto. ― ele começa a rir. ― Fiquei sabendo que a Hayley se separou, como ela está?

― Não sei. Sabe muito bem que a vida de Hayley Marshall não me interessa nenhum pouco.

― Você ainda não esqueceu essa história?

― Que história? De ela querer ir embora e levar minha única filha para longe de mim? Claro que não.

― Pelo menos a Hope mora com você. Não sei por que você está reclamando.

― Não por ai. Hope agora resolveu que quer ir morar em Paris e ser estilista igual à Rebekah.

Entremos no elevador e a conversa continuou. Para não ter que pegar sempre um elevador cheio e sempre querer dar aquela escapada no meio do expediente, mandei construir um elevador só pra mim.

― Está querendo dizer que sua filha não quer ser igual ao pai. Isso sim que é motivo para comemorar.

― Comemorar não sei onde. Não vou deixar minha filha ir para Paris e morar com desvairada da tia dela.

― A desvairada é a sua irmã. ‒ disse ele quando saímos do elevador.

― Não me lembre disso. Só pode ter sido ela que colocou essa ideia maluca na cabeça da minha filha ‒ respondo abrindo a porta do meu carro.

Hoje deixei o motorista à disposição dela. Fui dirigindo até em casa.

Moro num Tríplex que eu mesmo fiz questão de estar presente na construção.

Entro e a casa estava vazia.

― Boa noite, senhor Klaus ‒ cumprimentou Joana, minha governanta.

― Boa noite, Joana, ainda por aqui? ‒ pergunto subindo as escadas.

― Sim senhor, como a senhorita Hope não está, então achei que o senhor quereria jantar. Preparo algo?

― Não precisa, vou jantar com o Marcel. Pode ir para casa.

― Está bem – antes de ela voltar para copa Joana me chama. - Senhor? Seu irmão Elijah ligou disse que chega semana que vem.

― Obrigada Joana pelo recado.

Elijah ligou para minha casa e não ligou pro meu celular, por que será?

Pego meu celular no bolso e vejo que estava desligado. Estava descarregado. Coloquei imediatamente na bateria e fui tomar um banho.

O espetáculo da Dama da noite começa às onze da noite. Olhei para o relógio enquanto eu ainda terminava de me arrumar. Pego meu celular, minha carteira e minhas chaves. Antes de sair olha num envelope que Hope tinha deixado em cima da minha cama.

Abro e vejo que uma autorização de viagem e outra para ela se matricular na faculdade de moda em Paris.

― Se ela acha que vou assinar está muito enganada. Eu já dei minha palavra ‒ deixo o envelope em seu quarto com um bilhete escrito.

O trânsito numa noite de quinta feira em plena Nova York não poderia estar melhor. Uma hora depois chego ao Falls South, onde aviste Marcel que já me esperando. As batidas altas e graves davam sensação de euforia.

Eu estava bem atrás de Marcel quando passamos pela entrada vip. Uma fila enorme tinha se formado na entrada principal, mas não havia ninguém diante da entrada vip, exceto um segurança com a lista de convidados.

― Entre Sr. Gerard – o segurança já foi abrindo a porta, ele usava um fone e falava baixinho no microfone, provavelmente estava solicitado nossos lugares. ― Boa noite, senhor Mikaelson.

― Obrigado Tyler – disse Marcel dando uma gorjeta a ele assim que entramos.

― Um clube de stripper não é… Meu ambiente. – falo entrando no clube e fomos direto para o bar.

Faz tempo que não venho nesse clube. A última vez que entrei aqui foi quando conheci Camille e desde então nunca mais voltei aqui.

― Quem disse que o Falls South é um clube de Stripper, está mais para um clube de danças sensuais. Muitas dançarinas de sucesso começaram aqui – o que Marcel falava são detalhes insignificantes. Embora eu já dormir com três dançarinas daquele clube. ― Com toda sinceridade Klaus, ouvi dizer que a apresentação da Dama da noite é diferente das outras dançarinas.

Peguei minha bebida e soltei um sorriso.

― Você não estaria me arrastando para esse lugar se essa dançarina não fosse tão boa assim.

― Ei, dei uma oportunidade de sair e se livrar da Camille, Klaus. - ele dar um gole no seu copo de uísque. — Se você não estivesse tão curioso em conhecer essa dançarina não teria vindo.

― Disso não posso negar. ‒ fiz uma careta dei um gole na minha bebida.

― Você precisa de uma mulher de verdade. E um dia você ainda vai achar aquela que vai te deixar maluquinho ao ponto de você romper suas noites com a Camille só pra ficar com ela. Escreve o que eu estou te dizendo… Essa não vai ter medo de você ‒Marcel falava com toda certeza que me lembrou de uma cigana que conheci uma vez durante uma viagem.

Eu estava passeando pela cidade com a Hope, uma das poucas viagens que fiz com ela.

Ainda lembro muito bem das palavras dessa cigana.

Um dia você vai encontrar a mulher da sua vida. Saberá ao instante que ver ela. Será paixão a primeira vista. Mas ela não vai ceder aos seus encantos. Conquistá-la vai ser uma tarefa. Ela terá duas personalidades e você vai ter que descobrir qual é a verdadeira personalidade dela. Vocês se encontrarão de maneiras diferentes. Mas também haverá pessoas que não querem ver vocês felizes e um segredo pode acabar com tudo. Se você a ama vai perdoá-la”.

Depois que a cigana termina de falar me dá uma rosa vermelha.

― Sabe que a minha cota de relacionamentos já acabou ‒ falo pegando meu copo e indo para os nossos lugares.

Marcel escolheu um lugar bem discreto e não muito chamativo. Onde todos que estão naquele clube não percebam a nossa presença. O lugar ficar perto do palco, e dava para tocar no centro do palco.

― Que eu saiba sua única namorada foi a Aurora, que acabou se tornando sua amiga. Hayley não conta como relacionamento, vocês apenas dormiram uma noite juntos e ela engravidou, mais nada. E Camille, como você mesmo já deixou bem claro é apenas um divertimento, então ela não conta como relacionamento, ou será que você pretende apresentá-la para Hope como sua namorada? ‒ Marcel colocou o copo sobre a mesinha e pegou o celular. ― É a Davina, ela chega nesse final de semana.

Davina Claire é filha de Marcel. Ele a adotou depois que os pais dela morreram num acidente de carro. Eles eram melhores amigos de Marcel, e quando soube da notícia não pensou duas vezes em adotá-la. Atualmente ela estuda numa internato e está voltando para Nova York. Davina e Hope tem quase a mesma idade.

― Elijah ligou, parece que ele chega semana que vem.

― Isso é bom. Assim você vai poder tratar logo sobre a empresa do seu pai. ‒ Marcel não tirava o olho do palco.

― Resolvi fazer uma entrevista com a candidata que a Freya indicou e você também.

Se bem que eu poderia pesquisar no meu celular mais coisa sobre Caroline Forbes já que amanhã estarei pessoalmente com ela.

O som agitado e ousado foi dando lugar para uma música lenta e sensual.

O relógio marcava onze da noite em ponto e anunciaram a entrada da Dama da Noite. O palco foi mudando de cores e atrás de uma cortina foi saindo uma mulher que usava uma máscara e uma peruca.

Todo o clube ficou em silêncio só escutava a música e o barulho do gelo batendo nos copos. Quando aquela dançarina foi se encaminhando para o centro do palco imediatamente guardei meu celular no bolso da minha calça.

Gostosa. Merda.

Não sou do tipo que cara que chama uma mulher de gostosa, principalmente se for uma mulher que dança no Falls South. Nunca falei desse jeito com Camille. Tenho gostos mais refinados, afinal posso levar uma mulher ao êxtase só com um toque e não porque eu havia pagado por uma dança particular.

No entanto, algo naquela dançarina me fez ficar ereto. Algo nela chamou minha atenção, não pelo seu desempenho naquele poste ou por que todos aqueles homens não tiravam os olhos dela.

Fui chegando bem perto do palco para admirar aquela misteriosa dançarina. Não conseguia tirar os olhos delas. O que ela tem que tanto me fascina?

― Eu disse que você ia gostar dela ‒ a voz de Marcel acabou me tirando do sério, uma parte porque eu estava concentrado demais na dançarina misteriosa. Não tinha como não deixar de perceber que eu não era o único que estava fascinado por ela.

― Pensei que ela fosse igual à Camille ‒ rebati, e fiquei tenso.

― Pensou mesmo? ‒ Marcel dá uma risada sarcástica dando um gole no seu uísque. ― Nem todas as mulheres que dançam aqui são iguais a Camille, não estão a procura apenas por uma conta bancária, outras estão aqui pelo trabalho. Mas dançar do jeito que ela dança, é a primeira vez que vejo isso aqui. Temos que concordar que ela é boa.

Marcel sabe que Camille só se aproximou de mim por causa do dinheiro.

Nunca, nenhuma mulher me deixou assim.

Mas isso foi antes deu conhecer Charlote.

Muito incomodado, peguei meu celular no bolso e fui pesquisando algumas coisas básicas sobre Caroline Forbes. Mas continuei a observá-la discretamente. Mas tudo parecia terminar quando senti que percebeu meu olhar e agora sua dança parecia que estava sendo pra mim.

Eu já não sabia mais quem seduzia quem. Nossos olhares se encontraram. Aqueles lindos olhos azuis que demonstravam uma timidez.

― Isso gostosa. Rebola mais ‒ gritou um homem no fundo do salão fazendo com que ela voltasse a dançar para todos.

Outro assobiou.

Os gritos de todos foram à loucura quando ela desceu do poste, ficando em uma pose bastante sensual e antes de se arrastar de até o centro do palco.

Minha mandíbula do nada enrijeceu, dava para perceber minha respiração ofegante. E a minha vontade era de subir naquele palco e tê-la em meus braços.

Obviamente estava na cara que eu estava quase perdendo a cabeça escutando aqueles homens gritarem para ela.

Meus olhos se voltaram para ela, que mesmo dançando com toda sensualidade, seu olhar era tímido. Ficar observando ela era mais excitante do que qualquer outra coisa nessa vida.

Naquele momento eu já não sabia quem seduzia quem. A minha impressão era que naquele instante ela dançava só pra mim. Depois que outro homem berrou, ela voltou a dançar para todos.

Aquilo me fez voltar à realidade. O que está acontecendo comigo? Notei que aquela sensação também tinha acabado para ela. Eu continuava olhando para ela que aos poucos foi sumindo do palco. Preciso saber quem é ela. Depois que apresentação acabou, pagamos a conta e saímos do clube.

― Quem é ela? ‒ perguntei ao Marcel enquanto esperávamos o manobrista trazer nossos carros. ― Preciso saber quem é aquela mulher?

― Está falando da dançarina? Só a conheço como Charlote.

― Quero saber o verdadeiro nome dela e não o nome que ela usa para se apresentar. Se fosse assim não estaria te fazendo essa pergunta.

― Isso com certeza não sei te informar. Mas vejo que gostou dela, mas se pensar que vai conquistá-la isso vai ser impossível. – ele solta um sorriso debochado.

― Meu caro Marcel, nada pra mim é impossível. Eu sou Klaus Mikaelson e nenhuma mulher resistiu ao meu charme. Posso ter qualquer mulher. Qualquer uma – falo entrando no meu carro.

Depois dessa noite, eu só queria uma boa noite de sono.

Acordo com a Joana abrindo as cortinas do meu quarto. Ela é a minha governanta e a praticamente minha segunda mãe. Joana é a minha única funcionaria que chama de Klaus.

― O senhor precisa encontrar uma esposa urgente – ela fala enquanto me levanto e vou direto para o banheiro tomar um belo banho. ― Já tem uma filha adolescente agora só falta uma esposa.

― E quem foi que te deu essa liberdade para falar assim comigo, Joana? – respondo do banheiro. ― Já não basta ser minha governanta agora vai querer dar uma de cupido também?

― Me desculpe senhor Klaus, mas trabalho aqui há vinte e cinco anos e nunca vi o sair com nenhuma mulher. Se bem que aquela que o senhor sai todas as noites não é a mulher ideal para ser mãe da senhorita Hope.

― Olha a liberdade, Joana, sabe que pode perder seu emprego por isso, né?

― Eu vejo o senhor quase todas as manhãs só de cueca e na maioria das vezes sem blusa, quer mais liberdade que isso? – ela fala e para na porta. ― Contrato uma empregada para o senhor Elijah ou ele vai vir para cá?

― Ainda não sei, vou ligar para ele e depois entro em contato com você – vou saindo do banheiro enrolado em uma toalha.

― Viu. – ela aponta pra mim e vou chegando perto dela. ― É disso que estou falando. Um total desperdício. Bonito e solteiro. Não sei por que o senhor ainda está assim, tanta mulher bonita e solteira pela cidade e o você escolhe a pior. – ela bufa.

― É melhor você preparar meu café da manhã que hoje meu dia vai ser longo – dou um beijo em seu rosto. ― Hope já chegou?

― Não senhor – ela responde saindo do meu quarto e reclamando.

Começo a rir dela.

Término de me arrumar e depois desço. Tomo um suco e como algumas torradas.

Pego minhas coisas, e me despeço de Joana, que estava tirando a mesa do café.

Entro no elevador e vou para a garagem. Hoje vou chegar mais cedo na empresa o que não é normal.

Assim que chegou à empresa, dou a chaves para o manobrista. Passo pela recepção e vou para o meu elevador privativo.

Quando chego à minha sala já encontro Genevive, que falava no telefone.

― Bom dia, Sr. Mikaelson – ela leva um susto com a minha presença e desliga o celular.

― Assim que a candidata chegar pode mandar entrar.

― Sua filha está na sua sala te esperando.

Entro e vejo Hope sentada na minha cadeira a minha espera. Ela se levanta e dar-me um beijo.

― Oi pai. – ela diz tirando uns papéis de dentro da sua mochila. ― Será que o senhor pode assinar essa autorização? Minha mãe já assinou.

― Do que se trata?

― A escola está dando uma viagem para a turma do terceiro ano.

― Pra onde? Quem mais vai nessa viagem?

― Para o Havaí, além dos alunos alguns professores também vão.

― Me deixa dar uma olhada e quando chegar em casa conversamos sobre isso.

― Está bem. E pai, assinou minha autorização e matrícula da faculdade que deixei em cima da sua cama.

― Não. Já conversamos sobre isso, achei que esse assunto já tivesse sido encerrado.

Ver minha filha estudar em outro país estava sendo demais para mim. Eu não quero isso. Ela pode até fazer faculdade de moda ou outra qualquer mais aqui em Nova York e não em Paris.

― Mas pai… – ela retruca. ― Sabe o quanto eu quero isso. Será que é difícil entender.

― Em Nova York existem ótima universidades e não sei por que você tem que escolher a mais longe.

― Minha mãe já concordou com isso.

― Sua mãe faz tudo que você quiser, ela não pensa nas coisas.

― Diferente de você. – ela se joga na cadeira e fecha a cara. ― Já que o senhor não quer me deixar estudar em Paris, então eu quero a minha emancipação.

― Você o quê? – encaro bem sério para ela. ― Eu não vou te dar sua emancipação.

― Você se acha o todo poderoso, achando que pode ter todos em sua mão. Mas eu não sou assim pai, eu sou sua filha e não um dos seus funcionários. Sei muito bem que o senhor saiu de Londres com a minha idade eu veio estudar e morar em Nova York, por que não pode me deixar fazer o mesmo. Estou apenas seguindo seus exemplos.

Hope estava certa. Mas seus argumentos não iam me fazer mudar de ideia.

― Essa conversa está encerrada Hope. Será que você não está atrasada para escola – olho no relógio. ― Jantamos juntos hoje? – tento dar um beijo nela que evita.

― Não pai. Vou sair com uns amigos e devo dormir na casa da mamãe – seus olhos enchem de lágrimas e ela faz aquela cara de quando quer alguma coisa igual eu fazia com meus pais quando eu era da idade dela e eu queria algo. Comigo sempre funcionou.

— Não adianta fazer essa cara, comigo não vai funcionar… Conheço esse jogo. Agora vai pra escolar que tenho que trabalhar. E filha! Vou dar uma olhada nisso ‒ balanço autorização que a escola mandou sobre a viagem de formatura.

Assim que Hope sai da minha sala começo a preparar as coisas para a minha entrevista com Caroline Forbes, espero que ela seja tão boa como diz nesse currículo, não estou a fim de perder meu tempo à toa. Vejo que Lorenzo me mandou o balancete recente sobre a situação da Originals Technologies.

— Merda a situação financeira não está nada boa. Como aquele idiota deixou isso acontecer?– jogo aqueles papéis em cima da mesa. — Preciso imediatamente convocar uma reunião com meus irmãos temos que resolver isso antes seja tarde demais.

Sento na minha cadeira e fico olhando aqueles balancetes tentando imaginar o que posso fazer. Comprar a empresa talvez seja a solução melhor, mas sei que ele não vai querer aceitar essa isso.

Passo a mão pela cabeça quando Genevive entra na sala.

— Senhor Mikaelson, a senhorita Forbes chegou. Posso a mandar entrar?

— Pode sim.

Eu estava distraído quando ela entrou. Eu estava de costa tentando me recompor depois daquela notícia. Não posso mostrar minha fraqueza na frente dos meus funcionários.

— Bom dia, senhorita Forbes. – falo virando a cadeira e dando de frente com uma linda mulher parada bem na minha frente.

Ela tentava demonstra que não estava nervosa. Mas seu corpo, seu olhar dizia outra coisa.

— Pode se sentar – aponta para a cadeira e pego o currículo dela.

Lembro-me das coisas que Connor falou ao telefone, não é uma coisa se fala numa entrevista mas tenho que tocar nesse assunto, preciso saber que tipo de pessoa vou contratando para ser minha secretária.

— Vejo que trabalhou na Alfa Tech como assistente. Sei último chefe me falou coisas não muito boas sobre você – assim que toquei nesse assunto ela se exaltou.

― Se você quer realmente acreditar no que ele disse, vai em frente. Eu não sou esse tipo de pessoa que ele mencionou. Se não vai me contratar, então estou aqui apenas perdendo meu tempo com você – ela fala e se levantando.

― Eu não terminei Forbes. – minha voz sai rouca e tento não pensar o quanto a presença dela está me deixando louco. O que é isso? Nunca me senti assim por mulher nenhuma a não ser pela Charlote. ― Eu não vivo das opiniões dos outros, se fosse por isso não teria construído meu império. Quem julga meus funcionários sou eu, somente eu. Passe no RH e pegue meu crachá. Eu chego as nove em ponto, às oito você tem que estar na empresa me esperando com os relatórios do dia anterior e meu café expresso em cima da mesa. Café e não essas porcarias de indústrias que vocês têm a audácia de chamar de café. E outra ‒ chego bem perto dela, seu cheiro é bom. Seu perfume é maravilhoso. Como eu desejo ela. O que é estranho é que seu olhar parece ser tão familiar.

Como pode duas mulheres tão diferentes mexer tanto comigo assim.

Será que já nos conhecemos? – pergunto sem tirar os olhos dela.

Eu queria que fossem as mesmas pessoas, eu poderia está maluco desejando isso.

Duas personalidades. Duas pessoas. E eu querendo as duas.

 


Notas Finais


Gente leiam a nota do autor
e não se esqueçam de comentar
Feliz natal e um prospero ano novo a todos,,
Bjks e até ano que vem


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