Nos cumprimentamos, e ele me analisou de cima à abaixo, estava ficando constrangida, o Tchula saiu para atender um telefonema e só ficou eu e ele na sala
- Por quê não me contou? - ele perguntou olhando para frente
- Não sabia quem era você, também não sabia que era amigo do meu irmão - ele me olhou
- Podemos começar tudo de novo, não acha? - ele soltou um sorriso, e que sorriso
- Claro - eu rir - meu nome é Débora, tenho 23 anos, o meu irmão se chama Juliano Tchula - ele sorriu - agora é a sua vez
- Me chamo Juliano, não sou o Tchula - rimos - tenho 27 anos, o meu irmão se chama Henrique, sou cantor e meus pais são D.Maria minha mãe e Seu Edson meu pai
- Um prazer em conhece-lo "Juliano" - rimos, ficamos em silêncio e ele me encarava e isso já estava me incomodando - o que foi?
- Nada, é que o Tchula nunca me falou que tinha uma irmã
- Ele sempre faz isso, desde criança ele nunca contou para os amigos dele que tinha uma irmã
- Mas porque? - ele me perguntou sem entender
- Ciúmes, sempre tinha um amigo que vinha aqui em casa só pra me ver. O Tchula descobriu e o proibiu de vir aqui - ele riu
- Ele é nojento - eu rir
- Quem é nojento? - Tchula perguntou entrando na sala
- Você, quem mais?! - Juliano zombava do meu irmão e eu rir
- Hahaha, tô morrendo de rir - Tchula revirou os olhos
- Então, agora eu já posso ir embora? - Juliano falou se direcionando a porta
- Tá esperando o que? Já passou da hora - Tchula arqueou as sobrancelhas
- Aí Jesus Cristo - revirei os olhos e abaixei a cabeça
- Então dá próxima vez peça para a Flávia te trazer, aposto que ela não vai está tão ocupada quanto eu - ele foi embora
- ele é engraçado né?! - Tchula riu
- É, muito engraçado - Ah se ele soubesse!
Juliano On
Entrei no carro e fui pra casa, assim que eu abri a porta vi Monique me esperando na sala
- Onde você estava? - perguntou Monique
- Fui levar o Tchula em casa - respondi
- Ah sim, claro. Porque ele não pediu para o Henrique? - falou chegando perto de mim
- Porque o Henrique tinha saído - respondi tentando dar um fim naquela conversa
- Cheiro de mulher - ela se referiu ao perfume da Débora que impregnou na minha camisa - você não estava me traindo, ou estava?
- Espera... é o que? - perguntei incrédulo
- Isso mesmo que você ouviu - respirei fundo contando de 1 até 3 mas ela continuou - estou esperando a resposta - fiquei em silêncio - sabia?! Eu SABIA!
- Escuta, presta atenção. Eu não te traí, por mais que você mereça. Mas eu sou homem e minha mãe me ensinou que não devemos nos levar pelo ódio - ela me interrompeu
- Então é isso que você sente por mim? Ódio? - ela chorava
- Não foi isso o que eu quis dizer, tá vendo... é por isso que eu não gosto de conversar com você, tudo você distorce. Entenda como você quiser eu vou para o meu quarto - subi as escadas mas ela me chamou
- Amor... Juliano, me responde uma coisa? - ela perguntou - Fala pra mim, me diz a verdade... o seu amor por mim acabou?
- Ainda não... mas está por um triz, faz por merecer que eu faço valer a pena - suspirei fundo e fui para o meu quarto
Sentei na cama, peguei um copo e um Whisky colocando no mesmo e bebendo em seguida, parecia que eu tinha tirado um peso das minhas costas, bebi mais outro copo de whisky e acendi um cigarro, sentei na sacada do meu quarto. Terminei de fumar, joguei a bituca de cigarro no lixo, deitei na cama e meus pensamentos só iam nela a Débora, aquela que tem um sorriso lindo, tem um jeito meigo e doce, diferente. Era isso, ela é diferente da Monique, realmente a Monique sempre foi interesseira, na verdade só fiquei com ela porque estava carente, e agora me sinto sufocado. E adormeci assim, pensando nela.
- Nim, acorda - o Henrique me balançava
- Já acordei - falei com a voz rouca
- Ok - ele saiu da cama e depois só senti a minha bunda arder - ACORDA JULIANO
- Aí seu viado - cai da cama - Porra, isso dói, caralho
- É pra doer mesmo, se não fosse não se chamaria "tapa" - falou dando ênfase em tapa
- Você vai ver seu fi de corno - ele me encarou
- Repete o que disse! Vou até tirar os meus óculos - ele tirou os óculos
- Não sou DVD arranhado pra repetir a mesma frase - aí eu não me aguentei e rir
- Não, eu ainda vou arregaçar você - ele riu também
- Henrique, que demora é essa pra descer, e Juliano... o que você faz aí sentado no chão? - falou uma moça bonita que me conhecia e eu não sabia nem o seu nome
- Ah, sabe o que é...
- Meninos, vamos o jantar está na mesa - falou a mãe entrando no quarto - Juliano? O que você faz aí deitado no chão? - arqueou a sobrancelha
- O Henrique me fez cair da cama com essa cara feia - a moça bonita começou a rir
- Oooow, eu não te fiz nada. Você que é Maria mole e se contorceu todo quando eu te bati fraco - ele falou convencido
- Cara, primeiro que seu tapa dói e segundo que foi um tapa na bunda e você não tem noção de como dói - revirei os olhos
- Henrique e suas manias - a moça bonita riu
- Do que cê falou Iasmin? - Iasmin, esse era o nome da moça bonita
- Nada, eu hein! Falei nada, você que é maluco - ela revirou os olhos e saiu
- Vamos meninos, antes que a janta esfrie - a mãe falou saindo do quarto
- Te espero lá em baixo, bonequinha - Henrique saiu do quarto rindo
Assim que o Henrique saiu eu fui tomar banho, saí depois de um tempo coloquei uma bermuda jeans, um baby look e depois fui para sala.
- Apareceu a margarida - Henrique falou assim que me viu descendo as escadas - então, já podemos jantar? Tô com fome.
- De dez palavras que você fala, onze é "eu tô com fome" - a Iasmin falou imitando a voz do Henrique e eu comecei a gargalhar
- Engraçado, muito engraçado. Estou me mijando de rir - ele revirou os olhos - Tá rindo de que, bundão? - ele se referiu a mim
- De você - fui me recuperando aos poucos
- Então, vamos logo que eu quero jantar - ele pegou na mão de Iasmin e ia saindo
- Calma, amor. Não vou poder ficar - ele a olhou
- Porque? - Henrique perguntou sem entender
- Vou pra casa, preciso ficar com a minha amiga. O irmão dela acabou de chegar de viagem!
- Hummmm, irmão - falei pondo fogo na lenha
- Quem é essa? - ele largou a mão dela e cruzou os braços
- A Débora, irmã do Tchula. Eu te falei dela - ela falou e eu fiquei quieto
- Ah sim, pode ir. Quer que eu te leve?
- Não, não precisa. Acabei de chamar um táxi. - ela deu um selinho nele - quando eu chegar te ligo. - ela saiu
- Estão muito sério - falei me levantando e indo pra sala de jantar
- Se fosse pra ser palhaço estaria no circo, idiota - ele revirou os olhos
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