História Protection - I miss you grandma

- Vovó? A senhora ta aí? - perguntei andando pelo corredor da casa puxando Demi comigo

Quem nos recebeu foi meu avô, ele foi super simpático comigo e com Demi e mandou a gente entrar e procurar vovó no jardim, e assim eu fiz, sai puxando Demi pela casa procurando minha avó enquanto meu avô voltou para o sótão para terminar de fazer as coisas dele.

- Estou aqui querida - escutei a voz da minha avó e virei minha cabeça para esquerda tendo a visão de minha avó pondo a mesa do almoço

- Vovó que saudade - falei caminhando até ela e a abraçando apertado

- Também querida, você sumiu - ela falou cabisbaixa enquanto retribuia meu abraço na mesma intensidade

Eu não posso negar que eu sumi mas depois do que houve lá em casa comigo e com Alex eu acabei me afastando da família inteira, não queria correr o risco de encontrar com minha mãe ou de escutar mais alguma gracinha de alguém da família.

- Sabe como é né vó, to trabalhando e... - ela me interrompeu enquanto olhava para minha namorada que estava um pouco distante de nós olhando nossa interação

- Essa moça bonita é sua namorada? Me apresente sua mal educada - ela falou dando com o pano de prato no meu braço me fazendo rir

Voltei para o lado de Demi e entrelacei nossas mãos, Demi estava visivelmente nervosa enquanto minha avó nos olhava sorridente

- Vovó essa daqui é a Demi, minha namorada, Demi esta é a minha avó Lídia na qual te falei - falei e beijei a bochecha da minha namorada

Soltei a mão de Demi e minha avó gentilmente puxou ela para um abraço carinhoso e acolhedor e Demi não demorou para retribuir o abraço

- Prazer dona Lídia - Demi falou sorrindo e minha avó sorriu de volta

- Laura querida, chama seu avô para almoçar por favor - minha avó pediu enquanto terminava de colocar a comida na mesa

- Já volto cantora - Dei um beijo na bochecha dela e sai correndo a procura do meu avô

O encontrei no sótão mexendo em coisas velhas, chamei e fomos caminhando lado a lado conversando até o Jardim, eu adorava aquele coroa, não importa o que aconteça eu sempre vou amar ter conversas sem sentido com ele.

O almoço foi agradável, Demi adorou a comida da vovó, eu falei que ela iria adorar. Vi minha baixinha comer bem hoje e isso me deixou feliz, não sei se é coisa da minha cabeça mas tenho a impressão que Demi está comendo pouco esses dias e mesmo assim come por obrigação, hoje não, hoje foi diferente, ela comeu com vontade, com gosto, foi gratificante ver ela comendo com vontade.

- Querida vai deitar um pouco com ela no seu quarto - Minha avó falou vendo Demi caindo de sono do meu lado

- Não precisa, estou bem aqui - Demi falou levantando a cabeça que antes estava encostada no meu ombro

- Vem cantora, eu fico lá com você - falei me levantando e a puxando pela mão

Demi negou e tirou sua mão da minha e cruzou os braços fazendo bico enquanto olhava para televisão, sorri daquela cena da Demi fazendo manhã olhei pra minha avó que estava se divertindo vendo a cena de Demi teimando comigo, voltei olhar a baixinha sentada no sofá que estava do mesmo jeito, com os braços cruzados em baixo dos seios e com bico enorme nos lábios enquanto tentava ficar sua atenção na televisão, me abaixei um pouco e a peguei no colo

- Me põe no chão Laura - Demi reclamou me dando um empurrão de leve no ombro e eu neguei

- Não mesmo sua teimosa, você daqui a pouco dorme no sofá e vai ficar morrendo de dor nas costas - falei enquanto ia para o meu quarto

[...]

Estava vendo televisão quando sinto em beijo molhado no meu pescoço, Demi acordou.

Falei com ela para despertar para irmos embora, estamos o dia inteiro fora de casa.

Fomos para sala e falamos com minha avó que iríamos embora o que fez seu semblante cair um pouco, nos despedimos e minha avó levou a gente até a porta que para nossa surpresa tinha uma pessoa na mesma, pronta para tocar a campainha quando minha avó abriu a porta para deixar que eu e Demi saissemos.

- Você? - perguntei e engoli seco segurando mais forte a mão da minha namorada

- Isso é jeito de falar comigo? Quanto tempo minha filha - Minha mãe falou vindo me abraçar e eu dei um passo pra trás sem soltar a mão de Demi

Minha mãe olhou para o meu lado vendo Demi e fez cara de poucos amigos, abaixou o olhar até nossas mãos entrelaçadas e fez cara de nojo

- Como você ousa Laura? Pouca vergonha isso, na casa da sua avó - ela falou balançando a cabeça em descrença - Você deveria ter vergonha - ela falou apontando pra mim e para minha mão entrelaçada com a de Demi e eu bufei

- Você quer saber? Eu tenho vergonha sim - ela sorriu ao ouvir o que eu acabei de falar e eu dei um passo em sua direção puxando o ar para meus pulmões com mais força - Eu tenho vergonha de dizer que você é a mulher que se diz minha mãe - praticamente cuspir as palavras em cima dela e ela tirou o sorriso dos lábios

- Eu vou te mostrar que isso é errado, você ainda vaí me pedir desculpa e eu te aceitarei de volta - ela falou como se quisesse afirmar para ela mesmo que aquilo algum dia aconteceria

- Ah é errado? O que é errado? O amor? Ou o fato da minha felicidade te incomodar? - falei puxando Demi pela cintura para perto de mim

- Eu amo a Demi, eu amo a minha namorada e nada e nem ninguém vai impedir isso! Vem cantora, vamos embora - falei a puxando dali mas ela parou

- Vamos nos despedir dos seus avós primeiro - Demi não desceu do salto diante as palavras da minha mãe e me puxou de volta para nos despedimos corretamente dos meus avós

- Você falava a mesma coisa com a Alex, isso é tudo pouca vergonha pois se amasse de verdade não iria acabar - Minha mãe alfinetou e eu vi Demi suspirar para tentar manter a paciência

- Eu e Alex temos uma amizade muito linda, se você não sabe. Alex e minha namorada se dão muito bem e quanto a você falar de pouca vergonha... Você deveria olhar para seu passado antes de falar isso, não é mesmo? Antes do meu pai você já ficou com muitos homens que eu sei, então por favor, cala a boca que você não tem moral nenhuma aqui - novamente joguei na cara dela tudo o que eu queria falar e ela fez uma cara de chocada e espanto colocando a mão no peito

Fomos até minha avó e meu avô e nós despedimos para poder ir para casa. Fui o caminho todo me desculpando com Demi pois ela não merecia presenciar aquela cena. Quando cheguei em casa me joguei no sofá e coloquei os braços por cima do minha cabeça, estava com uma puta dor de cabeça depois da discussão

- Amor - Demi falou e me deu um selinho - Minha heroína - falou e me deu mais um selinho - Vida - selou nossos lábios mais uma vez

Tirei os braços do meu rosto e abri os olhos devagar, a claridade estava me incomodando por causa da dor de cabeça

- Oi minha baixinha - falei e minha voz saiu rouca e arrastada

- Ta tudo bem? Você esta com uma cara nada boa - ela falou e eu fiz careta, ela me conhecia

- To com uma puta dor de cabeça, cantora - falei baixo e ela suspirou

- Vamos fazer assim, eu vou apagar a luz, fechar a janela pra ficar escurinho - ela falou passando suas mãos macias no meu rosto - Vou pegar o remédio pra você, fazer uma comida pra gente jantar - ela me olhou para ver minha reação e só eu assenti

Ela levantou, fechou a cortina, desligou a luz permitindo que eu abrisse meus olhos sem dor, me ajeitei no sofá e logo Demi voltou com um copo de água e um comprimido e me entregou, tomei o remédio e ela voltou pra cozinha para fazer comida e eu acabei cochilando no sofá. Depois de um tempo ela me acordou perguntando de eu estava melhor e me chamou para jantar, assim fizemos e depois fomos dormir pois estávamos cansadas