História Provocations? - Lunch

[...] Com ele ainda beijando meu rosto aleatoriamente, mas nem chegando perto da minha boca. Nesse momento eu já estava muito vermelho. Tanto de raiva, por ele estar me provocando de novo, tanto por vergonha. Pois estávamos na casa dele, e a sua mãe e sua “irmã” estavam a poucos metros de nos. Soltei a minha mão da dele, e tentei empurra-lo, mas Kentin colocou as suas mãos em minha cintura, me puxando para mais perto dele. Continuei tentando empurra-lo, mas a cada tentativa, ele me apertava ainda mais contra seu corpo, nunca parando de ficar me beijando no rosto. Cansei de tentar lutar, então me concentrei em seus beijos em meu rosto, mas já estava com raiva, pois sempre que ele chegava perto de meus lábios, ou eu mesmo tentava beija-lo, ele desviava. – K-kentin, dá pra você parar com essas provocações e me b-beijar logo? – Falei por já estar cansado disso.

-Mas eu estou te beijando Baby. – Ele sussurrou em meu ouvido, pra logo depois beijar ali também, me fazendo arrepiar.

-K-K-kentin, mas não s-só no rosto. S-sem me provocar, me b-beija logo. – Falei num sussurro, por eu já estar extremamente envergonhado. Coloquei minhas mãos em seu rosto, começando a fazer um carinho com o meu dedo indicador ali. Ele logo parou de beijar meu rosto e ficou me encarando. – N-nos meus l-lábios, p-por favor. – Falei quase inaudível, mas como Kentin estava bem perto, ele me ouviu claramente.

Kentin deu um sorrisinho pervertido e finalmente me beijou nos meus lábios. Porém, só pra me provocar novamente, ele começou com um beijo calmo, só encostando seus lábios nos meus e se movendo devagar, só que acho que ele também não aguentou mais e pediu passagem com a língua que eu rapidamente cedi. Porém, o ar logo se fez necessário e tivemos que nos separar, mas mantivemos nossas testas juntas, encarando um ao outro, sorrindo.

Iriamos iniciar outro beijo, se não tivesse ouvindo uma voz nos chamando.

-KENTIN, O ALMOÇO JÁ ESTA PRONTO. VAI LARGAR A MOCHILA NO SEU QUARTO E VEM COMER. – A mãe dele chamou gritando.

-TA BOM MÃE. NÓS JÁ VAMOS. – Ele gritou de volta, se soltando de mim e pegando na minha mão. Kentin me guiou escada acima e entramos em uma porta logo a esquerda de um corredor. Assim que entramos no quarto, Kentin soltou minha mão e abriu os braços. – Bem-vindo ao meu quarto. Pode deixar a sua mochila ai em qualquer lugar. –Ele falou tirando a mochila das costas e jogando literalmente em qualquer lugar.

Coloquei a minha encostada num canto da cama e voltei para a porta, pois Kentin já estava me esperando. Fui ao lado dele e peguei na sua mão. Ele fechou a porta do quarto e nós fomos. Nesse momento eu já estava muito nervoso. Além de eu ter que lidar com a mãe e o pai dele ainda tinha a prima/irmã dele. Será que ela vai gostar de mim? Do modo que ela nos olhou mais cedo, ela já sabe sobre mim também, então acho que é mais fácil. É não é? Acho que estava com respiração forte, pois Kentin soltou nossas mãos e passou o braço em volta da minha cintura.

-Eu já disse que não precisa ficar nervoso com isso, Baby. – Ele falou e nos paramos antes de descer a escada. – Eu gosto muito de ti, então a minha mãe também vai gostar ok?

-Ok. E-eu também g-go-gosto muito de ti Kentin. De verdade.

Dito isso, eu passei meus braços em volta do seu pescoço e o beijei. Como fui eu que dei a iniciativa, o beijo começou tímido, calmo, lento, somente para aproveitar o momento. Porém, quando nós iriamos começar um beijo mais intenso, ouvimos a voz da Silena se aproximando.

-Ken! Por que você não desceu ainda? A mãe ta chamando.

Assim que ouvimos que a voz dela estava se aproximando, provavelmente vindo pra escada, nos separamos rapidamente.

-Nos já estamos indo Sili. – Respondeu Kentin com a voz meio vacilante.

-Ta bem. Não demorem, se não a comida vai esfriar. – Ela respondeu com a voz diminuindo aos poucos, deve ter se afastado.

Meus Deuses, que vergonha. Como eu tive coragem de fazer isso? E ainda na casa do Kentin com a mãe dele a poucos metros da gente. Eu devo estar mais vermelho que um tomate, e acho que o Kentin também. Para confirmar minha afirmação, virei meu rosto lentamente em sua direção e assim que olhei pra ele, o mesmo já estava me olhando. O rosto dele não estava muito vermelho, mas ainda assim estava com vergonha. Desviei meu olhar na hora, olhando para meus tênis, que pareciam muito interessantes naquele momento. De repente, senti a mão de Kentin segurar a minha e ele falar baixinho.

-Vamos apenas ir comer logo.

Respondi um sim num sussurro e apertei a mão dele. Descemos a escada devagar e depois fomos em direção à cozinha, provavelmente. Entramos pela porta e vi que a mesa já estava arrumada e que a comida já estava pronta em cima do fogão. Silena estava com seu prato em frente ao fogão pegando comida, assim como a mãe de Kentin, que reconheci por ser a mulher que eu tinha visto antes de ir ao meu curso. Assim que ela viu que tínhamos entrado, sorriu para gente.

-Ah, vocês estão aqui. Pode pegar um prato e se servir Alexy. O Kentin já sabe tudo. – Ela falou docilmente.

-O-obrigado. – Falei envergonhado.

Kentin soltou de minha mão e já pegou um prato pra se servir. Silena já tinha pegado comida e estava na mesa, esperando todos pegarem comida para ela começar a comer. Deve ser alguma regra da casa que só pode começar a comer quando todos estiverem na mesa já que a mãe de Kentin também já tinha pegado comida e estava esperando. Timidamente peguei um prato que estava sobrando em cima da mesa e fui pegar comida para mim. Kentin ainda estava pegando comida, então esperei ele terminar de se servir. Só quando ele terminou que pude ver o que tinha de comida. Era macarrão, arroz e carne de panela. Não era uma coisa muito complexa, mas quando preparada bem, fica bem gostoso. Peguei um pouquinho de cada e fui me sentar à mesa ao lado de Kentin, que era o único lugar vago pra sentar. Assim que me sentei à mãe de Kentin se pronunciou.

-Antes de começarmos a comer irei explicar ao Alexy o porquê de tudo isso. – Ela se virou para mim. – É uma tradição da nossa família de sempre estar todos na mesa para comer, e sempre agradecer a comida. Tudo bem? - Ah, entendi agora o porquê de estarem todos reunidos assim e o motivo que a Silena estava nos apressando. Acenei positivamente. - Ótimo. Então...

-Obrigado pela comida. – Todos falaram em uníssono e me senti envergonhado de não falar também.

-Obrigado pela comida. – Falei baixinho, começando a comer já que todos na mesa também já tinham feito o mesmo.

Ouvi Kentin rindo baixinho e me senti mais envergonhado ainda. Ele não tinha me explicado isso antes. Que raiva. Coloquei a primeira colherada de macarrão na boca e me senti nas nuvens. Meus deuses, que comida maravilhosa. Comecei a comer mais rapidamente, sem vergonha mesmo. Aquela comida estava muito boa mesmo. E a carne então? Parecia que eu estava mastigando maxmallows, e não carne de panela. Logo Kentin notou que eu estava comendo com vontade e sorriu.

-A comida da minha mãe é tão boa assim? – Ele perguntou. Engoli o que eu tinha na boca para responder ele.

-Sim. Essa é a melhor carne de panela que eu já comi. – Respondi um pouco mais alto do que eu gostaria, fazendo que a mãe de Kentin ouvisse.

-Obrigada querido. – Ela respondeu sorrindo.

Senti-me envergonhado novamente a comecei a comer mais devagar agora, para não assustar os outros. Que vergonha. Eu deveria ter me controlado em comer. Ou ter respondido Kentin somente com um sim, assim eu não iria ficar me envergonhado desse jeito. Fui comendo até terminar tudo o que tinha no prato e no copo, que tinha suco de uva. Levantei-me e coloquei meu prato na pia, começando a lava-lo. A única que tinha terminado até o momento tinha sido a Silena, então comecei a lavar o prato dela também, porém a mãe do Kentin foi colocar o prato dela a pia e viu.

-Oh, menino, não precisa lavar a louça da Sili não. ELA QUE FOI UMA PREGUIÇOSA E NÃO LAVOU O QUE SUJOU. – Ela exclamou, falando a ultima frase gritando, provavelmente pra Silena escutar.

-AH MÃE, EU TE AJUDEI A FAZER A COMIDA. DÁ UM DESCONTO AI. – Silena respondeu também gritando, provavelmente no quarto dela.

-Tudo bem. Eu gosto de lavar a louça. De verdade. – Falei, terminando de enxaguar o copo da Silena e pegando o copo da mãe do Kentin.

-Ah, sério? Bem, isso é raro. Mas se ta tudo bem pra você...

-Sim, está. Obrigado por fazer uma comida tão gostosa. – Respondi, me virando pra mãe do Kentin e sorrindo.

-Oh, não foi nada querido. Obrigada mais uma vez pelo elogio. – Ela retribuiu o sorriso. – Bem, já que é você quem vai lavar a louça... – Ela se virou pro Kentin. – Filho, seu pai só vai voltar de noite, então guarde a comida que sobrou em um pote que ele come depois. E também ajude o Alexy a secar a louça e a guardar, já que ele não sabe onde ficam as coisas nessa casa.

-Ok. Assim que eu terminar de comer. – Kentin respondeu com a boca cheia. Dei um risinho baixo e continuei a lavar o copo. Vi que a mãe de Kentin olhou feio pra ele, deve ser por ele ter falado de boca cheia. Ele engoliu a comida que tinha na boca com um gole grande se suco. – Desculpe mãe. Eu já terminei. Irei fazer o que a senhora pediu.

-Bom mesmo. Bem, já que vocês ficaram aqui pra limpar a cozinha pra mim, irei descansar no sofá. – A mãe de Kentin falou saindo da cozinha.

Continuei lavando a louça calmamente cantarolando baixinho até que Kentin colocou seu prato sujo na pia e me abraçou por trás, apoiando seu queixo em meu ombro. Arrepiei-me todo e corei na hora. Coloquei os talheres que eu estava lavando em cima da pia e virei meu rosto pra ele. Nossos rostos estavam realmente muito perto um do outro, tanto que eu pude sentir sua respiração calma contra a minha que já estava meio acelerada por causa daquele contato.

-K-Kentin, a-a sua mãe está l-logo ali. N-Não faça isso.

Se eu estava gostando daquela aproximação? É óbvio que eu estava. Quem não estaria? E sim, nos já nós beijamos duas vezes dentro dessa casa, porém eu ainda estava muito nervoso por ter comido e conversado com a mãe e a “irmã” de Kentin. Fala sério, elas acabaram de me conhecer, como vão achar que eu sou? Imagina se alguma delas entra na cozinha e vê a gente assim? Meus deuses, meu nervosismo já esta aumentando só de pensar nessa possibilidade e minhas bochechas estão ficando mais vermelhas também. Kentin sorriu e beijou rapidamente uma das minhas bochechas coradas. Ele desencostou seu queixo de meu ombro e me virou de frente pra ele. Encostou nossas testas e ficou me encarando e, óbvio, eu fiz o mesmo, admirando a sua beleza. Ficamos assim por uns minutos, até que Kentin beijou levemente meus lábios, tirando-me do transe que eu estava por admira-lo.

-Desculpa. É que você estava tão bonitinho concentrado em lavar a louça e cantando baixinho. Não consegui resistir. – Ele falou me dando um selinho quando terminou de falar. – Vamos terminar isso daqui que depois nós subimos pro quarto, ok?

Acedi com a cabeça e lhe dei um selinho também, antes de ele se soltar de mim e ir fazer o q a mãe dele tinha pedido. Virei-me de frente a pia e terminei de lavar a louça, inclusive as panelas. Eu já tinha terminado o meu serviço, então fiquei esperando Kentin terminar o dele. Sentei-me no lugar que eu estava antes, entediado.

-O que você vai querer fazer depois? – Assustei-me levemente com a voz de Kentin e olhei pra ele. – Nós podemos jogar Videogame, assistir algum filme ou só dormir mesmo, o que acha?

-Não sei. Se você tiver algum jogo que eu goste podemos jogar. Mas eu não sou tão bom assim como o meu irmão... – Respondi-lhe um pouco hesitante na minha resposta.

-Ah, com seu irmão não tem graça jogar. Ele é muito bom. Um dia joguei Call of Duty com ele online e o cara praticamente fez tudo sozinho. Nem me deixou ajudar. – Kentin respondeu irritado e eu só ri.

-Call of Duty é um dos jogos que ele é mais viciado. Faz sentido ele ser muito bom.

Kentin bufou irritado e continuou a secar a louça, e eu somente ri da sua cara emburrada. Ele ainda ficou reclamando baixinho, soltando falas aleatórias tipo “Isso é trapaça!” ou “Um dia ele me paga!”, e eu continuei rindo dele. Acho que ele notou, pois logo virou a cara pra mim, irritado, o que me fez rir ainda mais dele. O Kentin é tão engraçado. É divertido brincar com ele assim. Ele é tão bonito...

É...

Acho que eu realmente gosto dele...

E muito...

Estou ferrado...