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História P.S.: Eu te amo. (Camren) - IX.


Escrita por: CamrenSeduce

Notas do Autor


Boa leitura, mores.
Ah, resolvi começar a usar alguma imagem pra ilustrar o cap, pra testar se fica legalsssss.

Capítulo 11 - IX.


Fanfic / Fanfiction P.S.: Eu te amo. (Camren) - IX.

1 mês depois...

And so it is. A situação entre Camila e Lauren se manteve do modo que nós já conhecemos. Sobre Camila e Dinah, as duas não tocavam no assunto, e assim podiam conviver. O ateliê foi reconstruído com perfeição, as coisas foram postas em seus devidos lugares, e as telas em falta estavam em andamento.


Lauren: Tenha um bom dia. – Desejou atenciosa, após ter parado o carro. O carro de Camila aparecera com o pneu furado de novo. Camila quase teve uma sincope, só não o teve porque Lauren jurara que dessa vez não fora ela, e que iria resolver. Assim, ela a levara no trabalho.

Camila: Obrigada. – Disse, tirando o cinto. Ela se inclinou pro lado da morena, segurando seu rosto com a mão delicada, e a beijou docemente.


Lauren a segurou pela cintura, aceitando seu beijo de bom grado. Era calmo, terno, apaixonado, as línguas se encontravam em uma sintonia perfeita. O dia estava frio, como sempre. Logo Camila sentiu a mão dela, mais quente que o normal, entrando por seu sobretudo, encontrando a barriga definida dela sob a blusa fina. Camila riu e segurou a mão dela, terminando o beijo com selinhos.


Lauren: Sempre interrompe quando vai começar a funcionar. – Recriminou, olhando-a se afastar. Camila riu mais ainda.

Camila: Tchau, Lauren. – Disse, abrindo a porta do carro e saindo. Ela, por fim, riu.


Lauren observou Camila caminhando até a entrada do prédio, desfilando sobre os scarpins pretos. Ela usava uma blusa leve, branca, jeans, e um sobretudo que combinava com os tamancos. Os cabelos presos em um rabo de cavalo fixo, comportado. Logo ela sumiu na recepção do prédio, e Lauren foi embora.


Camila: Bom dia. – Desejou, entrando no ateliê. Recebeu a resposta de Harry e Dinah. – Ainda assim, Harry? – Perguntou, olhando-o.

Dinah: Ele quer porque quer voltar pro hospital. – Disse, achando graça.

Harry: Licença? É particular. – Disse, e tinha planilhas na mão. Não era do ateliê.

Camila: Que é isso? – Perguntou, largando a bolsa em sua mesa e se aproximando. Harry tirou os papeis da mesa e encarou Camila, com a sobrancelha erguida. Ela recuou, erguendo as mãos. Dinah riu, tirando os fios loiros do rosto.

Dinah: Ele subornou alguém do hospital pra conseguir os dias e horários dos plantões da tal médica. – Entregou.

Harry: Sabe quem matou a caveira, Dinah? – Perguntou, subitamente simpático. Dinah riu.

Camila: Vocês dois, me poupem. – Pediu, voltando pra sua mesa. Ela tirou o sobretudo, pondo-o na cadeira. Então algo a espetou dentro da roupa. Ela pensou que fosse a etiqueta da blusa, mas era muito grande pra ser. Ela franziu o cenho e pôs a mão por debaixo da blusa. Achou um cartãozinho, no mesmo lugar onde a mão boba de Lauren tinha pousado. Como ela conseguira colocá-lo ali sem ela perceber, era mistério. O cartão só tinha uma frase, na caligrafia dela.


P.S.: Eu te Amo.

Camila sorriu e guardou o papelzinho em sua gaveta pessoal. Nesse momento Dinah falou.


Dinah: Quero contratar Lucy.

Camila: Para...? – Perguntou, erguendo o rosto. Sua vontade era de perguntar: ‘’Contratar pra fazer piadinhas com você?’’

Dinah: Ela é eficiente, gostei dela. Pode nos ajudar com as vernissages, organização, e tudo mais.

Camila: Bom, se você acha necessário. – Ela deu de ombros, e baixou o rosto pra gaveta de novo, organizando uma pequena cadernetinha no seu lugar, e pondo o bilhete de Lauren em cima dela.


Então ouviu o barulho da porta abrindo. Não olhou quem era. Porém, Dinah falou de novo, e Camila viu a loira se levantar.


Dinah: Eu não acredito. – Murmurou, e parecia exasperada, sem palavras, enquanto olhava a porta.

Camila: Ah, meu Deus. – Disse, após se virar, pondo as mãos na boca.


Um homem estava parado a porta. Usava uma camisa branca, de botões, e uma calça social, preta. Era alto e forte. Seus cabelos eram castanhos claros, e sua pele branquinha.


Harry: Ora, veja só. – Riu, se distraindo e se encostando à cadeira.

Camila: SHAWNIE! – Gritou, animada. Dinah continuava travada no lugar, um sorriso enorme nascendo em seu rosto.


Camila correu pela sala e pulou no colo de Shawn, abraçando-o com força. Shawn havia viajado com a esposa, em um congresso de medicina que houve em Mônaco. Depois do congresso eles resolveram tirar uma segunda lua de mel, que se estendeu em 4 meses. Agora, estava lá. Shawn era o melhor amigo de Dinah e Camila, primo de Harry.


Dinah: Finalmente, Shawnie. – Disse, sorrindo, e se aninhando no braço livre do homem.

Shawn: Não vai me dar um abraço também, Harry? – Perguntou, olhando o primo.

Harry: Er... Dispenso. – Disse, com uma careta, voltando aos seus papeis.

Shawn: Qual é o problema dele? – Perguntou, antes de beijar o cabelo de Dinah.

Harry: Porque todo mundo acha que eu tenho um problema? – Perguntou, olhando a planilha.

Shawn: Intuição. – Debochou.

Camila: Ele se apaixonou por uma médica. – Murmurou travessa, ainda abraçada a Shawn enquanto arrumava a gola da blusa de Dinah.

Harry: Grato, Camila.

Shawn: Qual médica?

Harry: Porque o interesse? – Perguntou, revisando as planilhas.

Shawn: Porque talvez eu já tenha trabalhado com ela? – Perguntou, obvio, assoprando uma mecha de cabelo do rosto de Camila. Harry ergueu o rosto subitamente.

Harry: É claro. – Um sorriso nasceu no rosto dele – Anna. Pele clarinha, cabelos marrons, meio cacheados, olhos castanhos amadeirados, residente do Central.

Shawn: Anna?! – Perguntou, olhando Harry.

Harry: Conhece-a? – Perguntou, se levantando.

Shawn: Conheço. – Um sorriso enorme coloriu o rosto de Harry – E conheço o noivo dela também. – O sorriso desmoronou. Camila arregalou os olhos. Dinah afundou o rosto no peito de Shawn, pra não rir.

Harry: Noivo?

Shawn: Noivo. Mas o James é um cara legal. – Comentou.

Harry: Vá pro inferno. – Mandou, se sentando de novo. Parecia estar pensando em diversas coisas ao mesmo tempo. Ele apanhou as planilhas e folheou-as rapidamente, aparentemente procurando algo.


Shawn se sentou, conversando com Camila e Dinah. Falou-lhes sobre a viagem, sobre Allyson, soube da volta de Lauren, enfim. Então, algo o sobressaltou.


Shawn: Harry? – Perguntou, olhando o primo.


Harry havia apanhado um canivete de dentro de sua gaveta. Ele abriu-o, e estendeu a mão esquerda. Seu rosto tinha uma cor desagradável, meio amarelada.


Camila: Harry?! – Chamou alarmada.


Harry abaixou o canivete pra mão, pouco se importando com as vozes que o chamavam, e cortou a mão, da base do dedão a outra extremidade da mão. Quanto mais cortava, mais o canivete afundava. Ele olhava a mão com o olhar duro, ignorando a dor, e o sangue começou a correr de sua mão.


Dinah: HARRY! – Gritou assustada, olhando o amigo. Harry tirara um lenço branco do bolso e o abrira.

Camila: ENLOUQUECEU?!

Harry: Não dava mais pra esperar. Alguém precisava ser prático. – Respondeu, pondo o lenço debaixo da mão cortada.

Shawn: Deixa-me ver isso. – Se ofereceu, se aproximando.

Harry: Claro, porque eu me cortei só pra você examinar minha mão. – Disse irônico, enrolando a mão no lenço. O linho branco logo se pôs vermelho. – Vou ao hospital. – Anunciou, saindo em seguida.


Harry deu entrada na emergência do hospital um pouco mais atrasado do que gostaria. Conhecia o horário de Anna, e fez o máximo pra chegar logo, mas dirigir apenas com uma mão era arriscado. Por fim, ele queria ir ao hospital, sim, mas não em uma maca, e principalmente, fazia questão de estar consciente. Um enfermeiro o deixou em um quarto, aguardando. Logo a voz dela veio do corredor.


Anna: Jay, eu não posso simplesmente largar o hospital pra... – A voz parou. Harry se apoiou no braço pra escutar a conversa, logo percebendo que se apoiara na mão cortada. Ele grunhiu um xingamento, e segurou a mão, escutando – Eu sei que... Eu sei... Amor me escuta... – Tentou. Harry revirou os olhos – Ok, não dá pra conversar assim, James. É meu trabalho. – A pessoa no telefone pareceu contestar – Tudo bem, depois eu falo com você. Porque eu estou trabalhando, e tenho que atender um paciente. Tá, tchau James. Também. Tchau. – Ela desligou o telefone.


Harry se endireitou prontamente, e esperou. Logo ela entrou, pondo o telefone no bolso do jaleco. Ela sorriu delicada, ao vê-lo lá.


Anna: De novo? – Perguntou, olhando-o sentado lá. – Vou começar a pensar em te processar por me seguir. – Brincou.

Harry: Sem sangue, sem culpa. – Ele estendeu as mãos. Uma delas estava tão vermelha quanto poderia estar. Anna ergueu a sobrancelha, olhando a mão dele. Harry olhou a mão, e abaixou-a – Ops.

Anna: Vamos lá. – Disse, calçando as luvas de borracha – Me deixe ver. – Harry estendeu a mão pra ela, obediente. Ela tirou o lenço da mão dele, avaliando o corte. – Uh. O que houve? – Perguntou, puxando um carrinho com uns objetos em cima.

Harry: Acidente de trabalho. – Disse, olhando-a.

Anna: Pensei que você trabalhasse em um escritório. De jeito nenhum que isso foi um corte de papel. – Brincou. Ela colocou o lenço dele em cima da mesinha, e puxou-a de modo que ficasse debaixo da mão dele.

Harry: Justamente por isso foi um acidente. – Disse, e ela sorriu, balançando a cabeça negativamente.


Anna se pôs quieta. Harry observou ela tirar uma pequena tina de metal de um armário, e por debaixo da mão dele. Logo ela pegou uma garrafa com soro, e deixou que o liquido fluísse pela mão dele, lavando o sangue, e revelando o corte. O avaliou, e então apanhou uma agulha cirúrgica. Logo estava suturando a mão dele.


Harry: Tudo bem? – Perguntou, observando-a.

Anna: Tudo sim. Não foi preciso suturar a parte interna, não é suficientemente fundo, então... – Interrompida.

Harry: Não. – Interrompeu. Na verdade, ele tava pouco se lixando pra aquela mão. Que caísse, se fosse preciso – Você tá bem?

Anna: Acho que estou. Por...? – Perguntou, sorrindo de leve, concentrada no trabalho.

Harry: Está quieta. Não é normal. – Ela fez uma careta ofendida, e ergueu o rosto pra ele – Sem ofensas. – Disse, prendendo o riso.

Anna: Já que você pergunta, eu só estou com alguns problemas. – Disse, voltando a atenção pra mão dele. Era estranho que um paciente conhecesse seu temperamento.

Harry: Problemas do tipo...?

Anna: Meu noivo. – Respondeu, puxando a linha com cuidado.

Harry: Que tem ele? – Perguntou, engolindo a raiva na voz. Porque ele sempre chegava atrasado?

Anna: Não gosta da minha profissão. – Resumiu.

Harry: Você gosta. – Ponderou.

Anna: Não é gostar. Eu só nasci pra fazer isso. – Ela deu de ombros, terminando o curativo dele. – Eu não devia estar falando disso com um paciente, sabia? – Perguntou, sorrindo, e molhando um algodão com álcool.

Harry: Ah. – Disse, ignorando o ardor absurdo que atingiu sua mão junto com o algodão. – Ok. – Ele consultou o relógio que estava na parede – Então o paciente te leva pra almoçar, e ai você se sente mais a vontade pra conversar com ele. – Disse, com um sorrisão enorme no rosto.

Anna: Cara de pau. – Acusou, enquanto fazia um curativo. – Eu só tenho horário de almoço daqui à uma hora. – Comentou.

Harry: Tudo bem, eu ainda tenho a outra mão pra cortar. – Disse, mostrando a mão boa. Com isso Anna riu.

Anna: Pronto. – Disse, olhando o curativo branco que envolvia a mão dele – Eu vou marcar pra você voltar daqui a alguns dias, então eu vejo se os pontos estão bons. Vou receitar um anti-inflamatório, pra dor, e você evita comidas carregadas ou gordurosas, pra não inflamar, sim?

Harry: Só se você almoçar comigo. – Disse insolente, se balançando nos pés. Anna tirou o cabelo do rosto, olhando o relógio de pulso.

Anna: Daqui à uma hora. – Aceitou, e ele assentiu satisfeito. – E está pronto. – Avisou, saindo.


Harry olhou o curativo perfeitinho na mão, e logo uma enfermeira entrou pra limpar a mesinha que Anna usara. Harry saiu dali assoviando. Finalmente fizera algo que deu certo.


Harry: Então seu noivo não gosta da sua profissão. – Começou, quando o garçom retirou os pratos do almoço.

Anna: Ele não gosta do tempo que ela me deixa ocupada. – Corrigiu.

Harry: Há quanto tempo você é noiva?

Anna: Dois anos. – Respondeu calma.

Harry: Não casaram por...? – Perguntou tranquilo.

Anna: Porque eu nunca tenho tempo pra tirar uma lua-de-mel do tamanho da que ele quer. – Disse calma.

Harry: Então, me perdoe pela clareza, mas dependendo de mim não vai ter tempo tão cedo. – Ele ergueu a mão enfaixada distraidamente demais, e ela riu.

Anna: Há outros residentes pra aquele hospital, Harry.

Harry: E eu só pago pra ser atendido por você. – Esclareceu, satisfeito.

Anna: Aham. – Disse, observando-o, e olhando o rumo que a conversa tomava. – Meu horário de almoço acabou. – Disse, se levantando.

Harry: Eu levo você. – Disse, procurando o garçom pra pedir a conta.

Anna: Não é necessário, sério. – Disse, enquanto saía da cadeira. – Até mais, Harry.

Harry: Até daqui a três dias. – Disse, petulante, dando tchau com a mão enfaixada. Anna não agüentou e riu, enquanto se virava pra sair.


Harry sorriu, satisfeito, observando ela ir embora. Pobre James. Se dependesse dos machucados de Harry, não casaria nunca. Harry deceparia a mão se fosse necessário, mas não deixaria ela casar. Pobre Harry, por achar que seria tão fácil.

No final do dia...

Shawn saía do prédio do ateliê de Camila, com ela em um lado e Dinah no outro. Harry vinha logo ao lado dos dois, comentando algo que fazia os três rirem. Um par de olhos cor de esmeralda os observava de um carro, e havia um misto de incredulidade, exasperação e fúria ao ver Camila nos braços de Shawn. E Dinah, ah, sempre Dinah.  Quando era pra prejudicá-la, sabia ser arisca, mas ali parecia uma coelhinha, de tão fofinha.
Nevara no fim da tarde. O salto de Camila afundou na neve, e Lauren observou a mão de Shawn rapidamente agarrar o braço de Camila, evitando a queda, e um rosnado nasceu em seu peito.


Harry: Se você caísse eu ia rir. Quero dizer, eu ia rir MUITO. – Disse, sorrindo, com as mãos no bolso, enquanto caminhavam. Shawn ria da carinha desavisada de Camila. Dinah estava tranquila, sorridente, os fios loiros lutando contra o vento frio.

Shawn: Tudo bem, o horário está certo? – Perguntou, olhando a todos.

Harry: Se você insiste pela minha presença. – Disse, olhando alguns flocos de neve perdidos.

Camila: Só vou passar em casa, fazer umas coisas e vou. – Disse, olhando o salto, e espantando um pouco de neve.

Dinah: Pra mim tá ótimo. – Disse, animada.

Shawn: A Ally ficou super animada. – Comentou, satisfeito.

Harry: A dor do parto é enorme, mas eu vou indo. – Disse, apanhando as chaves de seu carro.

Dinah: Eu também, porque ainda quero lavar os cabelos, e não quero me atrasar. – Disse, imitando Harry.

Shawn: Como você vai? – Perguntou, vendo Camila.

Lauren: Ela vem comigo. – Disse a voz cortante atrás deles. Camila franziu o cenho, ainda sem se virar.


Shawn soltou os braços de Dinah e Camila e se virou, encarando o outro. Harry assoviou, animado, se virando também. Dinah lançou um olhar fulminante a Lauren, e Camila encarou a esposa, cautelosa.


Shawn: Então realmente voltou. – Disse com desgosto na voz.

Lauren: Pelo que vê, voltei. E esperava não ver você de novo, mas veja só como é a vida. – Disse irônica – Vamos, Ma Belle? – Perguntou, virando o olhar a Camila. A latina estremeceu involuntariamente com a fúria reprimida no olhar dela.

Shawn: Ela vem comigo. – Disse, decidido, abraçando Camila pela cintura de novo.

Lauren: Desculpe?! – Perguntou, e um sorriso ameaçador começou a nascer em seu rosto.

Camila: Shawn, pelo amor de Deus. – Murmurou, tentando se desvencilhar do braço dele.

Lauren: Solte-a. – Ordenou, em um sibilo.

Shawn: Faça-me soltar. – Desafiou, com um sorriso torto nascendo no rosto.


Lauren aceitou a proposta com vontade. Camila gritou. Harry entrou no meio, recebendo o impacto de Lauren, mas conseguindo segurar ambas as partes. Dinah olhava Lauren, furiosa. Que Lauren e Shawn não se batiam, não era novidade pra ninguém. Desde antes de tudo, os dois nunca se simpatizaram. Agora, era incontrolável.


Dinah: Estão chamando a atenção. – Rosnou, alertando sobre as pessoas na rua.

Camila: Agora chega. Shawnnie, por favor. – Pediu, soltando a mão de Shawn de sua cintura. O homem a observou, quieto. – Harry, obrigada.

Harry: Estamos aqui pra isso. – Disse debochado, ainda no meio dos outros dois. Lauren observava a cena, quieta.

Camila: Até logo. – Disse aos outros, e foi na direção de Lauren.


Lauren pegou o braço de Camila assim que ela passou ao seu lado, virando o rosto pra sorrir pra Shawn. O sorriso morreu assim que elas saíram da linha de alcance dos dois. Lauren caminhou até seu carro, ainda segurando Camila pelo braço, e o destravou. Abriu a porta do carona e ela entrou sem dizer nada, recebendo a portada logo depois. Não queria nem pensar na discussão que teria quando o carro parasse em casa.

              -

Camila não falou nada a viagem inteira. Deus, Lauren estivera tão perto de brigar com Shawn, por nada! Era inacreditável.
Quando ela parou no estacionamento do prédio das duas, Camila não disse nada. Tirou o cinto de segurança, pegou sua bolsa e saiu do carro, fechando a porta, deixando-a atrás de si. Lauren observou ela caminhar sob os tamancos altos, espantando alguma neve do sobretudo creme. Ela respirou fundo e saiu do carro. Alcançou Camila quando ela chamava o elevador.


Camila: Eu não quero falar. – Disse, quando sentiu ela se aproximar. Lauren apenas assentiu quieta. Quem dera ela realmente não quisesse falar.


O elevador chegou, e as duas entraram. Logo saíram no seu andar. Camila abriu a porta, e entrou em casa, tirando o sobretudo, e largando-o em cima do sofá.


Lauren: Pretende ir a algum lugar? – Perguntou, parando na porta do quarto, se encostando ao portal, observando ela prender os cabelos.

Camila: Vou a um jantar de boas-vindas na casa de Ally e Shawn. Não devo demorar. – Disse, empurrando os tamancos com os pés.

Lauren: Por...?

Camila: Por o que? – Perguntou impaciente, se virando pra ela. Lauren viu a fúria contida no castanho dos olhos dela.


Camila viu a esposa virar as costas, e sair dali. Ficou no quarto até esfriar a cabeça, e então foi atrás dela. A noite já caíra lá fora. Lauren estava quieta demais. Quando chegou a sala, ela estava sentada no sofá, com duas folhas de papel na mão, e parecia concentrada em comparar alguma coisa nos dois papeis.


Camila: Eu vou deixar algo pronto pra você jantar. – Disse, atravessando a sala. Lauren ergueu os olhos, despreocupada, olhando-a passar com o a sua frente.

Lauren: Você não vai, Ma Belle. – Disse, abaixando os papeis.


Camila parou onde estava, e se virou pra ela. Lauren largou os papeis de lado, e encarou-a. Havia um misto de raiva, incredulidade e ironia no rosto dela.


Camila: Não?!

Lauren: Não. – Confirmou.

Camila: E você, quem é pra me dizer onde eu vou ou deixo de ir? – Perguntou, irritada.

Lauren: Sou sua mulher. – Lembrou, como se a pergunta fosse tão obvia que não merecia ser feita.

Camila: E como pretende me impedir? – Deu corda, deixando sua fúria se acumular.


Então ela viu um sorriso nascer no rosto da morena. Um sorriso satisfeito, tranquilo. Um sorriso de quem já tinha o jogo ganho. Camila teve o súbito impulso de olhar pra porta. Lauren se acomodou na poltrona, esperando. Ela caminhou até a porta, e puxou a maçaneta. Não abriu. Trancada. Camila sorriu consigo mesma e foi até a gaveta da mesinha ao lado da porta. Abriu a mesinha, e havia alguns pertences, incluindo uma caixinha de madeira. Abriu a caixinha e... Estava vazia. A chave reserva sumira.


Lauren: Não adianta, Ma Belle. – Disse, e estava certa. As portas estavam trancadas. Ela não poderia se jogar do 26º andar.

Camila: Não pode me trancar. – Disse, virando-se pra ela.

Lauren: Amanhã de manhã as portas e janelas estarão abertas ao vento. Mas hoje está frio demais. – Disse, sorrindo do rosto dela.

Camila: Dê-me as chaves. – Pediu, se aproximando.

Lauren: Ma Belle, se você quisesse ir comigo pra onde quisesse, eu lhe entregaria as chaves. Se quisesse ir com Harry, ou até com Dinah, que é má influencia, eu as entregaria. – Disse, se levantando – Mas Shawn não. Shawn é pedir demais. – Ela caminhou até a janela, observando a neve cair.

Camila: Lauren, você está fazendo tudo errado. Não pode escolher com quem eu ando. Não pode me prender. – Ela respirou fundo, contendo a fúria – Meu amor, me dê as chaves. – Pediu. Lauren sorriu, se virando pra ela.

Lauren: Não adianta. – Repetiu.

Camila: Eles vão vir. – Avisou.

Lauren: E eu os receberei. – Respondeu tranquila.


Camila explodiu.


Camila: QUE DIABO, OLHE O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO! – Gritou, e Lauren esperou.

Lauren: Shawn não, Camila. – Disse calma.

Camila: Não é minha mãe. – Rosnou.

Lauren: Sou sua mulher. – Repetiu.

Camila: Só pelos próximos dez meses. – Disse furiosa. Lauren a observou, e Camila viu o choque riscar o olhar dela. Ela não havia falado no prazo do tempo desde que voltaram. A morena demorou um curto espaço de tempo pra responder.

Lauren: Então pelos próximos dez meses você vai ser submetida a tudo isso. – Disse, apontando pra porta trancada.

Camila: Você enlouqueceu. – Acusou.


Lauren deu de ombros, olhando-a. Parecia ter o peso do mundo nos ombros. Camila a encarou por minutos, esperando que desistisse daquilo, que visse a confusão que ia dar. Mas ela não se moveu.


Camila: Eu... Eu vou tomar um banho, e vou me deitar. – Disse, a meia voz, reconhecendo a batalha perdida. Lauren a observou, quieta.

Lauren: Irei logo. – Disse, relaxando a postura defensiva. Havia acabado.

Camila: Não. – Disse, e ela a olhou. A latina sabia que era um grande erro fugir dela. Lauren era como uma predadora, e ela era a presa. Fugindo dela, despertava-lhe o desafio de domá-la, submetê-la. Viu o brilho do desafio riscar o olhar da morena – Esta noite não.


Dito e feito. Ela viu Lauren atravessar a sala, e recuou um passo. Mas não correria. Não mesmo. Então a mais alta a apanhou nos braços e a beijou. Camila respondeu o beijo, mas não como era sempre. Apenas correspondeu. Tinha tanta raiva por amá-la desse jeito. Ela conseguiu força pra se libertar do beijo dela por um instante, então...


Camila: Por favor. – Pediu, com a voz quebrada e os olhos ainda fechados.


Lauren a observou por um momento. Era uma condenada perto dela, só isso. Camila sentiu os braços dela se afrouxando, e abriu os olhos. Ela a observava, quieta.


Lauren: Vá tomar um banho quente. E vista algo mais agasalhado. Está frio. – Disse, o olhar misterioso, e se afastou dela, dando-lhe espaço pra sair. Camila assentiu e deu as costas a ela, saindo dali.


Horas depois, na casa de Shawn...


Ally: Ela não vem. – Disse, encolhidinha em uma poltrona.

Dinah: É melhor ligar. – Sugeriu.

Shawn: Se Lauren fez alguma coisa, eu vou até lá. – Prometeu, apanhando o telefone.

Ally: Shawnie... – Pediu temerosa.

Harry: Eu vou também, é claro. Adoro barraco. – Disse, soprando a fumaça de um cigarro.


No apartamento das Cabello-Jauregui...


Lauren estivera quieta todo este tempo, pensando em tudo. Então reparara que Camila também estava quieta demais. Depois do barulho do chuveiro, não houve mais nada. Ela respirou fundo e se levantou, avançando calmamente pelo corredor. Entrou no quarto, e viu a latina encolhidinha em seu lado da cama, as mãos sobre a barriga, os olhos fechados, o cabelo solto pelo travesseiro. Sorriu e se aproximou, sentando-se ao lado dela e pegando sua mão. Camila abriu os olhos, duas pedras castanhas, pra encará-la. Seus olhos ardiam.


Lauren: Não queria te acordar. – Disse, acariciando as costas da mão dela com o dedão.

Camila: Não estava dormindo. – Respondeu, a vozinha rouca.

Lauren: Eu prometi que nunca mais iria lhe machucar, Ma Belle. E eu não vou. – Ressaltou, olhando a mão dela.

Camila: Não pode afastar meus amigos de mim. – Disse, olhando-a.

Lauren: Não é minha pretensão. Eu só não... – Ela parou, e a menor esperou – Não me peça isso, neném. – Pediu.

Camila: Qual o problema com Shawn? Desde sempre, Lauren. Pondo-me entre os dois. Só me diga por quê. – Pediu, olhando-a.

Lauren: Tem... Tem algo nos olhos dele quando ele olha pra você. Algo que não tem nos olhos de Robert, nem nos de Harry.

Camila: Ele é louco pela Ally, você sabe disso.

Lauren: Eu sei. – Tranquilizou – Mas, não sei o que é. Não gosto do modo como ele te olha. Faz com que eu me sinta acuada. – Explicou. – Está quente, Ma Belle. – Disse, segurando a mão dela entre as suas, sentindo a diferença da temperatura da pele dela.


Então, antes que Camila pudesse responder, o telefone tocou.


Lauren: Alô? – Disse, a mente voltada a pele quente de Camila, imaginando qual seria o problema.

Shawn: Camila, por favor? – Pediu curto e grosso.

Lauren: Infelizmente ela não pode atender. E não poderá ir ao seu jantar, também.  Nossas desculpas. – Disse debochada.

Shawn: Eu posso saber por quê?

Lauren: Poder, não pode. Mas como eu estou de ótimo humor hoje, ela não está muito bem.

Shawn: O que ela tem? – Perguntou, ainda achando que era mentira.

Lauren: Não é da sua conta. – Respondeu, perdendo a paciência.

Shawn: Eu sou médico. – Lembrou.

Lauren: A mim, me dá igual. Não é o médico dela. – Dispensou.

Shawn: Não me faça perder a paciência, Lauren. – Rosnou.

Lauren: Ok, agora eu estou realmente assustada. Mais alguma coisa? – Perguntou.

Shawn: Estamos indo. – Avisou, e então o telefone ficou mudo.

Lauren: Que venham. – Disse, após por o telefone no gancho, despreocupada.


Então ela foi até o quarto, cuidar de Camila. Queria que a mulher já tivesse em alto sono quando Shawn chegasse.


Lauren: Pronto. – Disse, voltando ao quarto. Ela passou a mão pelo pescoço da menor, sentindo a pele febril. – Tem febre, Ma Belle. – Disse, preocupada.

Camila: Tenho frio. – Admitiu, se encolhendo. – Acho que é alguma virose.

Lauren: Vou levar você ao médico. – Disse, prontamente, se levantando. A mão de Camila a segurou, e ela a olhou.

Camila: Não. – Pediu.

Lauren: Você precisa. – Disse, se sentando novamente.

Camila: Preciso que fique comigo. – Disse manhosa, e se sentou, se abraçando a ela. Lauren sorriu e a admitiu dentre os braços, sentindo o corpo quente e molinho dela.

Lauren: Parece uma criança de colo. – Disse, apanhando-a em seus braços. Ela pôs Camila em seu colo, virada de lado, e ela se aninhou ali.

Camila: Tenho remédio receitado. Não preciso de um hospital. – Propôs.

Lauren: Pois muito bem. Dou-lhe o remédio, e se não passar, pela manhã vamos ao hospital. E eu não quero ouvir objeção. – Disse, vendo um biquinho no rosto dela. Camila sorriu, aceitando.


Lauren se levantou e buscou o remédio, dando a ela em seguida. Então buscou um roupão agasalhado, de veludo, pra ela. Em seguida, pôs ela de volta na cama. Embalou o sono dela por minutos, só que quando ela estava quase pegando no sono, o interfone tocou. Maldição.


Lauren: Eu atendo. – Disse, se levantando.

Camila: Amor. – Segurou-a, e ela a olhou – Não brigue com ele. Lauren, eu te imploro. – Pediu.


Lauren não disse nada. Apenas se levantou e saiu do quarto.

 


Notas Finais


E ai galera, como estamos?
Lauren às vezes é mó otária né, pelo amor.
E ah, essa ''Anna'' que o Harry ta afim é um personagem aleatória que a autora usou na fanfic original e eu deixei por falta de opções mesmo.
Se vocês tiverem sugestões de mulheres com quem vocês shippam o Harry, me avisem nos comentários que eu mudo a personagem.
Deixem nos comentários os users do Twitter de vocês, que vou seguir geral.
Beijossssss


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