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História P.S Me Abraça? - Ainda juntos


Escrita por: JuyMoore

Notas do Autor


Eu ouvi um Amém? haushua
Okay, okay, eu demorei "um pouquinho". Eu vou tentar me agilizar nas férias~ E é provável que vcs tenham que voltar ao capítulo anterior pra se localizar, me desculpem por isso '-'
E como sempre, o capítulo está com 3.5k de palavras para garantir a sobrevivência de vocês até eu voltar... ♡ E me desculpem pelas trocas de POV muito rápidas... Foi necessário rsrs
Boa Leitura e te encontro lá embaixo o/

Capítulo 22 - Ainda juntos


Fanfic / Fanfiction P.S Me Abraça? - Ainda juntos

  POV Amelie

 Permaneci na mesma posição por mais 10min, era o tempo estimado para meu corpo se recompor. Neox estava deitado junto a mim, ele também parecia estar machucado. Me sentei e aos poucos fui me levantando, minha costela doía como quem rala o joelho pela primeira vez. Me mantive firme, eu precisava sair dali e, acima de tudo, precisava de ajuda. Caminhei pelas ruas um pouco confusa, eu, como das outras vezes, buscava um porque daquilo acontecer sempre comigo. Eu poderia me jogar na frente do primeiro carro que passasse por ali e acabar com tudo rapidinho, mas seria fácil demais para quem mora no centro de Los Angeles.

 Era perto das 5horas e o sol estava se pondo, então decidi subir até a parte superior do apê. Me sentei e coloquei Neox ao meu lado. Saudade e dor, era uma mistura de sentimentos que me deixavam enjoada. Tirei a camisa xadrez que estava amarrada em minha cintura e joguei sobre o cimento onde apoiei minha cabeça. Meus órgãos pareciam querer sair pela boca a cada suspiro. Eu queria ficar ali sentada enquanto o sol se põe, até o momento em que ele desaparece por completo, e as estrelas então brilhassem. Apesar de o sol não se pôr da mesma maneira de quando Son está vendo comigo, eu queria ficar ali mais um pouco, até ele nascer novamente. Porque o tempo entre o pôr e o nascer do sol, é quando a correria acalma. Tudo parece melhor quando o sol se põe. Fechei os olhos e pensei em como eu iria superar mais isso.

 Foi difícil passar por cima de todas aqueles sentimentos causados por eles, a sensação de ser machucada sem motivo, e ainda está sendo. Não ache que eu não pensei em desistir, porque pensei. Todas as minhas forças haviam se esgotado, não me restava mais nada. 

  POV Sonny

 Ao sair da lanchonete ouço a porta abrir novamente, deduzi ser Cynn. Não fiz questão de olhar para trás. Eu estava nervoso, fui pego de surpresa. Logo ouço meu nome em meio a pedidos de desculpas desesperados. Paro e ela corre até mim, disse diversas coisas que eu apenas ouvi, ela segura meus braços e implora por perdão, não queria perder a pouca amizade que tínhamos. Tarde demais. Segui a deixando, retirei meu celular do bolso e disquei o número de Amelie.  

  POV Amelie

 Chequei meu celular e havia infinitas ligações de Edu e Jess, nenhuma de Sonny. Ele deveria estar muito ocupado pensei. Uma lágrima logo escorreu, eu queria que ele estivesse aqui, queria poder beijá-lo, queria poder sentir seu cheiro e seu abraço apertado, queria poder ouvir da sua boca que tudo ficaria bem. Se existisse algo que eu pudesse fazer para ter ele aqui agora, eu faria.

 Nisso o celular toca, não dei o trabalho de olhar quem era, pois, o toque personalizado entregava. Eu não poderia contar a ele o que aconteceu hoje e muito menos quem foram os responsáveis. A vontade de ouvir sua voz era grande, mas por um momento eu ignorei o meu coração, deixando ele tocar em vão. Agora era apenas aquelas dores insuportáveis que me deixavam inquieta, eu me encolhia de uma forma que pudesse aliviar, mas era questão de segundos. Agarrei Neox e o coloquei na mochila mais uma vez, peguei meu celular que ainda tocava, coloquei no silencioso e pus no bolço lateral. Fui até a beira e olhei para baixo, o vento bagunçou meus cabelos e eu respirei fundo antes de sair dali.

 Quando a porta do elevador se abriu me deparei com uma Amelie que eu não via a muito tempo, confesso que senti sua falta. Olhos roxos, cabelos bagunçados, olhar disperso, pele pálida e boca trêmula. Uma pena que espelhos não transmitem também, dores interiores. Encostei a testa na parede do elevador e fiquei a encarar o chão que girava lentamente, percebo meus cadarços desamarrados, ri de canto pois eles sempre se encontram dessa forma. Fui até minha porta, ou a que eu achava ser a minha porta e entrei chaveando logo em seguida, tirei Neox da mochila e coloquei sobre a cama, ele logo desceu. Coloquei minha câmera sobre a cômoda e fui até o banheiro. Durante o banho meu celular tocou mais uma vez, vi através do box embaçado sua luz. Sai e fui até minha estante abrindo a primeira gaveta onde ficava os remédios. Pedi desculpas baixinho e ingeri 3 comprimidos de analgésicos seguidos. Sonny simplesmente odiava me ver dopada de remédios, mas era a única solução. Fui até a cozinha sem saber o que fazer, eu precisava de música para não ficar a sós com meus pensamentos. Eles poderiam me matar. Ligo meu celular e havia algumas infinitas ligações agora de Sonny, ignorei mais uma vez e me deitei no tapete da sala. Coloco os fones, ligo a música no volume máximo e tudo fica um pouquinho menos insuportável. Do que depender de mim, ninguém nunca vai saber o quão fodidas estão as coisas aqui dentro.

  POV Sonny

 Já no hotel liguei várias vezes para Mely, só dava caixa postal, o que teria acontecido? Justo agora que eu precisava conversar com ela. Tentei de diversas formas algum contato, o que parecia mais impossível a cada passo desesperado que eu dava pelo quarto. Sinto algo diferente aqui dentro, está machucando. Eu não posso feri-la dessa forma, não posso esconder. Liguei para Diplo, os conselhos dele de alguma forma podem me ajudar. Bom, certamente ele ficou surpreso e afirmou o fato de Amelie ter sumido durante a tarde pois viu Jess eufórica andando pela casa.

- Cara, eu não sei o que eu faço! Eu fiz essa merda toda acontecer! –Digo andando de um lado para o outro.

- Ei cara relaxa, você está nervoso demais! Vamos ser objetivos. Pra você tem apenas uma opção: Não esconda NADA, conte, seja sincero. Se trata de uma Amelie ciumenta em jogo.

- Eu nunca mentiria a ela Diplo, jamais. Eu só não sei como contar, de que forma chegar a esse assunto.

- Não sei cara, seja o mais direto possível. Ah, e Amelie anda diferente de uns dias pra cá...

- Como assim?

- Sei lá, no colégio ela anda estranha, achemos que poderia ser o fato de você não estar aqui, mas não deve ser só isso.

- Ah cara, não faz isso! –Digo socando a cabeça na parede fazendo ele ouvir o barulho

- Você mandou eu te manter informado, é o que estou fazendo. Agora vai lá e liga pra ela cara! –Diplo riu– Larga de ser cagão.

- Tá legal, vou fazer isso!

- De nada. –Desligou

 Sonny se sentou na cama tapando seu rosto com as mãos, estava preocupado com Amelie. Limpou seus olhos por debaixo do óculos rápido, eles pareciam querer lacrimejar.

- Anton... –Sussurrou apertando o celular em suas mãos com certa raiva.

  POV Amelie

 Meu corpo parecia latejar, meu pescoço trazia as marcas das mãos de Danton e na minha cintura se formava não só uma galáxia mais sim um universo negro inteirinho. Minha boca do nada começa a sangrar, corri até o banheiro onde vomitei. Apertei as mãos contra minha barriga e gritei, gritei muito na esperança daquela dor passar. Voltei até a sala onde me encostei na parede escorregando até o chão, Neox se deitou no meu colo e eu acariciei atrás das suas orelhas, ele adorava isso.

 Seus olhos começaram a lagrimejar, estava prestes a discar o número de um de seus amigos quando...

- Amor? –Sonny disse baixinho. Amelie respirou fundo e engoliu o choro.

- Oi Sonny. –Respondeu

- Está tudo bem? Porque não me atendeu? Onde você está Amelie?

- Descarregou, é meu celular descarregou.

- Não me convenceu Amelie.

- Estou bem Sonny. Quando você volta?

- O quanto antes. –Sonny pode ouvir sua respiração pesada.– Preciso te contar uma coisa baixinha... –Silêncio

- Diz que você decidiu vir hoje. –Digo mais alegre

- Não –Riu– Isso seria impossível. –Sem medir minhas ações soquei o chão com certa raiva, eu só queria ele aqui pô!– Cynn me beijou. –Disse rápido

- QUÊ??! –Gritei, com o impulso bati a cabeça na prateleira encima de mim. Neox simplesmente saiu correndo assustado.

- Você está bem? –Perguntou

- Não. –Respondi grossa

- Olha baixinha, você deveria ver o quanto pensei em como eu iria te dizer isso, pois saberia que sua reação seria essa. Confia em mim, eu não fiz nada. A gente estava em uma lanchonete simplesmente conversando quando eu decidi ir embora, na hora de me despedir ela me agarrou e me beijou. Eu não correspondi, pelo contrário eu a empurrei e pedi explicações. Eu não falei mais com ela depois disso e não pretendo mais falar. Me desculpe Mely...

 Ok vida, já entendi que sou forte o suficiente para suportar tudo isso. Já pode para com os testes.

- Mely? Me desculpa? –Disse baixinho.

 Eu confio no Sonny, confio mais do que em qualquer outra pessoa. Não vou dar uma de psicopata e entupir ele de palavrões, afinal, nem estado necessário para fazer isso eu estou. Estou apenas tendo uma terrível discussão dentro de mim, é sempre assim, quando não saio quebrando tudo aqui dentro, eu colo todos os pedaços que ficarão quebrados.

- Esse teu silêncio me mata por dentro.

- Não se preocupe, está tudo bem comigo, meu coração agora só dói quando eu respiro. –Digo

- Eu não quero te deixar triste... Eu te amo! –Por segundos eu segurei o choro, eu arrumo sempre um jeito de disfarçar as confusões que há dentro de mim, mas dessa vez escapou, e ele percebeu. Eu tentei me manter desde o dia dos cortes o mais natural possível, para não preocupar ninguém e nem causar mais problemas. Mas Sonny contou algo que muitos garotos esconderiam, porque eu não contaria o que aconteceu comigo também? Acabei por desabafar. Ele como esperado se desesperou e se culpou por não estar junto a mim quando eu precisava de ajuda. Implorei para que ele não contasse a mais ninguém e depois de um tempo desliguei, pois as dores insistiam em ser sentidas. Parece que a gente vai morrer, porque a dor é tão grande que nos rouba o poder de respirar, os pulmões param por um segundo, as lágrimas não param de descer e o coração dói. O desespero toma conta do corpo e da alma.

 A escuridão me cobriu por completo esta noite. Me fez chorar, espernear, mantendo-me agitada pela casa enquanto procurava a tranquilidade. Não a encontrei e o cansaço de viver assim abriu minha pele e quase me fez desistir da dor. Então corri para o banheiro, me sentei no chão e deixei a água que caia do chuveiro me lavar a alma mais uma vez. Não sei por quanto tempo fiquei sentada ali, mas quando senti que a água me purificou por inteira, sai do banheiro vestindo um pijama novo e confortável. Tudo volta ao normal. A respiração já está melhor, ofegante ainda, porém melhor. As lágrimas começam a diminuir e a dor? Bom, muitas vezes ela continua igual, e até aumenta, mas eu aprendi a me acostumar com ela.

  POV Sonny

 Me senti na obrigação de ajudar Amelie mesmo ela não querendo. Eu a conheço muito bem e sei que quando ela prefere estar longe das pessoas é quando ela mais precisa de apoio. Quebraria nossa promessa pelo seu bem... Liguei a Jess e contei sobre o que aconteceu, pedi a ela para passar a noite com Mely. Disse também para ela tomar seu celular a noite pois ela fingiria estar dormindo quando estaria na verdade, ouvindo música. Ela faz isso sempre.

  POV Jessie

 Quando Sonny me contou o que aconteceu eu me senti completamente irritada, não sabia se estrangulava Amelie quando a visse ou abraçaria ela até suas dores pertencerem a mim. Essa garota gosta de sofrer. Agora ela deve estar lá, toda fodida sentindo dor calada quando eu poderia estar ajudando-a. Porra Amelie! Porque tu é tão teimosa?! Passemos no mercado e depois fomos até seu apartamento, houve uma pequena discussão antes de tocarmos a campainha pois algumas comidas haviam sumido da sacola por um acaso da vida.

- Eu toco. –Disse Edu entrando em minha frente

- Nem pensa seu ladrão de salgadinhos. Eu que toco! –O empurrei

- Já falei que não foi eu poxa! –Cruzou os braços

- Como ousa ser tão cara de pau Eduardo?

- Já olhou pro rosto da Mija antes de me julgar?

- Ela não disse uma se quer palavra durante o caminho até aqui... Pera... –A olhei, foi aí que ela tapou o rosto com as mangas da sua blusa. – Tá, mais sabemos que você sempre fez isso...

- O indecente vai abrir essa porra ou não?

- Eu que vou abrir desgraça! –Entrei em sua frente

- Mas então... –Me olhou confuso

- Ah já irritou! –Diplo gritou e nos empurrou abrindo caminho, logo bateu na porta. –Pronto crianças. –Disse sorridente

- Aah... mais eu te mato... –Comecei a bater nele, mas Diplo era tão alto que os meus socos alcançavam apenas o seu peitoral o que fazia ele rir.

- Pixiiuu! Vocês podiam fingir pelo menos que são sérios o suficiente para ajudar uma pessoa que está atrás dessa porta precisando da nossa ajuda?! –Pronunciou Edu

- Falou o adulto. –Digo mudando de voz. Mija estava nas pontas dos pés tentando observar o que acontecia a sua frente. Por um momento ela passou a ser a mais normal do grupo. Depois de um tempo Mely abriu a porta com uma cara extremamente abatida, cabelos devidamente bagunçados e apenas com um pijama kigurumi de urso, ela é extremamente apaixonada por eles. Parecia que já estava a tentar dormir.

- Não tenho esmolas... –Disse voltando a fechar a porta

- Ei –Impedi com a mão– Poderia ao menos ser mais receptiva? –Ela ficou a nos olhar séria apoiada no trinco. Entremos e coloquemos as sacolas sobre a mesa.

- Belo pijama... –Disse Edu apontando para ela.

- Nunca vi esse pijama –Digo franzindo o cenho

- Sonny... –Disse coçando os olhos e voltando ao quarto

- Eu jurava que ele dormia apenas de cueca... –Pronunciou Diplo

- E dorme... –Mija. Amelie parou o caminho e ainda de costas mostrou o dedo do meio.

- O que significa tudo isso? –Apontou paras as comidas

- Bom, estávamos entediados e com fome... Decidimos vim até aqui para...

- Assistir alguns filmes! –Completou Diplo segurando alguns DVD’s que havíamos trazido

- É isso aí!  –Mija continuou enquanto tirava as coisas da sacola.

- Sonny... –Murmurou Amelie se jogando no sofá

- Só sabe falar isso? –Zombou Diplo

- Você devia entender o lado dele, ele está preocupado contigo. –Digo me sentando ao seu lado

- Ele tinha me prometido. –Disse desviando o olhar

- Agora não adianta mais Amy, a gente vai ficar aqui tu queira ou não. –Edu se aproximou

- Bom, aonde doí? –Disse Mija se ajoelhando na sua frente

- Quer mesmo saber? Tudo!

- Vi que seu pescoço está marcado, seria pelas mãos de Anton? –Pergunta Diplo se sentando no sofá ao lado

- O que você acha? –Levantou o rosto

- Eu ainda quebro a cara daqueles idiotas... –Diplo socou o sofá

- A gente passou na farmácia e compremos alguns anti-inflamatórios... –Digo indo até a mesa– Sabíamos que você não aceitaria ir ao hospital, então viemos preparados. Talvez ajude a diminui o ardor...

- Ah e tem até uma coisa que tu adora aqui... –Edu se levantou sorridente

- Mais remédios? –Perguntou

- Não, são Toddynhos! –Disse levantando em suas mãos– Que são muitos por sinal.

- Obrigada, mas estou bem assim!

- Tenho certeza que você não comeu nada o dia todo.

- Estou bem assim, sério! –Insistiu

- Mas você vai tomar mesmo assim! –Edu disse indo até ela com umas 20 caixinhas nos braços, derrubou algumas pelo chão o qual chutou até chegar nela.

- Isso se sobrar algum... –Brinquei

- Desastrado... –Disse rindo e bagunçando seu cabelo

- Meio passo dado. –Mija

- Amm, me deixa ver seus machucados? –Perguntei a ela. Depois de muita insistência, ela aceitou as ajudas e então podemos enfaixar os lugares machucados, que eram muitos por sinal. Comemos as porcarias que trouxemos e então decidimos que passaríamos a noite com ela. Ela estava aparentemente bem, ria das piadas sem noção que fazíamos para despistá-la e se divertiu assistindo os desenhos que Diplo havia escolhido. Só em certos momentos que ela ficava em silêncio e então percebíamos que algo doía, então quem estivesse mais próximo a ela a abraçava. Era uma forma de fazê-la esquecer do mundo cruel, e mostrá-la que há pessoas que se importam com ela.

 Todo esse tempo tentemos evitar ao máximo perguntas sobre o acontecido. Não queríamos que ela ficasse a lembrar, apesar de toda hora ela mesmo fazer isso.

- Tem dias que eu queria mudar o mundo, como esses heróis dos desenhos animados, em outros só queria fugir dele. –Disse quebrando o silêncio. Todos desviaram o olhar da TV para ela– É sério, vocês não viram o que eles fizeram comigo. –Disse apertando o travesseiro em seus braços.

- Eles querem que você se sinta mal, pois assim eles se sentem bem. Não dê esse gostinho a eles Amelie. –Edu disse se virando a ela. Ele sentava a sua frente no chão. Ela pensou em silêncio e se curvou a ele fungando seu cabelo. Edu sorriu de olhos fechados. Ele sentia falta de seus cafunés aleatórios.

- Eu devia ser mais forte às vezes... –Disse abraçada a Edu– Eu tento ser forte o suficiente, todo dia, tento não olhar para trás, respirar fundo e seguir em frente. Tento fingir que não escutei certas coisas. Eu tento, sabe? Mas nem sempre consigo.

- Sabe o que é ser forte? É você ter que aguentar tudo dando errado na sua vida, e ainda sorrir. Você faz isso todos os dias pequena, pois senão Sonny não se apaixonaria pelo seu sorriso... –Disse Diplo vidrado na TV.

- Concordo com ele Amy. Você é uma menina muito forte, não diga assim de você mesma. –Digo acariciando seu cabelo. Ela sorriu, e pela primeira vez no dia eu percebi que atrás daquela frieza toda, tem um coração arranhado que precisa ouvir um simples “ Eu sei como você se sente”.

 Depois de todos se mostrarem cansados, fomos dormir. Eu e Amelie em sua cama, Mija ao lado e os meninos no chão.

- Isso cheira homem. –Disse Mija mexendo nos travesseiros

- Meu homem. –Amelie completou se deitando.

- Essa casa inteira cheira homem! Velhos tempos em que você entrava e o cheiro de doce tomava conta das suas narinas... –Disse Edu socando o travesseiro

- Não reclama... –Amelie

- Devem se pegar em todo canto, não é possível. –Continuou

- Quer parar?! –Jogou um travesseiro nele.

- É melhor aceitar Eduardo. –Debochou Diplo

- Seu celular... –Digo a cutucando

- O que tem?

- Me dá –Estendo as mãos

- Não, eu preciso ver a hora do remédio.

- Eu vejo pra ti. Agora me dá! –Ordeno. Ela bufou e me entregou.– Não quero pegação aí meninos! –Aponto

- Tá me tirando? –Diplo

- Mais fácil vocês se pegarem do jeito que são...

- Ok, ok, cala a boca e me deixa dormir. –Berrou Mija que já estava deitada

  POV Amelie

 Todos dormiam como anjinhos... Isso eu diria se não fossem meus amigos. Os garotos estavam todos amontoados com Neox, Jess quase caindo da cama e Mija deitada aos contrário. Era madrugada, eu fingi dormir até eles pegarem no sono pois saberia que o sono nunca chegaria para mim. O segredo é dormir antes da cabeça se dar conta de que ela tem uma madrugada inteira disponível para perder pensando em coisas que não deve. Mas não funciona mais comigo. O que me fez ficar observando o teto e cantarolando músicas baixinho pois Jessie fez questão de tirar o celular de mim, logo ouço ele tocar. Para a minha infelicidade estava embaixo dela, a qual parecia uma pedra dormindo. A empurrei para alcançar o celular e sem querer a faço cair no chão. Ela resmungou coisas desconexas e se jogou na cama novamente. Contive os risos e atendi o celular, era Sonny.

- Oi –Disse tímido

- Amor são 3 da madrugada. –Digo

- Eu sei, mas eu queria ouvir sua voz... Te acordei?

- Não, na verdade eu nem dormia...

- E o pessoal?

- Estão dormindo, não sei como não acordaram. –Ele riu

- Normal. Está melhor? Ainda sente dor?

- Poucas... Eles até que são bons nisso... –Brinquei

- Tomou os remédios certinho?

- Siimm...

- Hmm. –Resmungou

- Comprou as passagens? –Perguntei

- Não resolvi isso ainda, ficou pra amanhã. –Disse triste

- Tudo bem. Enquanto isso fico com seu cheiro...

- Como assim?

- Estou com seu pijama...

- Meu? Você declarou seu desde o primeiro dia que o viu... –Riu

- Ursinhos cara, ursinhos com cheiro de Sonny –Ele gargalhou

- Eu quase nem uso ele pra ter meu cheiro...

- Tudo o que você toca tem seu cheiro humano! –Ri. Eles ficam em silêncio por alguns segundos ouvindo a respiração um do outro...

- Sabe –Começa Amelie– Usando seu pijama com o seu perfume, se eu fechar os olhos, posso imaginar você aqui comigo por um tempinho.

-  Sempre e em qualquer lugar, separados, mas ainda juntos.

- Jura?

- De mindinho! –Ouvi ele sorrir. 


Notas Finais


Cynn 💔 Apesar de tudo, Amelie tem um ser pequeno que pode ajudar ela até de longe ♡ Sem contar seus amigos ^^
- Volta logo Sonny ;-;
Mais uma música foi usada para a elaboração desse capítulo:
- Alone - Alan Walker
- https://www.youtube.com/watch?v=1-xGerv5FOk


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