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História Psicopata 2 - I would


Escrita por: laudrauhl

Notas do Autor


Oi meus anjos! Então, eu não consegui postar na quinta passada como havia prometido, porque estava tendo coisas da faculdade pra fazer e minha família veio me visitar aqui. Enfim. Para compensar o capítulo da semana passada, essa semana escrevi um capítulo enorme, o maior até agora. Espero que gostem, boa leitura!
Gostaria de agradecer à bitchcraft (fairy edits) pelo bc maravilhoso.

Capítulo 8 - I would


Fanfic / Fanfiction Psicopata 2 - I would

"Build a doorway to the sky and hand you the keys, yeah. Let you know that you're always welcome, so that you never leave, oh . Buy you all those fancy things that you only see on TV, yeah. Run away to our hideaway, we'd be living the American Dream. And I know it's never gonna be that easy, but I know that it won't hurt us to try, oh. If I could take away the pain and put a smile on your face, baby, I would, baby, I would. If I could make a better way, so you could see a better day, baby, I would, baby, I would." (Justin Bieber  – I would)

Jenna’s Point Of View

New York, NY

April, 2016

Reviro-me na grande poltrona da primeira classe, tentando dormir. Faz 18 horas que estou neste avião e não aguento mais. Do outro lado do corredor, Justin dorme como um bebê. Coloco meus fones de ouvido e me viro para o lado de Justin, analisando cada traço do garoto.

Ele é tão precioso dormindo. Cada traço, cada curva de seu rosto faz com que eu tenha vontade de acariciá-lo e apreciá-lo dormir por muito tempo. Faz bastante tempo desde a última vez que observei Justin dessa maneira. E, ao vê-lo dormir tão calmamente, eu acabo dormindo também.

Koh Phangan, ST

Depois de uma longa viagem de avião e outra de barco, finalmente chegamos a Koh Phangan, uma ilha da Tailândia. Assim que descemos do barco, Justin vai alugar um carro. Assina alguns papeis e volta com a chave de uma BMW 4x4.

Entramos no carro e eu ligo o som, tentando me manter acordada. Olho pela janela, observando cada aspecto do local.

▬ Cansada? – Justin pergunta, sorrindo para mim.

▬ Muito. Eu só quero chegar e dormir.

▬ Acho que você vai mudar de ideia assim que chegarmos lá.

Depois de alguns minutos, Justin para em um local mais isolado. Vejo uma grande casa na beira da praia, e Justin abre o portão da garagem para poder guardar o carro. Tranca o portão por dentro e entramos na casa.

Fico impressionada com a elegância do lugar. Claro, não é nada comparado à mansão de Justin, mas todos os móveis são de mogno e os eletrodomésticos extremamente novos. A casa possui dois andares, o primeiro contendo uma grande sala, uma cozinha, uma sala de jantar e um banheiro, e o segundo com três quartos, cada um deles com suíte.

Deixo minhas coisas em um dos quartos e saio pela porta da frente da casa. Há uma varanda com duas cadeiras e, de frente para mim, a praia, extremamente vazia. As ondas quebram tranquilamente e eu sinto uma extrema vontade de me despir e entrar no mar.

▬ Foi por isso que eu escolhi essa casa. – Justin diz, aparecendo ao meu lado. – Aqui é bem tranquilo, quase uma praia particular. Claro que se qualquer dia quisermos ir para algum lugar mais agitado podemos ir, mas eu achei que iria gostar daqui.

▬ Eu adorei. Tudo. – sorrio para ele.

▬ Fico feliz que tenha gostado. – ele sorri de volta. – Estou indo no mercado fazer algumas compras. Quer ir?

▬ Acho que vou ficar por aqui mesmo.

Justin assente e sai da casa. Sento-me nas cadeiras, ainda apreciando o mar, desejando senti-lo. Corro para o meu quarto e procuro um biquíni, colocando-o rapidamente. Vou para a praia, aproximando-me do mar, sentindo as ondas me envolverem. Fico nadando por um bom tempo, deixando que o mar leve todos os sentimentos ruins dentro de mim.

Algum tempo depois, entro na casa novamente e vou para minha suíte. Encho a banheira, coloco alguns sais de banho e entro ali, deixando que todo meu corpo relaxe. Quando estou esvaziando a banheira, escuto batidas na porta e a voz de Justin me informando que o jantar está pronto.

Visto uma regata branca e um short jeans e desço as escadas, encontrando Justin sentado à mesa. Sento-me ao seu lado e me sirvo da lasanha que ele preparou. Ficamos um bom tempo em silêncio, até que Justin decide falar:

▬ Fico feliz que esteja aqui comigo, Jenna.

▬ Eu estou feliz por estar aqui. – como mais um pedaço da lasanha. – Então, quais os planos para amanhã?

▬ Bom, amanhã acontece a Full Moon Party¹, uma festa na praia que, na verdade, foi um dos motivos que me fez escolher esse lugar. Todo mundo fala muito bem dessa festa. Pensei que poderíamos ir, se você quiser, é claro.

▬ Vamos, com certeza. Mas antes disso, eu vou precisar descansar muito.

Terminamos de comer e eu decidi ir para a varanda ler um livro. Estou lendo "À procura da felicidade" e é um livro realmente interessante. Entretanto, estou muito cansada e meus olhos começam a se fechar. Acabo dormindo sentada na cadeira.

[...]

Acordo na grande cama de casal. Lembro-me de ter dormido na cadeira da varanda, então provavelmente Justin me carregou até aqui. Nada demais, mas tenho que me lembrar de agradecê-lo por não me deixar passar a noite no frio.

Pego meu celular e vejo que já passa das duas da tarde. Não vejo necessidade em me trocar, já que estou com a mesma roupa do dia anterior. Desço as escadas e encontro Justin sentado no sofá com seu notebook no colo.

Vejo que ele está conversando com Amanda pela câmera e ele me chama para que eu possa falar um oi para ela. Cumprimento-a rapidamente e vou para a cozinha, sentindo meu estômago roncar.

▬ Eu trouxe pizza. – Justin grita da sala. – Está dentro da geladeira, é só colocar no micro-ondas.

Faço o que Justin disse e vou com a pizza para o meu quarto, não querendo ficar escutando sua conversa com Amanda. Ligo a televisão e passo os canais, procurando algum programa em inglês. Acabo achando apenas a BBC, e fico vendo as notícias enquanto me delicio da pizza. Uma notícia acaba me chamando a atenção.

A repórter, uma mulher por volta dos quarenta anos, começa a ler a matéria:

▬ Cinco prostitutas foram mortas na noite de ontem em New York. – as imagens começam a ser exibidas e eu reconheço o local aonde trabalho. – Um prostíbulo foi invadido na noite de ontem por três homens armados, que mataram cinco garotas que trabalhavam ali. Segundo testemunhas, os homens gritavam palavras de ódio, dizendo que as garotas não mereciam respeito e que isso era pecado. O dono do local está foragido.

Desligo a televisão, sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Não mostraram quem são as garotas, mas eu as conheci. Convivi com essas garotas por algum tempo, talvez até tenha sido amiga delas. Além disso, se eu não estivesse aqui hoje, eu poderia estar no lugar delas. Poderia ser mais uma morta.

Cubro todo o meu corpo com um cobertor e me permito chorar, sentindo todo o meu corpo tremer. Eu não consigo aceitar que isso aconteceu. Sinto tanto medo, tanta raiva. Eu não quero mais trabalhar com isso, não quero mais ter desconhecidos me tocando. Não quero mais depender de Bennett, não quero nada disso. Eu só quero voltar a viver minha antiga vida, onde tudo era mais fácil.

▬ Ei, Jenna. Vai ficar o dia todo... – Justin para de falar quando abre a porta e me vê daquela maneira. – Ei, o que aconteceu? Por que você está chorando?

Ele se senta ao meu lado e puxa o cobertor, fazendo que eu olhe para ele. Não consigo dizer nada, continuo soluçando e ele parece assustado. Seca minhas lágrimas e faz carinho em meu cabelo.

▬ Está tudo bem, você pode me contar o que está acontecendo. – ele sussurra e eu nego rapidamente. – Eu estou aqui para te apoiar, Jenna.

▬ Eles mataram cinco garotas no lugar onde eu trabalho. – falo entre soluços e me sento na cama, tentando parar de chorar. – Eu não quero mais essa vida. Não quero voltar pra lá.

▬ Tudo bem, você não precisa voltar. Eu posso arrumar uma casa para você e você pode procurar um emprego.

▬ Eu já disse que não quero nada de você, Justin. Eu vou dar um jeito de me virar sozinha.

▬ Não sei porque você se recusa tanto a aceitar algo meu.

▬ Por diversos motivos, Bieber. – me irrito. – Achei que já tínhamos passado desse ponto, mas já que você decidiu voltar pra isso, então vamos falar sobre isso. Nesse momento, eu estou com muita raiva de você. Raiva porque eu poderia ter um futuro hoje em dia, mas você destruiu tudo. Porque você me colocou naquela situação e, se eu não estivesse aqui hoje, eu poderia estar morta. Achei que essa raiva tinha passado, mas depois do que eu vi hoje no noticiário, fiquei raivosa novamente. Sei que estou sendo estúpida por voltar a esse assunto, mas eu não posso evitar meus sentimentos, principalmente algo tão intenso quanto a raiva.

▬ Será que algum dia você poderá me perdoar completamente?

▬ Eu não sei, talvez.

▬ Eu queria poder tirar toda essa dor de você, só pra poder te ver sorrindo novamente. Queria que você voltasse a ser feliz, nem que para isso eu tivesse que pegar sua dor e sofrer a vida inteira. Eu te amo, Jenna. Você é minha irmã. Nós estaremos sempre juntos, lembra? – ele levantou sua mão, mostrando o corte que eu fiz nele quando criança. Levantei a minha também, que Justin fez questão de apertar.

▬ Nós estaremos sempre juntos.

[...]

Depois de ficar a tarde toda em meu quarto para me recuperar, decido começar a me arrumar para a festa. Visto uma saia preta, uma cropped rosa e uma rasteirinha. Decido não levar bolsa, apenas meu celular na mão. Faço uma maquiagem escura nos olhos e passo um batom nude.

Bato na porta de Justin e encontro-o arrumando seu cabelo na frente do espelho. Ele diz que também está pronto e nós saímos da casa. Vamos de táxi, pois os dois querem beber e ninguém quer dirigir bêbado, ainda mais com um carro alugado.

Assim que chegamos na festa, vemos que o local está lotado. O sol está quase se pondo, o que faz com que tudo fique mais bonito. Justin e eu vamos comprar algumas bebidas nos baldes² e alguns objetos de neon que todos usam nessa festa³. Assim que nos afastamos do bar, algumas garotas vem correndo falar com Justin.

Noto que algumas se jogam para cima dele, sinto uma pontada de ciúme, mas relevo, já que ele é apenas meu irmão. Vejo alguns papparazzi tirar fotos de Justin, provavelmente para dizer que ele estava traindo Amanda com uma garota misteriosa, no caso eu. Dou risada com esse pensamento e dou mais um gole em minha bebida.

Algum tempo depois, Justin se afasta dessas garotas e nós vamos andar pela praia. Fico muito surpresa com essa festa. Por todo lado, vejo fogo, a decoração principal da festa. Pessoas pulando cordas em chamas, ou fazendo acrobacias com o fogo. É realmente muito interessante.

A música está alta e nós encontramos um lugar que não esteja tão cheio e nem tão vazio. Ficamos ali dançando e bebendo nossos drinks. Outras garotas vem conversar com Justin e eu não posso evitar de me sentir um pouco excluída.

O álcool faz minha necessidade da cocaína voltar com tudo. Sinto minhas mãos tremerem e percebo que preciso arrumar um jeito de conseguir a droga. Já faz três dias que eu não cheiro e eu sinto que vou surtar a qualquer momento.

Vejo um homem me encarando e o encaro também. Ele é bonito, parece ter uns trinta anos. Seus cabelos são castanhos, o corpo forte e sarado. Ele sorri para mim, enquanto toma um gole de sua bebida. Ele vem em minha direção e eu sorrio.

▬ Desculpa, eu não pude deixar de lhe notar. Você é maravilhosa. – ele diz e estende sua mão. – Meu nome é Kennedy.

▬ Eu sou a Jenna. – aperto sua mão.

Começamos a conversar e eu vejo que Justin não dá a mínima, pois continua conversando com suas fãs. Depois de algum tempo, digo a meu irmão que vou pegar mais bebidas e saio com Kennedy.

Para a minha sorte, Kennedy também cheira e consegue um pouco do pó branco que eu tanto necessitava. Vamos para um lugar mais afastado, para não ficar usando drogas no meio de todo mundo. Assim que terminamos de cheirar, ele passa sua mão pela minha cintura e me puxa para um beijo. Sua língua explora minha boca ferozmente, e eu sinto minha intimidade pulsar. Ficamos um longo tempo nos beijando, até que eu me afasto dele.

▬ Meu irmão deve estar me procurando, eu preciso voltar.

▬ Claro. Posso ir com você, se quiser.

Assinto e nós vamos pegar mais bebidas. Pego dois baldes, um para mim e outro para o Justin e voltamos para o local onde estávamos antes. Justin está lá sozinho e com uma feição preocupada.

▬ Te procurei em todo lugar.

▬ Desculpa, a fila estava enorme. – entrego um balde pra ele.

▬ Esse é seu irmão? – Kennedy diz surpreso e eu assinto. – Admiro muito seu trabalho, cara. – ele estende a mão para Justin, que a aperta. Entretanto, Justin não parece ter gostado muito dele.

Ficamos a noite toda ali, bebendo, dançando e nos divertindo. Outras fãs vem falar com Justin, mas ele não deu muita moral. Assim que o Sol nasce, Justin me chama para ir embora. Despeço de Kennedy e ele pega meu número. Entramos no táxi e Justin logo dispara:

▬ Eu não gostei daquele cara.

▬ Por quê? Ele parece ser uma pessoa boa.

▬ Eu não sei. Apenas não gostei, não acho que você deva sair com ele.

Não sei se estou extremamente alcoolizada e imaginando coisas, mas algo me diz que existe uma pitada de ciúmes no tom de voz de Justin. Dou um sorriso ao pensar nisso e decido ver o quanto isso vai afetá-lo.


Notas Finais


1 - A Full Moon Party é uma festa real, que acontece em Koh Phanghan, na Tailândia, em noite de Lua cheia.
2 - Lá, a maioria das bebidas são servidas em baldes, que custam em média 8 dólares.
3 - As pessoas usam muito neon nessa festa, por isso, fica cheio de ambulantes vendo pulseiras, tatuagens, pintura facial, entre outros objetos de neon.
Se quiserem ver um pouco como é: https://www.youtube.com/watch?v=P-rdOPlsBkI
Look da Jenna: https://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=227177896
Bom gente, eu espero que vocês tenham gostado, eu amei escrever esse capítulo. Vocês gostam de capítulos grandes assim? Ou preferem os pequenos? Se puderem responder nos comentários eu agradeço. Semana que vem eu volto com outro capítulo. Não deixem de comentar. Beijos e até mais ♥
Cronograma: https://docs.google.com/spreadsheets/d/14W69a27Bx-KODNY_U2K8qVzb8HMqcSntqaqjG1nnsI8/edit#gid=0


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