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História Psicose - Décimo quarto


Escrita por: Tayh-chan

Capítulo 14 - Décimo quarto


Fanfic / Fanfiction Psicose - Décimo quarto

 

PSICOSE – 2ª Fase

Décimo quarto

Chanyeol ficou mudo, observando o corpo magro a sua frente. Baekhyun parecia tímido, embora forçasse uma expressão confiante. Teve vontade de abraçá-lo, beijá-lo em todas as partes, mas conteve-se. Pegou a camiseta jogada no chão e entregou ao dono, que aceitou receoso.

Chanyeol sorriu para tranquilizá-lo.

— Vista a camiseta e o casaco, nós vamos para outro lugar.

Baekhyun vestiu a peça de roupa, sentindo-se inseguro, e depois vestiu o casaco que Chanyeol lhe entregou. Ficava bastante grande em si, mas não se preocupou com isso.

— Eu tenho uma blusa de lã que deixei lá embaixo — informou.

— Essa é mais quente — explicou.

Ele se encolheu naquela peça exageradamente grande para si. Nesse momento Chanyeol percebeu: a confiança que Baekhyun tentou sustentar havia desabado. Então ele pôs as mãos em seus ombros, olhou no fundo dos olhos escuros e disse:

— Você é muito bonito, Byun Baekhyun.

Com o elogio, foi impossível não sorrir. Sorriu, enquanto as bochechas queimavam.

— Você também, Park Chanyeol.

Observou Park guardar algumas coisas numa grande mochila, e depois colocá-la nas costas. Baekhyun viu a mão estendida para si, aceitou-a, entrelaçando os dedos. Sabia muito bem para aonde iriam.

 

❦❦❦❦❦❦

 

Chanyeol acendia as velas que colocou cuidadosamente sobre o chão. Ele as pegou da sala, onde sua mãe guardava uma coleção. Baekhyun observava de pé, segurando o edredom que havia sido entregue a si. Ele pensou em ajudar, mas logo se perdeu na própria ansiedade e excitação.

Ora, ele tinha provocado, desejava aquilo, qual o motivo de tanto nervosismo, então? Pergunta errada. Quem não ficaria nervoso naquela situação? Estava prestes a se envolver da maneira mais íntima com a pessoa amada, claro que se sentiria nervoso.  

— Vamos estender isso — pediu Chanyeol, pegando o edredom pelas pontas.

 Eles se ajoelharam sobre o edredom estendido, um de frente para o outro.

Chanyeol engoliu em seco, depois respirou fundo. Não havia velas o suficiente para uma boa iluminação. Metade do rosto de Baekhyun estava iluminada, a outra metade era sombras.

— Por que aqui na casinha? — perguntou.

— Porque aqui temos privacidade e... foi onde nos conhecemos.

Baekhyun sorriu satisfeito com a resposta, e avançou até ficar bem próximo de Chanyeol. Maior que o nervosismo era o desejo de sentir o corpo dele junto ao seu.

Foi o primeiro a tomar uma atitude, levando a mão para trás da cabeça do mais alto e puxando-o para os lábios se encontrarem. O beijo começou cheio de receios, receios de não satisfazer as expectativas alheias, de ser rápido demais, lento demais, e continuou assim até o final.

Chanyeol afastou os lábios para admirar a beleza do rosto de Baekhyun à luz de velas, o cabelo escuro bagunçado, a pele pálida, os olhos brilhando de desejo. Baekhyun era um artista, mas naquele momento se assemelhava a uma pintura daquelas que você não consegue desviar o olhar.

— Tudo bem se eu tirar sua roupa? — perguntou, reparando a pele pálida mudar para uma tonalidade rosa clara nas bochechas.

— Sim, do contrário, o que estamos fazendo aqui?

Chanyeol sorriu. Começando a despi-lo, e logo em seguida sentiu suas próprias roupas começarem a ser arrancadas do seu corpo. Na nudez, eles se beijaram outra vez. Agora o beijo era firme, comandado por Chanyeol, que sugava os lábios de Baekhyun com força, fazendo-o ofegar em meio ao ato.

Quando perceberam, já estavam deitados no chão. Baekhyun por baixo, arranhando as costas de Chanyeol, enquanto buscava um pouco mais de contato. Nem em sonhos eles imaginavam que essa combinação pudesse ser tão prazerosamente dolorosa para o coração. Essa sensação de estar queimando como velas. A necessidade de mais e mais contato.

A verdade é que ninguém ali sabia o que fazer, ou como fazer. Nada era premeditado. Não havia um tempo para cada ato. Os beijos eram lentos e demorados, e os toques provocavam um emaranhado de sensações inexplicáveis.

Baekhyun sentiu que era o mais beneficiado ali, e resolveu retribuir um pouco. Ele inverteu as posições, e inclinou-se para beijar o pescoço de Chanyeol. Ele chupou o lugar, mas não o suficiente para deixar uma marca, e ouviu-o ofegar pelo prazer ofertado. Sentiu-se orgulhoso por um momento.

Chanyeol se sentou, e Baekhyun ficou entre suas pernas. Então ele passou as mãos pelo corpo a sua frente, até chegar à região onde as intimidades se tocavam. Ele começou a acaricia-los juntos, observando Baekhyun fechar os olhos e morder os lábios, completamente entregue.

Baekhyun arqueou as costas, acreditando que não pudesse mais sentir tanto prazer físico assim sem um apoio. Então ele abraçou o pescoço de Chanyeol e deitou a cabeça no seu ombro, arfando. Ele sentiu uma onda de calor por causa da fricção lá embaixo, até que, de repente, tudo que havia na sua mente desapareceu como mágica. Não havia nenhuma preocupação, nenhum passado triste, nenhum futuro trágico. Apenas a sensação mais maravilhosa que ele sentira em toda sua vida.

Chanyeol parecia estar em um estado parecido, ele também arqueou as costas, e depois afundou as unhas nas costas de Baekhyun. Para descansar, eles deitaram juntos, até que as mentes e os corpos se recuperassem, então voltaram a se beijar.

Beijavam sem pressa, com carinho.

Baekhyun sussurrou coisas no ouvido de Chanyeol, que também sussurrou coisas no seu ouvido, talvez eles não se lembrassem de tudo depois, mas havia algo que Baekhyun disse que Chanyeol jamais se esqueceria.

— Você é tudo que eu mais amo. Amarei-te aqui, depois daqui, no paraíso ou em qualquer lugar no universo. Mesmo se eu me tornar parte do nada, você ainda terá o meu amor.

Ao ouvir aquilo, ele quase chorou.

— Não sou bom com palavras, não sei dizer nada além de que me sinto do mesmo modo.

— Mostre-me então — sussurrou. — Me ame.

Os olhos de Chanyeol acenderam-se como chamas. Ele tremeu, e então se inclinou sobre Baekhyun.

Depois tudo se resumiu a mais beijos, línguas, toques.

Quando Chanyeol escorregou para dentro dele, Baekhyun gritou, e afundou as unhas em suas costas. Aquela dor, que durou apenas alguns momentos, foi distraída por beijos intensos. 

Chanyeol tremia e ofegava. Ele moveu o corpo, necessitado de fricção, ao mesmo tempo em que se preocupava com Baekhyun embaixo de si, mas ele disse que estava tudo bem.

Eles se moveram buscando uma sensação parecida com a anterior. A sensação intensa e rápida que esvaziava a mente. E quando a tiveram, eles caíram lado a lado, e deitaram-se nos braços um do outro.

Baekhyun estava cheio de sono, o corpo todo entorpecido, mesmo assim ele buscou a mão de Chanyeol e entrelaçou os dedos uns nos outros.

Baekhyun caiu no sono, mas não dormiu por muito tempo. Quando abriu os olhos, Chanyeol tinha os dedos em seu cabelo. Um fino lençol cobria seus corpos. Eles se olharam em silêncio por um tempo, até que Baekhyun o rompeu com uma pergunta:

— Podemos namorar?

— Eu pensei que já estivéssemos — respondeu.

— Sim, mas não houve um pedido oficial nem nada.

Chanyeol pensou por um instante, tentando planejar algo, mas não era bom nessas coisas.

— Aceita ser meu namorado? — perguntou apenas.

A reação de Baekhyun foi melhor do que esperava para um pedido tão simples. Ele abriu um lindo sorriso, os olhos tornaram-se duas linhas.

— Sim, eu aceito. Somos namorados agora!

Se soubesse que ele ficaria tão contente, teria feito isso antes, só não imaginou que seria tão importante.

Chanyeol percebeu que a maioria das velas tinham se apagado, e levantou-se para acendê-las. Quando acendeu a última, ele se virou para Baekhyun. Os olhos se encontraram, o outro  estava sentado agora.

— O que foi? — Baekhyun indagou, sentindo-se tonto. A mudança no olhar de Chanyeol o assustava.

Fechou os olhos e, como uma prece, pediu:

— Por favor, não...

Ele olhou para baixo, assustando-se com os pingos vermelhos na roupa de cama, e foi a pior coisa que fez, pois em seguida o sangue começou a praticamente jorrar de dentro de si para fora.

Chanyeol parecia paralisado.

— Chanyeol... — chamou com a voz fraca. — Chanyeol, liga pro Suho.

Ele tentou abrir a boca, mover-se, qualquer coisa, e não conseguiu. Não estava preparado para aquilo, não depois de tudo ter corrido tão perfeitamente.

Baekhyun procurou sua camiseta e a colocou sobre o nariz, elevando um pouco a cabeça. A peça de roupa branca começou a ser tingida de vermelho em pouco tempo.

— Liga pro Suho... — implorou em lágrimas. — Se eu não for para o hospital eu vou morrer. Liga.

...

— CHANYEOL!

Ele finalmente se moveu, e correu até seu aparelho celular.

 

CONTINUA...



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