História Psycho - Procurando informações

Vou em passos lentos até a porta

Não vejo nada, ando pela casa inteira e tudo está em perfeito estado. Volto para o quarto para ver se a Alyce estava bem e ela se encontra tremendo muito. Olho para ver que hora era e o relógio dava três e meia da manhã. Já ouvi pessoas dizendo que as três é a hora que os 'demônios' sai não sei da onde.

- Alyce não tem ninguém na casa, pode ficar tranquila - falo tirando o coberto de cima dela, ela tampa o rosto na mesma hora.

- Tem sim Lex, ele estava na cozinha, perto da geladeira, fui tomar leite e dei de cara com aquela coisa - ela fala tremendo os dentes.

- Quem é ele? Que coisa Lice - pergunto intrigada.

- Não sei dizer Lex - ela se levanta abrindo os olhos e olhando pra mim - ele estava com uma roupa toda preta, e botas, o seu cabelo era louro até os ombros mais ou menos, os seus olhos estavam preto e se eu não sou louca eu vi assas na suas costas. - fico sem reação, nunca vi esse homem nos meus sonhos, então provavelmente ele é uma pessoa querendo assustar a Alyce; mas e as assas?.

- Seja oque for, já foi embora. - falo me deitando novamente - Vai dormir aqui? Se for apaga a luz por favor - coloco os meus braços entre meus olhos para tampar a luz.

- Lex os seus pesadelos - ela tira meus 'tampões' me obrigando a olhar para ela - A coisa que você via, como ele era - ela literalmente está muito assustada.

- Alyce ele era uma criatura, longe de ser uma pessoa que se esconde atrás de geladeiras. - me dá vontade de rir mas me seguro.

- Como ele era? FALA LEX - ela grita e reviro meus olhos.

- Ele era uma fumaça preta que flutuava, com olhos pretos e assas pontudas, a pode ficar tranquila que eu não estou mas sonhando com isso - volto a me deitar.

- Então! - ela começa a andar de um lado para o outro- Se ele saiu de seus pesadelos e agora vai nos assombrar? Virar realidade - sento-me na cama e levando a sombrancelhas, ela está me encarando como se aquilo fosse fazer sentido.

- Uau, faz muito sentido isso, acho que você está precisando de um psicólogo Alyce, olha é só um pesadelo, isso não é real - dou risada.

- Eu não sou louca Alexia eu seu o que eu vi - já passamos por isso, mas agora ela ficou mais doida que eu.

- Eu sei o que sonhei, e pode ter certeza ele não usava botas - dou risada e fecho meus olhos - apaga a luz, olha que ele está atrás de você - dou mais risada, ela apaga a luz e corre para a cama se cobrindo até a cabeça.

A noite inteira é tranquila, acordo com a Alyce me chamando as nove da manhã, para eu levantar junto com ela, no começo eu resmungo, mas sabia que ela não me deixaria em paz, então levando e vou até com ela na cozinha para fazer café.

- Faz aí - falo sentando na mesa e apoiando minha cabeça em minha mão.

- Tudo bem - ela começa a fazer e vem um cheiro muito bom em meu nariz.- Precisamos arrumar emprego - ela toca no assunto que estou tentando deixar por último - as economias uma hora vai acabar.

- Quanto tem? - pergunto para ver se ainda consigo ficar algum tempo de 'ferias'

- Para uns dois meses - bufo, preciso arrumar um emprego logo.

- Vou ver se o Thomas sabe de algum lugar que está precisando de empregado - me levanto e pego uma xícara.

- Thomas - ela bate a bunda em meu quadril de brincadeira.

- Para, eu e ele não tem nada a ver o meu tipo e outro - se ela que brincar vamos brincar.

- Que tipo - ela levanta a sombrancelhas pelo menos tenta, ela não sabe deixar uma sombrancelhas em cima e outra em baixo, isso fica até engraçado nela.

- Os que ficam ao lado da geladeira a noite - dou risada, mas percebo que ela não acha a menor graça.

- Pode brincar a vontade, quando ele aparecer para você, não vem falando que eu te falei - ela joga o coador dentro da pia e vai para sala tomando o seu café.

- Vou fazer uma ligação - falo indo para o meu quarto.

- Não demora - escuto ela gritar antes de fechar a porta.

Pego meu celular e disco o número do Thomas

"Alô" a voz dele está mais grossa do que o natural.

"Oi, sou eu Lex" falo tentando ser meiga.

"Lex que surpresa ouvi sua voz você não veio aqui hoje fiquei até preocupado" tento administrar tudo que ele falou, ele disse tudo muito rápido. Dou risada.

"Minha irmã acordou e fez café" falo olhando para o espelho ajeitando o meu cabelo.

"Mas bem que poderia vir aqui depois né? " Não estou tendo dúvidas à voz dele está muito grossa.

"Thomas você está bem?" pergunto.

"To Porque?"

"Sua voz está mais grossa do que o normal" deixo o celular no viva voz e começo a passar uma base.

"Ah... É... Que tive que trabalhar a noite, tava mais frio do que imagina e não levei blusa, acho que vou resfriar" ele gagueja um pouco, mas consegue terminar a frase sem ser rápido.

"Você é um péssimo mentiroso" dou risada e escuto um desculpa bem baixo e caímos na risada " Não quero te atrapalhar mais, mas só queria um favor seu" preciso desligar não posso atrapalhar seu serviço.

"Não está atrapalhando, hoje por incrível que parece o café está vazio, mas pode falar princesa" o Thomas tem jeito de como conquistar uma garota só por palavras.

"Você não sabe se alguém está precisando de empregado?" volto o assunto de manhã com a Alyce.

"Falou com a pessoa certa" escuto um bater de palmas do outro lado da linha "Aqui está precisando de garçonete, posso falar com o meu chef sobre você, certeza que ele vai te empregar" Fico feliz por isso.

"Mas preciso de duas vagas, tem a minha irmã também que está precisando" precisamos nos duas trabalhar, ou não pagamos as conta.

" Eu dou um jeito, agora Preciso desligar, tenho um assunto a tratar com o meu chef sabe" damos risadas e desligamos.

- Alyce - saio gritando o seu nome e ela vem correndo com cara de assustada.

- O que? Ele apareceu para você? Oque aconteceu Lex - ela fala desespera.

- Não, acho que conseguimos um emprego - digo entusiasmada e ela relaxa.

- Aonde?.

- Eu falei com o Thomas e ele vai falar com o chef dele sobre a gente - dou pulinhos de alegria - acho que conseguimos -  abraço minha irmã forte.

- Fico aliviada, agora não vou precisar o dia todo aqui - olho pra ela e dou risada então esse era a felicidade dela, não ficar sozinha. - Mudando de assunto, você viu que o The ridges vai abri daqui uma semana - ela começa a varrer a casa.

- Uma semana? - fico espantada, não faz uma semana que eles começaram a reforma, e sei muito bem que aquele local não esta nas sua melhores estruturas.

- Também achei estranho, foi muito rápido - ela pensou pela primeira vez. - Abrir um sanatório antigo, eles são doidos - ela começa a dar risada.

- Eu pensei a mesma coisa, eu vi em uma reportagem que várias pessoas é a favor, mas as duas pessoas que eu falei sobre essa reforma ficou desorientada - sento no braço do sofá vendo a limpar a casa.

- Lógico, o que não aconteceu dentro daquele negócio, quando ele estava aberto - quando ela fala isso, parece que nasce uma luz no alto da minha cabeça.

- Alyce, você me deu uma idéia - ela me olha assustada - A gente não sabe sobre isso, mas deve ter documentos por aí falando sobre o The Ridges, precisamos saber sobre ele - começo a mexer a minha cabeça confirmando pra mim mesma.

- VOCÊ precisa saber sobre ele, não me mete nisso - ela não me olha, conheço a Alyce e sei que ela é mais curiosa do que eu mesma.

- Duvido que você não quer saber sobre essa história de terror - falo tentado convence-la.

- Aonde pode ter essas informações - ela deixa a vassoura de lado e pula no sofá ao meu lado.

- Então o próprio Thomas falou que sabe muito sobre o sanatório, mas ele odeio tocar nesse assunto, não me pergunte o porquê eu também não sei, mas tem uma biblioteca aqui na cidade lá deve ter algumas coisas, livros, documentos algo do tipo, e existe sites que podem dar algumas informações pelo menos a maioria delas. - dou uma explicada e ela absorve todas.

- Como vamos conseguir documentos em uma biblioteca que não conhecemos ninguém? - ela pergunta uma coisa que não tinha pensado antes.

- Sei lá, a gente da um jeito.

- Tudo bem - ela tira o laço que está em sua cabeça, solta o cabelo e fala - Vamos? - olho surpresa pra ela.

- Vamos.