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História Psycho Love (SaTzu) - Visitas indesejáveis


Escrita por: Satellar

Notas do Autor


Olá amores demorei mas voltei com outro capítulo enorme porque a criatividade acampou na minha porta esses dias e não paro de escrever um segundo (haja cabeça pra caber tantas ideias essa fic ainda vai me deixar DOIDA)
Tenho certeza de que vão adorar esse aqui
Boa leitura ❤

Capítulo 16 - Visitas indesejáveis


_M-Mina, Momo? O que fazem aqui?

_Viemos te visitar oras, da última vez que nos vimos você parecia tão deprimida que achamos que seria uma boa ideia fazermos uma surpresa - respondeu Momo.

Mina concordou balançando a cabeça positivamente várias vezes. Sana continuou olhando-as com incredulidade.

_Ah, e não é só isso! - Mina saiu de vista por um instante e logo depois ouviu-se um barulho de rodinhas no piso. Ela trouxera um carrinho repleto de garrafas de bebidas.

_O que é isso?

_ Isso? É...

_Saquê! - respondeu Momo, animada - Acabei de achar alguns no meu estoque, são todos importados do Japão!

Sana abriu a boca para avisá-las de que detestava álcool mas sua voz não saiu. Não teve coragem de recusar ao perceber os dois pares de olhos brilhantes a olhando com tanta espectativa , então ela apenas sorriu convencendo Mina e Momo de que havia adorado a ideia.

_Podemos entrar? - perguntou Mina pronta para passar com o carrinho pela porta.

_Claro, só esperem um instante, meu apartamento está uma bagunça, vocês sabem como é, não quero causar uma má impressão

_Não reparamos nisso, não se preocupe - Mina já ia empurrando o carrinho para dentro quando o braço de Sana atravessou seu caminho impedindo-a de avançar.

_Ah por favor, não quero que pensem que sou desleixada, volto em um segundo!

Sana continuou sorrindo até fechar a porta, depois correu na ponta dos pés até a sala.

_Tzuyu levanta! - disse assustando a garota que deu um pulo do sofá

_O que foi? Cadê a pizza?

_Pizza é o cacete! A Mina e a Momo estão aqui

_Quem?

_Minhas amigas, elas não podem te ver nesse estado! Vê se veste uma...- Sana se perdeu por alguns segundos quando seu olhar percorreu o corpo de Tzuyu quase despido da cintura para cima, ela fechou os olhos e sacudiu a cabeça na tentativa de reordenar seus pensamentos - veste uma blusa!

_Adoraria fazer isso, mas você arrancou todos os botões da minha!

_Ai meu Deus! Tá bom, então sobe lá pra cima e não sai até eu aparecer ok? Imagina o que aquelas duas vão pensar de mim se verem você aqui

_Ta bom já estou indo! - Tzuyu bufou e apanhou sua blusa que além de molhada estava rasgada e subiu as escadas até o andar de cima.

Sana colocou as almofadas no lugar, ajeitou o tapete e voltou para atender a porta.

_Prontinho! Podem entrar - disse sorridente mas por dentro queria esganar as duas por aparecerem em um momento tão importuno.

Mina entrou saltitando e se atirou no sofá. Sana ajudou Momo com o carrinho e colocou as bebidas na geladeira.

_Ei Sana, é impressão minha ou seu sofá está molhado?

O coração de Sana deu um baque e ela tratou logo de arrumar uma desculpa.

_É, eu derrubei sem querer um copo com água nele

_Eu também já fiz isso um monte de vezes, somos duas desastradas 

De repente o som da campainha ecoou por todo o apartamento.

_Eu atendo! - se ofereceu Mina indo até a porta.

Depois que Sana e Momo terminaram de guardar as garrafas na geladeira elas separaram algumas e levaram até a mesa da sala.

_Saninha! O garoto ali está esperando você pagar essas delícias - Mina carregava duas caixas de pizza e colocou na mesma mesa onde estavam as garrafas.

Sana pegou sua carteira na mesinha de centro e pagou o entregador com má vontade, o rapaz foi embora com uma cara amarrada nada satisfeito com a gorgeta que recebeu. Ela voltou e encontrou Momo e Mina sentadas no chão e então fez o mesmo. Começou a abrir as caixas de pizza com água na boca, estava morrendo de fome.

_Tinha mais alguém aqui? - perguntou Momo

_Quê? - Sana fez um som nasal agindo como se aquela fosse uma pergunta idiota - Claro que não, porquê?

_Ou você tem um apetite enorme para aguentar comer essas duas pizzas gigantescas ou comprou para dividir com alguém

_Ou então você é vidente e sabia que viríamos aqui - disse Mina com a mão apoiada no queixo fingindo estar cogitando a hipótese.

_Que nada, eu só estava faminta, e sente só esse cheiro, é a melhor pizza da cidade, poderia comer mais umas vinte dessas

_Só não esquece de deixar um pouco pra gente sua gulosa - brincou Mina

Momo se ofereceu para distribuir as fatias para cada uma e depois fez o mesmo com o saquê.

_Um brinde a nós 

Elas ergueram os copos e brindaram.

_Espera! Esqueci do sal, fica bem mais gostoso se beber com ele

_Está em cima do balcão da cozinha, vai lá

Momo se levantou e foi buscar o sal, Mina foi se aproximando sorrateiramente de Sana.

_Posso te perguntar uma coisa?

_Sim - respondeu dando uma mordida no enorme pedaço de pizza

_Em relação aqueles seus problemas...como está indo?

_Que problemas? - perguntou Momo voltando a se sentar com elas com um vidrinho de sal na mão.

Sana quase se engasgou com o pedaço de pizza, lançou um olhar mortal para Mina presumindo que a garota não deveria ter tocado no assunto.

_Ah, não é nada, quer dizer são uns pequenos probleminhas para dormir nada demais

_Ela tem muitos pesadelos, quer dizer muitos mesmo

_Sério? Sana, porque não me contou?

_Não achei que fosse necessário, quem é que nunca teve um pesadelo não é mesmo?

_Depende do caso, se você tiver muitos eu sugiro que procure ajuda, eu já li sobre isso em um livro...muitas vezes a causa é acumulo de estresse

_É, deve ser, comecei a trabalhar na cafeteria da minha amiga esses dias e estresse é pouco pelo que eu passo lá

_Aí ta vendo, você precisa relaxar, se quiser eu posso recomendar um ótimo psicólogo

As mãos de Sana apertaram o copo com força.

_Não precisa, eu tô bem

_E vai ficar melhor ainda depois que beber essa maravilha - Momo colocou o sal na borda do copo e bebeu o líquido com gosto, Mina fez o mesmo, e Sana também, mesmo que não fosse sua vontade.

Ela estava cansada de ouvir sempre a mesma coisa. As pessoas ao seu redor sempre sugeriam que ela procurasse um psicólogo ou até mesmo um psiquiatra. Ela não estava louca, quer dizer, era o que a voz em sua cabeça sempre dizia.

Mas elas relaxaram quanto a esse assunto quando Momo começou a contar histórias de como era sua vida no Japão. Desde quando era pequena e conheceu Mina, até depois da Graduação dela quando a pediu em noivado em frente a centenas de alunos. Sana escutava atentamente cada palavra invejando o relacionamento das duas. Ela se sentia a pessoa mais sortuda do mundo por ter conhecido Mina e Momo, elas eram sempre tão divertidas e sempre carregadas de uma energia incrível, foram responsáveis por animá-la tantas vezes que seria eternamente grata a elas.

Mas naquela noite, não importava quantas garrafas bebia, quantas histórias escutava, seus pensamentos estavam voltados para uma garota no andar de cima do seu apartamento.

                             * * *

Tzuyu teve que entrar em umas três portas até achar o quarto de Sana. Ela abriu a última porta do corredor e entrou, olhou para as paredes de cor lilás e avistou algumas fotos de Sana coladas na parede, entrou e fechou a porta cuidadosamente para não fazer barulho. Ela andou pelo quarto reparando na quantidade de objetos pendurados no teto e na parede, fotos, miniaturas de planetas pendurados, alguns arranhados pelas paredes, coisa que ela achou realmente muito estranho. Passou por uma escrivaninha tateando os objetos em cima dela. Sorriu ao ver que a rosa que ela havia mandado entregar a Sana mais cedo estava lá em um copo com água. Havia vários desenhos com formas estranhas e fotos de florestas fechadas, abismos, casas abandonadas mas também desenhos de pôneis e arco-íris. O quarto de Sana era tão cheio de contrastes quanto ela.

Ela viu um pequeno papel embaixo de uma pilha de livros e puxou-o retirando de lá uma foto polaroid. Tzuyu quase se engasgou ao ver que era uma foto de Sana um pouco mais nova de biquíni segurando dois cocos de cada mão, ela ficou paralisada por alguns segundos observando cada curva do corpo dela que parecia ter sido esculpido a mão pelos Deuses. Ela teve uma súbita sensação de agonia e raiva quando se lembrou que teria aquele corpo só para ela a alguns minutos atrás mas que foi interrompida como se jogassem nela um enorme balde de água fria.

Ela virou a foto e embaixo tinha uma pequena anotação:

Caribe, 2013

PS: uma das melhore viagens da minha vida! ❤

Ela começou a imaginar como seria se um dia as duas viajassem para o Caribe, tirar fotos juntas, aproveitar o máximo uma da outra naquele lugar íncrivel.

Mas isso era apenas um desejo passageiro é claro, sabia que não podia se dar ao luxo de fazer planos, suas chances de ter um futuro tranquilo comparado com o das outras pessoas eram relativamente pequenas. Na verdade, nem ao menos tinha certeza de que teria um.

Mas de uma coisa ela sabia, nunca na vida sentira algo assim com tamanha intensidade, nunca havia tido essa vontade absurda de ficar perto de alguém como era com Sana. Esse sentimento era tão novo e desconhecido para ela que as vezes se pegava pensando em coisas que a um tempo atrás abominava dizendo que era coisa de gente tola.

Ela continuou explorando o quarto  ocupando sua mente na tentativa de afastar aqueles pensamentos estranhos.

Tentou encontrar um banheiro, outra tarefa difícil de se cumprir. Ela abriu uma porta branca ao lado do guarda-roupa de Sana e sentiu um alívio interno ao ter achado o que procurava sem muito esforço. Ao entrar no cômodo ela reparou em um alguns potes de vidro pequenos em cima da pia. Ela pegou um deles e examinou, nele estava escrito a mão "antidepressivos". Tzuyu franziu a testa, será que Sana estava tão mal a ponto precisar tomar esse tipo de remédio? Ela havia mencionado algumas vezes que não estava se sentindo muito bem nesses últimos dias mas não achava que fosse tão grave.

Ela colocou o remédio no lugar e pegou outro vidrinho, este era um pouco maior e havia poucos comprimidos dentro. Era um remédio para insônia, e pelo que ela havia observado não era um medicamento simples de se obter uma farmácia qualquer por exemplo. Todos os medicamentos ali tinham uma tarja preta, Tzuyu começou a ficar preocupada, se Sana estivesse ingerindo aquela quantidade de remédio com certeza algo de muito sério estava acontecendo.

Ela abriu a torneira e lavou o rosto, depois saiu do banheiro e fechou a porta. Sentiu seus ombros pesarem de repente, estava muito cansada, não estava nem perto de ter se recuperado completamente da busca exaustiva atrás de Mark e Jackson, sem contar que graças a sua indisposição, ela deixou a tarefa de acabar de uma vez por todas com os  esconderijos e pontos de contrabando da máfia inimiga pela cidade inteiramente por conta de Chaeyoung, mas quanto a isso estava tranquila. Ela seria capaz de confiar a própria vida a Chaeyoung.

Ela poderia, ou melhor, deveria ter descansado mas a vontade de ver Sana era maior do que qualquer coisa. Mal se deu conta de que estava adormecendo aos poucos na cama dela.

                           * * *

Já passava das duas da manhã quando Mina e Momo finalmente decidiram ir embora. Como se já não bastasse terem praticamente obrigado Sana a beber três garrafas inteiras de saquê e usado chantagem emocional para dividirem o último pedaço de pizza, elas saíram de lá completamente bêbadas. Sana se ofereceu para ajudá-las a irem embora (mesmo que ainda estivesse alterada mas nem tanto quanto elas) mas Momo recusou, dizendo que havia mandado um empregado buscá-las. Ela foi com as duas até a entrada do prédio e as acompanhou com o olhar até entrarem em um luxuoso carro, bem diferente do que Momo usava para levar Mina à academia. Era até dificil de acreditar que pertencia a mesma pessoa. As duas acenaram desengonçadamente e partiram deixando Sana em pé parada na porta. Antes de entrar, ela pensou ter visto alguém parado do lado de fora do portão, então esfregou os olhos e o vulto tinha desaparecido.

"Acho que eu bebi demais"

Ela puxou ainda mais as mangas da blusa tentando se proteger do frio da madrugada e voltou para dentro do prédio. Quando chegou no seu apartamento ela pensou em recolher as inúmeras garrafas vazias de saquê mas teve consciência de que, em sua atual condição, no mínimo quebraria tudo. Momo nem mesmo fez questão de levá-las de volta. 

_Considere o saquê como um presente da sua querida conterrânea

Lembrou que Momo dissera isso por volta da quinta ou sexta garrafa que tomava. Já que sua visão estava turva e seu raciocínio estava mais lento do que o normal, Sana subiu as escadas com dificuldade e por um milagre não tropeçou em nenhum degrau. Foi direto até o seu quarto torcendo para que Tzuyu não ficasse chateada por tê-la deixado sozinha por tanto tempo.

_Tzuyu? Você ainda tá ai? - perguntou com uma voz arrastada abrindo a porta e se deparando com a garota deitada em sua cama ferrada no sono.

Sana sorriu levemente e apanhou um travesseiro dentro do guarda-roupa (quase caindo dentro dele) e cuidadosamente colocou em baixo da cabeça de Tzuyu sem acordá-la.

_É, eu estraguei tudo...de novo -sussurou para si mesma tirando uma mecha do cabelo de Tzuyu e colocando atrás da orelha dela, depois acariciou levemente seu rosto.

Ela sentou no lado vazio da cama e massageou suas têmporas sentindo cada parte da sua cabeça doer. Lembrou que devia tomar seus remédios antes de dormir para evitar de ter seu sono interrompido e acordar no meio da noite apavorada e coberta de suor, mas o banheiro que ficava a alguns metros da cama parecia estar a quilômetros de distância.

Sem pensar duas vezes, desabou ali mesmo na mesma cama onde Tzuyu dormia serenamente.

E por incrível que pareça...

Naquela noite, ela não teve pesadelos.

                           * * *

O despertador de Sana tocou às oito em ponto. Ela sentiu sua cabeça latejar com o barulho incessante do alarme zunindo em seus ouvidos. Ela tateou a superfície do criado ainda com os olhos fechados até encontrar o botão do aparelho desligando-o. Ela tentou se levantar mas algo a impedia.

Tzuyu estava agarrada a ela como se fosse um ursinho de pelúcia. 

Quando se deu conta, Sana deixou-se encolher mais ainda e adorou sentir a respiração calma de Tzuyu bater em sua nuca causando leves arrepios. Por mais que quisesse ficar ali naquela posição para sempre, ela teria que se levantar o mais depressa possível pois Dahyun e Jihyo poderiam chegar a qualquer momento. Então, com cuidado ela retirou o braço de Tzuyu de cima dela e deslizou sorrateiramente para fora da cama deixando a menina dormindo de barriga virada para baixo dando uma visão das suas lindas costas quase desnudas. Ela deslizou o dedo pela pele macia dela fazendo desenhos imaginários com a ponta do dedo, não existia coisa melhor do que tocar na pele de Tzuyu.

Mas algo lhe chamou a atenção, havia um certo volume na lateral da sua cintura, bem grande por sinal. Tentando ser o mais discreta possível, ela retirou o objeto com cuidado torcendo para que Tzuyu não acordasse.

O objeto tinha um certo brilho dourado.

Era uma arma.

"Porque diabos ela carrega uma arma?!"

Lembrou-se que Tzuyu havia lhe contado que ela trabalhava em um escritório o que em hipótese alguma justificaria ela estar portando uma arma. 

A não ser que ela tivesse mentido.

Masuma coisa que Tzuyu não devia a Sana era satisfação sobre sua vida. Ela já guardava um segredo horrível dela que poderia custar sua liberdade, nada mais justo seria se ela não fizesse perguntas sobre o que não era da sua conta.

Mas e se ela fosse uma assassina?

E se Tzuyu fosse amiga de Marroni e a enganara para poder vingar o parceiro?

Ou talvez ela fosse uma policial que descobrira que ela era a autora de dois assassinatos e estaria ali para fazê-la confessar.

Não Sana, Tzuyu não poderia ser assim.

Ela enfiou a arma no mesmo lugar em que achou com a mesma cautela de antes e foi para o banheiro tomar um banho que foi provavelmente o mais longo que já tomara na vida. Cada gota de água que entrava em contato com a sua pele era uma pergunta diferente que surgia em sua cabeça.

Quando terminou, ela levou um susto ao perceber que Tzuyu não estava mais lá, os lençóis bagunçados da cama agora estavam arrumados. Um súbito nervosismo tomou conta dela ao imaginar que havia alguém andando pela sua casa armada.

Ou então quem sabe ela teria ido embora sem nem se despedir

Não sabia qual dos dois era pior.

Sana se trocou o mais rápido que pôde e desceu as escadas feito um raio e ao chegar na sala, sentiu um cheiro delicioso de bacon.

_Não pode ser...- ela foi até a cozinha e viu Tzuyu de costas usando um avental de frente para o fogão. Ela pareceu ter percebido a presença dela e virou o rosto sorrindo ao vê-la.

_Bom dia

_B-Bom dia, o que está fazendo?

_Fazendo o café da manhã, ou pelo menos tentando

_Mas porquê?

_Vamos ver, é de manhã e eu suponho que você esteja com fome

Como se concordasse, a barriga de Sana roncou alto, o bastante para que Tzuyu ouvisse - É, eu estava certa

_Achei que você tivesse ido embora

Tzuyu voltou sua atenção para o fogão e negou com a cabeça.

_Já te disse que você tem uma impressão muito errada sobre mim? Ah! - ela retirou a frigideira do fogão e colocou os bacons em um prato - está pronto, e olha, eu ovos também

Ela apontou com a espátula para um prato com ovos mexidos

_Essa é a única coisa que eu sei fazer então infelizmente não temos um cardápio variado

Sana ficou sem reação, apenas com a boca aberta. Como se não bastasse ter largado Tzuyu ontem à noite ela desconfiou que ela fosse algum tipo de criminosa querendo fazer algum mal para ela, e ali estava ela na sua frente se esforçando para preparar um café da manhã.

_Eu não sei nem o que dizer

_Não diga nada, apenas coma, espero não ter sido um desastre total

Sana concordou e se sentou na cadeira pegando os talheres e cortando um pedaço do bacon com a faca. Tzuyu a observava com expectativa, esperando a aprovação do seu prato, mas antes que Sana pudesse dar uma mordida no bacon a porta da frente do apartamento se abriu e vozes foram ouvidas na sala.

Sana arregalou os olhos e deixou o bacon cair do garfo, já imaginando quem seria.

Jihyo e Dahyun pararam estáticas no aro da porta quando viram Tzuyu parada com uma frigideira na mão e Sana com a boca aberta segurando um garfo.

O silêncio durou alguns segundos mas  para ela parecia ter durado horas.

_Ah, oi - Tzuyu foi a primeira a quebrá-lo

Jihyo comprimiu os lábios tentando segurar um sorriso e Dahyun continuava com os olhos arregalados.

Tzuyu tentou se virar para colocar a frigideira de volta no fogão mas Sana levantou rapidamente e a segurou pelos ombros lembrando-a na mesma hora de que ainda estava sem blusa.

_Oi Jihyo, oi Dahyun, que surpresa ver vocês aqui

_Surpresa por que? Eu moro aqui esqueceu? - Dahyun semicerrou os olhos e Sana sorriu sem graça.

Ela empurrou Tzuyu de modo que ela ficasse sempre de frente para as duas e deu graças a Deus por ela estar usando avental.

_Quer saber, acho que eu esqueci a chave do meu carro lá em cima, eu vou buscar - Tzuyu gaguejou antes de subir a escada de costas e tomando cuidado para não tropeçar enquanto Sana continuava sorrindo para as duas.

_Você pensa que nós somos burras? - Jihyo perguntou ainda tentando segurar o riso

_Não sei do que vocês estão falando

_Nunca vi tanta garrafa de saquê na minha vida - observou Dahyun cheirando uma das garrafas e depois fazendo uma cara de repugnância.

_Pelo visto a noite foi boa né dona Sana, já que a bonitona ali nem se deu o trabalho de ir embora

_Será que as duas podiam me poupar os comentários? Me deixem em paz

Nesse momento Tzuyu desceu as escadas usando uma blusa cropped que sana automaticamente reconheceu ser sua. Ela também reparou que o volume em sua calça tinha desaparecido.

_Acho que já vou indo - disse sem graça olhando para o chão - você me acompanha, Sana?

_Claro - disse Sana entre dentes olhando feio para Jihyo e Dahyun.

As duas foram até a entrada do prédio em completo silêncio, Tzuyu estava mais vermelha que um pimentão enquanto Sana queria voltar lá e estrangular suas amigas

_Depois eu te devolvo

_O quê?

_A blusa

_Ah, sim, não se preocupe com isso

_Quer saber? Eu até que gostei da noite de ontem

_Você não pode estar falando sério

_Estou sim, só de ter sua companhia já foi mais do que o suficiente para mim

Sana sorri

_De qualquer forma - continuou ela - um dia nós terminamos o que começamos ontem, pode ter certeza disso - ela piscou e sorriu, Sana sentiu suas pernas ficarem bambas.

_Mal posso esperar por isso - ela retribuiu o sorriso com o dobro de malícia.

_Até a próxima

_Até...

Tzuyu se virou para ir, mas antes resolveu fazer uma coisa que estava com vontade desde que acordou. Ela se voltou bruscamente para Sana e agarrou sua cintura e a puxou para um beijo que quase a deixou sem ar. Sana ficou completamente sem reação, Tzuyu finalizou o beijo mordendo o lábio inferior dela em meio a um sorriso.

Então ela se virou e andou até seu carro parado no estacionamento com o seu ar de superioridade que Sana já reconhecera há tempos.

Ela esperou o carro sumir de vista para entrar no prédio tomada por uma felicidade que não podia ser medida.

O que ela não imaginava, era que do lado de fora do muro que cercava o prédio, um pouco distante, escondido perto dali, alguém a observava com uma satisfação enorme  com o que acabara de ver.

E os motivos pelos quais estava ali eram os piores possíveis.

                          


Notas Finais


Farei o possível pra postar o próximo com mais antecedência mas como sabem as aulas estão voltando e vai ser bem mais dificil postar com frequência
Devo adiantar que o negócio ta esquentando de novo e se eu fosse vocês deixava uma bombinha do lado pra quando precisar ( só avisando sem pressão rs)
Até o próximo capítulo!!!!!


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